Nessa história, os deuses não existem, ou se existem, nunca se manisfestaram ou ao menos alguém soube de sua real existência.
Minha vida era um tanto turbulênta quando as das demais pessoas que eu conhecia, mas isso não importa muito para a história que eu estou a contar.
Depois de uma noite difícil, acordei e logo liguei meu computador. Sabe como são os adolescentes, viver sem uma vida em rede social é praticamente ficar sem um pedaço de sua vida. Infelizmente ninguém que eu sonhei estava on-line, por isso, preferi ir tomar um café da manha antes que meu pai brigasse comigo.
Fazia pouco tempo que minha casa estava pronta, apesar de não fazer tão pouco tempo que eu morava la. Eu morava com minha mãe, mas por causa de muitos problemas acabei indo morar com meu pai. Já tinha a impressão de ter me acostumado com essas mudanças.
Fui até a cozinha e preparei um café da manha pratico, para que não tomasse muito tempo e não fizesse muita bagunça. Eu preferia daquele jeito. Voltei para o meu quarto e fui tocar uma musica no piano, mas não demorou muito para o telefone tocar:
-- Alô. -- Respondo ao telefone com voz de sono
-- Maggie? -- Pergunta meu pai.
-- Sim, pai. Não tem mais ninguém em casa, quem mais poderia ser? -- Perguntei.
-- Ha-ha. Já tomou café?
-- Já sim...
-- Então ta bom, não demore muito para almoçar, viu? É PRA COMER! -- diz ele com bastante ênfaze no "é pra comer"
-- Tudo bem, tudo bem.
-- Então ta bom. Tchau filha.
Desliguei o telefone e voltei a tocar minha musica. Eu não conseguia me concentrar na notas, flashes do sonho voltavam e me fazia ficar preocupada. Como tocar não revolveria nada, voltei para o meu computador rezando para que alguém já estivesse on. La estava, um dos amigos que estava em meu sonho.
- "Eai palhaço o/ " - Disse a ele
- "Fala bitch " - Ele respondeu
- "sonhei com vc... Um sonho tenso. Tava vc e todas as bitches."
- "Fala logo, palhaça"
-" u.u' Eu não me lembro muito bem. Tinhamos marcado de nos encontrar, mas tava tudo escuro a muito tempo, como se o dia não existisse mais e tinhamos que lutar para sobreviver. "
- "Hm..."
- "Eai, quando vamos marcar de nos ver? "
- "Sei la."
- " ¬¬' então eu vou fazer meu almoço enquanto vc pensa. "
Sai do computador. Ele era sempre assim, indiferente. É claro que eu sabia que ele se importava e só não demonstrava nada, mas ainda era um tanto... frustrante.
Fiz tudo que tinha que fazer e logo meu pai me ligou novamente perguntando se eu tinha comido. Ele me ligava várias vezes no dia para me fazer essas peguntas chatas no qual ele já sabia as respostas, mas eu não ficara irritada. Ele tinha passado um bom tempo de minha vida ausente e aquele comportamento só mostrava o quando ele queria "fazer as coisas certas".
Quando voltei pro computador, outro de meus amigos estava on, Arthur. Eu não era de falar com muitas pessoas. Poucas realmente me importavam, e todos eram do sexo oposto. Não sei qual era meu problema com as outras meninas, mas em geral, não tinha amizade com muitas.
- "Oi maninho :B "
- "Oi maninha u.u' Sua feia "
- "mas o que foi que eu fiz? D: "
- "Sumiu u.u' "
- "sumi nada, palhaço u.u Sonhei com vc e todas as outras bitches. (...) "
Mesmo que eu não o conhecesse a tanto tempo, nossa relação já era firme. Eu sabia que eu poderia contar com ele pra qualquer coisa, por isso o chamava de maninho, era alguém que sempre estaria la para segurar a barra.
Continuei a conversar com ele e todos os outros até que eu mesma esqueci daquele sonho. Mas não por muito tempo.
Na noite seguinte o mesmo sonho, acordei assustada novamente e mais cedo do que eu gostaria de levantar. Isso tirava meu bom-humor.
Por sorte, estavamos de férias, então eu não fazia muita coisa. Na verdade eu não fazia nada. Treinava algumas musicas, ficava no meu computador, saia de vez enquando. A vida sempre fora muito monótona.
A semana se passou até que um dia eu acordei no meio da noite. Olhei meu relógio e estava marcando 13hrs, xinguei aquele celular e fui ver no da sala, e la marcava a mesma hora. Neste mesmo instânte, lembrei de meu sonho. Liguei a televisão o mais rápido que eu pude e coloquei no noticiário.
