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A Palavra - Amy Lee Empty A Palavra - Amy Lee

por Baco 21/01/20, 02:57 pm

Baco

Baco
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Ainda era inverno no Acampamento. A neve havia recebido permissão dos conselheiros para ultrapassar a barreira mágica e repousava suavemente ao chão, criando um fino cobertor. O clima combinava com o semblante exposto nos rostos dos campistas: Frieza. Mesmo já se passando meses, ainda colhia-se os frutos da Guerra. Alguns ainda estavam de luto pelos parentes e amigos, outros ainda enterravam os corpos. Manhattan havia se tornado um cemitério gigante.

Amy se encontrava em seu chalé, deitada. Ela observava pela janela os flocos de neve caindo, curtindo o calor provindo do chocolate quente e do cachecol. Ela consegue observar dali o lago de canoagem, que agora estava com uma fina crosta de gelo por cima. Perdia-se nos pensamentos de quantas horas havia passado dentro daquelas águas, treinando. Foi uma batida na porta que a pegou de surpresa e quase a fez derrubar a xícara.

A garota abre a porta, e até mesmo pela fresta pôde sentir o frio invadindo o chalé. Um sátiro se encontrava embaixo de uns 2 casacos, tremendo. Ele anuncia que alguém estava esperando a garota na Casa Grande e que era urgente.

#1

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por Amy Lee 21/01/20, 03:34 pm

Amy Lee

Amy Lee
Filho(a) de Poseidon
Filho(a) de Poseidon
É uma vida mais difícil que o normal, correr de monstros, brandir espadas, lanças e tridentes. Aprendi cedo que as pessoas morrem, e também tive que lidar mais de uma vez com essa dor. Às vezes eu me perguntava se os filhos de Hades lidavam melhor do que eu com o luto, mas eu duvido. Morte é morte, nela não existe alegria. 

Estes pensamentos fizeram com que eu me ajoelhasse. Fiz a persignação, e pedi em uma voz baixa o suficiente para não chamar a atenção dos meus irmãos, mas alta o suficiente para que Ele ouvisse, não era difícil, Ele sempre ouvia. Mais agradeci do que pedi, agradeci por ter tido forças até esse dia, por ter superado desafios tão assustadores, e por Ele ter ficado ao meu lado durante todo esse tempo, e pedi que continuasse, eu sabia que iria precisar. 

Pelo sinal da santa cruz. Com o polegar, fiz uma cruz na testa. Livrai-nos Deus nosso Senhor. O sinal, agora era feito sobre os lábios. Dos nossos inimigos. Por fim, sobre o coração. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, amém. Persignei-me novamente, e pus-me de pé. Isso sempre acalentava a minha alma, e não importava o quanto a neve se esforçava para me enfraquecer, ela não conseguia o fazer, pois o calor do amor dEle inundava meu espírito. 

Quando vi o pobre sátiro batendo à porta, não pude deixar de me entristecer. Pobrezinho. Pensei. Ofereci que entrasse, estava quente dentro do chalé, dar-lhe-ia um chocolate quente se necessário, não poderia suportar vê-lo naquela situação. Ainda assim, não desrespeitaria a urgência, estenderia o convite para que ele ficasse ali o tempo que achasse melhor e tiraria de meu baú tudo que eu considerasse necessário, encheria meus cantis e sairia, dirigindo-me até a Casa Grande com um casaco sobre os meus equipamentos. 

Equipamentos:
Elmo Comum
Peitoral de Couro
Tridente
__________________
Acessórios:
Cantil [2x]
Concha de Nautilus*
- Colar de Peixinho
__________________
Mochila Comum:
- Dólar de Areia ***
__________________
Descrição:
Colar de Peixinho: Um colar com o esqueleto de um peixinho entalhado em uma rocha. O colar armazena magicamente 2l de água que poderão ser usados pelo filho de Poseidon. Depois de consumidos, este começará a encher novamente, usando a umidade do ar. Em condições normais demorará 5 rodadas para encher, e varia de acordo com a umidade do lugar.
*** Trata-se de uma moeda do tamanho de uma bolacha e quase deformada. Em contato com a água, ou quando quebrada, ela torna qualquer derivado de seu elemento potável em um raio de 2 metros. Ela volta ao Bolso do jogador ao fim da narração, ou a critério do narrador. Não faz a água aparecer perto de onde o personagem estiver.

