Loss of consciousness
A água gelada da piscina tacava a minha pele com suavida0de, pequenos arrepios corriam pela minha espinha por causa da água fria, mas logo me acostumei com a temperatura e tudo ficou sereno e bom. Foi uma ótima idéia aproveitar que os meus pais estavam dormindo e ir nadar sozinha na piscina, ninguém me incomodava e era somente eu e eu naquela noite de céu estrelado, o dia havia sido estressante e finalmente estava conseguindo relaxar. Nas casas vizinhas podia se ver luzes ainda acessas, com certeza eram os jovens daquelas casas mexendo na internet até tarde ou jogando vídeo game, ou até mesmo assistindo algum filme idiota na televisão, uma típica noite de quarta-feira, a lua banhando com sua luz prateada todo o bairro, decido ficar boiando pela água a esmo. Ouço um barulho de algo se mexendo fora da piscina, fico em pé para ver quem era ou o que era, mas não havia ninguém nem um animal nem nada, deixo para lá e continuo boiando, a água estava muito boa para simplesmente me estressar com um barulhinho de nada. Deve ser que algum desastrado quebrou um copo na casa vizinha e eu por acaso pude ouvir, coisas que acontecem, digo para mim mesma, nada de mais. Continuo na piscina sem qualquer preocupação, quando afundo pesadamente na piscina como se o meu corpo fosse chumbo em água, tento subir novamente para a superfície e consigo, respiro uma golfada de água e novamente afundo como se alguma coisa me puxasse para baixo, não consigo me soltar mesmo fazendo um esforço imenso. Começo a me debater violentamente e o que me agarra me solta novamente, volto para a superfície e começo a nadar freneticamente para fugir dali, para sair da água, quando...
Estava dormindo pesado, e estava tendo sonhos terríveis, aranhas malditas invadiam o mundo, eu, Carlos e Hanna estavam lutando contra elas, somente nós e os meus melhores amigos. De repente ouço um grito familiar e acordo bruscamente, estava no meu quarto sozinho, olho no relógio e eram 3 da manhã. Estou todo suado e resolvo ir tomar banho para retirar o suor do meu corpo e para relaxar, e voltar a dormir. Ando em direção ao banheiro quando o telefone em cima do criado mudo toca, olho para a tela do celular e é Hanna. Bufo de raiva era típico ela me ligar a àquela hora para me atazanar, atendo dizendo:
- Você nunca dorme garota?
- Máxis? Máxis? – Era a mãe de Hanna, o que será que ela queria?
- Sim, Sra. Diamond? Aconteceu algo?
-Sim! Hanna está na sua casa? Acordei no meio da noite com ela gritando e fui olhar no guardo dela, mas ela não estava. A cama ainda está arrumada.
- A Hanna aqui? Não, somente a vi na escola e depois não a vi mais.
- Céus onde está menina esta? Já liguei na casa do Carlos, do Richard e de todos os amigos dela que me lembre.
- Estou indo procurar ela, sabe se ela estava irritada com alguma coisa ou algo assim?
- Não, ela estava bem calma hoje à noite, foi nadar na piscina e mais nada.
- OK!
Saio do meu quarto e vou para o banheiro e tomo meu banho para tirar o suor, em seguida saio do quarto e desço as escadas, pego a minha bicicleta, mas resolvo ir de carro procurá-la bem melhor e mais confortável. Dirijo para um bar que fica a alguns quarteirões da minha casa, ela adorava a Vodca que vendia ali. Era incrível que como sempre podiam procurá-la naquele lugar. Chego à porta do Conect’s Pub e olho para leva vidraça dava para se ver o balcão dali, e caso ela estivesse lá eu poderia entrar e levá-la para casa. Mas, ela não estava ali. ”Onde você está Hanna?”. Novamente seu celular toca e o atendo, desta vez era Carlos:
- Irmão, você precisa ser forte para o que eu vou te contar.
- Carlos. O que aconteceu para que eu precise ser forte?
- Encontraram a Hanna
- Isso é uma ótima noticia. Por que deveria ser forte para receber essa noticia?!
- Mano, a encontraram... Morta.
Naquele momento uma dor apertou o meu coração como se meu mundo estivesse caído e eu não tivesse mais suporte para nada.
- Que brincadeira de péssimo gosto é essa, coloque-a no telefone agora!
- Máxis eu não estou mentido, mano encontraram ela morta... Isso também não é fácil para mim, ela também era a minha melhor amiga. – A voz dele estava chorosa, minha visão ficou escura e minhas pernas bambearam para se fossem dois palitos segurando um saco de cimento, a minha cabeça pesou com chumbo derretido, e eu não suportei mais, caí no choro no meio da rua.
Última edição por Orik Cromwell em 17/08/11, 09:18 pm, editado 2 vez(es)