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por Draco Herrera 11/07/20, 01:56 pm

Draco Herrera

Draco Herrera
Filho(a) de Afrodite
Filho(a) de Afrodite
Formulário escreveu:Nome da narração:Assalto às Amazonas
Objetivo da narração: Auxiliar um Servo de Éris a roubar ovos de fênix de uma filial da Amazon
Quantidade de desafios: 4
Quantidade de monstros: 4
Espécie dos monstros: Cindy (Amazona, nível 5); Amanda (Amazona, nível 10); Amazona Guarda (Nível 7); Amazona Líder (Nível 13)

Acordo com os socos de Cindy


O segundo soco da Amazona em minha boca foi completamente desnecessário, o primeiro já havia me deixado vendo estrelas e estabelecido a dominância da mulher sobre mim. Meus cabelos estavam cobertos de suor, e sangue escorria pelo meu nariz quando a garota, de no máximo 17 anos, mas com a força de um bodybuilder, me puxou a cabeça para trás.

- Vou perguntar mais uma vez… O que você estava querendo roubar, ladrão? - rosnou.

- Eu já lhe disse que não sei! – falei com olhando firmemente nos olhos castanhos dela.

A mulher largou de mim, e foi para o outro lado da sala de interrogatório improvisada. Era um escritório comum, com uma janela grande que dava para uma rua movimentada de Nova York, uma mesa com um computador, e todo decorado com o logo da Amazon. Eu estava grosseiramente amarrado a uma cadeira, apenas com minha roupa e alguns acessórios, sentia meu medalhão e meus anéis mágicos em seus lugares. Trajava uma camisa social branca com listras verticais rosa, calças jeans, um cinto e tênis brancos. Olhei para as grossas cordas que prendiam minhas mãos a cadeira de escritório, impossível escapar por força bruta, eu não tenho nenhuma. Olhei novamente para a amazona, que foi em seu computador e mexeu um pouco, virando a tela para mim.

- Se não sabe o que veio fazer aqui, então por que você e seu parceiro arrombaram a porta dos fundos? - rosnou ela mais uma vez.

Na tela do computador havia a filmagem de um beco, dois homens estavam ali, um moreno com cabelos longos e sedosos e outro garoto asiático que mexia rapidamente na porta por um momento, e logo em seguida entravamos no edifício. Eu sabia que era aquele garoto, Andrew Uyeta, um filho de Hermes do acampamento, e o outro deveria ser eu, mas minha face estava diferente, moldada em um disfarce ( l Aparencia Moldável [Inicial] l). Mas por que ele estava ali? Não éramos amigos, o reconhecia pela grande festa dos “Semideuses que passaram dos 20 anos! UHUL! VOCÊ É UM SOBREVIVENTE!” (sim, para um deus da festa, Dionísio era péssimo com nomes). O vídeo continuou, com diversas outras câmeras de segurança internas do edifício, até que em um momento tentávamos entrar na Sala de Encomendas Especiais 2C e três amazonas nos dominaram. Vi o momento em que a garota a minha frente me socava, e eu claramente cai desmaiado. Faço uma careta, sentindo meu nariz quebrado latejando.

- Olha, eu já lhe disse, não sei por que estou aqui. Minha última lembrança é de ir ao Acampamento para conversar com meu irmão, Henry, depois já acordei com você gritando na minha orelha. - falo calmamente.

- E já lhe disse que não acredito em suas mentiras, ladrão, você vai me falar por que tentava ir naquela sala, por bem – e então ela pegou uma adaga prendida no cinto – ou por mal.

- Calma, calma! - falo, e dessa vez minha voz transborda em poder – Eu vou te ajudar, estou sem minhas memórias, também quero saber o que aconteceu… Não sou idiota, sei que as Amazonas são um grupo poderoso, por que eu, um mero filho de Afrodite iria invadir uma de suas filias? Isso não faz sentido… Por favor, se acalme e vamos conversar.

