Olho pros cinquenta dólares e solto um suspiro. O Acampamento devia ter muitos gastos para tantos morangos vendidos não conseguirem oferecer nem uma passagem digna pra os semideuses em missão. E os deuses, não podiam dar ao menos uma mesada divina? Mas que ifnerno. Todo o poder do mundo e sequer pagavam nossas universidades, os filhos da puta.

Aceno para Louis e saio da Casa Grande. Já estava recheada com meus equipamentos, com os quais me sentia muito mais confortável. Então apenas caminho em direção aos campos de morango, roubando dois ou três antes de correr em direção aos estábulos antes que algum filho de Deméter me pegasse no flagra.

Lá eu olho os pégasos, sorrindo. Eu adorava as criaturas, e adorava montá-las, escová-las, alimentá-las e vê-las voar. Aproximo-me do que eu conhecer melhor, acariciando-o com uma mão enquanto escondia os morangos-surpresa na outra. Então aproximo a mão fechada de seu nariz e deixo que ele perceba o cheiro, ofertando-lhes as frutinhas.

-- Amigão. Preciso de uma daquelas caronas ultra-rápidas de ida e volta pra pegar um semideus lá na puta que o pariu. Está afim desta aventura? Eu prometo que virei todos os dias para te escovar e dar alguns morangos. Que tal?

Abraço seu pescoço em busca de um sinal de aprovação, então ponho a sela nele com cuidado e alegria, em um dos raros momentos que não estava de mal humor, e monto-o com carinho e cuidado, partindo com ele pra fora dos estábulos e em direção aos céus. Informo-lhe o endereço que deveríamos ir, já me perguntando quanto tempo levaria. Eu fico atenta aos arredores, apesar do conforto de sentir o céu próximo de minha cabeça, sempre acariciando o pescoço do pégaso e conversando com ele. A qualquer sinal de perigo seguro as rédeas com mais firmeza e fico pronta para manobrar uma esquiva, enquanto observo o perigo.

Itens Levados:

[quote]Nível 7 - Tempestuoso: O semideus filho do senhor do Olimpo sente como se as tempestades fossem seu lar, enquanto lutar nessas condições encontrará suas habilidades físicas e mentais em seu ápice, ganhando assim mais força, velocidade, resistência e concentração.

Nível 8 – Sensibilidade Aérea: O filho de Zeus consegue sentir a movimentação do ar ao seu redor, conseguindo desta forma identificar movimentos mesmo sem estar olhando, assim raramente é surpreendido. Esta habilidade tem um raio igual a metade do nível do campista em metros.
[/spoiler]

Lavei o rosto no banheiro. Eu não aguentava mais aquele dia tedioso. Tentava me manter acordada de toda forma mas, na maior parte do tempo, eu estava mais focada em não dormir do que nas aulas. Minhas notas estavam cada vez piores e, não que minha mãe ligasse mas, aquilo me incomodava. Levar derrota atrás de derrota para casa, nunca melhorando daquela Síndrome do Sono idiota.

A voz do professor me trouxe de volta à realidade. O professor de biologia, seu nome era... Como mesmo? Janer? Homer? Eu não lembrava. Não era muito chegada nele.

-- A-ah... eu não estava me sentindo bem, professor. Estava lavando meu rosto no banheiro -- Falo, tentando esgueirar-me por sua lateral e seguir meu caminho pelo corredor, com medo de levar uma bronca. Se fosse o caso, penso, ao menos não tinha ninguém ali pra me ver passar a humilhação -- eu já estou voltando para a sala.

Tento ir recuando evasiva em direção à minha sala, sem porém querer ser tão mal educada com ele, apenas tentando evitá-lo. Eu já tinha professores demais no meu pé para dar abertura a mais um

Acaricio o pescoço do Pégaso, olhando para o solo abaixo de nós em busca de um lugar que parecesse oportuno para que pousássemos. Uma fazendinha, um vilarejo mais afastado, coisas do gênero.
Com um assobio eu chamo por uma Águia Sagrada pelos céus. Comunico-me com ela mentalmente, agradecendo sua ajuda, e peço-lhe que me guie com sua visão privilegiada para o local onde fosse mais oportuno pousar, onde ela visse menos movimento humano e mais uma área como uma fazenda ou beiradas de um vilarejo.
Então conduzo o garanhão até lá, dando uma volta pelo lado menos movimentado. Tento pousar com suavidade e ao descer esfrego minha mão por seu pescoço e garupa, massageando-o e agradecendo-o. Peço à águia que dê um giro ao redor então, para melhor nos localizar, então fecho os olhos e profiro as palavras passadas a mim por meus irmãos, mágicas e antigas, compartilhando da visão da águia;

-- ευλόγησε προφητεία

Olho através dela enquanto guio seus movimentos com minha mente, buscando um vilarejo, um armazém de comida, uma casa afastada ou uma plantação de alguma fruta ou legumes que eu pudesse pedir ou surrupiar.

