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Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


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por Ω Henry Liesdale 09/01/16, 03:19 pm

Ω Henry Liesdale

Ω Henry Liesdale
Filho(a) de Afrodite
Filho(a) de Afrodite


Nome da Narração: O Primeiro Verão de Uma Nova Vida
Objetivo da narração: Sobreviver e Proteger uma Meia-Irmã do ataque de monstros durante as férias
Quantidade de desafios: [desafio no começo da narração (1), Desafio no meio da narração (1), Desafio no Final da Narração[(1)]
Quantidade de monstros: 4
Espécie dos monstros: [Anão, Fúria, Lestrigão(x2)]



Acampamento Meio-Sangue, 21 de Agosto, Arena de Treinos 15:40


As coisas estavam começando a ficar razoavelmente bem. Nos primeiros meses, na verdade, até muito pouco tempo atrás, eu precisava de alguém para me acompanhar durante batalhas reais contra monstros na arena. Aquilo me deixava um tanto incomodado e sem graça. Mesmo aqueles semideuses que chegaram depois de mim eram capazes de vencer monstros sozinhos em pouco tempo, enquanto eu sempre precisava depender da boa vontade e disposição de alguém que estivesse indo treinar.

Foram muitas as ocasiões em que passei por maus bocados dentro daquela arena, a maioria, quando resolvia tentar a sorte sozinho, e contra oponentes ditos como relativamente fáceis. Quantas vezes os filhos de Ares ou Hermes debocharam de mim por volta e meia sair da arena com ferimentos depois de lutar com anões e goblins? Eu havia perdido a conta. Até mesmo alguns dos filhos de Apolo, que são bem gentis, estavam começando a comentar comigo que eu deveria pegar leve, porque o combate não é a especialidade para pessoas como eu, no caso, um filho de Afrodite.

Por mais que eu detestasse admitir isso, era verdade. Eu já estava dentro daquele local há quase 1 ano e só agora era capaz de literalmente tentar combater um mero anão. Aquelas coisas eram imprevisíveis e rápidas o suficiente para me impedir de mirar com o arco e flecha, tinham reflexos mais apurados que os meus na luta com espada e constantemente escapavam das estaladas de meu chicote. Até que com o passar do tempo, eu fui melhorando aos poucos, conseguia sair com ferimentos menos relevantes e em alguns poucos casos nem era necessário ir à enfermaria!

Esse era um desses dias. Dei a sorte de me deparar com uma maldita anã. Eu estava começando a descobrir algumas técnicas mais efetivas para o uso do charme herdado de minha mãe. Àquela altura, eu já tinha feito aquela maldita monstrenga se derreter por mim e de uma forma não muito gloriosa a eliminei. Fingi descaradamente estar fazendo pose com o arco e flecha quando finalmente atingi sua cabeça, mandando-a para o tártaro.


Equipamentos:

Saí de lá relativamente satisfeito. Essa havia sido a primeira vez em que saí ileso da arena, não que eu quisesse anunciar isso pra alguém, na verdade saí de lá com uma expressão de quem sequer entrou dentro desse ambiente. Eu também não tinha lá com quem compartilhar isso. Minhas irmãs e irmãos do chalé estavam sempre ocupados demais em manter a aparência ou fofocar sobre seus novos flertes e paqueras, eram poucos os que treinavam na arena, e isso só aumentava nossa fama de inúteis dentro do acampamento.



Acampamento Meio-Sangue, 22 de Agosto, Chalé de Afrodite, 03:27


Aquele pesadelo voltava a me assolar. Era algo periódico e nunca era menos doloroso. Lembro como se fosse hoje o dia em que meu pai perdera a vida tentando me trazer para o acampamento. Para piorar, esse trauma ficou cravado no meu subconsciente e se manifestava em forma de quase todas as noites posteriores a batalhas na arena. A imagem do carro perdendo o controle, o ataque das harpias selvagens e a última palavra do meu velho: “Sobreviva”. Eu poderia contar nos dedos de uma mão as pessoas que sabiam sobre esse fato e ainda sobrariam alguns. Quando cheguei aqui, assim como qualquer outro, descobri que todos estão aqui pela mesma causa e treinam pela mesma razão: Todos meio-sangues, com algum parentesco divino, que buscam ficar fortes para se tornarem Heróis algum dia ou para se fortalecer.