#2

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por Baco 21/01/20, 04:00 pm

Baco

Baco
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Amy sente compaixão pelo pobre sátiro e o aconchega no chalé. Quando a garota saiu, o mesmo esboçava um sorrisso torno entre os lábios e segurava uma caneca de chocolate quente. Cobrindo seus equipamentos com suas roupas, Amy segue em direção á Casa Grande. Em algum momento no meio do caminho, a garota não consegue perceber mais a neve, como se a mesma se afastasse da construção de 3 andares. Ela também começa a sentir um calor em seu peito, aquecendo o resto do corpo por consequência.

Ela sobe as escadas da frente e abre a porta. Assim que passa, a sensação que sentia la fora aumentara drasticamente, fazendo com que a semideusa tirasse seu casaco quase que por obrigação.

-Olá. - Diz uma figura sentada em uma toalha de mesa próxima á lareira acesa. Sua voz fazia todos os músculos relaxarem e forçava as preocupações à irem embora. Ela olha para a semideusa e faz um gesto com a mão, convidando a garota a se sentar ao seu lado. - Precisamos conversar.

#3

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por Amy Lee 22/01/20, 07:15 am

Amy Lee

Amy Lee
Filho(a) de Poseidon
Filho(a) de Poseidon
O frio é implacável, ele costuma rastejar por cada pedaço do nosso corpo, arranhando cada canto. Há quem perca as esperanças quando o frio é grande demais, ele congela seus sonhos e suas perspectivas de futuro, é um adversário formidável, a ser combatido somente com a fé.

E com ela que me enchi ao me aproximar da casa grande, um calor aconchegante inundou o lugar e eu de imediato me tornei um receptáculo da alegria. Cantarolei um louvor, e entrei pela porta daquela construção. Subi o lance de escadas e adentrei num dos cômodos, encontrando uma mulher em frente a uma lareira quente o suficiente para me fazer despir de vestes que protegiam do frio.

Sentei-me ao seu lado como pedido. Eu suspeitava que fosse uma deidade grega, mas ela não parecia rosnar para minha fé como a grande maioria, por isso lhe entreguei meu mais singelo sorriso. 

- Olá! - Devolvi o cumprimento. - Qual a razão de estarmos aqui?

#4

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por Baco 22/01/20, 10:34 am

Baco

Baco
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Amy senta ao lado da mulher, e finalmente pôde ver suas expressões. Ela possuía traços delicados, as bochehcas um pouco coradas, olhava fixamente para o fogo, como se estivesse escutando uma história.

- A água, foi o elemento original. Sua função era criar e dar suporte á vida, sabe ? O fogo, foi criado para combater a água, para consumir e destruir. Para tudo, existe o seu contrário. - Sua voz era doce e calma, passava paz e conforto. Ela se vira para a semideusa e continua. - Mas, com o passar dos Éons, as linhas que separavam essas funções foram ficando cada vez mais tênues. As águas começaram a destruir e o fogo, a curar. Eu sou um exemplo vivo disso.

Ela faz uma pausa e volta a encarar as chamas da lareira.

- O conforto, o lar, a alegria, são universais e eu consigo vê-lo dentro de você. Não importa no que você acredita ou não, o simples fato de carregar essa chama dentro de você é o suficiente. - Sua imagem começa a tremer,como um holograma perdendo a força. Entre esses tiques, Amy consegue ver as roupas da mulher mudarem, substituindo por uma manta azul adornada que cobria sua cabeça e seu corpo. - Tem alguem que eu preciso que você conheça. Seu espírito tem permissão de descer á Terra durante alguns dias. Vá até o Monte do Profeta, em Washington.