A mulher hesitou por um momento, mas as palavras haviam surtido algum efeito nela. Relutante, ela pôs a adaga na mesa e olhou com desprezo para mim.

- Você acha que eu preciso de sua ajuda? - disse, com os olhos faiscando de raiva.

- Obviamente que não! - falei, olho em seus olhos – Você parece ser bastante poderosa, e, com certeza, suas irmãs de batalha podem lhe ajudar… Eu quero apenas prestar meus serviços a vocês, como forma de me desculpar por essa invasão inapropriada… - abro-lhe um sorriso, e sinto que sua raiva diminuía. - Qual seu nome?

- Cindy…

- Então, Cindy, o que acha? Posso prestar meus serviços a você? - a garota me mede da cabeça aos pés, parecendo avaliar se deveria me matar ou me soltar – Eu  fui vítima de algum encantamento, minhas ações não foram minhas, por favor, me dê a oportunidade de compensar o erro cometido.

Ganhei. Senti quando o coração da Amazona amoleceu, e a raiva se tornou piedade. Sua expressão demonstrava empatia, e pude sentir quando a decisão de não me matar foi feita em sua mente. O sangue que escorria na minha face lhe provocou um pouco de culpa, mas nada de mais. Estava claro, ela já havia sido vítima de algum feitiço mental e conseguia se colocar em meu lugar. Dei um sorriso por dentro, enquanto mantinha uma expressão de dó em minha face.

- OK. - falou ela finalmente – Você irá me ajudar, será meu servo enquanto investigamos essa invasão – sua face estava determinada – E irá me ajudar a interrogar seu parceiro, talvez ele tenha feito algo com você.

- Como você desejar – digo, abaixando a cabeça em sinal de respeito, mas explodindo de alegria por dentro, havia sido mais fácil do que eu esperava, aquela amazona era inexperiente. Levanto minha cabeça, e lhe olho novamente – Você poderia me desamarrar por favor? Meu nariz dói, e preciso colocá-lo no lugar…

Cindy pegou a adaga de cima da mesa, e me soltou das amarras. Esfreguei os punhos, retornando a circulação e vendo as marcas que as cordas grosseiras deixaram neles. Revirei os olhos mentalmente, nada de ensaio fotográfico na segunda então. Levei as mãos ao nariz, apertando os olhos e sentindo eles se enxerem de lágrimas enquanto o colocava no lugar. Onde estava um filho de Apolo quando se precisava de um? Levantei e vi uma toalha de exercícios jogada em cima da mesa, e a usei para limpar o sangue do meu rosto. Cindy me olhava fixamente, como se estivesse enfeitiçada por mim. Dou-lhe mais um sorriso, e desperto sua l Luxuria l, melhor me prevenir. Vejo quando a mulher cora rapidamente, mas ela sustenta meu olhar.

- Então… Qual sua cor favorita? - pergunto a garota, enquanto girava os ombros no lugar e alongava meus membros doloridos, deixando meu corpo definido a mostra para ela.

- Azul… Mas aquele azul do mar das Maldivas – respondeu ela, com a boca entreaberta e os olhos fixos em mim.

- Uma bela cor… A minha é rosa. - falo, mudando a cor dos meus olhos para a cor favorita da garota com l Aparência Moldável l – Vamos ver o outro, minha senhora?

- Ou… Podemos ficar aqui. - disse ela, dando um passo a frente, e dando um sorriso malicioso. - Afinal, como meu servo você tem que fazer o que eu mandar, certo?

- Sim, minha senhora. - a garota sabia o que queria, não havia dúvida disso – Mas podemos guardar esse momento para depois que investigarmos essa invasão. - dou um passo para frente e lhe cochicho no ouvido – Afinal… A expectativa sempre melhora nosso desempenho. - toquei seu braço, causando borboletas em seu estômago com l Toque Emocional l.

