Solto um olhar de desgosto para o corpo do ciclope se esvaindo. O canalha era tão fraco que nem conseguiu gritar antes de morrer. Foi uma cena tão patética que até perdi o apetite, então deixo o restante do lanche de lado. Pelo menos sua morte serviu para deixar o filho de Vênus mais propício a acatar nossos pedidos.
Dentro de pouco tempo, estávamos dentro do contêiner/galpão. Dava para perceber com toda certeza essa organização tinha mago que dominava a Névoa, dado que em menos de um dia já vi dois armazenamentos muito maiores do que aparentavam ser pelo lado de fora. Já vou adentrando o lugar buscando todos os odores do ar.
O mais forte era do que parecia ser um filhote de Leão de Nemeia. Ver a criatura que foi um dos Doze Trabalhos de Hércules, acorrentada e ainda em fase de crescimento, com seu direito de crescer e se tornar um magnífico oponente sendo claramente usurpado sinto uma pitada de ódio desses contrabandistas, deixando meus sentimentos pessoais tomarem as rédeas por um segundo.
O outro cheiro era dos unicórnios, mas tinha uma pitada um tanto familiar. Ao me concentrar, entendo por quê. Eles tinham o cheiro dos NOSSOS faunos. Me arrepio levemente quando a ficha cai com as possíveis consequências desse fato.
"Se os unicórnios são da nossa floresta e eles estão com os contrabandistas... quer dizer que eles conseguiram entrar nas barreiras mágicas do acampamento e capturá-los bem debaixo do nosso nariz... o que só pode significar que alguém fez merda ou... que temos um MALDITO traidor em Roma."
Só de pensar na possibilidade já consigo sentir meu rosto esquentar e meu sangue ferver. Claro que era uma hipótese sem provas conclusivas, mas algo estava suspeito naquela história e meus instintos raramente erravam. Na minha cabeça começa a passar vários nomes e imagens dos rostos de semideuses nos quais cresci ao lado e sinto o chão desabar por um segundo.
Porém, na mesma velocidade que o desespero toma conta, logo ele é substituído por ódio:
"Se eu estiver correto... os envolvidos vão pagar."
- Sim, minha fênix consegue carregar a carga, se tiver algum lugar firme para segurar. - Digo para Henry, não só concordando com o teatro como também com seu plano de levá-los para o acampamento. Seu método de agir, apesar de sorrateiro, era muito eficiente. Olho para as correntes nas paredes, pego algumas delas nos ombros e digo: - Agora, saiam. Vou preparar a carga para o transporte. Nos encontramos no barco em alguns minutos.
Como não tinham motivos para não concordarem, espero eles tomarem um pouco de distância e começo os trabalhos braçais. Primeiro, precisava me certificar de que eles não caíssem nas mãos erradas novamente quando fossem entregues, sendo assim teria que direcioná-los para alguém em que pudesse confiar. Penso em alguns nomes rapidamente e sem muito esforço encontro alguém adequado, que tinha certeza que não tinha motivos para trair Roma. Sendo assim, escrevo duas mensagens na parede do contêiner com a própria prótese, lixando a parede de metal.
Na parede do lado de dentro, escrevo a seguinte frase:
"Não os deixe cair em mãos erradas. Temos um traidor em Roma."
Na parede do lado de fora, escrevo:
"De Lorenzo para Aurora."
Logo em seguida, mando uma mensagem telepática para Gungnir:
"Gung, venha cá. Tenho uma missão pra você."
Enquanto explico o plano, entrelaço algumas correntes em volta do contêiner, formando quase uma "cesta" para um melhor transporte. Procuro sempre os melhores e mais firmes pontos de apoio possíveis para entrelaçar os nós de uma forma que evitasse cair sendo transportado no ar. Peço para Gungnir erguer o contêiner apenas alguns pouco metros do chão primeiro, me certificando de que poderiam seguir viagem por algum tempo sem despencar e, dando tudo certo, volto para o barco.
