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Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


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Hades

Hades
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
- Sol... Margaridas... Amarelo maduro... Torne amarelo este rato burro!

Ellie balançou uma varinha mágica ao lado de Lorenzo, apontando-a para um rato cinzento que ela puxara do bolso. Apesar sos esforços da garota, a cor do rato não mudou.

A garota tinha ido lhe entregar o relatório de uma missão de sua Coorte que havia falhado na última semana. Aparentemente, um grupo de legionários tinha ido até a costa de São Francisco investigar uma denúncia de um veterano sobre tráfico ilegal de monstros feito nas docas da cidade.

Mas, apesar dos esforços do grupo de semideuses, estes foram escurraçados, para sua surpresa, por outros semideuses. Antes de recuarem eles tinham confirmado a presença de criaturas como aves de estinfalia, minotauros, e até mesmo unicórnios e pégasus dentro do barco. Rugidos e outros sons indicavam que estas não eram as únicas criaturas aprisionadas e seus carcereiros - pasme - eram nada menos que semideuses.

Sentado em outra cadeira, Max filho de Júpiter e Centurião da Segunda Coorte observava Ellie com desaprovação enquanto ela cutucava o rato com a varinha. O animal contra-atacava com mordidas na ponta da varinha de madeira, mas ainda não parecia nada inclinado a mudar de cor, para desagrado da bruxa.

- Devemos enviar outro destacamento para descobrir onde eles foram? - Pergunta ele para Lorenzo quando este dobra os relatórios, indicando que havia terminado de ler - não temos filhos de Netuno disponíveis no momento, mas podemos selecionar alguns legionários mais experientes...


- É isso. Esta é a hora que você diz "Eu mesmo irei", ou leva um brete;
- Já sabe as regras. Equips, nudes e habilidades todos no post;
- Divirta-se;



Última edição por Hades em 22/07/24, 03:52 pm, editado 1 vez(es)






[Hunt 17 - Lorenzo Muller, Henry Liesdale] Acho que ví um gatinho Tumblr_mevfj4SmHQ1ra6fcq
#1

Ж Lorenzo Muller

Ж Lorenzo Muller
Filho(a) de Marte
Filho(a) de Marte
Desvio o olhar do relatório por um segundo apenas para observar Elie tentando lançar seu encantamento e falhando miseravelmente. De alguma forma, a centuriã havia conseguido me convencer de que poderíamos usar essa magia para "camuflagem" e recebeu um financiamento público para desenvolve-la, mas até agora não foi entregue nenhum avanço significativo. Aprendi que não devo cobrá-la sobre os resultados com frequencia, pois sempre que o fazia era expulso do laboratório a chutes na canela e garrafadas.

"Lorenzo, foco." Pensei comigo mesmo, puxando as rédeas do TDAH.

Termino de ler o relatório com a mão esquerda sob a mesa, o dedo indicador metálico batia em ritmos sincronizados com o relógio de parede. O caso do tráfico ilegal de monstros havia sofrido outro desdobramento: um bando de semideuses eram os responsáveis. Porém, é muito raro que semideuses sobrevivam sozinhos durante tanto tempo e ganhem experiência suficiente para capturar monstros vivos espontaneamente, havia alguém dando as ordens e coordenando a operação, sem sombra de dúvidas.

"Quem é o líder e o que planeja fazer com esses monstros? Vender os insumos mágicos no mercado clandestino, escraviza-los ou criar um exército?" Penso comigo mesmo, imaginando os piores cenários possíveis para Roma caso a situação saísse do controle.

- A maioria dos legionários mais experientes estão desaparecidos, Max. Hoje não há muitos que conseguiriam enfrentar vários monstros míticos e os semideuses ao mesmo tempo caso necessário... - Pondero por alguns instantes, levando a mão ao queixo. - Geralmente essa seria uma missão que daria a Jack, porém ele está ocupado com outro assassinat...

- Aham... - Pigarreio. - Com um outro problema.