A garota deu uma risadinha maliciosa, enquanto eu dava um passo para trás. Ela se virou e abriu a porta da sala. Pensei por um momento em fugir, paralisar a garota e correr o mais rápido que conseguia, mas algo me impediu. Um tinha uma ideia, tinha que chegar naquela sala 2C, eu só não sabia o por que, mas era um desejo que me consumia. Segui q garota, passando a um corredor vazio e bem iluminado.  Olhei para o número da sala 4D, ok, então estávamos no quarto andar e meu objetivo estava no segundo. Cindy abriu uma outra porta, e me vi entrando em outro escritório igual  ao que eu estava amarrado momentos antes, e Andrew da  mesma forma, porém com uma mordaça. O garoto parecia ter sido mais espancado do que eu. Ao entrarmos ele me olhou, consegui sentir sua confusão e seu medo estampados em sua face e mente. Ótimo, não havia sido ele. Então quem?

_ Cindy, o que raios esse ladrão está fazendo aqui? - olhei para o lado e vi que uma mulher negra e forte, com o cabelo volumoso e afro, usando um terninho, nos encarava.

- Amanda! Ele vai nos ajudar, é filho de Afrodite, não é um perigo! - disse a garota rapidamente, ficando envergonhada com a repreensão que levava de sua superiora.

- AFRODITE? - exclamou a mulher, voltando seus olhos para mim, claramente aflita.

Bom, a tática de charme não funcionaria com aquela ali, ela claramente era mais treinada que Cindy. Estalo os dedos, e Amanda cai em uma l Ilusão Amorosa l, ficando com os olhos desfocados e um sorriso leve estampado em sua face.

- O que você fez? - exclamou a outra, se voltando para mim, adaga em mãos – Você enfeitiçou ela??? Como?

- Olhe, meus olhos são da sua cor preferida… - falo para Cindy, que involuntariamente olha em meus olhos por um instante, o suficiente para eu ativar l Olhar Fatal l

A garota fica paralisada, e ando em sua direção sustentando o olhar. Tiro a adaga de sua mão, e lhe dou um breve sorriso, antes de bater com o cabo da adaga em sua têmpora. A amazona cai no chão, inconsciente, e vou até Andrew, trabalhando em suas amarras, mas sem cortá-las. Quando livre, o garoto rapidamente tira a mordaça de sua boca, e grita.

- QUEM É VOCÊ?

- Shiu! Sou eu, Draco, do Acampamento, lembra?- digo para ele, lhe fuzilando com os olhos e aponto para Amanda – O encantamento não vai durar para sempre, e eu não sei se uma batida na cabeça vai ser o suficiente.

- Draco… Filho de Afrodite, mas você não é loiro? – respondeu o filho de Hermes, confuso pela minha aparencia – Ah! Você consegue mudar sua cara, não é? Temos que desacordar aquela ali também, me dê a arma.

Dou um suspiro aliviado, ele não seria meu inimigo, e entrego a arma para ele. Amanda ainda estava fantasiando com diversos homens e mulheres ao seu redor, todos nus, ela era uma rainha. Um sorriso bobo lhe passava pelo rosto, e desapareceu quando Andrew a desmaiou.

- Vamos amarrar elas. - digo, e o outro assente. Depois de ambas estarem amarradas, o garoto apontou a adaga para mim, enquanto eu revirava os olhos – Agora, que merda você fez?

- Por quê a culpa é minha? Pelo que eu sei, pode muito bem ter sido você! Eu não tenho lembranças de como chegamos aqui.

- Nem eu… A última coisa que eu me lembro é de ver o seu irmão, o Henry…

As peças se encaixaram na minha cabeça, e eu fiquei  furioso. O garoto havia colocado um charme em nós dois, disso não havia dúvidas, era o único ponto em comum de toda aquela loucura. Bom, nada feito Henry, o charme havia se desfeito e eu estava caindo FORA.