Foi com essa ideia, a de me fortalecer que eu me dediquei ao máximo nos treinos mesmo quando dentro do chalé de Hermes, na época em que eu era um indefinido. Até então, os outros semideuses até se ofereciam para me ajudar com treinamento, mas isso mudou instantaneamente após minha reclamação. Era como se todos tivessem perdido a fé em meu potencial e isso, querendo ou não me colocava pra baixo, por mais que eu fosse capaz de esconder ou dissimular.



Acampamento Meio-Sangue, 22 de Agosto, Chalé de Afrodite, 08:56


Vejo uma movimentação esquisita por parte da grande maioria de meus irmãos e irmãs. Todos estavam correndo de um lado para o outro, organizando uma quantidade relevante de malas e tentando colocar o máximo de objetos pessoais possíveis dentro destas. Algumas até brigavam por blusas e calçados, o que era um pouco engraçado. Mas por que eles estavam fazendo isso?

Vou ao encontro de Draco, o conselheiro do chalé, para perguntar-lhe o que isso significava e ele me responde de forma um tanto quanto esnobe que aquilo se fazia todos os anos. Sempre que o período de férias de verão estava terminando, muitos semideuses saíam do acampamento para ver seus familiares. É claro que existiam aqueles que ficavam treinando integralmente, mas no caso dos filhos de Afrodite, que exalam um cheiro um pouco mais fraco que os outros, o mundo mortal se torna um local um pouco mais seguro. Ele termina a explicação sem mais nem menos e passa por mim, aparentemente indo fazer sua própria mala também.

Fico atônito por um momento. Então todos os semideuses sairiam, ficando apenas aqueles que treinam integralmente para se tornarem heróis? Eu estava perdido! Ficar no acampamento seria assinar minha sentença de morte, pois se até os mais fracos dos outros chalés me enchiam, imagine os caras “high elo” do acampamento? Por outro lado, meu pai, a única pessoa que eu conheço e sei que é confiável fora do acampamento não estava mais ali. O que fazer?

Foi nesse momento em que um sátiro me aparece dizendo que Quíron solicitava minha presença na casa grande. Ótimo, mais um sinal de encrenca...



Acampamento Meio-Sangue, 22 de Agosto, Casa Grande, 09:26


Aquele centauro velho sempre me impressionava. Ele parecia conhecer todos dentro do acampamento sem ter uma convivência próxima. Digo isso baseado no fato de só ter ido falar com ele duas vezes antes desse chamado. A primeira, na minha chegada ao acampamento, e a segunda numa aula de Arco e Flecha em que ele apareceu e simplesmente disse que eu estava fazendo tudo errado, desde o posicionamento até a pontaria. Mas isso já fazia alguns meses.

- Acho que você está com um problema, não é rapaz? – Diz o centauro com a maior calma do mundo

- É... Talvez eu esteja sim. – Digo dando de ombros. Ele provavelmente já sabia tudo sobre mim, de qualquer forma. Ele sempre sabe.

- Bom, então talvez isso seja de seu interesse – Diz ele me mostrando um envelope que continha uma carta. – Nós localizamos um parente seu que está disposto a recebê-lo nas férias de verão, isso é claro, se você estiver disposto a partir.

Não consigo deixar a minha expressão boquiaberta disfarçada. Como assim um parente? Começo a ler a carta de uma forma tão rápida e frenética que meu déficit de atenção me obriga a me controlar. As letras ficavam embaçadas à medida que eu tentava me obrigar a ler, até que eu novamente dou de ombros e peço para que ele me explique melhor o que está acontecendo, mas ficando com a carta.

Ele então solta algo que parece uma risada e explica que eu possuo uma meia irmã por parte de pai no mundo mortal. Ela já tem 28 anos de idade e sabe muita coisa relevante sobre mim. O centauro explica que essa carta havia chegado pouco depois de minha entrada no acampamento. Aparentemente,  meu pai, digo, nosso pai, havia deixado alguma mensagem para ela, como se quisesse que alguém olhasse por mim caso algo acontecesse com ele. E isso, infelizmente, aconteceu.

Saio de dentro da casa grande sem responder ao centauro, com a maldita carta em mãos. Eu já tinha noção de que aquilo era uma mistura de raiva e tristeza, pois ir para o mundo mortal significava ter que me lembrar de muita coisa que eu perdi de forma brutal. Por outro lado, havia um tanto de felicidade e esperança, pois uma ligação, mesmo que pequena com meu pai ainda existia.


