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Herois do Olimpo RPG

Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


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Hades

Hades
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Aquele rosto lhe era familiar. Aquela voz, aquele cabelo, o jeito de mover-se. Aquele olhar. Mas por que não conseguia ver a pessoa? Por que seu rosto estava tão embaçado, como se o olhasse por um vidro sujo, quebrado...?

-- A corrupção vai se espalhar -- Falava aquele garoto, mas a voz que escapava de sua boca era feminina. Ou ao menos achava que era. Tinha um timbre grave, profundo, rouco -- E todos sucumbirão, como cadáveres aos vermes.


A pessoa começou a afastar-se enquanto raízes negras brotavam do chão. Ele tentou recuar. Tentou pedir que o garoto esperasse, mas as raízes amarraram-se em seu pé e penetraram sua carne, seus ossos, sua alma, e tudo o que ele conseguiu pensar foi em morte, dor, na podridão de uma montanha de corpos empilhados.

As raízes subiram por dentro e fora de seu corpo. Espalharam-se por suas veias, rompendo-as, sangrando-o, alcançando seu peito, cercando seu coração. Sentiu dor. Sentiu medo. Sentiu raiva. Sentiu-as lentamente chegando perto daquele monte de carne que bombeava sangue por seu corpo, e sentiu-o ser tocado pela Maldade. Enfim, veio o grito rasgando sua garganta, e escuridão, enquanto seu velho conhecido sorria ao longe.


Enzo acordou assustado. Sentia cada veia de seu corpo queimando, o coração batendo forte. Estava deitado em seu chalé, ensopado de suor. O teto de mármore branco e recheado de nuvens refletia de leve a luz do braseiro que queimava ali ao lado, de frente à grande estátua.

Espere. Aquele não era o chalé 6.

Enzo levantou-se rapidamente. Estava no chalé 2. O chalé de Hera. Como sempre, vazio. Havia ali apenas ele e a grande estátua da deusa, encarando-o de cima com um olhar de quem poderia tanto abraçá-lo quanto parti-lo ao meio com um raio. O clima frio e escuro indicavam que devia ser noite. O que fazia ali?

As chamas estalaram.


Levante.
Venha.
A noite está bela, minha pequena gramínea,
e ela é apenas uma criança.
É hora de brincarmos.
Saúde as estrelas...

Gean abriu os olhos. Diferentemente do normal, não sentiu a sonolência comum ao pós-despertar. Sentia-se perfeitamente acordado. Sabia e quem era aquela voz doce que sussurrava em seus ouvidos. Sabia quem havia lhe mostrado aquelas raízes, aquela pedra, aquela força imparável que lhe enchia o peito, queimava seus pulmões e lhe proporcionava um misto de dor e prazer. Êxtase. Ódio, devoção e dúvida. Havia algo mais no sonho. Havia calor, luz e nostalgia. E aquela melodia calma, que ia contra tudo o que acreditava. Como um barco velejando contra a brisa.

Levantou-se. Saúde as estrelas, dissera sua deusa.






Calamidade - O Alento das Deusas - Enzo Stark e Gean Williams Tumblr_mevfj4SmHQ1ra6fcq
#1

Ω Enzo Stark

Ω Enzo Stark
Filho(a) de Apolo
Filho(a) de Apolo
Eu podia jurar que havia dado boa noite para alguns de meus irmãos no chalé de Apolo antes de ir para minha cama e finalmente descansar depois de mais um dia rotineiro no acampamento. Pelo visto, me enganei. Dor, medo e angústia se misturaram de uma forma que eu não era capaz de diferenciar quem era quem naquele momento. Eu estava com as mãos tremendo como nunca, banhado em suor e com uma sensação de ser queimado internamente, a ponto de me fazer ficar ofegante. Um pesadelo. De longe o pior que já tive em toda essa vida de semideus e profeta. Saltei imediatamente da cama à procura de um copo d'água para tentar me acalmar e quem sabe, voltar a dormir. Caminhei alguns passos ainda sonolento e com certo cuidado para não acordar ninguém, até que reparo que estou realmente sozinho.