- Vamos embora. - falei, notando que havia uma pequena mochila na escrivaninha e abro para descobrir algumas poções de cura e energia.

- Não, precisamos ir a sala 3E.

- 2C – replico rapidamente. Nos entreolhamos, divididos entre ir para nossa segurança e o desejo ardente de ir para nossos destinos.

- Não estamos livres desse encantamento, estamos? - perguntou Andrew, enquanto girava a adaga em sua mão com maestria.

- Não… Vamos as salas então.

- A minha primeiro!

Peguei a mochila com as poções, e saímos para o corredor novamente. Andamos um pouco e chegamos à um mural de aviso ao lado dos elevadores. Havia um flyer, com a data de hoje, que se lia: “ARENA DAS GLADIADORAS! MOSTRE SUA FORÇA E SEJA RECOMPENSADA COM UM FIM DE SEMANA INTEIRO DE FOLGA!”. As Amazonas levavam a sério seu trabalho, e isso explicava por que tudo estava tão deserto, todas deveriam estar naquele evento. Chamamos o elevador, e quando as portas se abriram uma garota loira nos olhou assustada.

- Mas o...? - antes que pudesse terminar sua frase, Andrew havia lhe batido com a adaga na têmpora.

O oriental me chamou com a mão, apertando o número 3 no painel do elevador. As portas se fecharam, e abriram para um corredor mais escuro, com janelas de fumê. Olhamos para os lados antes de sair para o corredor vazio, e seguimos as placas. A última sala a esquerda do corredor estava identificada como Sala 3D, e depois havia uma curva. Andamos até a curva, e Andrew espia rapidamente o outro lado, voltando a cabeça rápido.

- Duas amazonas, conversando na frente da porta, elas estão armadas, espada e escudo e uma armadura – diz o garoto, cochichando. - Você consegue fazer aquele encantamento de novo?

- Não, mas consigo distraí-las por um momento. O resto é com você.

O garoto assente, segurando com firmeza a adaga em sua mão. Respiro profundamente e apareço na curva, dando um sorriso para as Amazonas.

- Olá, tudo bem por aqui? - digo, enquanto ativo l Confusão l em ambas.

Por um instante as amazonas param de conversar e me observam, chocadas com um homem estar ali. Andrew apareceu correndo atrás das minhas costas, e eu toco meu cinto o transmutando em um chicote. Minha arma estala em direção ao pé da amazona a direita, enquanto o filho de Hermes vai em direção da garota a esquerda. O chicote se enrola na perna da mulher, e eu o puxo, fazendo com que a amazona caia. O filho de Hermes bate com o cabo da adaga a cabeça da outra, mas ela usava um elmo e não desmaia como as de antes. Os dois se engajam em uma batalha, com a amazona praguejando em grego antigo contra o filho de Hermes.

Do meu lado, as coisas não estavam tão boas assim. A mulher já se levantava, e trago meu chicote para perto de mim novamente. Naquele corredor estreito minha arma de médio alcance não seria muito efetiva. A mulher saca sua espada curta, e salta em minha direção, gritando “Por Amazom!”. Esquivo para trás, invocando minha armadura da tatuagem, e levando um feio corte no peitoral, se não fosse o equipamento estaria em sérios problemas. Recuo mais, meu chicote estalando contra o escudo da mulher, que não se abala. Outro golpe dela, e sinto minha perna esquerda queimar, fraquejo e cai ajoelhado na frente da mulher.

- Morra, pela glória de Amazon! - diz a mulher, levantando a espada.

- Espere! Por favor! - clamo, usando l Comando e Voz Persuasiva l. A mulher hesita por um momento. - Ao menos me olhe nos olhos enquanto me mata.

