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Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


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Tyler Durden

Tyler Durden
Filho(a) de Hypnos
Filho(a) de Hypnos
Sim, provavelmente esse é o fim. É estranho pensar em como vou morrer, normalmente semideuses morrem em uma luta épica contra um monstro mitológico, outras em um infortúnio fogo perdido entre deuses, como em um avião caindo pelos caprichos de Zeus, mas como sempre minha vida me prega peças.
Fico sentado por um tempo no banco da enfermaria, a sensação é sufocante, puxo o ar, mas ele mal preenche meus pulmões. Me perguntam se esta tudo bem e tudo que eu consigo responder é "sim, eu to bom", sabendo que era uma mentira, e ela que me envolvia como uma mortalha.
O diagnóstico, a sentença de morte entregue pelo filho de Apolo, pairava sobre mim como uma sombra intransponível. "Você não passa de hoje." A realidade golpeou-me, tornando-me prisioneiro de um destino que se desenrolava cruelmente diante dos meus olhos. Quem diria que os apertos no coração realmente eram uma doença?
O que mais me irritava nisso tudo era que eu não poderia pegar minha espada e cravar na doença, eu não posso usar minhas habilidades para pô-la a dormir nem a convencer de não me matar. Era algo inevitável, algo como a morte esperando ao meu encalce para me matar.
Espera, era isso! A morte! Porra, eu sou um semideus, eu conheço quem irá tirar a minha vida, ou ao menos já ouvi falar. Não será uma doença e sim Thanatos. Agora com os pensamentos mais ordenados e desesperados, eu tinha algo a que matar, ou algo para impedir.
Essa seria a epopeia da minha vida, impedir a morte. Não seria uma tarefa difícil, eu diria improvável. Orfeu havia tentado e falhado com sucesso, eu tinha música também, por mais que não fosse agraciado pelo Deus do Sol assim como seu filho, mas eu poderia tentar.
Sim, tentar. Era essa a ação que resumia a minha vida. Tentar manter a sanidade, tentar não explodir, tentar me relacionar. Sempre falhava, mas sempre tentava.
"Tudo bem", falei em voz alta, mentindo mais uma vez. Se Thanatos iria me buscar essa noite, eu estaria preparado. Fui caminhando para dentro da floresta do acampamento, havia usado meus poderes para apagar a minha doença da memória do filho de Apolo que tinha me atendido anteriormente.
Enquanto ando pelo local escuro, percebo meu coração acelerando mais uma vez, a dor era inebriante. Isso sempre me acompanhou e eu sempre pensei que não seria nada, nada com o que me preocupar. Bom, daqui a pouco eu não teria mais preocupações mesmo.
Sento em um tronco de árvore caído no chão, os musgos haviam o tomado, mas eu não ligava de sujar minha calça. Retiro a flauta da minha cintura e começo a tocar uma melodia. Tudo que saía do instrumento era suave e triste, sem cor, sem vida. Talvez minha alma estivesse morrendo junto com meu coração e dai eu não poderia ter salvação nem no pós-morte.
Esse pensamento me assustou, ficar preso nos Campos de punição até o fim dos tempos seria terrível, uma tortura muito maior do que a morte e isso faz com que meu coração dispare mais uma vez.
Coloco a mão no peito como se eu pudesse tirar aquela dor latejante de lá, mas não consegui sucesso. Nessa hora uma sombra se ergue na minha frente.
Um homem de cabelos negros como a noite e olhos prateados acabara de se materializar na minha frente, era extremamente pálido e possuía um corpo bem definido. Suas vestes era apenas uma túnica negra que cobria parte de seu corpo. Acho que era uma das criaturas mais bonitas que já vi na vida.
Eu não podia me deixar enganar pela sua beleza estonteante, aquilo não era um homem, não era meu amigo, aquilo era a morte na qual eu deveria combater.
-Hora, hora. Você veio. -Falei tentando parecer animado, me pondo de pé e pegando minha espada.
-Claro que vim Durden, todos os caminhos levam a mim. -Diz o Deus com uma arrogância que era bem plausível para falar a verdade.
-Então é agora que teremos o embate épico pelo minha vida? -Indaguei com um sorriso no rosto. "Pelo menos eu estou tendo uma chance", penso comigo. -Ou eu poderia continuar tocando música para o senhor e assim poderíamos esquecer essa besteira de coração, o que acha? -Eu conseguia ser extremamente persuasivo quando queria.
-O por que faríamos isso? Eu acho que não precisamos. - O homem pacientemente se senta no tronco ao meu lado me convidando a sentar novamente. -Você não está cansado?
Sim, eu estava. A exaustão dentro de mim era mais arrebatadora do que a dor, sempre lutando, sempre tentando, sempre mentindo, fingindo. A verdade é que eu só tentei evitar tudo isso para que as pessoas não ficassem decepcionadas com o fato da minha morte.
-O que eu deveria fazer? Aceitar tudo isso? Depois de tudo? Eu ainda poderia parar nos campos de punição e ficar lá pela eternidade.
-Acredite criança, se ficar aqui a dor que irá sentir será pior do que a eternidade lá. Aceite-me, eu lhe farei bem. Você poderá descansar.
Eu não sei por que mas as palavras dele me confortavam. Não sei se era por conta do fato de ele ser um Deus e esse poderia ser o seu poder, mas aquilo era tentador demais.
-Então é assim que acaba? Sem uma luta? Sem uma discussão? Apenas a aceitação? Me parece melancólico e inevitável.
-Sim, é inevitável e talvez seja melancólico dependendo do ponto de vista. Dependendo do ponto de vista pode ser misericordioso.
Olho para o ser e dou um sorriso, ele estende os braços para mim e dou um abraço no Deus aceitando a morte como um conforto para uma vida de luta.