Acampamento Meio-Sangue, 29 de Agosto, Chalé de Afrodite, 08:43


A semana seguinte ao episódio da carta foi de pura reflexão. Eu acho que saí do chalé apenas para comer, não fiz isso durante todos os dias, que eu me recorde, foram apenas 3. Eu estava cogitando a possibilidade de conhecer essa pessoa, que se chama Elisa, mas algumas considerações foram se firmando em minha cabeça, como prós e contras.

- E se ela me conhecer e não gostar de mim? É improvável pelo charme herdado de minha mãe, mas não é impossível.
- E se por acaso isso for alguma brincadeira de mal gosto ou armadilha? Essa foi a ideia mais idiota de todas, afinal, Quíron não me chamaria ou me contaria algo se não tivesse cem por cento de certeza do que estava falando.

- E se a minha presença atrair monstros e colocar a vida dela em perigo? Essa sim era a questão mais relevante de todas, afinal, mesmo que o cheiro dos filhos de Afrodite seja um pouco mais fraco que a dos outros semideuses, ele existe, e foi por causa dele que fomos perseguidos na minha escolta ao acampamento.


Acampamento Meio-Sangue, 29 de Agosto, Limites do Acampamento, 13:42


Foi uma decisão rápida. Literalmente. Arrumei minhas coisas jogando tudo de forma aleatória em uma mala qualquer que estava ali e rumei à casa grande, avisando a Quíron que eu estava de saída. Ele me dá o dinheiro mortal para a passagem de ônibus e diz que Argos me levará até a rodoviária em uma carona rápida. Agradeço com um tanto de empolgação. Algo me dizia que eu poderia sim sair do acampamento, apesar de eu mesmo não estar certo disso.  Sigo rumo aos limites das fronteiras e vejo o chefe da guarda me esperando com sua van. Argus não falava, portanto, me cumprimenta com um aceno. Faço o mesmo e agradeço a carona.



Terminal Rodoviário de Long Island, 29 de Agosto, 14:56


Era a primeira vez que eu retornava ao mundo mortal depois de quase um ano. Sentir um pouco do ar, observar as construções, ver muito mais pessoas era algo impressionante! Nem parecia que minha vida era nesse local. Era quase como se eu estivesse em um lugar completamente novo.

Após me despedir de Argos, dirijo-me a uma das bilheterias do lugar. Para minha sorte, a viagem não seria longa. Minha meia-irmã morava em Long Island, cerca de uma hora de viagem considerando trânsito seriam o suficiente para que eu chegasse lá. Com os bilhetes em mãos, reparo que a atendente havia imprimido o ticket para o ônibus que sairia em uma hora, quando havia outra linha que sairia em 30 minutos. Resolvo retornar até lá para solicitar uma troca de passagem, mas quando olho para o guichê, vejo que este está vazio.

-Me fudi – Digo quando vejo a atendente já transformada numa fúria.

De acordo com os livros da biblioteca, esse tipo de monstro possuía resistência a charme, diferente da anã que enfrentei cerca de uma semana atrás. Para minha sorte, trouxe todos os meus equipamentos porque no fundo suspeitava que algum ataque viria, cedo ou tarde. Eu só não esperava que fosse assim, de imediato.

Começo a correr para o mais longe possível. O terminal é movimentado demais e eu possuo apenas a perícia básica com o arco e flecha, ou seja, não era grande coisa. Quando começo a contornar o terminal, em uma rua que pelos deuses, estava praticamente deserta, pego meu arco curto composto e atento ao meu redor, procuro descobrir onde o monstro vai aparecer.
Como o esperado, ela aparece voando e imediatamente atiro uma [Flecha Certeira Inicial] em direção a sua asa esquerda, mas erro o disparo pelo fato de o monstro ser muito ágil e a luz solar atrapalhar minha visão. Eu não era como os filhos de Apolo, que alem de talento nato com o arco, tinham habilidades especiais que auxiliavam muito o uso dos mesmos.

O monstro avança mostrando suas poderosas garras em minha direção. Também possuía presas assustadoras e vinha rápido. Pego meu chicote que deixei preso à cintura e quando este se aproxima, estalo a arma em um movimento diagonal esquerdo, atingindo seu rosto.

Para minha infelicidade, ela era rápida e passou por mim, fazendo o ataque atingir suas costas, mas sem um dano aparente. Eu por outro lado estava com o braço esquerdo ferido de raspão, pois ela conseguiu passar aquelas unhas que mais pareciam metal em mim.