Ela faz contato visual, e ativo novamente l Olhar Fatal l. Presa em meu olhar, a amazona não termina seu golpe. Me levanto, sustentando o olhar, e lhe dou um sorriso debochado, me afasto um pouco, e estalo meu chicote que se enrola no pescoço da mulher. O puxo para baixo, quebrando o contato quando a mulher cai no chão. Corro em sua direção, pressionando um punho da mulher que segurava sua espada, e puxo meu chicote para sufocá-la. Alguns momentos de luta, em que a amazona tentava se libertar de meu chicote e ela estava desmaiada no chão, sem ar em seus pulmões. Assim que a garota para de lutar, olho para Andrew que tinha corte feios no torço e nos braços, mas que também havia triunfado em seu duelo, a amazona com desmaiada com sangue correndo por seus braços e três cortes no peitoral da armadura.

- Armadura? Se eu soubesse que você tinha uma não tinha ido na frente. - reclamou o filho de Hermes, arfando pelo combate.

- É… - respondo, o rosto também afogueado e a respiração curta. Transmuto meu chicote em cinto e expulso minha armadura para a tatuagem - Vamos ver o que há atrás da porta número 1?

Manco em direção à porta, e Andrew a abre. No centro da sala mal iluminada havia uma cadeira, e amarrada nela um homem ruivo de olhos castanhos nos esperava.

- Bom, finalmente! - falou ele.




Olhamos desconfiados para o homem preso, tínhamos lutado contra cinco amazonas por aquilo? Olho de relance para Andrew, que parecia visivelmente desapontado com nosso prêmio, nada que ele pudesse roubar.

- Vão ficar só me olhando, ou vão me tirar daqui? - pergunta o ruivo, irritado. - As chaves estão com a grandona ali! - e aponta para a amazona que eu havia derrotado.

- Quem é você? - pergunto, enquanto o filho de Hermes busca as chaves e abre as algemas do outro.

- Pode me chamar de Alex, sempre gostei desse nome. - respondeu o outro, se levantando quando finalmente está livre – Obrigado, eu já estava pensando em outro plano para sair daqui.

- O que você quer? - perguntou o filho de Hermes, ficando ao meu lado.

- Quero roubar as Amazonas, ora… Isso ainda não ficou claro para vocês?

- E como isso ia acontecer, com você amarrado? - replico, desgostando cada vez menos do homem.

- Não ia, e é aí que vocês entram, são a cavalaria! - responde o outro, dando um sorrisinho – Tem algumas poções ai?

- Não vamos te dar nada, antes de você desembuchar o que aconteceu.

- Muito bem… - suspira o ruivo, se alongando – Minha matrona quer que eu roube algo dessa filial, eu falhei, e ela mandou vocês para me ajudarem. Essa é a versão resumida, não podemos perder tempo, onde estão aquela poções?

- Quem é sua matrona? - pergunto, entregando para ele a mochila, e pego uma poção de cura [heroica], uma poção de energia [mítica] e outra poção de energia [heróica], bebendo-as em seguida.

- Vocês são burrinhos mesmo, ein? - replicou ele, tomando o restante das poções (2x Poção de Energia [Heróico] e 2x Poção de Cura [Mítico]) e içando a mochila nos ombros – Éris é minha matrona, e ela cuida dos seus. Podemos ir?

Sinto as poções fazendo efeito, e olho para Andrew, mas ele balança a cabeça negativamente.

- Eu vou cair fora, não tenho nenhum motivo para te ajudar. Hasta la vista! - diz o garoto e sai andando em direção ao elevador. O efeito do encantamento dissipado agora que ele havia salvo o homem.

O ruivo faz uma cara de intrigado, e olha para mim, que suspiro e balanço a cabeça positivamente. Eu ainda não havia concluído meu objetivo. Um sorriso maldoso aparece na face de Alex.

- Bem, Henry deve ter trocado os encantamentos, parece que somos nós dois, filho de Afrodite. Vamos antes que elas soem o alarme.