Com um piscar de olhos, a mulher some e a lareira se apaga, fazendo com que o frio invada o recinto. Amy estava sozinha agora.

#5

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por Amy Lee 22/01/20, 11:07 am

Amy Lee

Amy Lee
Filho(a) de Poseidon
Filho(a) de Poseidon
Senti acalento, e respirei tranquilidade como se fossem perfumes. Era prazeroso estar ali, ter alguém com a voz tão suave e a alma tão açucarada, são tempos amargos, sabe? A doçura vem se tornando um tempero exótico na vida das pessoas. Mantive-me em silêncio enquanto ela falava, eu gostava de ouvir, e principalmente de ouvi-la.

Sua menção à água me fez tremer. Era verdade. Graças a minha ascendência grega eu constantemente me defrontava com situações caóticas e lamentáveis, isso porque o mar é uma força implacável e irrefreável. Os homens tentam contê-lo, mas quando afundam em sua infinitude, veem-se frágeis e inferiores, há algo de sombrio em olhar para o fundo do mar e ver nada além de abismo, pois o abismo sempre olha de volta.

Assim o foi na criação, antes da luz o espírito de Deus se moveu sobre a face das águas, onde a terra se mostrava sem forma e vazia, e trevas cobriam a face do abismo. Pensar nisso me assustava, mas estar ao lado daquela mulher me privava do medo, assim como me manter firme em minha fé. 

Olhei-a enquanto falava, e vi um manto azul cobrindo seu corpo. Lembrei por um breve momento, de minha mãe, e da mãe de Deus. A canção de ninar que era cantada em minha infância descrevia Maria com inocência:

"...mãezinha do céu
mãe do puro amor
Jesus é teu filho e eu também o sou
azul é teu manto, branco é teu véu
mãezinha eu quero te ver lá no céu..."


Meu sorriso se desmanchou, e do desmanche renasceu, entristecia-me saber que já não tinha minha mãe ao meu lado, mas a ideia de a ter olhando por mim lá de cima era mais calorosa que qualquer fogueira. A mulher que estava ao meu lado desapareceu, mas eu nunca estive sozinha, nem antes de ela chegar, nem quando se foi.

Ergui-me, vestindo novamente as roupas de inverno, uma tarefa havia me sido dada e eu a cumpriria. Não ousaria sair voando enquanto a neve caía, mas mesmo assim fui aos estábulos e alimentei os pégasos que lá estavam. O frio e o luto poderia fazer com que meus irmãos esquecessem de os alimentar, por isso lá fui e o fiz antes de sair.

Antes de sair, orei pela segurança deles, eram tão nobres e educados, mas tão esquecidos e destratados. Doía pensar que eram tratados como meras criaturas. Pedi ao Senhor que iluminasse meu caminho, e me protegesse dos males que pudessem surgir. Fiz também uma breve oração pelos meus familiares, pelo Acampamento e pelos meus amigos. Por fim, após a persignação lancei um dracma ao vazio, chamando as irmãs cinzentas.

#6

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por Baco 22/01/20, 01:49 pm

Baco

Baco
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
A filha de Poseidon ainda conseguia lembrar da sensação que aquela mulher proporcionava e sabia, de alguma forma, que sua mãe estava observando-a com orgulho do ser humano que Amy havia se tornado. A garota se levanta, veste novamente o casaco e sai do recinto, dando de cara com a neve.

A luz da tocha do estábulo guia a garota no meio da neve, apesar da nevasca ter diminuido um pouco, ainda não era uma boa ideiase arriscar nos ares. Porém, a garota mesmo assim faz uma visita aos pégasus, conversando e dando abraços calorosos. Ela era uma das poucas que entendiam seus sentimentos e podia ver que mesmo os mais brincalhões portavam um semblante triste e desanimado. Pelo visto ninguém vinha cuidar deles há muito tempo, então assim a garota o fez, colocando comida, água e limpando o que dava.