Status Atuais
Henry Liesdale
HP: 95/130
MP:132/142
Itens a Retirar: Flecha de Bronze Celestial(2x)


Fúria
HP: 90%


O monstro sorri enquanto começa a mais uma vez levantar voo. Corro para um local onde haja um pouco mais de sombra e facilite meu campo de visão, pois um monstro aéreo certamente era uma desvantagem para mim. Fico então encostado em uma parede que tinha uma espécie de sobrado. Aquilo era o que eu precisava. A sombra do lugar me permitia enxerga um pouco melhor o espaço que havia por ali naquela tarde ensolarada, e quando o monstro retorna a avançar em minha direção, salto para o lado, deixando-o preso com as garras fincadas na parede.

Imediatamente me recomponho e atiro mais uma flecha certeira inicial e entro em rodada de ataque total, atirando um segundo projétil antes que o monstro se liberte. As duas setas atingem a lateral do peito e a cintura da criatura, que dessa vez urrou de dor. A força que ela exerceu sobre a parede foi tão grande que arrancou um pedaço considerável da parede. Para a infelicidade dela, um grande pedaço de concreto caiu por cima dela, transformando-a em pó.

Aquilo teria sido engraçado se não fosse real. Ela teria me transformado em purê caso tivesse acertado, então, agradeço aos deuses por permitirem que eu me safasse dessa.



Status Atuais
Henry Liesdale
HP: 95/130
MP:112/142
Itens a Retirar: Flecha de Bronze Celestial(4x)


Fúria - Morta


Terminado o  confronto, volto a correr para a rodoviária, talvez ainda houvesse a possibilidade de trocar o bilhete e ir mais rápido para a casa de minha irmã, mas infelizmente, não consigo. Vejo o ônibus partindo ao longe, sem mim.



Terminal Rodoviário de Long Island, 29 de Agosto, 15:37


O jeito era esperar. Ainda faltavam cerca de 20 minutos para a partida do ônibus do qual comprei a passagem. Aproveitei o tempo para ir ao banheiro a fim de limpar o ferimento que a fúria me causou e comprei um X-bacon com batatas e uma lata de Pepsi para acompanhar. Nesse meio tempo fico pensando no que poderia acontecer caso eu fique por muito tempo na casa de Elisa. Se ao chegar no terminal fui rastreado por um monstro, imagine morando em um mesmo lugar por alguns meses. Claro que poderia ter sido um encontro por coincidência, mas é sempre melhor pensar na pior possibilidade, assim você só se surpreende de forma positiva.

O ônibus finalmente chega e eu consigo pegá-lo. Estava relativamente preenchido, com poucos lugares vagos, o que era bom. A movimentação de pessoas diferentes das do acampamento me animava, de certo modo.


Nassau, 29 de Agosto, 16:28


A província de Nassau é um dos quatro condados de Long Island. Diferente do Queens e do Brooklin, é um local mais suburbano, mas não chega a ser rural. Uma área simples e discreta, conforme eu havia pesquisado. Isso era bom, pois talvez em um lugar mais afastado, meu tempo de paz talvez pudesse se prolongar.

Ao chegar na casa de Nº 51 da chamada rua 16, toco a campainha e sou prontamente atendido por um garoto de no máximo 9 anos. Ele era baixo e parecia estar no peso ideal. O cabelo era castanho-escuro, exatamente igual ao do meu pai. Cumprimento o garoto que obviamente me encara um tanto na defensiva, ele então grita pela mãe e diz que um rapaz ~que não era o entregador de pizza~estava ali.

Foi então que ela apareceu, a Elisa, a tal meia-irmã que Quíron havia mencionado. Ela também possuía os cabelos castanho-escuros e seus olhos eram da mesma cor. Aparentava ser um pouco mais jovem do que o que me foi passado, ela teria no máximo 25 anos, mas estava dizendo que ela tinha, sem dúvidas, 28. Ela então me cumprimenta e quando digo meu nome sou convidado a entrar de imediato.

Alguns minutos se passaram quando fui orientado a ficar na sala. Elisa disse que eu poderia ficar à vontade para ligar a TV e mudar de canal, mas não faço isso. Depois que você se descobre como um semideus, os equipamentos eletrônicos viram o primeiro artigo a ser riscado de sua lista de objetos usuais e também da lista de compras.