Sinto minha perna melhor, e vou junto de Alex para os elevadores. Ainda reinava o silêncio e chegamos ao elevador. Ambos não estavam em nosso andar e decidimos pegar as escadas. Descemos um lance e entramos em outro andar do prédio. Aquele era todo pintado em azul claro, e tinha a mesma numeração, parecia que as amazonas gostavam de suas filias arrumadas. Andamos até a porta 2C, mas estava trancada.

- É para isso que filhos de Hermes servem. - fala o ruivo, revirando os olhos – Mas eu também tenho alguns truques.

Ele aponta a mão para a maçaneta, que inteira voando da porta e para em sua mão. Um filho de Hefesto então, dou de ombros, ansioso pelo que estava atrás da porta número 2. Entramos em uma sala média, com dez metros quadrados. Haviam incubadoras de ovos dispostas em cima de mesas em todos os cantos da sala, no centro havia uma espécie de altar, com um gigantesco ovo em cima dele. As incubadoras nas paredes pareciam encantadas, todas possuíam apenas um ovo dentro, algumas tinham chamas que ardiam contra suas paredes, outras um amontoado de neve e três estavam cobertas em escuridão mágica.

- Ovos de fênix… - falo assombrado.

- Eh? Então você não é completamente burro.

O filho de Hefesto foi correndo, abrindo as incubadoras e colocando os ovos dentro da mochila. Olhou desejoso para o do centro da sala, mas era grande de mais para caber dentro do único meio de transporte que dispunha.

- Um ovo de dragão é algo muito raro… Se eu ainda estivesse com meus equipamentos, mas aquelas vadias tiraram tudo de mim e provavelmente já venderam a essa altura. - disse o garoto, se aproximando do pedestal. - Mas acho que os ovos de fênix devem bastar.

Não consegui gritar para que ele não tocasse ovo de dragão, também o estava admirando, mas no momento que ele o faz um alarme infernal começa a tocar. Grades firmes de ferro descem nas janelas e na porta, impossibilitando nossa fuga.

- Achei que você era inteligente. - digo com sarcasmo, me virando para a saída perdida.

- Posso dizer o mesmo para você – retruca o homem, erguendo a mão e fazendo a grade voar em direção a parede oposta da porta. - Vamos.

Saímos correndo em direção as escadas, e Alex quebra as grades que ficavam em nosso caminho, o barulho ensurdecedor do alarme gritando em nossas orelhas. Descemos até o térreo na maior velocidade que nossos ferimentos permitiam, e chegamos ao lobby. O lobby era um retângulo com dez metros de comprimento e cinco de largura. Desembocamos logo atrás de uma pequena recepção e do outro lado de portas grandes giratórias  bloqueadas por grades. Entre nós e nossa liberdade, cinco amazonas portando zarabatanas e vestidas para a batalha.

- Agora! - gritou a que estava no meio da formação, e dardos voaram em nossa direção. Mergulhamos atrás da recepção, sentindo o impacto dos dardos na madeira - Ataquem!

As cinco amazonas sacaram suas espadas, e corriam em nossa direção. Alex saiu de trás da proteção, e controlou as grades de metal das portas, abrindo-as e derrubando duas amazonas com cobras de metal que se enrolaram em suas pernas. Me coloco ao lado do garoto, invocando meu chicote e ativo l Troca de Coração l na líder.  A amazona estaca por um momento, na dúvida me atacaria. Enquanto isso, as outras duas chegam em nosso alcance, e estalo meu chicote no pé da que atacava Alex, derrubando-a. A minha oponente abre um sorriso, mirando meu pescoço com sua espada. Percebo o ataque certeiro que vinha em minha direção, e rezo para o único deus que me devia algo, Hefesto.

“Hefesto, senhor do metal e das forjas, invoco sua benção e sua graça neste momento”

A espada bate inutilmente contra meu pescoço invulnerável. A amazona se assusta, arregalando os olhos e desfere outro golpe, que é uma leve pressão contra minha pele.