- Reportem a Aurora e digam que fui cuidar deste caso. Cancelem a reunião hoje à tarde com o Senado e não digam o porquê, aqueles velhos barrigudos vão encher a porra do saco se souberem. - Ordeno com firmeza, para que não haja qualquer discussão. - Esperem ouvir notícias minhas em dois dias no máximo.

Logo em seguida vou té a salinha lateral da pretoria, onde ficavam os armários e pego meus equipamentos. Dessa vez, ao invés de ir com a clássica blusa roxa do acampamento e calça jeans, iria com uma regata branca e uma calça de moletom cinza claro, com a capa devidamente presa aos ombros e a mochila por baixo dela. O restante deveria estar em sua respectiva tatuagem ou devidamente transmutado para carregar menos peso, a Lâmina da Guerra Eterna viria comigo por hora, porém Gungnir que a transportaria com suas garras.

"Vamos, Gungnir. Temos trabalho a fazer." Envio telepaticamente para a minha companheira.

"Finalmente um pouco de diversão." Ela responde.

Monto nas costas da fênix e voamos juntos para o local.


Equipamentos:

Habs:






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#2

Hades

Hades
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Lorenzo distribui suas ordens e Max acena prontamente, começando a escrever em algumas folhas de pergaminho que, Lorenzo sabia, seriam distribuídas aos sátiros de plantão para serem entreguem aos convidados da reunião recém-cancelada.

O pretor se arma e em menos de meia hora, já sobrevoava os céus de São Francisco, rompendo os limites mágicos do Pequeno Tibres sobre o lombo de sua fênix. A ave mítica parecia mais do que satisfeita em aproveitar a brisa em suas penas acompanhada de Lonzo em suas costas. Gingava suavemente de um lado para o outro, como um barquinho levado pelas ondas, balançando em um ritmo gostoso e sereno.

Eles rumam em direção ao cais. Mesmo com o voo tranquilo de Gungnir, eles se aproximam rapidamente da costa e logo, logo Lorenzo consegue ver os barquinhos, umas poucas lojas, bancos e pessoas que pontilhavam o porto. Alguns barcos eram grandes e carregados de contêiners, outros eram pequenos barcos pessoais ou turísticos. Tudo parecia normal a uma primeira vista, mas o jovem garoto nota que há muitos uniformes azuis por ali, indicando que o policiamento estava mais intenso do que o costumeiro.

"Cheiro de peixe. E monstro", comenta Gungnir com simplicidade. Lorenzo, de nariz afiado ele próprio, podia sentir um odor amisco no ar, comum a locais onde haviam passado vários monstros e seu cheiro, se misturado. Para sentir o cheiro em plena costa, ele sabia que algo ainda deveria estar por ali, ou a fedentina já teria sido carregada pelo vento há muito tempo.

O sol começa a descer aos poucos no horizonte a esta altura, e uma luz alaranjada começa a enfeitar o porto, refletindo-se nas ondas e nos vidros dos barcos. Casais apaixonados caminhavam de mãos dadas e crianças choravam o sorvete derrubado.






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#3

Ж Lorenzo Muller

Ж Lorenzo Muller
Filho(a) de Marte
Filho(a) de Marte
Os momentos em que voava em Gungnir com tranquilidade eram extraordinários. O ato de voar em si já é surpreendente, mas com Gungnir é uma experiência única e tenho certeza de que ela também aproveitava este tempo de qualidade, pois suas penas demonstravam esse sentimento com brilho diferente: dançavam com cores mais vivas e saturadas, de amarelo claro até vermelho escuro.

Talvez seja o fato de estarmos conectados mentalmente ou de convivermos durante anos juntos, mas ela sempre sabia exatamente o que eu precisava. E, no momento, a sensação de poder aliviar a tensão dos ombros e apenas curtir a viagem foi divina.

O momento relaxante do dia foi ótimo, mas horizonte se aproximava e junto com ele, o cais. Em uma rápida primeira vista parecia um fim de tarde comum, mas o cheiro da horda de monstros era inconfundível, até mesmo os humanos tinham percebido que havia algo de errado, dado a organização do policiamento local.

"Cheiro de peixe. E monstro."