Em todos os canais estavam falando sobre um fonômeno estrânho que tinha deixado a terra escura.
"Os ciêntistas ainda não descobriram o que esta em volta da terra, mas podem afirmar que essa "massa" negra cobriu o planeta durante a noite, onde ninguém pôde perdeber a diferênça. E do outro lado da terra, no mesmo período." Dizia a reporter quando a televisão apagou.
Prendi a respiração alguns se gundos mas logo corri para o meu computador. Por sorte eu tinha um nobreak, que me daria algum tempo antes de desligar completamente. Enquanto procurava informações, ia falando com meus amigos, e todos eles acreditavam no fim do mundo. Na internet muitos relatos de pessoas se matando acreditando no mesmo futuro.
Mais uma semana se passou "normalmente". A energia tinha voltado depois de um tempo, mas o sol não. Durante os "dias" mais informações sobre a camada negra que cobria a terra. Os cientistas tinha desenvolvido um foguete que chegava até la, mas não conseguiam se aproximar, pois com isso, o foguete era disolvido.
As pessoas já estavam até acostumadas a andar de "noite" o tempo todo. Nem devo mencionar que a taxa de vandalismo aumentou drasticamente, e por isso, muitas pessoas andavam armadas na rua.
Mesmo que as pessoas tivessem a fantástica habilidade de se adaptar tão facilmente as situações, eu ainda não estava convencia de que ficaria só naquilo. Todos os "dias" andar naquela escuridão me fazia reviver aquele sonho... sonho esse que eu nem tinha visto o final.
Foi naquele mesmo dia que eu estava voltando pra casa depois de um duro treino de kung fu que eu ouvi um barulho muito forte vindo mais na direção do centro da cidade.
A julgar pelo estrondo que fez, seja la o que causou aquilo, estava bem longe, mas com o tremor que houve logo depois, eu já não tinha tanta certeza.
Andar de roupas pretas no escuro pode ser muito mais vantajoso do que se pensa. Em dias realmente normais as pessoas me olhanvam estranho na rua, mas eu nem ligava mais, afinal, não é sempre que se vê uma garotinha baixinha com roupas e cabelo preto, cuturno e piercing na boca. Só que agora eu tinha uma certa vantagem.
Já tava tudo escuro a duas semanas, por isso as lampadas ficavam constantemente acesas, por isso, fui mais para perto de uma parede isolada e comecei a andar devagar sem fazer barulho. Eu estava sozinha naquela rua, por isso qualquer coisa fazia muito eco. E por falar nisso, depois de duas semanas de pura escuridão, já era normal as pessoas não saírem tanto nas ruas. Se eu não tivesse tão preocupada com meu sonho, diria que estava perfeito.
Estava quase chegando em casa quando escuto outro barulho forte, dessa vez mais perto, e do mesmo jeito que o barulho aumentou, o tremor também. Dessa vez perdi o equilibrio e me ajoelhei. Minha sorte foi ter aumentado as vezes de treino na minha academia de kung fu com isso meus reflexos estavam melhores, além de velocidade e força. Claro que não muito, mas o suficiente para conseguir me virar num mundo pirado.
Alguns segundos depois alguma coisa saiu voando pelo meio da rua. Cerca de 4 ou 5, eu não sabia identificar aquelas criaturas. Alguns com tamanho de carro e outros poucos do tamanho de ônibus. Eram aredondados e tinham uma espécie de flagelo na parte de trás que os mantinham voando. Tive a impressão que eles nadavam ao ar.
Fiquei quieta enquanto eu via aquelas criaturas passarem. Parecia que estavam procurando algo, por isso me mentive caladinha sem fazer barulho algum. Eu podia ser curiosa, mas mesmo curiosidade tinha limites.
Enquanto estava quieta apenas observando, fiquei relembrando de meu sonho. Eram as mesmas criaturas, e no meu sonho, tinha um homem que me contava as coisas, mas eu não conseguia me lembrar. Já fazia muito tempo que eu tinha sonhado aquilo, e eu normalmente nem lembrava de meus sonhos.
Comecei a andar devagar para minha casa. Aquelas criaturas não eram rápidas, ou pelo menos não pareciam ser. Quando faltava apenas um quarteirão para eu chegar, um grupo de adolescentes de mais ou menos a minha idade apareceu. Eles eram aparentemente normais, e deveriam estar voltando pra casa, mas quando uma das meninas riu alto, chamou a atenção dos monstros.