- IRENE, ELE NÃO! - gritou a amazona que era minha aliada, e correu para me defender.

- ÂNGELA, QUER MERDA VOCÊ TÁ FAZENDO? - gritou a outra, se envolvendo em um embate com sua líder.

A amazona que eu havia derrubado já se levantava, e olho para Alex o garoto estava verde, mas conseguiu controlar mais um pouco de metal e envolveu a perna da amazona, como havia feito com as outras, antes de cair com a cara no chão, a mochila ainda nas costas, por um milagre. Vou até ele, o apoio no ombro e carrego o garoto até a saída ouvindo os gritos da amazonas, nos chamando de covardes, enquanto Irene e Ângela permaneciam em embate

“VAMOS TERMINAR NOSSA LUTA DA ARENA, IRENE!”

“ÂNGELA, ELES ESTÃO ESCAPANDO! PARA COM ISSO SUA MALUCA!!!”.

Transmuto meus itens de volta para seus lugares, o filho de Hefesto era pesado e eu estava fraco. Conseguimos chegar até a calçada, o edifício atrás de nós ainda em polvorosa, com Amazonas nas janelas e o alarme gritando. Coloco a mão no bolso, rezando para que houvesse uma dracma ali, e realmente havia. Jogo a moeda no chão, e faço a invocação das irmãs cinzentas. Vinte segundos depois, um táxi aparece correndo pela rua e para na minha frente, dirigido por três idosas, com apenas um olho e um dente no total. Me jogo no banco de trás do carro.

- Ora, ora, roubando as Amazonas? Isso não é bom... – diz Vespa.

- Mas não nos importa… - falou Tempestade

- Desde que você nos pague a corrida! - finalizou Ira.

- Acampamento Meio-sangue! Vai! - grito, enquanto fecho a porta do taxi atrás de mim.

- Que mal educado…

O taxi dispara pelas ruas de NY, e eu olho para Alex. O garoto estava desacordado e suava frio, havia consumido toda sua energia ao manipular aqueles metais. Mas não aparentava ter grandes ferimentos em seu corpo, as poções o haviam curado bem. Relaxo no taxi, ouvindo as mulheres brigando pelo olho e pelo dente.




Chegamos no Acampamento Meio Sangue depois meia hora, Alex havia despertado, mas ainda estava grogue da falta de energia. Henry estava nos esperando no pinheiro e pagou as Irmãs Cinzentas, me ajudando a levar o filho de Hefesto para dentro das fronteiras do acampamento.

- Como foi?

- Muito legal, tirando a parte que em que eu não tive nenhuma escolha em lutar contra as Amazonas para roubar elas – digo seco e com sarcasmo – Como você conseguiu me enfeitiçar?

- Você já está fora do Acampamento há algum tempo, irmão. - retrucou o outro – E minha matrona potencializou todos os meus poderes. Devo ser mais forte que você.

Fuzilo o garoto com o olhar, finalmente atravessando o pinheiro de Thalia. Nos dirigimos até o chalé de Afrodite.

- Não vamos para a enfermaria?

- Ele não é um campista bem-vindo aqui. - retrucou o loiro. - E você pode voltar sua aparência ao normal? Esse cabelo castanho é horrível.

Reviro os olhos, voltando a ser loiro dos olhos cinzentos e caminhamos até o chalé de Afrodite. Naquele dia Henry me contou sobre os Servos de Éris, e disse que eu mostrava algum potencial para quele grupo. Rezo para a Deusa da Discórdia, já havia feito seu trabalho sujo, quem sabe ela não me dava alguma atenção?

Habilidades Utilizadas:

#1

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por Héstia 16/07/20, 02:19 pm

Héstia

Héstia
Deus Menor
Deus Menor
Líndissimo, usou todos os combos de Afrodite, parabéns! Não se junte ao lado negro da força, você é muito bonito pra isso.

EXP: 3.200
Dracmas: 1.500

#2

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