"Sim... a maioria já zarpou, devem ter pego um barco ou algo do tipo." Dou mais uma cafungada na catinga apenas para confirmar. "Mas eles deixaram algo ou alguém aqui."

Peço para que Gungnir me deixe em um telhado mais baixo ou em um beco mais afastado e ordeno que termine de fazer o reconhecimento aéreo mais completo, sempre à uma distância segura do chão e me reportando se algo se destacar dos demais. Aproveito que provavelmente a névoa já estava mais concentrada nequele lugar para esconder o esterco de monstro e tento aproveitar da situação, usando-a ao meu favor. Foco principalmente em tentar amenizar ou diluir meu próprio cheiro com o das outras criaturas que passaram por ali e também transformo minha capa em um casaco de moletom roxo liso, para evitar questionamentos dos mortais ou das autoridades.

Depois, vou me aproximando a pé como um civil comum. Tento dar uma olhada onde os policiais estão se concentrando ou o que pareciam estar fazendo e, caso nada se destaque, sento em um quiosque/bar/restaurante com vista para o cais e peço uma cerveja. Chamo preferencialmente uma atendente ou garçom mulher, apenas pra ter o gostinho de ver seu olho se arregalar quando se der conta de que está servindo o segundo homem mais gostoso da Terra, e quando ela vier me entregar, puxo um papo:

- Nada como uma gelada depois de um dia de trabalho, não é mesmo? Haha! - Sorrio, dou um gole na cerveja e continuo. - Ontem neste horário não parecia ter tantos policiais aqui, né? Aconteceu algo?

Hab de Névoa:






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#4

Hades

Hades
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
O passeio pelo espaço aéreo do Cais se encerra com Lonzo saltando suavemente da fênix para um telhado. Enquanto a ave se afasta em círculos cada vez mais altos, refulgurando os raios de sol em suas penas já douradas, Lorenzo percebe uma criancinha apontando para ela lá em baixo e gritando "Olha mamãe, uma pipa!"

Descendo sem dificuldades do telhado, Lorenzo olha ao redor e se concentra por um instante. O guri força seu diminuto cérebro de filho de Marte sente a Névoa à sua volta e por fim a molda às suas necessidades; logo, ele passa por um vidro e consegue ver no reflexo ambas as imagens; a original, dele pleno e com sua capa, e a skin fake que ele criou, visível para os mortais como um jovem musculoso com um moletom roxo cobrindo os braços fortes.

Os sons de máquinas e guindastes carregando grandes contêiners não para um minuto sequer. Ele caminha em busca de um quiosquinho e encontra um nos limites do porto. Enquanto vai nesta direção ele próprio fareja o ar, buscando por cheiros estranhos, e tons familiares de fedor passm por ele. Graças a seus sentidos cachorrosos (?) ele diferencia imediatamente o odor de dracaenae, aves de estinfália, e até mesmo manticoras. Mas, o que mais o surpreende, é que o odor suave de semideus acompanha estes outros.

- Olá, boa tarde - Cumprimenta-o alegremente uma garçonete no quiosque quando o garoto se senta. Ele pede uma gelada com um sorriso e ela apressadamente some atrás do balcão para preparar o pedido do garoto, retornando um minuto depois com uma caneca cheia de cerveja levemente espumada e uma garrafa pela petade - Aqui, senhor. Digo, moço.

- Nada como uma gelada depois de um dia de trabalho, não é mesmo? Haha! - Sorrindo, Lonzo dá continuidade a sua investigação - Ontem neste horário não parecia ter tantos policiais aqui, né? Aconteceu algo?

A garota parece feliz com a pergunta - como todo funcionário em horário de trabalho, ela parecia mais do que satisfeita com uma chance de fofocar remuneradamente.

- Oh, sim, normalmente não tem tanto policiamento aqui. Mas eu ouvi dizer que houve uma confusão aqui esta semana, há uns 4 dias... Aparentemente alguns baderneiros tentaram roubar a carga de um dos barcos, e ele partiu mais cedo do que deveria para evitar problemas. Uma confusão! O carregamento ainda nem havia terminado, mas eles partiram ainda assim. Desde então, estão aumentando a vigilância às tardes e à noite.

