Ω Nome: Alexander von Abendstern
Ω Idade: 17 anos
Ω Aparência: Com seus um metro e oitenta e três centímetros de altura, Alexander é mais alto que a média de sua idade, e também mais pesado. Seu peso varia por volta dos oitenta e cinco quilogramas, o que não necessariamente faz do semideus um jovem acima do peso (ou fisicamente bem desenvolvido) - devido ao equilíbrio de gordura e músculos. Seu corte de cabelo é pouco elaborado, sendo desorganizado e curto (ainda partilhando a cor de seus olhos - um negro profundo, quase artificial).  Sua pele é uma variação do pardo natural, conservando um tom opaco que o aproxima - mesmo que pouco - do branco. Sua vestimenta habitual é uma composição de um tênis comum, calça jeans escura e camisa branca.
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Características Psicológicas:
Ω Humor: Calmo, na maior parte do tempo, intercalando com breves momentos de agitação quando Alexander fica interessado em alguma coisa.
Ω Três Qualidades: Alexander consegue manter a calma em situações de risco, possui uma inclinação para a leitura e não costuma guardar rancor.
Ω Três Defeitos: Alexander é introvertido, tem fortes tendências ao egocentrismo e dificilmente aceita quando está errado.
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Ω História: A vida de Alexander é, em muito, diferente da dos demais semideuses. Ele viveu a maior parte da vida ciente de que era diferente dos demais - muito diferente. Durante a infância, viveu junto ao pai adotivo em uma região pouco populosa e isolada da Europa. O pai era americano, e atuava como médico de uma pequena vila. Essa vila sobrevivia de sua própria produção, e pode ser vista mais como uma comunidade do que como uma cidade propriamente dita.

Voltando ao pai adotivo de Alexander, seu nome era Thomas van Abendstern. Nascido na América, de descendência europeia, herdou de seus avós a propriedade na vila, e mudou-se para lá após a adoção de Alexander. Usava suas habilidades em medicina para tratar das pessoas da vila, e, nas horas vagas, entender a diferente fisiologia de seu filho. Claro que, do ponto de vista científico, ele não pôde encontrar nenhuma diferença que provasse algo ou que levasse à alguma conclusão. Porém, eram os pequenos detalhes que provocavam o interesse de Thomas. A pele anormalmente opaca, o medo dos animais, as sombras ao redor da cama durante as noites de pesadelos... Era óbvio que seu filho adotivo não era uma criança qualquer, mas essa era a máxima conclusão que von Abendstern podia alcançar. Isso, até a chegada de John.

John era um homem de meia-idade, barba grande grisalha e touca na cabeça. Parecia, somando suas características, com um morador de rua. Ele havia chegado em um final de julho, ainda na infância de Alexander, procurando por alguém. Não possuía descrição, nome... Nenhum indicativo de quem procurava, mas visitou as poucas casas da vila - e a cada casa que visitava, de alguma maneira, conquistava a confiança de seus moradores. Até chegar a moradia dos von Abendstern. Thomas desconfiava da busca do estranho, principalmente quando ele demonstrou conhecer o segredo dos efeitos únicos de seu filho sobre a vida ao redor. Depois de uma acalorada discussão, John termina por ser expulso da casa, sob a mira de uma arma de fogo.

Mais tarde naquele mesmo dia, chegava outro visitante. Esse, com vestimentas muito mais caras. Era um homem forte e alto, passando dos dois metros de altura. Vestia um terno de marca, preto, e na escuridão da noite as órbitas dos olhos pareciam inteiramente brancas. Não conversou com ninguém da vila, logo seguindo diretamente para a casa dos von Abendstern. Quando lá, mesmo sem dizer uma única palavra, Thomas pôde sentir a hostilidade. Era uma sensação parecida como a que surgia na presença do sem-teto, só que muito mais sombria. Ele tentou expulsa-lo sob a ameaça de sua pistola, mas o novo visitante pareceu não se importar. Na verdade, ele considerou a presença de Thomas quase irrelevante, já que um empurrão seu foi suficiente para desacordar o médico. Logo o brutamontes rumou para o quarto de Alexander, como se farejasse o cheiro do rapaz. Sua trajetória só foi interrompida por John, o sem-teto, que adentrou na casa e saltou sobre as costas do invasor, fincando um punhal bronzeado em sua garganta.

Tempos depois, quando Thomas voltou à consciência, o sem-teto começou com as explicações. A princípio, a existência dos deuses e semideuses, que Alexander era um semideus, que monstros existem. Depois, o fato de que ele - John - era um sátiro e o que isso significava: Alexander, como um meio-sangue, deveria ser levado imediatamente para o Acampamento. Porém, Thomas foi contra. Era de sua própria experiência que um garoto não deve crescer sem o pai. E partindo desse princípio, ele convenceu o sátiro de esperar. E, por anos, John - o sátiro - viveu na vila, como um primo de Thomas. Por anos, ambos explicaram para o infante Alexander, parte por parte, toda a história que ia de deuses gregos à criaturas mitológicas.

Com o aniversário de dezesseis anos de Alexander, ele e John começaram a viagem para o Acampamento. Uma viagem que partia do velho continente, e que cruzava o velho mar. Uma viagem perigosa, que, pra todos os efeitos, poderia custar sua vida.

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