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por Alicia Ava Rose 02/07/20, 10:09 pm

Alicia Ava Rose

Alicia Ava Rose
Ω Nome: Alicia Evelynn (Ava) Rose
Ω Nascimento: 6 de Junho, 1996
Ω Idade: 24 anos.

Ω Aparência: Jovem e muito atraente, Evelynn tem seus cabelos escurecidos como noite e olhos brilhantes como a lua. Sua pele é clara e seu corpo é esbelto. Entretanto, por ter vivido pelas ruelas de um vilarejo Francês, seu aspecto pode parecer meio “desleixado”, e não elegante. Enquanto fazia seus trabalhos clandestinos, vestia-se com trapos, roupas velhas e sujas, também como técnica de enganação – tudo para parecer frágil, o que nunca fora verdade. Essa era sua aparência antes de entrar para o acampamento grego Sua ignorância à beleza cedeu aos novos padrões que estava inserida. Acostumou-se a vestir e comportar melhor, mas sua malandragem nunca acabaria.

Ω Emocional: Às margens da vida, Evelynn encontrou abrigo na marginalidade. Você pode pensar que ela pedia esmolas e roubava pão, o que é verdade, mas isso foi apenas o começo de sua infância, tornando-se mais tarde apenas a ponta do iceberg. Mesmo pequena, já demonstrava habilidades furtivas e sorrateiras, começou no roubo. Não furtos pequenos, mas como documentos importantes. Por que lhes digo isso? Bom, uma criança que sofre cedo, amadurece diferente. Os roubos passavam a ser cada vez mais perigosos, cada vez mais ousados. Ela não se importava com o dinheiro que ganhava, mas pelo prestígio que construía em cima de sua reputação, a Ladra da Noite, como era conhecida. Até que um dia uma de suas missões tornou-se em assassinato, e ela não desgostou. Encontrou-se na rua como uma caçadora de recompensas, não muito depois dos seus 10 anos. Esguia, esbelta, rebelde. Depois de muitas mortes em sua mão, sem qualquer remorso, deixou de ser a Ladra da Noite. Chamam-na agora de o Abraço da Agonia.

Ω História: Era dia de inverno pelas ruelas francesas. A neve caía e queimava a pele daqueles descobertos. Os que dormiam na rua gemiam de dor, os que trabalhavam gemiam de cansaço. Era como uma sociedade alienada, estavam alienados de que nunca conseguiriam escapar do terrível destino da morte. Entretanto, todos tinham o mesmo sonho, ela também. O sonho de ver o pôr do sol antes de morrer, ser tocado pelo calor das cores tão quentes como dias de verão. Aquela noite seria diferente e ela podia sentir.

Seu trabalho estava quase acabado, mas faltava a melhor parte – ou seria a pior? Encontrava-se diante do homem que a olhava incrédulo e estarrecido. A adaga em suas mãos pingava sangue, não muito, não pouco. Se ele era inocente, Evelynn não sabia e não precisava saber, mas acreditava que não. Ela tinha um dever, um trabalho e (talvez) fazer era sua única opção. Esticou o braço sorrindo como quem vê a vida, que para o homem era na verdade a morte. O homem bem vestido estava de pé, seu pescoço sangrava. Ela já havia feito a primeira parte, assustá-lo, agora faltava matá-lo.

Às sombras do sobrado, pela janela entrava a luz da cidadela mais próxima. Paris era distante, mas suas luminárias alcançavam as ruas mais desertas da vila. Bem devagar, uma sombra passou pela abertura deixando tudo escuro novamente, mas a garota não se assustou, e não se assustaria. Poucas coisas a deixam amedrontada, ainda não se sabe quais. Quando a luz voltou, o homem não estava mais em pé, e sim de joelhos. Seus olhos arregalados expressavam tremendo horror e medo. Algo tinha acontecido, para ela tinha apenas facilitado o serviço. Moveu-se para frente do senhor que de tão amedrontado nem se mexeu, era como se algo o paralisasse de medo. Com sua adaga fincou no peito do homem que ficava, na época, à sua altura. Um farfalhar surgiu do chão e das sombras outro homem.

— Você faz um belo trabalho. — disse a voz rouca.

— É o que todos dizem. — ela se gabou.

Das novas sombras que surgiram, o homem fez com que a envolvessem. Tentáculos negros esgueiravam por suas pernas até que a cobriu por completo. Naquela hora sim, talvez, ela tenha sentido medo, mas ao mesmo tempo algo a deixou confortável, um sentimento diferente como se tudo fosse ficar bem. Ela não dormiu, não desmaiou, apenas escuridão. Mesmo sem ver o chão, ela correu até cansar e perceber que a rebeldia não levaria a nada. Debateu-se e gritou para sair daquela jaula, sem saber o que estava acontecendo. Mesmo confortável, sua alma insurgente não gostava de ser controlada. Então ela berrou e quando abriu os olhos não mais estava no casebre. Não havia mais homem morto, não havia mais sangue, não havia mais Paris. Havia apenas uma imensa fogueira e 3 tronos gigantescos.

O calor das chamas a fez pensar sobre verão e lembrou-se do sonho que todos almejavam. Sem entender qualquer relação, pode sentir em seus ossos um calor familiar, como se em algum momento de sua vida já estivera ali. Novamente a voz se fez presente e ela pode finalmente reconhecer, sem nem entender.

— Eu, Hades, rei do submundo e deus dos mortos, concedo a você, Evelynn, a chance de renovação. Aqui poderá fazer teu novo lar, novos amigos, novas experiências. Aproveite o tempo para se conhecer, aproveite para se perceber. Em uma semana você terá a escolha de permanecer ou sair. Pense com juízo.

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