Tento ser o mais carismático e amigável que a situação permite, e não demora para que o pequeno Ethan tente chamar a minha atenção, seja se apresentando ou me oferecendo biscoitos e doces a cada 5 minutos. Era engraçado e estranho saber que eu tinha uma irmã e um sobrinho que nem sequer sabia da existência, mas consigo disfarçar isso facilmente. Elisa me conta que estudara e vivera em um colégio interno durante muito tempo. Quando questiono o fato de não saber de sua existência, ela explica que nosso pai sempre teve a intenção de nos apresentar, mas que sua mãe, a primeira esposa de meu pai nunca permitiu isso, principalmente depois de ter sido trocada pela minha mãe, que também o abandonou com um filho recém nascido, no caso, eu.

Eles haviam voltado a manter contato depois que a mãe de Elisa ficou doente. Ela estava vivendo numa chácara não muito longe da casa onde estávamos e foi assim que ela soube de minha existência. O pedido de meu pai para ela em seu testamento foi que ela olhasse por mim caso ele partisse cedo, e agora isso estava digamos que... se concretizando.

Confesso que não me sentia a vontade com toda essa história melodramática. Se ela soubesse de 20% do que eu era, provavelmente não me receberia, foi aí que ela tocou no assunto que mais me surpreendeu: Como era ser um filho da deusa do amor. Naquele momento, minha capacidade de dissimular foi por água abaixo. Fiquei boquiaberto com o fato de ela saber daquilo, e ela explica que estava ciente de muita coisa quando aceitou o pedido de me receber em sua casa.

Daí a conversa foi se descontraindo à medida que o tempo passava. Conhecemos os gostos um do outro e até descobrimos que temos coisas em comum, como a capacidade de derrubar pratos e copos, além de não aguentar nenhum tipo de comida apimentada e ainda, ouvir bastante indie.


Nassau, 8 de Setembro, 11:54

Já haviam se passado algumas semanas e eu estava me acostumando a viver por ali. Fazia compras básicas no supermercado a cada 3 dias para poder andar pela cidade e conhecer pessoas, Ethan não queria mais desgrudar de mim e eu até fui conhecer a avó dele, no caso, a primeira esposa de meu pai, Tori. Ela estava com uma doença do coração e precisava de repouso e tranquilidade. Fora colocada naquela chácara para ter justamente isso, pois um neto pequeno daria muito trabalho. Eu também sabia que mesmo sem querer, havia uma participação minha nessa história, mas não queria comentar nada sobre.

Quando voltava para casa com meu sobrinho do supermercado, vejo que a porta da casa estava aberta. Nesse momento, um sentimento muito ruim e que eu não era capaz de descrever tomou conta de meu corpo e eu comecei a apressar o passo, mas tomando cuidado para não assustar o pequeno. Perda de tempo.

O local estava revirado. Móveis jogados, cortinas rasgadas e objetos quebrados. Parecia um verdadeiro arrombamento. Mas eu sabia que havia mais coisa por ali. Corro imediatamente para o jardim e encontro a única coisa que precisava saber para ter certeza de que não estava errado: Pegadas de monstros. Deixo Ethan, que estava apavorado com os vizinhos e digo que vou à delegacia, que em teoria não ficava muito longe. Porém, eu sabia exatamente o que devia fazer: Seguir rastros. Pego uma vez mais meus equipamentos, que haviam sido escondidos no sótão e, pelos deuses, estavam inteiros e começo a tentar seguir aquelas pegadas.

Me deparo finalmente com uma trilha deserta próxima a um matagal, e ao longe, vejo minha irmã acorrentada e inconsciente, enquanto uma dupla de lestrigões começava a reunir madeira para uma fogueira relativamente grande. Aquilo era realmente nojento. Mas por que eles estariam fazendo aquilo com ela no lugar de virem em minha direção? Aliás, por que eles ainda não me notaram? Abro minha mochila e percebo que um dos meus frascos de Hermes Personalité[Forte] estava semi aberta. Droga! Elisa teria pego um dos meus perfumes do acampamento e ficado com o cheiro de semideusa, e agora estava atraindo monstros? Isso era péssimo. Resolvo passar o que havia restado daquele item em mim mesmo, a fim de aumentar minha agilidade e, principalmente, chamar a atenção das criaturas.

Não demorou para que elas começassem a se mover. O som de seus passos se tornava mais alto e eu sabia que eles estavam vindo em minha direção. Eu havia subido em cima de uma árvore e estava à espera de que eles me encontrassem e se mostrassem logo, e assim aconteceu. As duas criaturas se postam debaixo da árvore e me encaram, soltando provocações e dizendo que eu deveria descer.