Ela olha pros lados, certificando-se de que ninguém os ouvia, antes de acrescentar;

- Alguns de nós moramos bem perdo aqui do cais, e também ouvimos uns sons estranhos, sabe...? Parecendo gritos ou rugidos... Mas pelo que a polícia disse, não deveria haver nenhum animal silvestre na embarcação, apenas móveis e materiais. A história toda está bem estranha. Mas aposto que o barco não demora a voltar para pegar o restante de sua carga. Aquele velho cargueiro tem atracado aqui ao menos duas vezes ao mês-

A mulher olha por cima do ombro de Lorenzo e interrompe sua fala.

- Com licença! - Diz ela, e se retira. Lonzo sente uma aproximação pelas costas e logo ouve uma voz masculina.

- Ei, garoto. Poderia me acompanhar, por favor?

Lonzo se vira para dar de cara com um policial.

Spoiler:

O cara era um mortal, percebe Lorenzo em uma cheirada. Mas o olhava com severidade e levava as mãos apoiadas no cinto, exibindo confiança e autoridade enquanto olha o garoto de cima.






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#5

Ж Lorenzo Muller

Ж Lorenzo Muller
Filho(a) de Marte
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A garçonete do local foi surpreendentemente muito prestativa e havia completado algumas lacunas que faltavam na história. A primeira é que a culpa do alto policiamento na região era, na verdade, do grupo de legionários da Terceira Coorte. Os mortais pareciam não fazer ideia do esquema de contrabando e, como era de se esperar, a verdade estava presente apenas na fofoca dos locais.

A segunda é a confirmação de que cargueiro já partiu às pressas e, no meio da correria, algumas caixas ficaram para trás. Se guardavam criaturas mitológicas, isso significava que, a qualquer momento, elas poderiam escapar do cárcere e atacar os mortais ou a mim. Precisava descobrir exatamente o que ainda estava trancafiado aqui e libertá-los ou matá-los logo.

A terceira é que aparentemente o cargueiro retorna ao cais com certa constância. A informação parecia valiosa em um primeiro momento, mas o fato é que não posso ficar duas semanas ou mais de bobeira esperando eles retornarem, isso se retornarem agora que sabem que estamos chegando perto. Ou seja, tinha que alcançá-los quanto antes.

As minhas futuras ações começavam a se formar, mas logo o planejamento é interrompido pela voz do policial. Viro o rosto e o encaro por um segundo com a sobrancelha esquerda levantada, em tom inquisitivo. A reação de "medo" da atendente poderia indicar que ele era conhecido dos locais, e não tinha uma boa fama.

Paro por um segundo para ponderar qual seria a saída mais eficiente para cumprir com os meus objetivos. Até o momento era apenas um civil comum, sem aparente relação com qualquer crime ali cometido, e estava apenas curtindo um gole de uma cerveja gelada. Como aquele policial era um apenas um mortal qualquer, talvez devesse deixar seguir o baile. Porém, apesar de não sentir malícia em sua voz, todos os meus instintos me diziam que algo fedia nessa história de acompanhá-lo.

- Abordagens de rotina geralmente são feitas no local, policial. Ou se esqueceu do manual de cadetes da academia? - Respondo no mesmo nível de autoridade e em seguida viro o olhar para frente, apreciando o horizonte. - Olha, não me importo de acompanhá-lo sem resistir, desde que me responda honestamente: para onde vamos e por quê?

Termino a caneca de cerveja enquanto ele fala, pego alguns dólares amassados no fundo da minha carteira deixando-os na mesa do quiosque e por fim o acompanho para onde quer que seja, sem oferecer nenhuma hostilidade que possa ser mal interpretada e me colocar atrás das grades.

No caminho, tento distinguir melhor os odores no ar. Estava mais interessado em identificar e adquirir informações sobre os semideuses em si, buscando um odor mais concentrado que indicava se havia algum que era mais experiente que os demais. Ao mesmo tempo, vasculhava todo o local com meu olhar atento e instinto de batalha, tentando identificar qualquer coisa que indicasse uma emboscada para reagir no menor tempo possível.

