A voz do Fim era como carvão contra a parede de uma caverna mal iluminada.
O tempo era fluído por aqui. E o filho de Ares já não sabia se haviam passados semanas, anos ou vidas. Só sabia que, naquele espaço de tempo, havia testemunhado coisas que não gostaria de ter visto.
Viu um anjo. O mais belo de todos os anjo. Seu rosto parecia ter sido esculpido com o amor, e as suas asas eram feitas de lágrimas dos deuses. Sua voz era a primeira brisa do verão. E, mesmo assim, ele caiu. Por sua ganância.
Viu um homem. Só mais um. Um, entretanto, que era todo ao contrário. Em seu coração, ao ver todas as injustiças do mundo, queria dizer "eu odeio". Ao abrir a boca, entretanto, o divino em seu espírito lhe fez dizer "eu amo". E, por ser ao contrário, disse ao mundo "amor, amor e amor". E eles entenderam "ódio, ódio e ódio".
Viu também quando nem mesmo o Fim ainda existia. Quando o eterno era tudo o que havia. Quando as coisas eram planos e não se alteravam. E que alguém, lá no fundo, sussurrou algo e gerou uma ideia na cabeça do Criador.
Estavam novamente em Kansas.
Naquele restaurante italiano que o Fim tanto gostava. Comendo um macarrão à carbonara. Foi a primeira vez, em todo esse tempo, que olhou com atenção aos olhos daquela entidade. Via o seu próprio reflexo. Via o mundo inteiro.
Via um abismo.
- Você tem que ir agora, criança. Mas eu tenho um último trabalho para você. - Fez uma pausa para beber do seu vinho tinto. -Apesar de mais velha do que eu, há uma criança que ainda chora. Perdida por aí. Mesmo por baixo de sua maquiagem de indiferença. Você saberá quando encontrá-la. Tem um encontro marcado com ela. Todos temos. Mesmo eu. O irmão dela é mais fácil de alcançar, e ele estará onde quer que os iludidos estão...
O tempo era fluído por aqui. E o filho de Ares já não sabia se haviam passados semanas, anos ou vidas. Só sabia que, naquele espaço de tempo, havia testemunhado coisas que não gostaria de ter visto.
Viu um anjo. O mais belo de todos os anjo. Seu rosto parecia ter sido esculpido com o amor, e as suas asas eram feitas de lágrimas dos deuses. Sua voz era a primeira brisa do verão. E, mesmo assim, ele caiu. Por sua ganância.
Viu um homem. Só mais um. Um, entretanto, que era todo ao contrário. Em seu coração, ao ver todas as injustiças do mundo, queria dizer "eu odeio". Ao abrir a boca, entretanto, o divino em seu espírito lhe fez dizer "eu amo". E, por ser ao contrário, disse ao mundo "amor, amor e amor". E eles entenderam "ódio, ódio e ódio".
Viu também quando nem mesmo o Fim ainda existia. Quando o eterno era tudo o que havia. Quando as coisas eram planos e não se alteravam. E que alguém, lá no fundo, sussurrou algo e gerou uma ideia na cabeça do Criador.
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Estavam novamente em Kansas.
Naquele restaurante italiano que o Fim tanto gostava. Comendo um macarrão à carbonara. Foi a primeira vez, em todo esse tempo, que olhou com atenção aos olhos daquela entidade. Via o seu próprio reflexo. Via o mundo inteiro.
Via um abismo.
- Você tem que ir agora, criança. Mas eu tenho um último trabalho para você. - Fez uma pausa para beber do seu vinho tinto. -Apesar de mais velha do que eu, há uma criança que ainda chora. Perdida por aí. Mesmo por baixo de sua maquiagem de indiferença. Você saberá quando encontrá-la. Tem um encontro marcado com ela. Todos temos. Mesmo eu. O irmão dela é mais fácil de alcançar, e ele estará onde quer que os iludidos estão...
Última edição por Zeus em 01/12/16, 11:17 pm, editado 1 vez(es)