Os cinco viraram na direção do barulho, e inicialmente o grupo não viu os monstros, pois, apesar do tamanho também eram bem escuros e se desfarçavam. A unica coisa que denunciava, era o único olho avermelhado bem no centro de sua "face". As criaturas começaram a voar na direção do barulho, e quando se aproximou, dentes apareceram na parte de baixo do seu corpo arredondado. Algum dos garotos dos grupos saíram correndo quando viram os monstros, mas as garotas, mais devagar, foram pegas. Consegui ver as criaturas mordendo as meninas. Uma cena horrível. Elas gritavam com agonia enquanto os monstros arrancavam pequenos pedaços delas.
Estava paralizada diante da cena. Depois que as meninas pararam de se mexer as criaturas foram na mesma direção que o resto do grupo fugira. Depois que a coisa parecia menos perigosa, me aproximei para ver se elas ainda estavam vivas, mas parecia tarde demais. Agora mais perto, pude perceber que as mordidas eram pequenas, por isso elas demoraram a morrer. Aquilo era horrível, as criaturas eram enormes mas as mordidas pequenas faziam as presas sofrer até a morte.
Apavorada, corri para casa. Fechei as portas e janelas, liguei a televisão, coloquei no mudo e liguei a legenda. Procurei nos noticiários alguma coisa sobre aquilo, mas não tinha nada. Fui para meu computador, e comecei a procurar pela mesma coisa. Encontrei relatos em paízes distântes, todas as imformações eram muito recentes, o que explicava a TV não dizer nada. Ou a mídia já não queria deixar a população mais apavorada.
Peguei meu celular e liguei para o meu pai. Ele não acreditou em mim, me mandou ir dormir já que eu tinha treinado muito naquele dia. Fui falar com meus amigos, e eles acreditaram que eu estava aceitando a teoria deles sobre o fim do mundo. Comecei a achar que talvez eles estivessem certos, mas quando olhei meu tenis com marca de sangue que deve ter respingado quando eu sai correndo, fiquei em dúvida de no que acreditar.
Tomei um banho e fui dormir. Talvez eu precisasse mesmo descançar.
Quando tudo ainda estava normal.
Minha vida era um tanto turbulênta quando as das demais pessoas que eu conhecia, mas isso não importa muito para a história que eu estou a contar.
Depois de uma noite difícil, acordei e logo liguei meu computador. Sabe como são os adolescentes, viver sem uma vida em rede social é praticamente ficar sem um pedaço de sua vida. Infelizmente ninguém que eu sonhei estava on-line, por isso, preferi ir tomar um café da manha antes que meu pai brigasse comigo.
Fazia pouco tempo que minha casa estava pronta, apesar de não fazer tão pouco tempo que eu morava la. Eu morava com minha mãe, mas por causa de muitos problemas acabei indo morar com meu pai. Já tinha a impressão de ter me acostumado com essas mudanças.
Fui até a cozinha e preparei um café da manha pratico, para que não tomasse muito tempo e não fizesse muita bagunça. Eu preferia daquele jeito. Voltei para o meu quarto e fui tocar uma musica no piano, mas não demorou muito para o telefone tocar:
-- Alô. -- Respondo ao telefone com voz de sono
-- Maggie? -- Pergunta meu pai.
-- Sim, pai. Não tem mais ninguém em casa, quem mais poderia ser? -- Perguntei.
-- Ha-ha. Já tomou café?
-- Já sim...
-- Então ta bom, não demore muito para almoçar, viu? É PRA COMER! -- diz ele com bastante ênfaze no "é pra comer"
-- Tudo bem, tudo bem.
-- Então ta bom. Tchau filha.
Desliguei o telefone e voltei a tocar minha musica. Eu não conseguia me concentrar na notas, flashes do sonho voltavam e me fazia ficar preocupada. Como tocar não revolveria nada, voltei para o meu computador rezando para que alguém já estivesse on. La estava, um dos amigos que estava em meu sonho.
- "Eai palhaço o/ " - Disse a ele
- "Fala bitch " - Ele respondeu
- "sonhei com vc... Um sonho tenso. Tava vc e todas as bitches."
- "Fala logo, palhaça"
-" u.u' Eu não me lembro muito bem. Tinhamos marcado de nos encontrar, mas tava tudo escuro a muito tempo, como se o dia não existisse mais e tinhamos que lutar para sobreviver. "
- "Hm..."
