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Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


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por Willow Ivy 06/08/24, 09:18 pm

Willow Ivy

Willow Ivy
Nome da narração: Diário da Chegada ao Acampamento
Objetivo da narração: Willow acaba de chegar ao acampamento e quer tentar perceber as suas habilidades de semideusa, talvez até o seu pai divino.
Quantidade de desafios: Várias atividades diferenciadas e 1 monstro em concreto.
Quantidade de monstros: 1
Espécie dos monstros: Troll




26 de Julho

Já não escrevo faz algum tempo, já nem sei como começar esta entrada do meu diário... Quer dizer. "DIÁRIO" é uma palavra muito forte. Perdi o meu diário no caminho para cá e este é apenas um caderno velho e amarrotado que alguém me emprestou para eu fazer apontamentos durante as aulas de "monstrologia" e acabei por ficar com ele. Tudo aconteceu tão depressa, nem sei bem onde começar...

(Uma mancha de água tornava ilegível parte do parágrafo seguinte)

Ora, há algum tempo atrás o meu pai faleceu, acho que em fevereiro. Os médicos não sabiam bem dizer se era leucemia ou tuberculose, alguns até diziam ser apenas uma pneumonia. Gastamos bastante dinheiro dos meus avós para tentar curar o papai, mas acabou que, independente de que doença ele tinha, morreu. Numa cama de hospital, aconchegado em lençóis brancos suaves, com uma cama que reclinava automaticamente e uma televisão pendurada do outro lado do quarto, mas sem se lembrar de como eu me chamava e como havia ido parar nessa cama tão confortável. O meu pai faleceu sem se lembrar de mim. Chamava por uma mulher que eu suponho que era minha mãe. "Joanne". Aparentemente eu sou muito parecida a essa tal Joanne.

Peço desculpa por me ter deixado levar pelas emoções, vou apenas continuar o meu relato...

No dia seguinte à morte do meu pai comecei a dormir na casa dos meus vizinhos. Um casal de velhinhos, a família Campbell, que já me ajudavam a mim e ao meu pai com restos do jantar deles (porque a senhora Campbell, obviamente fazia demasiada comida para duas pessoas) desde que nos havíamos mudado para aquela casa. Tenho de admitir que viver naquela casa era bom. Uma lareira e jantares quentes todos os dias depois da escola. A luz nunca falhava, porque as lâmpadas não tinham 20 anos e os cobertores não cheiravam a incenso e pesticida. Porém, mesmo tendo uma casa tão acolhedora e confortável como a dos Campbell à minha disposição ainda sentia falta do meu pai. Foram seis meses muito confusos para mim. E mais confuso ainda era o que acontecia à minha volta.

Lembro-me que sempre havia visto coisas bizarras ao meu redor, mas que todos me diziam ser apenas minha imaginação e apenas o meu pai trabalhava para fazer esses acontecimentos cessarem. Rituais japoneses, católicos, voodoo e até mesmo rezas pagãs a deuses antigos. Sempre achei que tanto trabalho servia apenas para me reconfortar mas aparentemente serviam para mais do que isso. As coisas estranhas que me costumavam acontecer uma vez de vez em quando tornaram-se mais recorrentes e sentia-me observada a todo o momento. Se não estivesse em casa dos Campbell o desconforto e nervosismo eram imensos. Até que um dia desses, eu estava realmente a ser perseguida e um dos meus colegas de turma (que aparentemente era uma criatura mítica também) me "salvou" e me trouxe para onde estou agora.

A viagem durou vários dias, mas pareceu mais uma caminhada muito longa do que uma tentativa de fuga. Só tive tempo de colocar algumas coisas na mochila e de me despedir dos Campbell e depois de cruzar a fronteira Americana, no dia 22 chegamos a este acampamento. Depois de processar tanta informação junta acabei por aceitar o facto de que sou filha de uma Deusa Grega... Não. Estou a mentir. Ainda não aceitei esse facto.

30 de Julho

Voltei a ter algum tempo para mim. Como ainda não fui "reclamada", seja lá o que isso for, tenho o direito de ocupar o meu próprio beliche superior no Chalé de Hermes. O deus dos ladrões, das mentiras e dos trapaceiros é também o deus dos viajantes, da velocidade e da hospitalidade. É engraçado como a mesma divindade pode representar facetas que parecem ser tão diferentes. Na verdade até faz sentido. Na verdade, tudo o que venho aprendendo nos últimos dias, ao inicio parece estranho e deslocado, mas na verdade faz todo o sentido. Surpreende-me não encontrar muitos furos nas narrativas gregas clássicas. Talvez um pouco de idiotice por parte dos heróis e semideuses, mas ao mesmo tempo, parece que eu faço parte desse grupo, então tento não insultar e criticar mas sim aprender para não cometer erros similares. Pergunto-me se terei de lutar com monstros perigosos para ser reclamada.