ευλόγησε προφητεία - O filho de Zeus compartilha da visão da Águia, podendo ver tudo o que ela está vendo no momento. 15 pontos de energia.

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Nível 9 - Senhor das Águias: A Águia é o animal característico de Zeus, e o obedece cegamente. Após conseguir essa habilidade, os filhos de Zeus poderão conversar mentalmente com as águias e essas serão suas servas mais eficientes jamais os questionando. Agora quando estiver no controle de uma Águia Sagrada o semideus poderá usar as palavras mágicas. *Consultar a tabela.

Começo a ter um sentimento ruim em relação àquele professor. Como naqueles pesadelos estranhos e em que você fica confuso e mais consciente antes de finalmente acordar. Olho pra ele séria desta vez, focando em seu rosto, tentando lê-lo e lembrar se já tinha falado com ele antes. Eu não estava dormindo... Não é?? Então o que aquele cara queria? Por que me sentia ruim em relação a ele? E... ele estava me oferecendo drogas ou ajuda? Estava confusa.

-- Não. Eu vou para a aula. Já estou me sentindo melhor... E acredito que o colégio já saiba de minha condição de saúde... O senhor deveria perguntar ao diretor... Com licença.

Novamente tento passar por ele, agora já mais preocupada e apressada. O que eu lembrava dele mesmo? Eu já tinha tido aulas com ele... Ou não? eu já o tinha visto, claro, mas não lembrava sequer seu nome. Tento buscar na memória se ja tinha falado com ele antes e se ele era sempre tão estranho assim, ou se já havia ouvido algum rumor sobre ele pelos corredores ou algo do tipo.

-- Mas que...

Praguejo surpresa, levantando-me tão rápido quanto possível. Olho ao redor, usando de meus Sentidos Aéreos para tentar sentir a movimentação dos arredores melhor. Peço à minha águia que vigie dos céus e me avise da aproximação de qualquer outro inimigo maior. Enquanto isso eu pouso a mão sob o punho da espada, pronta para sacá-la sob o menor sinal de movimento, todos os meus instintos e sentidos voltados aos meus arredores.

Caso eles voltem a atacar eu saco a espada e então invoco Aegis de minha tatuagem, erguendo-o no braço esquerdo para amedrontar de surpresa meu atacante com a visão da górgona e de uma lâmina de oricalco afiada e cruel. Esperava fazê-los hesitar tempo suficiente para que eu entendesse com o que estava lidando. Se for um monstro eu imediatamente golpeio com uma estocada para a frente na direção de seu peito pela lateral do escudo.

Se fosse uma criança ou outra coisa eu apenas observo atenta.

Mas, no geral, fico pronto para bloquear ataques com o escudo ou evitá-los com gingados do corpo, se preciso cortando a vegetação ao redor com movimentos da lamina de oricalco.

- Sabre "Mercy" [Oricalco][25%+ Resistência][+30% Corte][Elétrico][Comum][|1|]  - |1| - Sabre feito de oricalco dobrado sobre si mesmo inúmeras vezes, forjado por Roran. Possui corte e tenacidade muito superiores, sendo quase inquebrável e podendo cortar sem resistência qualquer material inferior ao oricalco e até mesmo subjugar equipamentos de oricalco de menor nível. Linhas de prata ao longo da arma aumentam a condutividade, dando bônus ao efeito elétrico. A ponta da lâmina é ainda mais dura do que o restante, garantindo uma maior capacidade de penetração.

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Nível 9 - Perícia com Espadas [Intermediário]: Confere nível de perícia [Intermediário] para a perícia com Espadas. Permite que o Campista treine suas outras perícias até o nível [Intermediário].

Recuei apressada especialmente depois de ouvir o grunido, quase correndo na direção do outro professor. Olho para trás para me garantir que o tal do Prof. Barnes não estava se lançando contra minha jugular pelas costas, e então me junto ao segundo professor.

-- Urfa... Olá professor... Hã... Olá...

Apenas digo olá, olhando-o bem no rosto. Não o reconhecia dali ou de lugar algum, mas todos os meus colegas o estavam tratando com normalidade então acredito que deva ser coisa da minha cabeça. Mais um dos meus lapsos e falhas, das quais já estava de saco cheio, para ser honesta. Situações como estas já estavam me deixando de saco cheio.

-- Va-vamos! Sujeito intimidador, aquele prof. Barnes, não?

Dou um sorrisinho e sigo meus colegas em direção ao pátio, atenta ao professor para tentar lembrar dele ou apenas por interesse dele me ter salvo.