Ao sair seguindo a linha era muito perceptível a influência do frio nesta noite de verão, Nova Roma estava intensamente gelada, a estrada de pedras tinham uma forte baixa temperatura. E a beleza das casas romanas me chegou a cabeça, eu nunca havia reparado em tamanha delicadeza. As casas eram de fato antigas mas tinham o tom aconchegante que deveria ter e em comparação ao resto do mundo, era como se tivéssemos parados no tempo vivendo em construções romanas e antigas, aquilo nunca incomodaria. Nova Roma sempre seria um lugar bom o suficiente para um campista romano, com aquelas belas construções tão antigas quanto meu pai, era estranho e confortável lidar com esse pensamento. Estranho pela ideia da arquitetura e confortável por ser meu lar.
Enquanto eu segui a linha, vários pensamentos me vinham a cabeça: Por qual motivo isto teria vindo a mim? Onde estaria me guiando? Eu me perguntei se era normal solicitar milhares de respostas ao mesmo tempo ao seu cérebro. Mas de qualquer maneira eu não me recusaria e seguir tamanho mistério e este é um motivo e tanto para sair da zona de quietude.
Sendo guiado pela linha, saí do acampamento, entrei em um túnel e fui caminhando pela beirada mais escura da estrada que estava um tanto movimentada. Era necessário ficar na escuridão pois não é todo dia que se vê um garoto sozinho durante a noite seguindo uma linha dourada, as pessoas poderiam me julgar como uma piada.
Após sentir uma leve dor nas pernas, cheguei ao fim da linha. Num ponto de ônibus, exposto a aquela noite nublada na Califórnia. Com um rolo de linha na mão, me sentei em algum lugar que o ônibus fosse visível e que não iria me expor tanto, aguardando o transporte.
— Seja lá o que for, eu estarei lá.