Chegando lá, levo e filho de Vênus para a cabine de comando do barco. Deixo ele sentado em alguma cadeira, ainda algemado, procuro a chave da ignição em algum lugar próximo ou no que restou do ciclope e dou partida, logo em seguida pergunto:
- Para qual direção, bela adormecida?
Dentro de pouco tempo, estávamos dentro do contêiner/galpão. Dava para perceber com toda certeza essa organização tinha mago que dominava a Névoa, dado que em menos de um dia já vi dois armazenamentos muito maiores do que aparentavam ser pelo lado de fora. Já vou adentrando o lugar buscando todos os odores do ar.
O mais forte era do que parecia ser um filhote de Leão de Nemeia. Ver a criatura que foi um dos Doze Trabalhos de Hércules, acorrentada e ainda em fase de crescimento, com seu direito de crescer e se tornar um magnífico oponente sendo claramente usurpado sinto uma pitada de ódio desses contrabandistas, deixando meus sentimentos pessoais tomarem as rédeas por um segundo.
O outro cheiro era dos unicórnios, mas tinha uma pitada um tanto familiar. Ao me concentrar, entendo por quê. Eles tinham o cheiro dos NOSSOS faunos. Me arrepio levemente quando a ficha cai com as possíveis consequências desse fato.
"Se os unicórnios são da nossa floresta e eles estão com os contrabandistas... quer dizer que eles conseguiram entrar nas barreiras mágicas do acampamento e capturá-los bem debaixo do nosso nariz... o que só pode significar que alguém fez merda ou... que temos um MALDITO traidor em Roma."
Só de pensar na possibilidade já consigo sentir meu rosto esquentar e meu sangue ferver. Claro que era uma hipótese sem provas conclusivas, mas algo estava suspeito naquela história e meus instintos raramente erravam. Na minha cabeça começa a passar vários nomes e imagens dos rostos de semideuses nos quais cresci ao lado e sinto o chão desabar por um segundo.
Porém, na mesma velocidade que o desespero toma conta, logo ele é substituído por ódio:
"Se eu estiver correto... os envolvidos vão pagar."
- Sim, minha fênix consegue carregar a carga, se tiver algum lugar firme para segurar. - Digo para Henry, não só concordando com o teatro como também com seu plano de levá-los para o acampamento. Seu método de agir, apesar de sorrateiro, era muito eficiente. Olho para as correntes nas paredes, pego algumas delas nos ombros e digo: - Agora, saiam. Vou preparar a carga para o transporte. Nos encontramos no barco em alguns minutos.
Como não tinham motivos para não concordarem, espero eles tomarem um pouco de distância e começo os trabalhos braçais. Primeiro, precisava me certificar de que eles não caíssem nas mãos erradas novamente quando fossem entregues, sendo assim teria que direcioná-los para alguém em que pudesse confiar. Penso em alguns nomes rapidamente e sem muito esforço encontro alguém adequado, que tinha certeza que não tinha motivos para trair Roma. Sendo assim, escrevo duas mensagens na parede do contêiner com a própria prótese, lixando a parede de metal.
Na parede do lado de dentro, escrevo a seguinte frase:
"Não os deixe cair em mãos erradas. Temos um traidor em Roma."
Na parede do lado de fora, escrevo:
"De Lorenzo para Aurora."
Logo em seguida, mando uma mensagem telepática para Gungnir:
"Gung, venha cá. Tenho uma missão pra você."
Enquanto explico o plano, entrelaço algumas correntes em volta do contêiner, formando quase uma "cesta" para um melhor transporte. Procuro sempre os melhores e mais firmes pontos de apoio possíveis para entrelaçar os nós de uma forma que evitasse cair sendo transportado no ar. Peço para Gungnir erguer o contêiner apenas alguns pouco metros do chão primeiro, me certificando de que poderiam seguir viagem por algum tempo sem despencar e, dando tudo certo, volto para o barco.
Chegando lá, levo e filho de Vênus para a cabine de comando do barco. Deixo ele sentado em alguma cadeira, ainda algemado, procuro a chave da ignição em algum lugar próximo ou no que restou do ciclope e dou partida, logo em seguida pergunto:
- Para qual direção, bela adormecida?