Olhei rapidamente para trás e percebi que aquela não era minha cama habitual. Também Não havia ninguém por perto. Eu estava dentro do espaço que me foi concedido pela própria rainha do olimpo, minha matrona, Hera. Minha ação natural foi a de procurar por algum sinal de Léo, Cripto ou Aaron, mas nenhum deles estava lá essa noite. A estátua colocada em sinal de homenagem e respeito à deusa parecia me encarar e, por um momento achei ter ouvido sua voz. Mas espera, como eu vim parar aqui?

Bati na minha própria cara pelo menos três vezes antes de me dar conta de que não era mera alucinação. Eu estava realmente no chalé de Hera. É, talvez ouvir sua voz era exagero, mas a forma como eu estava sendo fitado me deixava apreensivo. O que isso significa, afinal? Lembro-me então daquele do pesadelo. Respiro fundo e faço uma breve prece à deusa em busca de algum sinal ou auxílio. Aparentemente ainda era noite, e por algum motivo, sinto que será bem longa.



Nível Nível 20 - Recompensa Sagrada II: Hera é a deusa das recompensas e bens materiais. Um campeão de Hera tem mais possibilidade de ganhar recompensas como itens e dracmas melhores em missões. (Sempre ganha + 20% de Dracmas)


"Dias felizes não existem, existem apenas dias em que você sorri mais que os outros."
#2

Gean Williams

Gean Williams
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
Tive um sonho estranho durante essa noite. Sombrio, cruel. Via as sombras ao ápice da sua escuridão. E sentia que uma mão tão negra quanto elas, me controlava, como uma peça em um jogo de xadrez. Uma única peça. Não havia rei, cavaleiro, nem torre ou peão. Apenas Gean. O cavaleiro Negro. De frente às peças brancas. E nelas havia um único adversário. Enraizado em escuridão. Virei às costas. Havia algo familiar na peça branca.
 
Era como uma canção, que eu havia escutado há muito tempo. Eu ouvia ela novamente, mas não me lembrava mais de sua letra. Ignorei essa sensação. Mastiguei a iluminação, cuspi-a e taquei ao fogo negro. Não havia mais espaço pra isso. Eu era o cavaleiro que vaga nas sombras e surge delas, a espada que corta as estrelas. E o destino final dos romanos.
 
Eu tinha que recuperar Kadie, minha irmã, enlouquecida pelos romanos e amaldiçoada pelos deuses deles. Ele roubaram-na de mim, e para toma-la de volta eu preciso ser forte. E minha força vem da escuridão. Por isso, deixei-a e deixo consumir-me diariamente. Me afogando e matando mil vezes, até que minha alma seja confundível com um cadáver, de tão podre e enegrecida que se tornou.
 
E foi assim que meus olhos se abriram. Não lembrava onde havia dormido. Vivi os últimos dois anos vagando. Viajando entre o submundo, entre as cidades. Às vezes durmo em becos, em telhados, ou até mesmo em florestas. Não temo as coisas que acontecem comigo. Mas já durmo com minha armadura e itens prontos. É desconfortável, mas já me acostumei.
 
Minha armadura:



Foram poucos os dias que visitei o Acampamento. Lá me permito descanso. Mas entrego-me ao caos e ao sangue assim que a oportunidade surge. O cavaleiro negro vaga. Escondido, aguardando.
 
Levante.
Venha.
A noite está bela, minha pequena gramínea,
e ela é apenas uma criança.
É hora de brincarmos.
Saúde as estrelas...
 
Ergui-me. Pronto. O modificador de voz do capacete trazia o aspecto fantasmagórico à minha respiração. Instintivamente rugi. Não para assustar ninguém, não para me sentir forte. Mas porque já não tinha mais como lutar com o diabo. Afinal, ser seu próprio inimigo é uma fraqueza.
 
- Onde? - Rosnei ao ar. Com a voz saindo do capacete igual a um demônio. Não sabia o que me acordou, nem que sonho era aquele.
 

Mas sentia. Eu tinha uma missão. 