Passivas Importantes:

#6

Hades

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Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
O policial franze o cenho para Lorenzo, mas o semideus percebe que sua postura vacila. Ele tira os dedos do cinto e assume uma postura mais séria, mas levemente hesitante.

- Estou apenas cumprindo ordens. Gostaríamos de fazer umas perguntas de rotina. Alguns vândalos andaram causando problemas aqui recentemente e, coincidência ou não... Todos estavam usando roupas blusas roxas como a sua. Então, se puder me acompanhar...

Lorenzo entende sem demora que o que ele dizia é verdade. E que, de fato, não era coincidência, o que chegava a ser engraçado. Mas quando se levanta para seguir o policial, o menino-lobo nota mais uma coisa; preso a seu corpo, estava o leve, mas inconfundível odor de semideus. Aquele homem certamente esteve em contato com algum de sua espécie recentemente. O odor era doce e frutado como um perfume, o que trás à cabeça de Lorenzo a imagem do Primeiro Homem Mais Gostoso do Mundo.

Eles atravessam o cais em direção ao que Lorenzos abia ser uma sala de segurança para a equipe de patrulha local. Chegando lá, ele sente mais uma vez aquele perfume; agora, mais forte. O lugar é como qualquer unidade policial por aí. Uma pequena sala de espera, com um balcão com algumas cadeiras e, do outro lado, um amontoado de mesas, papéis, telefones tocando eventualmente e uma pequena cela usada em situações emergenciais.

Sentado bem descançadamente do outro lado do balcão, estava um rapaz de seus 22 anos. Ele ergue os olhos para os dois recém-chegados, e Lorenzo percebe como ele era bonito, parecendo ficar especialmente bem na farda justa e bem delineada.

- Senhor, retornei com o indivíduo indicado. Ele... Eh, cooperou com a abordagem.

Lorenzo percebe que a postura metida do policial havia se desfeito por completo. O mortal olha pro homem à sua frente, uns dez anos mais novo do que ele, em uma postura que lembra um cão aguardando aprovação de seu dono. O suposto oficial do outro lado dá um meio sorriso para ele e diz, com voz suave mas ainda assim, firme;

- Obrigado, Cleiton. Agora, nos deixe a sós.

O oficial Cleiton acena, parecento muito satisfeito com o "Obrigado", e se retira rapidamente.

Assim que o homem some porta-afora, o jovem oficial se levanta e vai até uma mesinha preparar um café. Enquanto isso, Lorenzo observa suas nádegas.

- Hmm, então, desculpe pela abordagem, meu jovem. Espero que o Cleiton não tenha sido rude. Mas, sabe, você faz o perfil de um certo grupinho que andou nos causando problemas recentemente. Saberia algo a respeito?

Ele retorna com duas xícaras de café, uma das quais pousa sobre a mesa indicando a Lonzo que se sente. Observando-o, Lorenzo consegue ver os olhos do outro cara esquadrilhando seu corpo rapidamente, analisando-o. Ainda assim, ele passa uma vibe amigável e respeitosa, o que leva o semideus a se perguntar por que algo nele ou naquele lugar o incomodava tanto.






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#7

Ж Lorenzo Muller

Ж Lorenzo Muller
Filho(a) de Marte
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Enquanto acompanho o policial para o estabelecimento, e após algumas longas fungadas, ficou cada vez mais nítido o odor residual de semideus naquele mortal. E não era um fedor desagradável como a maioria dos semideuses, este era como um perfume francês caríssimo, daqueles que se impregnava em tudo que tocava. Estranhamente, me lembrava de Henry. Esse pensamento fez minhas calças ficarem um pouco mais apertadas que o normal de uma hora para a outra, por algum motivo. Que saudade.

A unidade policial em si não era nada de mais, o único destaque era que o cheiro daquele semideus em específico estava bem mais forte. Porém, finalmente alguém interessante logo apareceu do outro lado do balcão, um policial muito do gostoso, que quase me fez perder o interesse em sair logo dali. E podia dizer que o outro cara concordava comigo, dada a súbita mudança na sua linguagem corporal.