Depois de terminar, ela segue até a Colina e depois até o asfalto orando não só pela sua segurança, mas também pela segurança das pessoas e criaturas que amava. Afinal, ali era a sua casa e nada poderia mudar isso. Respirando fundo, a garota arremessa um dracma no chão e convoca as irmãs.

O asfalto fica na cor de pixe e de dentro das sombras surge um taxi comum de NY. vA garota entra e logo é recebida pela da esquerda:

- Pra onde, fedelha ?

#7

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por Amy Lee 22/01/20, 03:57 pm

Amy Lee

Amy Lee
Filho(a) de Poseidon
Filho(a) de Poseidon
Não pude deixar de lamentar. Ninguém merece ser esquecido, seja homem, semideus, pégaso ou qualquer criatura. Não existe dor pior que o abandono, pois ele é o combustível de todas as outras agonias, sendo assim, saí dos estábulos com o coração partido. 

Quando o taxi das irmãs cinzentas surgiu, ali entrei e questionaram meu destino. Confesso que a montanha apontada por aquela mulher não me era um nome familiar, mas as mulheres que se faziam presentes ali eram criaturas tão antigas quanto qualquer outra, sendo assim disse:

- À rodoviária.
De lá, pegaria um ônibus para Washington, e iria a este Monte do Profeta. Era algo quente a se pensar, como uma vela que nascia na ponta da orelha. Não sei se era por ser um lugar mágico, ou era só a lembrança de estar ao lado daquela mulher tão doce, mas me senti feliz por este ser o meu destino.

#8

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por Baco 23/01/20, 07:04 pm

Baco

Baco
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
A semideusa responde ás irmãs que queria ir até a rodoviária. A da esquerda pisa fundo e o táximo começa a andar a uns 300km/hr.

- Sabe garota... - A da esquerda fala.

- Você não é comum, não é mesmo ? - Pergunta a do meio.

- Toda a sua natureza está em conflito, não é mesmo ? Você pode até afirmar que não, mas nós conseguimos sentir. - Afirma a da direita, virando o rosto em direção á Amy como se esperasse uma resposta.

#9

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por Amy Lee 24/01/20, 12:36 pm

Amy Lee

Amy Lee
Filho(a) de Poseidon
Filho(a) de Poseidon
Quando ela pisou no acelerador, meu corpo foi jogado com força para trás e instintivamente procurei algo para me agarrar, em vão. Tateei o couro do banco até ter força para me segurar, e enquanto viajávamos elas começam a falar. Por fim, encaram-me com olhos vazios.


O vazio costuma ser assim. Por não possuir nada, nele descarregamos tudo, e por vezes tudo que temos é tão pouco que nos vemos fragilizados e corroídos, frente ao vazio. Respirei fundo. Não tinha segredo, aquela pergunta se direcionava à minha fé. Não era normal que semideuses tivesse fé, eles conheciam a verdade de um mundo que excluía a possibilidade de acreditar num Deus acima do que conseguiam compreender.


Entretanto, não é mais fácil para os mortais. Conflito é parte da natureza humana, não divina. Não é por meu pai ser conhecido como Deus dos mares que minha natureza se choca com o que vivo, é por minha mãe ter sido mortal, ter se ajoelhado todas as noites e ainda assim ter se afogado na crueldade dos homens e do mundo. Como acreditar em um amor insaciável e infinito assim? Mas acredito. Acima de tudo, não ouso questionar o amor d'Ele, pois o presencio a cada vez que respiro, a cada acalento nas orações.


- Quem não está? - Respondi, e acrescentei. - A fé e a razão caminham juntas, mas a fé vai mais longe.

#10

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