Equips:
Obs dos Equips:



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I'm tired of this shit...
#3

Hades

Hades
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
O filho de Apolo anda de um lado para o outro, levemente confuso. Lembrava-se de dar boa anoite aos irmãos, mas acordara ali, sozinho. Mesmo os outros campeões estavam ausentes.

Ainda desorientado, Enzo se ajoelha diante do Braseiro, fazendo uma prece à sua deusa.

As chamas do braseiro crepitam e brilham mais forte. O calor do fogo se espalha pela sala e sua luz lança sombras sobre as paredes.

Há muito tempo, meu caro Campeão -- Fala a voz da deusa. A voz da mulher representada naquela estátua fria de mármore -- Uma deusa renegada deu a luz a demônios.

Enzo viu-se diante de uma pequena vila. Tudo parecia bem. Pessoas caminhavam nas ruas, crianças corriam uma atrás das outras. Os velhos assistiam de suas janelas. Mas então, uma sombra encobriu o lugar, e trouxe a noite mesmo de dia.

Os velhos tossiram. As crianças choraram. Vinhas negras brotaram do chão, serpeando como cobras pelas ruas, percorrendo a cidade e trazendo a ruína. Em momentos tudo o que havia ali era dor. Choro, torre, espirros e desespero.

Eu e meu marido cometemos um grave erro no passado, meu pequeno. Banimos do Olimpo uma filha por motivos que... Que talvez, penso hoje, não tenham sido justos. E ela jamais aceitou nossa decisão.

Enzo viu uma mulher alta e magra. Seu rosto ossudo e seus olhos negros intensos o encararam em sua visão. Eles clamavam, gritavam e suplicavam apenas uma coisa: Vingança. Dor. Discórdia. Enzo sentiu o próprio peito ardendo.

Nossa filha, cheia de discórdia no peito, criou seus demonios para, um dia, vingar-se. Deu a luz à fome, à mentira e ao ódio... E corrompeu os mortais, um após o outro. Pôs impérios abaixo e trouxe carnificina às montanhas. Tomou-nos muito tempo até conseguir controlá-los...

Enzo viu um enorme cavalo feito de madeira parado à frente de portões igualmente grandes. Viu guardas encarando a enorme obra-prima. Ele conhecia aquela história. Ele sabia o que era quele cavalo. O Cavalo de Tróia. A queda do império. Uma guerra incitada por pura discórdia.

Agora, esta nossa filha tenta libertar um de seus demônios, com muito sacrificio aprisionado pelos pobres mortais. Ela enviará um dos seus. Enviará uma semente, uma gramínea de corrupção e desordem. Um broto de sombras. E cabe a você, meu Campeão, ser a luz a queimar mais forte.

Enzo conseguia sentir os olhos da estátua presos nele, por mais que encarasse as chamas. Sentia o peso da responsabilidade, sentia a pressão da deusa cercando-o de lá de cima no olimpo.

Eu lhe peço, filho. Vá até a necrópole caída. Até a cidade fantasma, onde o homem dito santo vive. Siga para a terra dos Outros, para a terra dos que vestem roxo... Você encontrará a semente. E encontrará a prisão do demônio. Um precisa ser destruído. O outro, salvo.

Aos poucos, a presença da deusa sumiu do recinto. E enzo sentiu-se estranhamente vazio.


Eu disse SAÚDE AS ESTRELAS :bitch:

Gean sai do chalé trajando sua estranha armadura. A noite estava estranhamente escura, estranhamente silenciosa. Mesmo para ele, um filho de Hades, estava difícil enxergar.

O garoto seguiu caminhando sobre a grama, beirando a floresta. As árvores pareciam dançar uma valsa silenciosa com o vento. Pra lá, pra cá, pra lá, pra cá... Num ritmo lento e constante.
Geã olhou para o céu, para as estrelas além das nuvens fracas. Estrelas. Muitas, então poucas. Foram sumindo no céu uma a uma enquanto ele as encarava. Era como olhar uma cidade de cima ao anoitecer, enquanto as pessoas apagavam as luzes de suas casas uma a uma. Até que sobrou apenas uma. Apenas uma estrela brilhando vermelha no céu.

