Ω Nome: Drake Silverthorn

Ω Idade: 15 anos

Ω Aparência: Possui 1.70 de altura, o que pode ser considerado alto para a idade. Cabelos loiros ligeiramente arrepiados. Olhos dourados, brilhando em uma pele pálida como se o sangue lhe tivesse sido arrancado.
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Características Psicológicas: Na maioria do tempo é contido, não costuma a falar mais que o necessário, ou sorrir mais que o necessário. Quando sozinho, seus olhos demonstram uma total determinação em alcançar seus objetivos, mas ao estar com sua irmã, esta chama se abala, com o remorso que tem em condená-la a essa vida. Apesar disso, sua presença é uma das poucas coisas que o faz sorrir.

Ω Humor: Quando na presença de sua irmã, é calmo e alegre, sendo capaz de sorrir e verdadeiramente se divertir na presença dela ou de outras pessoas. Afastado dela, tende a ser mais calado, buscando esconder de outros além de Merídia Silverthorn, de sua doença.

Ω Três Qualidades: Leal, otimista, gentil.  

Ω Três Defeitos: Orgulhoso, doente, dificuldade de relacionar-se com outros além de sua Irmã.

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Ω História:
A vida dos gêmeos Silverthorn nunca pareceu um passeio em alguma paradisíaca praia da Califórnia... Principalmente por morarem em Detroit.

Enquanto a vida de crianças normais era repleta de corridas e atividades agitadas, como futebol ou basquete, a vida de Drake até sua adolescência se formou dentro de priões e lutas... Sendo sua luta mais épica, contra um inimigo mais patético: a si mesmo.

Nascido com um raro tipo de leucemia,  mieloide aguda, que faz com que sua medula produza células estranhas, dificultando a produção de seu sangue, forçando-o a passar sua vida inteira sem poder sequer ir a escola ou fazer amigos, tendo em sua irmã gêmea, Merídia, sua melhor amiga, confidente, protetora ao lado de sua máquina de hemodiálise, que renovava seu sangue e o mantinha vivo.

Sua mãe, uma poetisa conhecida no cenário local como Amélia Silverthorn procurava livrar-se da impotência com vinho, e suas histórias encantadas, as quais mergulhava como se pudesse afogar-se nelas, além de tentar ensinar ao disléxico a ler e escrever, coisas que sua irmã aprendia em uma escola convencional.

Apesar das tentativas de descrição de sua Mãe e do amor mais que infinito de sua Irmã, Drake sabia que cada gota de seu sangue era preciosa, mas não poderia mais permitir-se ficar preso em uma cama ou máquina... E sem o conhecimento de sua mãe, inspirado por O Senhor dos Anéis, inscreveu-se em aulas de arquearia, provando-se incrivelmente bom, em uma das poucas atividades que poderia praticar sem o risco de sangrar até a morte... E Logo, carregou sua irmã para praticar consigo, criando nisto,  o segredo.

Ao regressar do campo de treinamento algum dia, tentando entrar furtivamente em seu quarto de hospital, Drake e sua Irmã se surpreendem com a imagem de Amelia e o Hematologista de Drake, ouvindo apenas as palavras: Crônico e incurável.
Drake nunca havia entendido o poder das palavras, até estas duas arrancarem-lhe o ar, as forças, mas não a gravidade, como notou ao cair de joelhos nos chãos, ao entender... Não haveria o que se fazer e estaria o jovem fadado a esta prisão e lutas diárias, até subitamente morrer, deixando de viver cada segundo do  amor de sua irmã, cada um dos dias de sol e cada um dos segundos entre o som de seu disparo e o som do alvo sendo atingido.

Semanas se passaram, e a incerta certeza da finitude na morte, que alguns tinham, havia se tornado uma certeza para Drake. O menino sequer encontrava forças para levantar da cama, apesar das incessantes lágrimas de sua irmã, e dos pedidos de sua irmã, até que o dia da reviravolta chegou.

Numa noite repleta das ventanias típicas de outono, Amelia sentou na cama de Drake, ao lado de seu filho, com uma garrafa de vinho pela metade e olhos marejados. Merídia ainda estava acordada, conversando com seu irmão, até sua mãe lhe interromper, com tom de urgência, entregando a Drake um bilhete, contendo um endereço

-- Meus filhos amados... Sóis de minha vida. Merídia, você sempre foi extremamente sensível ao que parecia acontecer no futuro. Drake, eu sei de suas aulas de arquearia e sei que é sensacional nelas. O Pai de vocês dois também era..

Nesse momento, Amélia tomou um momento para respirar, como se precisasse criar coragem para poder falar o que viria depois. Após um segundo que mais pareceu uma eternidade, ela continuou:

-- ... Mandem esta carta para este endereço. Lá, crianças especiais se protegem, crianças filhas de homens como seu Pai, os filhos dos Deuses.
Drake, não mentirei pra ti meu filho, indo pra este lugar, tu terás uma vida arriscada, perigosa, poderá morrer mais cedo. Mas talvez, apenas talvez, você se torne forte o suficiente para se curar, mas acima de tudo, proteja a si e a Merídia, ok?

E com este peso de escolha em meu colo, olho para Merídia... Poderia Drake pedir a Merídia que desafiasse a morte milhares de vezes, condenando-a a guerra constante, como sempre fez, pelo desejo de curar-se?
Os olhos do garoto vidram, olhando para suas pernas, tentando decidir, até Merídia tocar-lhe o ombro e sorrir, dizendo:

-- Irmão... Serei seu corpo, quando você estiver fraco demais pra lutar. Meu sangue será seu quando dele precisar. Serei a sombra, que te seguirá até os confins da terra, pra fazer-lhe se curar... Para proteger você, de tudo e de todos que se aproximem. E até que se cure, eu abdico de mim mesma por você. A sua vontade será a minha vontade. O meu sorriso será sempre seu, como meu coração. O resto do mundo apenas o verá quando você triunfar. É uma promessa.

Com um sorriso e uma frase de agradecimento, Drake encontra forças para levantar-se da cama, correndo atrás de uma mochila com suas roupas e materiais que julgara importante, preparando-se para junto de sua Irmã, fortalecerem-se e salvarem-se.