...

Acordo na minha cama totalmente encharcado de suor. Vejo que tudo não havia passado de um sonho. Sim, seria um sonho.

#1

Juno

Juno
Deusa Olimpiana
Deusa Olimpiana
Tyler Durden escreveu:
Sim, provavelmente esse é o fim. É estranho pensar em como vou morrer, normalmente semideuses morrem em uma luta épica contra um monstro mitológico, outras em um infortúnio fogo perdido entre deuses, como em um avião caindo pelos caprichos de Zeus, mas como sempre minha vida me prega peças.
Fico sentado por um tempo no banco da enfermaria, a sensação é sufocante, puxo o ar, mas ele mal preenche meus pulmões. Me perguntam se esta tudo bem e tudo que eu consigo responder é "sim, eu to bom", sabendo que era uma mentira, e ela que me envolvia como uma mortalha.
O diagnóstico, a sentença de morte entregue pelo filho de Apolo, pairava sobre mim como uma sombra intransponível. "Você não passa de hoje." A realidade golpeou-me, tornando-me prisioneiro de um destino que se desenrolava cruelmente diante dos meus olhos. Quem diria que os apertos no coração realmente eram uma doença?
O que mais me irritava nisso tudo era que eu não poderia pegar minha espada e cravar na doença, eu não posso usar minhas habilidades para pô-la a dormir nem a convencer de não me matar. Era algo inevitável, algo como a morte esperando ao meu encalce para me matar.
Espera, era isso! A morte! Porra, eu sou um semideus, eu conheço quem irá tirar a minha vida, ou ao menos já ouvi falar. Não será uma doença e sim Thanatos. Agora com os pensamentos mais ordenados e desesperados, eu tinha algo a que matar, ou algo para impedir.
Essa seria a epopeia da minha vida, impedir a morte. Não seria uma tarefa difícil, eu diria improvável. Orfeu havia tentado e falhado com sucesso, eu tinha música também, por mais que não fosse agraciado pelo Deus do Sol assim como seu filho, mas eu poderia tentar.
Sim, tentar. Era essa a ação que resumia a minha vida. Tentar manter a sanidade, tentar não explodir, tentar me relacionar. Sempre falhava, mas sempre tentava.
"Tudo bem", falei em voz alta, mentindo mais uma vez. Se Thanatos iria me buscar essa noite, eu estaria preparado. Fui caminhando para dentro da floresta do acampamento, havia usado meus poderes para apagar a minha doença da memória do filho de Apolo que tinha me atendido anteriormente.
Enquanto ando pelo local escuro, percebo meu coração acelerando mais uma vez, a dor era inebriante. Isso sempre me acompanhou e eu sempre pensei que não seria nada, nada com o que me preocupar. Bom, daqui a pouco eu não teria mais preocupações mesmo.
Sento em um tronco de árvore caído no chão, os musgos haviam o tomado, mas eu não ligava de sujar minha calça. Retiro a flauta da minha cintura e começo a tocar uma melodia. Tudo que saía do instrumento era suave e triste, sem cor, sem vida. Talvez minha alma estivesse morrendo junto com meu coração e dai eu não poderia ter salvação nem no pós-morte.