Aulas sobre monstros e mitologia no geral, têm ajudado a entender melhor o novo ambiente em que estava agora inserida. Também tenho andado a treinar com espada e combates corpo a corpo. Mas o que mais me tem interessado são os pequenos testes em que me colocam para testar a minha paternidade divina. Ontem estive nos campos de morangos e posso dizer seguramente que não sou filha de Demeter (acabei por destruir alguns arbustos ao tentar puxar uma raiz do chão) e por agir antes de pensar, muitos dos semideuses que estavam comigo também começaram a eliminar a possibilidade de ser filha de Atena.

2 de Agosto

Amanhã é o meu aniversário. Durante os meus tempos livres eu e alguns campistas mais velhos temos testado as várias possibilidades da minha origem divina. Até agora, Démeter, Atena, Íris e Afrodite não seriam a minha mãe, ou seja, os chalés mais, digamos, importantes, já não serão para mim. Em jogo ainda estão deuses menores e com menos facilidade de se testar, Nêmesis, Eos, Nix... Nem sequer sei se essas deusas podem ter filhos, mas são sempre uma possibilidade.

Alguns campistas vêm andado a dizer que provavelmente não tenho mãe divina mas sim pai. Mas eu não quero acreditar nisso. Não ainda. Liam Ivy era o meu pai, não um Deus que eu nunca vi. Não posso aceitar que o cargo do meu pai seja ocupado por alguma divindade que pode muito bem ser apenas um conceito.

Por via de dúvidas, os semideuses mais velhos da cabana de Hermes querem que eu passe uma pista de obstáculos, que inclui testes de agilidade, velocidade, força e combate em vários terrenos. Isto tudo só para ser mais fácil eu retirar Deuses da minha lista. Até parece uma boa prenda de aniversário, saber quem é a minha verdadeira mãe.





3 de Julho

O dia de hoje foi... caótico.

Espero que tenha sido um sonho...

Nada disto faz sentido...

(O resto da página está em branco coberta por manchas de água que permitem a leitura das letras do outro lado da folha.)



6 de Julho

Acho que não vale mais a pena tentar fingir que nada aconteceu. O meu aniversário foi algo bastante estranho, para dizer o mínimo, e no fim do dia, a minha falta de fé e confiança nos Deuses mostrou-se mais do que correta. Vou tentar relatar tudo o que aconteceu no dia 3.

O dia começou com os campistas que estavam encarregues de mim e alguns com quem havia conversado recentemente a me acordarem, de manhã, com um bolo de chocolate e uma vela do número 16. Apesar de só estar no Acampamento há alguns dias já havia gente que se tinha esforçado para me surpreender logo cedo. Mas a felicidade não durou muito, porque lá fui arrastada para a tal prova de obstáculos para testar todas as possibilidades.

Comecei com uma prova de tiro com arco seguido de uma serenata com o instrumento que quisesse. Depois de falhar 2 dos 3 tiros que dei e não conseguir tocar bem uma escala simples, Apolo foi eliminado da minha lista de possíveis pais. Por me recusar a aproximar das chamas das forjas, Hefesto teve o mesmo tratamento. As videiras não falaram comigo e por ter tido uma viagem tão pacífica no caminho para cá, Dionísio e os três grandes também já não eram opções. Só sobravam Hermes e Ares e a maneira de decifrar se era algum deles seria através de um combate. Eu ainda tinha esperanças de que não fosse nenhum deles e que uma deusa menor, com pouquíssima descendência mortal fosse a minha mãe, mas sabia que essa possibilidade era ínfima.

Tenho de admitir que a partir do momento em que senti que Liam Ivy, o homem que me criou, podia nem sequer ser o meu pai biológico, depois de testarmos a minha afinidade à magia  de Hécate, um peso forte formou-se no meu peito. O meu pai não era Liam... Joanne provavelmente o havia traído com um deus e me largou com ele. Acho que era o facto de que havia sido mentida a vida toda e não o facto de que Liam não era o meu pai biológico que me enervava. Mas ergui a cabeça e segui para a arena para descobrir finalmente se era filha do Deus da Guerra ou do Deus dos Ladrões...