Aí está você, minha semente - Falou a mesma voz que o despertou. Parecia vir de cima e de baixo. Das árvores e da grama. Do vento, dos átomos no ar, mas ele sabia que estava em sua cabeça.

Sim, você... Você é perfeito. Meu pequeno anjo negro, minha romã...

Uma risada sufocada encheu o ar.

Seu irmão precisa de você, meu pequeno. EU preciso de você. Nós precisamos! Ele está preso há tempo demais, parado há tempo demais, fraco há tempos demais! O sobro de imortalidade que o mantém vivo não suportará muito tempo, não, não, não...

Enquanto encarava a estrela, cenas aleatórias se passavam diante do semideus. Viu uma fazenda entregue às moscas enquanto os cavalos se comiam e os bodes devoravam as galinhas. Viu pai e filho tentando se matar à porta de casa, enquanto uma mulher espancava um bebê chorão. Viu um campo de batalha banhado em sangue enquanto homens lutavam vestidos de ódio e brandindo ira. Viu os gregos irrompendo do cavalo de tróia e invadindo o Império. Viu morte e dor. E em cada cena ele viu também uma sombra. Pôde vê-la pelo canto dos olhos, como se estivesse observando tudo ao seu lado. Conseguiu ver seu sorriso, conseguiu ver suas vestes negras, seu rosto branco, os vários membros que projetavam-se de seu corpo.

Ele precisa ser liberto, precisa ser liberto! Precisa corromper o coração dos homens mais uma vez, só assim teremos vitória, meu caro! Só assim seremos plenos!

Gean sentiu a empolgação doentia que emanava de sua mestra, contagiando-o. Viu uma rocha estranha. Parecia uma simples rocha, cinzenta, mas podia ver gravuras em sua superfície, entalhadas em baixo relevo, encrustadas no minério. Na mesma hora que a viu, odiou aquela rocha e quem a criou. Odiou o chão sobre o qual ela estava, e as tochas que a iluminavam.

Vá! Vá ao oeste! Vá até os túneis abandonados onde apenas os fantasmas amargurados vivem. Vá até a cidade enterrada sob crenças. Crenças dos tolos, nojentos mortais que aprisionaram meu bebê! Desça, mate, arranque a carne. Inverta aquela cruz e os estupre com ela! Siga para a cidade santa. A cidade onde o tal Deus habita. Onde os anjos lhe olham de cima e apontam suas lanças para sua cabeça.

A voz de Éris foi se tornando cada vez mais fraca. As estrelas voltaram a surgir, uma a uma, à medida que o astro vermelho se tornava menos luminoso no céu.

E não deixe nenhum raio de luz entrar em seu caminho...






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#4

Ω Enzo Stark

Ω Enzo Stark
Filho(a) de Apolo
Filho(a) de Apolo
Os contos da deusa renegada não demoraram a serem associados à deusa Éris. Não que eu fosse um conhecedor da mitologia e seus contos, mas, todos ouviram falar da guerra de Tróia. Mesmo sendo uma pessoa com TDAH, era capaz de assimilar algumas coisas na escola. No mundo dos semideuses ainda havia mais alguns contos e livros sobre acontecimentos do passado, e por isso não fiquei muito surpreso ao saber que minha rainha estava falando de sua própria filha.

O problema é que o pior estava por vir, como sempre. Eu havia sido designado para impedir o renascimento de alguma criatura ~Lhoka~ relacionada à deusa que originou algumas das coisas mais horrendas que existem na humanidade. O mais intrigante, todavia, era o fator de haver uma “semente” que seria enviada para fazer esse trabalho.

Deduzi quase que instantaneamente que aquela “semente” estava no meu pesadelo. Se eu já estava me sentindo mal com o cansaço e o susto de acordar no meio da madrugada, associar tudo aquilo a uma possível realidade me fez querer vomitar. Obviamente eu não fiz nada disso.