Esse pensamento me assustou, ficar preso nos Campos de punição até o fim dos tempos seria terrível, uma tortura muito maior do que a morte e isso faz com que meu coração dispare mais uma vez.
Coloco a mão no peito como se eu pudesse tirar aquela dor latejante de lá, mas não consegui sucesso. Nessa hora uma sombra se ergue na minha frente.
Um homem de cabelos negros como a noite e olhos prateados acabara de se materializar na minha frente, era extremamente pálido e possuía um corpo bem definido. Suas vestes era apenas uma túnica negra que cobria parte de seu corpo. Acho que era uma das criaturas mais bonitas que já vi na vida.
Eu não podia me deixar enganar pela sua beleza estonteante, aquilo não era um homem, não era meu amigo, aquilo era a morte na qual eu deveria combater.
-Hora, hora. Você veio. -Falei tentando parecer animado, me pondo de pé e pegando minha espada.
-Claro que vim Durden, todos os caminhos levam a mim. -Diz o Deus com uma arrogância que era bem plausível para falar a verdade.
-Então é agora que teremos o embate épico pelo minha vida? -Indaguei com um sorriso no rosto. "Pelo menos eu estou tendo uma chance", penso comigo. -Ou eu poderia continuar tocando música para o senhor e assim poderíamos esquecer essa besteira de coração, o que acha? -Eu conseguia ser extremamente persuasivo quando queria.
-O por que faríamos isso? Eu acho que não precisamos. - O homem pacientemente se senta no tronco ao meu lado me convidando a sentar novamente. -Você não está cansado?
Sim, eu estava. A exaustão dentro de mim era mais arrebatadora do que a dor, sempre lutando, sempre tentando, sempre mentindo, fingindo. A verdade é que eu só tentei evitar tudo isso para que as pessoas não ficassem decepcionadas com o fato da minha morte.
-O que eu deveria fazer? Aceitar tudo isso? Depois de tudo? Eu ainda poderia parar nos campos de punição e ficar lá pela eternidade.
-Acredite criança, se ficar aqui a dor que irá sentir será pior do que a eternidade lá. Aceite-me, eu lhe farei bem. Você poderá descansar.
Eu não sei por que mas as palavras dele me confortavam. Não sei se era por conta do fato de ele ser um Deus e esse poderia ser o seu poder, mas aquilo era tentador demais.
-Então é assim que acaba? Sem uma luta? Sem uma discussão? Apenas a aceitação? Me parece melancólico e inevitável.
-Sim, é inevitável e talvez seja melancólico dependendo do ponto de vista. Dependendo do ponto de vista pode ser misericordioso.
Olho para o ser e dou um sorriso, ele estende os braços para mim e dou um abraço no Deus aceitando a morte como um conforto para uma vida de luta.

...

Acordo na minha cama totalmente encharcado de suor. Vejo que tudo não havia passado de um sonho. Sim, seria um sonho.

XP RECEBIDO: 150 xp

Foi abordado uma conversa bem interessante sobre a morte e a one post conseguiu colocar bem a ideia do personagem em questão, de ser um sonhador, mas o interessante que abre a brecha se de fato foi um sonho do rapaz ou se foi de fato uma conversa com o deus da morte, bem, nunca saberemos... só se ele continuar =v

#2

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