Se sentado o cara era gostoso, imagina em pé. Quando se levantou, todo o meu foco foi para os seus glúteos desenhados e bem suculentos, que ficavam ainda mais deliciosos naquele uniforme... por um momento meu lado humano brigou com o lado lobo, estavam tentando decidir se iriam devorá-lo ali mesmo ou se o levariam para a cama primeiro.

Apesar de ser fisicamente perfeito, quando abriu a boca, pude notar que sua postura e discurso eram completamente inapropriadas e desleixadas para um oficial em serviço. Apenas a frase "Você faz o tipo de um certo grupinho..." já indicava desprezo não só pelas pessoas, mas pela farda que vestia e o que ela representava. E isso me dava nojo.

- Com o meu "tipo", você quis dizer latino, pardo, fisioculturista ou deficiente?- Franzi o cenho em desdém ao comentar, mas aceitei o convite para me sentar, e claro que o faria como um pretor deve fazê-lo, com elegância, firmeza e respeito. - Você sabe que apenas a frase que soltou poderia te render uma advertência disciplinar por conduta preconceituosa, certo?

Antes de respondê-lo, paro por um segundo para tentar compreender exatamente por que meus instintos gritavam. Que o lugar era estranho, isso sem sombra de dúvidas. Primeiro que me trouxeram aqui sem se identificarem, não pediram o meu documento de identificação, não me revistaram... Pularam todas as etapas dos procedimentos padrões das unidades de policiamento do mundo.

Mas o que me incomodava mesmo era esse cara. Devolvo sua análise minuciosa com a minha própria análise, centímetro a centímetro. A súbita influência de um amor e tesão platônicos, não só em mim, mas aos mortais também, a perfeição física, a letrinha rosa, o modo de falar com desdém, tudo colaborava para com as minhas suspeitas. A única verificação que faltava era o seu cheiro, que iria determinar se ele era um semideus ou não e qual o seu progenitor, como estávamos perto e sozinhos, não seria tão difícil de captar.

- Não importa, vou deixar essa passar. - Decido por colaborar um pouco e realmente responder à pergunta, sempre tomando cuidado para não mentir descaradamente. - Sei que há uma fofoca de que um grupo vandalizou um dos barcos esses dias e depois fugiram.

Habs Importantes:






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#8

Hades

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Deus Olimpiano
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Os dois bonitões se encaram por um momento até que Lorenzo dá sua resposta desaforada.

- Com o meu "tipo", você quis dizer latino, pardo, fisioculturista ou deficiente? Você sabe que apenas a frase que soltou poderia te render uma advertência disciplinar por conduta preconceituosa, certo?

O homem ergue as sobrancelhas e então sorri. E, por um breve momento, Lorenzo nota uma brilho de malícia em seus olhos e na curva de seus lábios. Mas logo ele pisca e retorna à sua expressão leve e descontraída;

- Com seu tipo, eu quero dizer semideuses intrometidos - Profere ele, deslizando os dedos sobre a borda da xícara de café - Sabe, não é fácil manter um pier funcionando com crianças cheias de superpoderes criando bagunça por aí, sabe?

Ele fala em um tom ameno, mas provocativo. Lorenzo, que o cheirava discretamente, não tem mais dúvidas de que aquele cara era um dos filhos da deusa do Amor. Não só sua aparência impecavelmente moldada, mas também o seu cheiro deixavam isso claro para o legionário. Porém, da mesma forma que captou resquícios de cheiro de semideus no mortal mais cedo, Lorenzo também captava traços de cheiro de monstro naquele cara.

- Então, você veio aqui para ver como ficaram as coisas depois do ataque de seus colegas? Sabe, deu um bom trabalho esconder dos meus colegas mortais o que rolou aqui.

Ele fala "colegas" em um leve tom de deboche. Nada nele passava a Lorenzo a imagem de alguém que trabalhasse com a polícia mortal, o que deixa clara a mentira. Lorenzo se preparava para responder, mas no fundo de sua mente ele capta o contato quente e suave de Gungnir.