Respirei fundo, voltei discretamente ao chalé de Apolo para pegar meus equipamentos. Tentei relaxar alguns minutos em minha cama. Ali eu me sentia minimamente feliz. Ver todos aqueles moleques dormindo tranquilamente, como se estivessem despreocupados me fez abrir um meio sorriso involuntário, e pensar no bem estar deles também me ajudava a me acalmar e tentar ser um pouco mais racional. Aos poucos, tento controlar minha respiração e colocar os miolos pra funcionar. Pensar em possibilidades acerca de onde eu deveria ir.

“Necrópole caída” e “cidade fantasma” não eram lá as melhores pistas. “O lugar onde o homem dito santo vive”, todavia, era algo chamativo. Eu olhava para o teto enquanto começava a imaginar um lugar. Depois de alguns minutos, subo a colina do acampamento, ainda à noite, tendo cuidado para não ser barrado pelas harpias sentinelas. Procuraria por Argos e lhe pediria uma carona até o aeroporto. Sendo ele alguém ligado a Hera, talvez possa me quebrar esse galho.

- Acho que vou pra longe dessa vez – Digo pensativo. – O Vaticano seria um lugar interessante? – Indago, apesar de saber que não receberia resposta alguma. Argos não fala, afinal de contas.

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#5

Gean Williams

Gean Williams
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
Não sei se faço o certo, nem se isso é correto, mas não importa porque eu continuo fazendo. Vivo em arrependimento e sofrimento, abandonado pela minha mente e suas incertezas. Sabe? É uma tortura diária. A lâmina de dor atinge-me em todos os cantos do corpo, de todas as direções, e eu não sei quem é que segura o seu cabo. Talvez seja o diabo, talvez seja meu subconsciente, ou talvez os dois sejam a mesma pessoa.
 
Sim, você... Você é perfeito. Meu pequeno anjo negro, minha romã...
 
Éris havia me chamado, um dia, para entrar no seu grupo. Aceitei sem hesitar.
 
Seu irmão precisa de você, meu pequeno. EU preciso de você. Nós precisamos! Ele está preso há tempo demais, parado há tempo demais, fraco há tempos demais! O sobro de imortalidade que o mantém vivo não suportará muito tempo, não, não, não...
 
Vi imagens passando na minha frente, flashes daquilo que aconteceu no passado. Eu conhecia aquelas histórias. Eu vi o caos e a loucura expressos de diferentes formas, mas mantendo sua essência pútrida e maldita. Em cada cena eu via uma sombra, tão negra quanto a tempestade que carrego no fundo da alma. Era magnífica.
 
Ele precisa ser liberto, precisa ser liberto! Precisa corromper o coração dos homens mais uma vez, só assim teremos vitória, meu caro! Só assim seremos plenos!
 
Maldita seja a rocha.
 
Vá! Vá ao oeste! Vá até os túneis abandonados onde apenas os fantasmas amargurados vivem. Vá até a cidade enterrada sob crenças. Crenças dos tolos, nojentos mortais que aprisionaram meu bebê! Desça, mate, arranque a carne. Inverta aquela cruz e os estupre com ela! Siga para a cidade santa. A cidade onde o tal Deus habita. Onde os anjos lhe olham de cima e apontam suas lanças para sua cabeça. E não deixe nenhum raio de luz entrar em seu caminho...
 
Com as ordens de Éris ecoando em meu cérebro e pela floresta, senti-me revigorado pelo ódio. Não sabia de onde ele vinha, nem porque havia alcançado meu coração. Mas ele existia. Ele me forçava a apertar o cabo da espada com mais força. Senti a terra sobre meus pés uma última vez, e encarei o céu noturno mais uma vez.
 
Ergui meu anel até a boca, e assoviei. Invocando um cão infernal de nível mediano. Já estava me acostumando a percorrer grandes distâncias pelas sombras. E apesar das poucas palavras, eu entendia o que Éris havia me dito, eu sabia o meu caminho, a Cidade Santa. Onde os mortais adoram o Deus invisível. O vaticano.
 
Às vezes, em momentos aleatórios, perguntava-me se meu pai ainda pensava em mim, em Kadie. Da última vez que encontrei a minha irmã, ele me deu poder o suficiente para aguentar uma batalha contra o Pretor. Então, Éris chamou-me para servi-la. Os dois Deuses me deram força, juntos, e até hoje é essa força que me faz levantar todos os dias. Esse instante, na floresta, era um desses em que meu pai vagava pelos confins da minha mente. Afoguei essas ideias por hora.
 
