Charlie sentiu o fedor podre de carne morta. Sentiu o cheiro de fumaça e o odor úmido do subterrâneo. Sentia as narinas arderem e os pulmões se contraírem em protesto ao ar tóxico. Sentia o corpo coçar e os olhos falharem. Sentia o sangue escorrendo pela pele. Seu sangue, diga-se de passagem. Uma pedrinha caiu em sua cabeça. Depois outra. O chão vibrava sob seus pés, e o som das chamas crepitava no ar. O corte em seu abdome queimou, como se estivesse sendo aberto de novo, e a escuridão puxou o filho de Ares para sua cama.
Charlie ficou ali, tão confuso quanto se podia estar, deitado de costas no colchão duro, encarando o telhado vermelho de seu chalé. Seu peito coçava. Mas não havia ferimento algum ali. O garoto levou um tempo até convencer a si mesmo de que havia sido apenas um sonho aleatório. Ou, ao menos, tentar.
O guri levantou-se, sentando na beira da cama. A noite estava perturbadoramente silenciosa. Nem o som das forjas, nem a música incessável no chalé de Apolo, nem as brigas de seu próprio chalé. Lá fora, a lua brilhava com uma luz tímida. O filho de ares ouviu um som estranho no telhado, como se as telhas estivessem saindo do lugar. Segundos depois algo bate na janela e cai. Ele só consegue ver a mancha vermelha deixada no vidro do lado de fora.
Charlie ficou ali, tão confuso quanto se podia estar, deitado de costas no colchão duro, encarando o telhado vermelho de seu chalé. Seu peito coçava. Mas não havia ferimento algum ali. O garoto levou um tempo até convencer a si mesmo de que havia sido apenas um sonho aleatório. Ou, ao menos, tentar.
O guri levantou-se, sentando na beira da cama. A noite estava perturbadoramente silenciosa. Nem o som das forjas, nem a música incessável no chalé de Apolo, nem as brigas de seu próprio chalé. Lá fora, a lua brilhava com uma luz tímida. O filho de ares ouviu um som estranho no telhado, como se as telhas estivessem saindo do lugar. Segundos depois algo bate na janela e cai. Ele só consegue ver a mancha vermelha deixada no vidro do lado de fora.