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No Pares
Barrados No Baile - Lucas
– Preparem para a próxima cena! - falou o professor.
Odiava peças de escola, pois nunca escolhiam uma boa peça. A peça da vez era Romeu & Julieta. Adivinha quem fazia os papéis? Eu e Larissa. Tinha que me esforçar para atuar, Larissa não podia nem sonhar que eu estava afim dela. A nossa amizade era muito valiosa para acabar. Eu tinha certeza que ela iria acabar se Larissa falasse alguma coisa. Peguei minha máscara. Fora a cena do baile de máscaras.
– Pronta? - perguntei para Larissa.
– Tô - ela respondeu e suspirou.
Ela foi para o outro lado e entramos no palco. Fiz a cena. Andei, devagar, até Larissa. Larissa não, Julieta. Abaixei a cabeça lentamente, e com suas leves mãos, Julieta a levantou. Sorriu de canto e eu prestei atenção em sua face. Era comprida demais para ser a face de Larissa. Não conhecia aquele ator. Ele retirava um punhal da saia, parecia não ter pressa, ou simplesmente não queria me assustar.
– Larissa! - gritei.
– Socorro! - ela respondeu.
O desconhecido tentou segurar meu rosto, mas eu o virei. Meus olhos encontraram os de Larissa. Ela estava dentro de uma gaiola cheia de espinhos, que se fechava. Lágrimas desciam de seus olhos. Tudo não podia acabar assim. Em um resto de amizade, elevei meu pé, em uma posição horizontal. Aproximei ele da barriga do desconhecido e eu o chutei. Corri pelo auditório feito um louco. Meu professor estava nocauteado. Cheguei até a gaiola. Um homem negro e musculoso estava do lado dela. Só tinha uma explicação: criminosos drogados. Estava cansado desse caras.
Dentro da gaiola, Larissa se desmanchava em prantos. Ouvi movimentos atrás de mim e corri para a direita. Era o outro cara, o do punhal. Não me segurei, comecei a chorar de desespero. Não poderia para agora. Não era a hora de desistir. Ia dar o meu melhor para aquilo acabar. Soquei o cara da gaiola e roubei suas chaves. Rapidamente, abri a gaiola, libertando Larissa. Ela berrou, tentando libertar todo o seu desespero. Fiz o mesmo. Ela parecia um urso com raiva. Rangeu os dentes e andou até o cara do punhal. Empurrou ele com ma força que eu desconhecia.
– Vamos conseguir - ela me encorajou, deixando mais uma lágrima cair.
Ela podia estar certa. Se nós, dois estudantes completamente sem nenhuma experiencia em luta, havíamos chegado até ali, poderíamos conseguir. Berrei com uma pancada em minha cabeça e apaguei.
[...]
Acordei numa torre, de mãos dadas com Larissa. Ela ainda chorava. Fui à janela, com a intenção de saber onde estávamos. Era a mesma paisagem do meu bairro, só que com pessoas vestidas de preto, e pálidas, caminhando pelas ruas. Em que raios de dimensão eu estava?
– Você sabe onde estamos? - perguntei à Larissa.
– Sei que aqui nós somos o único pingo de luz presente - ela falou e se levantou.
– Firmes e fortes, conseguiremos sair daqui - falei para ela.
Abracei-a, cheio de esperança.
Barrados No Baile - Lucas
– Preparem para a próxima cena! - falou o professor.
Odiava peças de escola, pois nunca escolhiam uma boa peça. A peça da vez era Romeu & Julieta. Adivinha quem fazia os papéis? Eu e Larissa. Tinha que me esforçar para atuar, Larissa não podia nem sonhar que eu estava afim dela. A nossa amizade era muito valiosa para acabar. Eu tinha certeza que ela iria acabar se Larissa falasse alguma coisa. Peguei minha máscara. Fora a cena do baile de máscaras.
– Pronta? - perguntei para Larissa.
– Tô - ela respondeu e suspirou.
Ela foi para o outro lado e entramos no palco. Fiz a cena. Andei, devagar, até Larissa. Larissa não, Julieta. Abaixei a cabeça lentamente, e com suas leves mãos, Julieta a levantou. Sorriu de canto e eu prestei atenção em sua face. Era comprida demais para ser a face de Larissa. Não conhecia aquele ator. Ele retirava um punhal da saia, parecia não ter pressa, ou simplesmente não queria me assustar.
– Larissa! - gritei.
– Socorro! - ela respondeu.
O desconhecido tentou segurar meu rosto, mas eu o virei. Meus olhos encontraram os de Larissa. Ela estava dentro de uma gaiola cheia de espinhos, que se fechava. Lágrimas desciam de seus olhos. Tudo não podia acabar assim. Em um resto de amizade, elevei meu pé, em uma posição horizontal. Aproximei ele da barriga do desconhecido e eu o chutei. Corri pelo auditório feito um louco. Meu professor estava nocauteado. Cheguei até a gaiola. Um homem negro e musculoso estava do lado dela. Só tinha uma explicação: criminosos drogados. Estava cansado desse caras.
Dentro da gaiola, Larissa se desmanchava em prantos. Ouvi movimentos atrás de mim e corri para a direita. Era o outro cara, o do punhal. Não me segurei, comecei a chorar de desespero. Não poderia para agora. Não era a hora de desistir. Ia dar o meu melhor para aquilo acabar. Soquei o cara da gaiola e roubei suas chaves. Rapidamente, abri a gaiola, libertando Larissa. Ela berrou, tentando libertar todo o seu desespero. Fiz o mesmo. Ela parecia um urso com raiva. Rangeu os dentes e andou até o cara do punhal. Empurrou ele com ma força que eu desconhecia.
– Vamos conseguir - ela me encorajou, deixando mais uma lágrima cair.
Ela podia estar certa. Se nós, dois estudantes completamente sem nenhuma experiencia em luta, havíamos chegado até ali, poderíamos conseguir. Berrei com uma pancada em minha cabeça e apaguei.
[...]
Acordei numa torre, de mãos dadas com Larissa. Ela ainda chorava. Fui à janela, com a intenção de saber onde estávamos. Era a mesma paisagem do meu bairro, só que com pessoas vestidas de preto, e pálidas, caminhando pelas ruas. Em que raios de dimensão eu estava?
– Você sabe onde estamos? - perguntei à Larissa.
– Sei que aqui nós somos o único pingo de luz presente - ela falou e se levantou.
– Firmes e fortes, conseguiremos sair daqui - falei para ela.
Abracei-a, cheio de esperança.