Sentei-me sobre o cão infernal. E dei a ordem.

- Para o Vaticano.



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#6

Hades

Hades
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
O filho de Apolo voltou para seu chalé. Sentou-se diante de sua cama, inspirou, expirou e ali permaneceu, observando seus irmãos. Sangue de seu sangue. Todos dormiam em paz, e paz era tudo o que o garoto não tinha, no entanto.

Saiu do chalé munido de seus equipamentos e subiu a colina. Ali estava Argos. Ele sempre estava, era verdade, mas naquele dia ele estava bem à mostra, em frente ao pinheiro, acariciando a cabeça do dragão adormecido. Uma dezena de olhos sonolentos, como quem acabara de acordar, encararam Enzo enquanto ele subia, como se o aguardassem.

Argos lançou um olhar indagativo ao garoto quando este finalmente o alcançou.

- Acho que vou pra longe dessa vez –- Fala o menino-– O Vaticano seria um lugar interessante?

O homem acena e caminha, descendo a colina, indo em direção ao carro lá em baixo. Enzo se pergunta se Hera tinha entrado em contato também com o homem. Era provável. Descendo a colina, enzo segue argos, e ambos entram no carro. Argos dá a partida e eles partem pela estrada em direção a NY.

A interestadual estava livre, e a viagem foi tranquila. Quarenta minutos depois eles paravam em frente ao aeroporto. Argos enfia a mão no porta-luvas e tira de lá um gordo envelope. Ele entrega-o para o garoto e acena, seus vários olhos piscando simultaneamente.

Enzo sai do carro e Argos parte. Dentro do envelope ele encontra uma passagem e algumas cédulas de Seja-lá-qual-for-a-moeda-do-vaticano.



O garoto inspira o frio ar da noite e assopra seu anel prateado. As sombras dobraram-se, torcendo-se como se estivessem vivas e, diante do pivete, surgiu a fera negra de olhos vermelhos. O cão farejou o ar e rosnou para o topo da colina, um tremor profundo escapando do fundo da garganta. Gean olha naquela direção e tem a leve impressão de ter visto alguém movendo-se ali, desaparecendo do outro lado da colina.

O menino dá de ombros e monta seu cão. Ele diz seu destino e as sombras os envolvem. Sombras fortes demais. O suficiente para que mesmo um filho de Hades se sentisse cego dentro delas.

Segundos depois o vento frio voltou a golpear sua pele. Estava em um beco úmido e apertado. De ambos os lados casas altas erguiam-se, e a única saída dava para uma rua razoavelmente parada. Vez ou outra um carro cortava o silêncio da noite.

O cão treme abaixo de Gean.






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#7

Ω Enzo Stark

Ω Enzo Stark
Filho(a) de Apolo
Filho(a) de Apolo
Vou ao aeroporto e compro algumas malas em uma loja qualquer. O dinheiro mortal seria útil para isso, afinal, carrego comigo uma quantidade imensa de equipamentos que apesar de possuírem a aparência mascarada pela névoa, não podem passar despercebidos por detectores de metal. Com exceção de meu arco que fica numa tatuagem mágica e alguns anéis, todo o resto deveria ser embalado para despache.

Organizo tudo de modo que as coisas sigam para a esteira no momento em que faço meu check-in e carrego em minha mochila tudo o que não for de metal, como o kit de primeiros socorros, a lira e alguns outros suprimentos curativos.

Se não houver nenhum indício de problemas como o surgimento de monstros ou criaturas suspeitas, embarco tranquilamente e durante a viagem, toco [Música da Cura] para recuperar minha energia por completo. Se possível, tento tirar um cochilo, haja vista que não dormi direito. É claro que além de descansar, espero receber mais algum desses sonhos que mais parecem premonições. Quem seria aquela pessoa? Como seria o tal demônio. É complicado demais pensar em coisas assim, mas é o que tem pra hoje.

Habilidades Relevantes:

Habilidade Ativa:



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