Pego o outro frasco de Hermes Personalité[Forte] de minha mochila e jogo em cima de um dos lestrigões para que ele também fique com aquele cheiro. Eu sabia que aqueles monstros não  eram tão inteligentes, e colocaria meu plano em prática naquele exato momento.

Usaria a habilidade [Confusão] para chamar a atenção dos dois, a fim de que eles prestem bastante atenção, e usando a habilidade [Comando] pediria que o lestrigão que não foi atingido pelo frasco de perfume atacasse seu companheiro. Uso como argumento o fato de ele cheirar como um semideus e estar manipulando a névoa para assumir a forma de um aliado, quando  na verdade era alguém que queria apunhalá-lo.

Agora era só esperar a treta se desenrolar e os monstros brigarem. Assim que eles se afastam de minha árvore, desço e corro para libertar Elisa. Para minha infelicidade, os dois monstrengos não se mataram e estavam feridos, apenas. Minha irmã desacordada e incapaz de se mover me obrigava a lutar. Pego meu arco e atiro duas [Flechas do Cupido] a fim de atordoar as pestes. Em seguida, bebo uma poção de Energia[Mítica]

Status Atuais
Henry Liesdale
HP: 95/130
MP:122/142
Itens a Retirar: Flecha de Bronze Celestial(4x), Hermes Personalité[Forte](x2), Poção de Energia[Mítica](x1)


Lestrigão 1 – 60%
Lestrigão 2 – 65%

Aproveitando que ambos os seres estavam atordoados e eu energizado, pego duas fleches de Bronze Celestial e atiro ambas no peito e cabeça de um lestrigão, a fim de finalizá-lo. O monstro se desintegra em pó e deixa o outro, que ao perder o companheiro, acorda de meu feitiço, furioso.

A criatura avança com uma velocidade incrível, obra do Hermes Personalité que usei, que agora estava servindo como um belo contra. Esses perfumes especiais possuem um efeito considerável, mas também acabavam em pouco tempo, então, eu só precisaria aguentar um pouco. Pego minha espada e começo a atiçar o monstro, a fim de fazê-lo recuar um pouco e colocá-lo em alerta.

Eu sabia que em algum momento, minha aparência agradável que era maximizada pelo meu anel da rosa faria o monstro perder parte do foco, e esperava ansiosamente por isso. Assim que isso acontece, faço uma investida veloz, que também estava potencializada pelo Hermes Personalité que usei e tento estocar a criatura na barriga, que aparentemente já estava ferida devido o conflito com seu falecido companheiro. O monstro recebe o golpe em cheio mas não morre de imediato. Suas mãos seguram meu pescoço e travamos uma disputa de resistência que eu sabia que não era capaz de vencer. Eu ficaria forças e sem ar antes de conseguir cravar a espada mais ao fundo, para gerar um golpe crítico.

Mentalmente uso meu [Chamado das Aves] para fazer com que dois pombos biquem os olhos da criatura e me deem a brecha que eu preciso para terminar com ela. No momento em que ele me largar para espantar as aves, exerço toda a força que tenho para empurrar a lâmina adentro, finalizando o monstro.

Por fim, retorno com Elisa para casa e invento para a polícia, que fora chamada pelos vizinhos devido minha demora, que minha irmã havia sido raptada e levada para o matagal ao leste. Ela estava bem quando a encontrei e os bandidos haviam fugido.

Elisa, que a essa altura já estava acordada termina de acobertar a história dizendo que tentou perseguir os ladrões, mas acabou se perdendo e desmaiando com o nervosismo. Passamos mais algum tempo organizando a casa até que eu finalmente decido ir embora. A vida ali era bem interessante, mas colocar a vida de meus únicos familiares conhecidos em risco era algo que eu não poderia permitir. Depois de dois dias, arrumo minhas coisas e anuncio voltar ao acampamento para treinar integralmente. Eu voltaria, mas quando estivesse mais forte.


Status Finais
Henry Liesdale
HP: 55/130
MP:92/142
Itens a Retirar: Flecha de Bronze Celestial(6x), Hermes Personalité[Forte](x2), Poção de Energia[Mítica](x1)

Habilidades Passivas:

Poderes Ativos:
[/quote]

#1

Hera

Hera
Deusa Olimpiana
Deusa Olimpiana
Coisas que não gostei:
Muito grande, pqp. 
Tenta evitar colocar o nome da habilidade utilizada, é desnecessário e tira a naturalidade do texto. 


Exp recebida: 4500
Dracmas recebidos: 3000

#2

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