A luta era algo simples, apenas para as pessoas entenderem como eu lutava e facilitar a minha reclamação. Aparentemente era suposto eu enfrentar um grupo de goblins, mas algo deve ter corrido mal no planeamento, porque o que enfrentei foi algo bem maior. Equipada com o couro e uma espada curta senti o chão tremer quando um gigante entrou pela arena. Não um gigante verdadeiro. Acho que era mais um troll. Equipado com uma maça e uma toga de pele animal. Todos ficaram surpreendidos quando essa foi a figura que entrou e não os 3 anões verdes. Este troll não deveria ser um desafio para mim, uma novata que mal segura na espada. Porém este troll estava ferido em várias partes do corpo. Nos braços tinha vários cortes, mancava da perna esquerda e o olho direito estava inchado impossibilitando a visão. Invés de deixar os  semideuses mais experientes controlarem a situação, deixei a minha raiva fugir pela minha lâmina.

Num instante corri contra o gigante verrugoso e tentei golpear o seu calcanhar esquerdo. Parecia que tinha distância suficiente mas o braço do troll apareceu para me golpear. A minha sorte é que consegui rolar para me desviar e desiquilibrada voltei a levantar e correr em direção ao calcanhar. Os movimentos do monstro eram demasiado lentos e não me conseguiam alcançar. Sentia ter uma batalha fácil em mãos. Porém mesmo conseguindo dançar por entre as pernas e tentativas de esmagamento do troll os outros semideuses desciam das arquibancadas para me auxiliar. Fiquei parada por alguns momentos para tentar perceber porque é que havia tanta gente a tentar proteger-me sendo que tudo estava bem, e foi ai que o primeiro golpe me atingiu. Quer dizer, não chegou a atingir mesmo. Um filho de Atena conseguiu atirar-se contra mim, projetando-me para a frente e levando ele com a maça de madeira que armava o monstro. O corpo do semideus voo um quarto da arena e aterrou numa poça de sangue e areia. O mundo abrandou quando vi essa imagem à minha frente. Todos os outros semideuses corriam para vingar o companheiro caído mas eu estava vidrada no vermelho que se acumulava por debaixo dele. Anthony, era o nome do rapaz que acabava de me salvar. Nunca falei muito com ele mas ainda assim ele colocou-se à minha frente para eu não sofrer.

Ainda boquiaberta tentei aproximar-me do corpo de Anthony que agora estava rodeado por outros campistas capazes de o curar e estabilizar. Olhei para o rosto amassado do filho de Atena e me baixei ao lado dele. Agradeci em silêncio e com uma lágrima a sair-me do olho. Tentando não alertar ninguém em volta, peguei na adaga ensanguentada pelo seu próprio sangue que Anthony segurava na mão esquerda e comecei a caminhar na direção do troll. Este estava agora a ser dominado pelos outros semideuses.  Estavam todos num impasse. O troll não atacava e os campistas não se aproximavam depressa o suficiente para serem considerados uma ameaça. Eu não. Corri pelas costas de todos os semideuses á minha frente, parando em cada um até chegar ao lado do olho danificado do troll. A partir dai tudo ocorreu muito depressa. Consegui atirar-me de maneira a golpear o tendão do joelho do troll, fazendo com que este se ajoelhasse, escalei pelas suas costas e consegui perfurar o seu outro olho com a lâmina de Anthony deixando-me cair de costas contra a areia da arena e evitando a mão esverdeada que me tentava enxotar para longe.

Ouvi mais gritos de guerra e dor, mas fiquei deitada no chão a olhar o azul do céu. Foi com um último urro de tortura do troll que me levantei. Estava morto o monstro. Mas apesar de não ter sido eu a conceder o último golpe na criatura todos se voltaram para mim. Um caduceu havia se formado por cima da minha cabeça. Mas porquê agora? A minha falta de cuidado que levou um rapaz a ser projetado de tal maneira que formou uma piscina com o próprio sangue levou o deus dos Trapaceiros a querer que ficasse associada a ele? Ou foi o facto de ter roubado o corpo moribundo desse mesmo moço? Atualmente Anthony está em recuperação na enfermaria, mas eu ainda cheguei a devolver a adaga que roubei antes de ele lá ir parar. Não percebi na altura e continuo sem perceber direito. Porque é que fui reclamada naquele momento, e se Hermes era o meu verdadeiro pai, quem era a minha mãe e quem era Liam?

No dia 3 respondi a algumas perguntas mas novas formaram-se imediatamente a seguir. Logo após a batalha com o troll eu acabei por desmaiar de exaustão e quando acordei uma Assassins Dagger (como lhe chamaram) havia sido colocada na mesa onde estava acamada. Hermes realmente era meu pai... Ainda não sei como processar esta informação toda... Mas pelo menos agora tenho o meu beliche permanentemente.




Equipamentos:

#1

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