- "Eai, quando vamos marcar de nos ver? "
- "Sei la."
- " ¬¬' então eu vou fazer meu almoço enquanto vc pensa. "
Sai do computador. Ele era sempre assim, indiferente. É claro que eu sabia que ele se importava e só não demonstrava nada, mas ainda era um tanto... frustrante.
Fiz tudo que tinha que fazer e logo meu pai me ligou novamente perguntando se eu tinha comido. Ele me ligava várias vezes no dia para me fazer essas peguntas chatas no qual ele já sabia as respostas, mas eu não ficara irritada. Ele tinha passado um bom tempo de minha vida ausente e aquele comportamento só mostrava o quando ele queria "fazer as coisas certas".
Quando voltei pro computador, outro de meus amigos estava on, Arthur. Eu não era de falar com muitas pessoas. Poucas realmente me importavam, e todos eram do sexo oposto. Não sei qual era meu problema com as outras meninas, mas em geral, não tinha amizade com muitas.
- "Oi maninho :B "
- "Oi maninha u.u' Sua feia "
- "mas o que foi que eu fiz? D: "
- "Sumiu u.u' "
- "sumi nada, palhaço u.u Sonhei com vc e todas as outras bitches. (...) "
Mesmo que eu não o conhecesse a tanto tempo, nossa relação já era firme. Eu sabia que eu poderia contar com ele pra qualquer coisa, por isso o chamava de maninho, era alguém que sempre estaria la para segurar a barra.
Continuei a conversar com ele e todos os outros até que eu mesma esqueci daquele sonho. Mas não por muito tempo.
Na noite seguinte o mesmo sonho, acordei assustada novamente e mais cedo do que eu gostaria de levantar. Isso tirava meu bom-humor.
Por sorte, estavamos de férias, então eu não fazia muita coisa. Na verdade eu não fazia nada. Treinava algumas musicas, ficava no meu computador, saia de vez enquando. A vida sempre fora muito monótona.
A semana se passou até que um dia eu acordei no meio da noite. Olhei meu relógio e estava marcando 13hrs, xinguei aquele celular e fui ver no da sala, e la marcava a mesma hora. Neste mesmo instânte, lembrei de meu sonho. Liguei a televisão o mais rápido que eu pude e coloquei no noticiário.
Em todos os canais estavam falando sobre um fonômeno estrânho que tinha deixado a terra escura.
"Os ciêntistas ainda não descobriram o que esta em volta da terra, mas podem afirmar que essa "massa" negra cobriu o planeta durante a noite, onde ninguém pôde perdeber a diferênça. E do outro lado da terra, no mesmo período." Dizia a reporter quando a televisão apagou.
Prendi a respiração alguns se gundos mas logo corri para o meu computador. Por sorte eu tinha um nobreak, que me daria algum tempo antes de desligar completamente. Enquanto procurava informações, ia falando com meus amigos, e todos eles acreditavam no fim do mundo. Na internet muitos relatos de pessoas se matando acreditando no mesmo futuro.
Mais uma semana se passou "normalmente". A energia tinha voltado depois de um tempo, mas o sol não. Durante os "dias" mais informações sobre a camada negra que cobria a terra. Os cientistas tinha desenvolvido um foguete que chegava até la, mas não conseguiam se aproximar, pois com isso, o foguete era disolvido.
As pessoas já estavam até acostumadas a andar de "noite" o tempo todo. Nem devo mencionar que a taxa de vandalismo aumentou drasticamente, e por isso, muitas pessoas andavam armadas na rua.
Mesmo que as pessoas tivessem a fantástica habilidade de se adaptar tão facilmente as situações, eu ainda não estava convencia de que ficaria só naquilo. Todos os "dias" andar naquela escuridão me fazia reviver aquele sonho... sonho esse que eu nem tinha visto o final.
Foi naquele mesmo dia que eu estava voltando pra casa depois de um duro treino de kung fu que eu ouvi um barulho muito forte vindo mais na direção do centro da cidade.
A julgar pelo estrondo que fez, seja la o que causou aquilo, estava bem longe, mas com o tremor que houve logo depois, eu já não tinha tanta certeza.
Andar de roupas pretas no escuro pode ser muito mais vantajoso do que se pensa. Em dias realmente normais as pessoas me olhanvam estranho na rua, mas eu nem ligava mais, afinal, não é sempre que se vê uma garotinha baixinha com roupas e cabelo preto, cuturno e piercing na boca. Só que agora eu tinha uma certa vantagem.