"Há dois caras indo praí. Tenho certeza de que são monstros. Estão chegando um pelos fundos e outro pela frente, disfarçados"

Com seu faro, ele começa a sentir um cheiro se aproimando pela porta, acre e desagradável. Ele não consegue identificar o que é, mas sabe que é um monstro e, pelo visto, razoavelmente forte, visto que o cheiro o antecipava.






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#9

Ж Lorenzo Muller

Ж Lorenzo Muller
Filho(a) de Marte
Filho(a) de Marte
Todas as peças se encaixam e aquela expressão que fizera fecha a investigação com chave de ouro: o maldito é um filho de Vênus e está do lado dos contrabandistas. Agora fazia sentido porque as suspeitas caíram em cima apenas dos legionários, esse desgraçado estava manipulando a história. O que quer dizer que provavelmente conseguiria muitas informações com ele. Mas teria que ser em um segundo momento, pois agora o filho de Vênus havia se cansado dos joguinhos e revelado sua verdadeira face e, com outros dois monstros vindo até mim, estava na hora de fazê-lo também.

- Você só se enganou em uma coisa, guri. Não vim aqui pra ver como ficaram as coisas, vim terminar o serviço. - Respondo tranquilamente ao seu chilique.

Sem hesitar um segundo inclino o corpo para frente, agarrando a gola da blusa do filho de Vênus com a destra, evitando que sua esquiva seja eficiente, e desfiro um gancho de esquerda em seu maxilar. Este soco não deveria matá-lo ou feri-lo gravemente, apenas fazer com que seu cérebro balance em seu crânio, desligando algumas funções motoras básicas. Para esse objetivo, adicionaria um fator elástico ao golpe, deixando minha articulação do ombro um pouco mais relaxada que o normal ao conduzir o restante do braço.

Mesmo que não o atingisse diretamente, acredito que a pressão gerada pelos [Socos Divinos] poderia atordoá-lo e me render mais alguns segundos. Sendo assim, precisava pensar em como tirá-lo dali sem que morra. Ainda segurando a gola de seu uniforme, puxo o guri em minha direção, posicionando seu abdômen em meu ombro esquerdo, carregando-o nas costas como um saco de esterco de cão infernal.

"Filha, você aceitaria trocar um machado sangrento por um filho de Vênus com leves traços de psicopatia ?" Pergunto à Gungnir, que me responde apenas com um suspiro entediado. "Espere pelo meu sinal."

Assim distribuo a ordem, viro-me para a porta principal, de onde aparentemente se aproximava o primeiro monstro e corro em sua direção. Quando estivesse a uma distância adequada para tal, desfiro um chute [Sem Piedade] com a sola do pé direito no meio da porta, tentando pegar o monstro totalmente de surpresa com a força do impacto colateral.

Simplesmente não havia um sinal melhor do que esse. Passo pelo provável buraco na parede que o chute terá causado e logo em seguida arremesso com toda a força possível o filho de Vênus no ar, novamente como um saco de esterco que ele era e esperava que Gungnir fizesse a troca: ela primeiro irá soltar a Lâmina da Guerra Eterna em algum lugar próximo a mim e depois irá agarrar o filho de Venus no ar, preferencialmente pelos dois braços.

"Voe o mais alto que consegue e se ele começar a causar confusão, pode soltar. Vejamos como será o gritinho dele quando estiver perto do chão."

Ao segurar o cabo do machado sangrento, já invoco a armadura da tatuagem e enquanto a poeira baixava, procuro analisar que tipo de monstro estava a minha frente e quais são as suas fraquezas conhecidas. Também precisava me atentar que havia outro monstro se aproximando pelos fundos, o pior desdobramento para a situação atual seria ser pego de surpresa por um ataque pelas costas. Sendo assim, apesar de confiar totalmente em meu instinto de batalha, tentaria me movimentar para uma posição em que pudesse ter os dois monstros em meu campo de visão.

Habs:

Ativas:






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