Já tava tudo escuro a duas semanas, por isso as lampadas ficavam constantemente acesas, por isso, fui mais para perto de uma parede isolada e comecei a andar devagar sem fazer barulho. Eu estava sozinha naquela rua, por isso qualquer coisa fazia muito eco. E por falar nisso, depois de duas semanas de pura escuridão, já era normal as pessoas não saírem tanto nas ruas. Se eu não tivesse tão preocupada com meu sonho, diria que estava perfeito.
Estava quase chegando em casa quando escuto outro barulho forte, dessa vez mais perto, e do mesmo jeito que o barulho aumentou, o tremor também. Dessa vez perdi o equilibrio e me ajoelhei. Minha sorte foi ter aumentado as vezes de treino na minha academia de kung fu com isso meus reflexos estavam melhores, além de velocidade e força. Claro que não muito, mas o suficiente para conseguir me virar num mundo pirado.
Alguns segundos depois alguma coisa saiu voando pelo meio da rua. Cerca de 4 ou 5, eu não sabia identificar aquelas criaturas. Alguns com tamanho de carro e outros poucos do tamanho de ônibus. Eram aredondados e tinham uma espécie de flagelo na parte de trás que os mantinham voando. Tive a impressão que eles nadavam ao ar.
Fiquei quieta enquanto eu via aquelas criaturas passarem. Parecia que estavam procurando algo, por isso me mentive caladinha sem fazer barulho algum. Eu podia ser curiosa, mas mesmo curiosidade tinha limites.
Enquanto estava quieta apenas observando, fiquei relembrando de meu sonho. Eram as mesmas criaturas, e no meu sonho, tinha um homem que me contava as coisas, mas eu não conseguia me lembrar. Já fazia muito tempo que eu tinha sonhado aquilo, e eu normalmente nem lembrava de meus sonhos.
Comecei a andar devagar para minha casa. Aquelas criaturas não eram rápidas, ou pelo menos não pareciam ser. Quando faltava apenas um quarteirão para eu chegar, um grupo de adolescentes de mais ou menos a minha idade apareceu. Eles eram aparentemente normais, e deveriam estar voltando pra casa, mas quando uma das meninas riu alto, chamou a atenção dos monstros.
Os cinco viraram na direção do barulho, e inicialmente o grupo não viu os monstros, pois, apesar do tamanho também eram bem escuros e se desfarçavam. A unica coisa que denunciava, era o único olho avermelhado bem no centro de sua "face". As criaturas começaram a voar na direção do barulho, e quando se aproximou, dentes apareceram na parte de baixo do seu corpo arredondado. Algum dos garotos dos grupos saíram correndo quando viram os monstros, mas as garotas, mais devagar, foram pegas. Consegui ver as criaturas mordendo as meninas. Uma cena horrível. Elas gritavam com agonia enquanto os monstros arrancavam pequenos pedaços delas.
Estava paralizada diante da cena. Depois que as meninas pararam de se mexer as criaturas foram na mesma direção que o resto do grupo fugira. Depois que a coisa parecia menos perigosa, me aproximei para ver se elas ainda estavam vivas, mas parecia tarde demais. Agora mais perto, pude perceber que as mordidas eram pequenas, por isso elas demoraram a morrer. Aquilo era horrível, as criaturas eram enormes mas as mordidas pequenas faziam as presas sofrer até a morte.
Apavorada, corri para casa. Fechei as portas e janelas, liguei a televisão, coloquei no mudo e liguei a legenda. Procurei nos noticiários alguma coisa sobre aquilo, mas não tinha nada. Fui para meu computador, e comecei a procurar pela mesma coisa. Encontrei relatos em paízes distântes, todas as imformações eram muito recentes, o que explicava a TV não dizer nada. Ou a mídia já não queria deixar a população mais apavorada.
Peguei meu celular e liguei para o meu pai. Ele não acreditou em mim, me mandou ir dormir já que eu tinha treinado muito naquele dia. Fui falar com meus amigos, e eles acreditaram que eu estava aceitando a teoria deles sobre o fim do mundo. Comecei a achar que talvez eles estivessem certos, mas quando olhei meu tenis com marca de sangue que deve ter respingado quando eu sai correndo, fiquei em dúvida de no que acreditar.
Tomei um banho e fui dormir. Talvez eu precisasse mesmo descançar.
Última edição por ☆Lhokita em 14/12/11, 02:16 pm, editado 1 vez(es)