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Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


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Noites de Verão Empty Noites de Verão

por λ Dite Maniel 11/06/16, 01:02 pm

λ Dite Maniel

λ Dite Maniel
Filho(a) de Afrodite
Filho(a) de Afrodite
Era uma noite quieta, a brisa que adentra as janelas não era fria o suficiente para aplacar o calor infernal que fazia no recinto... Mas espera... Calor? Abro os olhos de repente e me vejo em um quadrado com menos de 15m². Estava deitada em um colchão de ar meio murcho e sem algum lençol o cobrindo, a telha que cobria o teto estava meio manchada de mofo e as paredes eram feitas de tábuas simples. Havia uma pequena janela de latão e uma porta ao lado, olho para baixo e vejo nove anéis em minhas mãos... Quem em sã consciência usaria tantos de uma vez? Vejo alguns outros apetrechos estranhos, mas não me questiono mais e me levanto, não havia nenhum outro cômodo ou banheiro, o que era estranho. Seguro a maçaneta da porta e respiro fundo antes de abrir a mesma, assim que o faço vejo luzes vermelhas e brancas passarem voando e uma sirene capaz de explodir os tímpanos de uma pessoa. Fecho a porta rapidamente e tento me recobrar como viera parar ali, e nada me vem a mente, literalmente nada, inclusive, eu nem sabia quem era.

Assim que consigo acalmar o coração abro a porta novamente e vejo uma grande quantidade de pessoas de pele escura saírem de suas casas e começarem a andar. Engulo a seco e começo a descer o morro, buscando uma saída daquele local estranho. Há enormes buracos a medida que ando e pessoas com cigarros nas mãos, alguns brilhavam de um jeito estranho mas o nome da droga não me vinha a mente. Por fim, chego a uma estrada que segue rumo a leste e paro um dos negros.

- Com licença... O senhor poderia me informar onde estou?

Ele me olha, provavelmente achando que eu estava drogada ou algo do gênero. Da uma risada sem escrúpulos e segura em minha mão.

- Estamos no Rio de Janeiro gatinha, e posso te ajudar a chegar em um lugar... Confortável.

Engulo a seco e puxo minha mão da dele, ele claramente tinha outras intenções e por algum motivo, sentia dentro de mim que estava me guardando para algo maior e mesmo que não estivesse ele era nojento.

- Eu dispenso, obrigado.

- Na verdade, você não tem escolha.

Ele me segura com força e posso sentir a sujeira de suas unhas entrando em minha pele, meu corpo parece responder por mim, porque simplesmente piso em seu pé e agarro seu braço, o jogando por cima do ombro e o deixando no chão. Fico assustada comigo mesma mas logo vejo ele começando a se erguer.

- Você vai pagar por isso, sua vadiazinha.

Começo a correr pela calçada, empurrando as pessoas a medida que elas entravam em meu caminho, algumas gritavam com raiva, outras apenas reviravam os olhos, mas ninguém parava para me ajuda. Londres, siga apara Londres e terá ajuda. Uma voz estranha entra em minha mente. Assim que não vejo mais sinais de perseguição viro para uma rua cheia de restaurantes e sento na calçada, colocando a cabeça entre os joelhos. Londres, vá para Londres.

- Me dá o dinheiro que eu vou... – Murmuro comigo mesma a medida que me acalmo. Ok, eu tinha diversos anéis em minhas mãos, e alguns pingentes estranhos, certamente poderia vender eles e conseguir algum dinheiro. Seguro um em minhas mãos e o giro, no instante seguinte um chicote de três pontas aparece em minha mão e o jogo no chão, ele toca uma folha e a mesma se incinera.

- Que diabos... – Olho ao redor e percebo que ninguém viu a mesma cena, me aproximo e o seguro hesitante no cabo, o erguendo, levo a ponta do dedo até o mesmo. Se eu morrer, vai ser rápido pelo menos. No entanto, nada acontece e sinto um alivio, seguro o mesmo e sinto um calor dançar entre o chicote e minha mão, será que eu era imune ao fogo? Não, certamente isso era uma bobagem. Era simplesmente impossível tal coisa. Giro o mesmo e ele volta a se tornar um anel. Me pergunto que outras armas bizarras haviam ali, porém, não tenho tempo de questionar porque escuto um tumulto e logo em seguida vejo homens correndo em direção de onde eu estava. Homens negros. Certamente do morro. Merda. Volto a entrar em curvas aleatórias e antes da próxima esquina, esbarro em um gordo, ele tinha uma barba estranha em seu rosto e tinha duas vezes o meu tamanho, em ambos os lados. Ele me encara e logo desce o olhar para minha camiseta. Só me faltava essa...

- Sacerdotes de Héstia? O que é isso?

Desço o olhar para a camiseta e fico com uma interrogação na cara. Os gritos atrás de mim ficam mais altos e logo o empurro para o lado.

- Infelizmente, não posso te responder isso.

- Ei, espera, eu posso ajudar.

Ele me puxa e tira uma chave do bolso, entrando em uma casinha ali perto. Olho pela fresta da cortina e vejo os homens passando, respiro mais aliviada mente. Volto meu olhar pro gordo e ele está sentado na frente do computador, com um saco de batatas enormes namão e na tela do computador tinha um jogo: League of Legends, mais acima podia ver algo como Bronze V, indicando o que ele era.

- Ahn... Posso saber seu nome? E porque me ajudou?

Ele me olha confuso e por um momento penso que não vai me responder, mas ele apenas solta um arroto e sorri para mim.

- Uma voz me disse isso, parece que eu ia ganhar uma skin então eu fiz.

- Uma o que?


- Skin, sabe, pro jogo. - Ele aponta para o mesmo na tela do computador.

- Entendo... Bom... Eu, eu tenho que ir para Londres. Será que pode me ajudar com isso?

- Londres? Uau, você não se contenta com coisa pouca hem?

Ele se vira para o computador e entra em uma agencia aérea.

- Tem um voo daqui 6 horas, o problema é a passagem. Tem dinheiro?


- Não.

- Então não posso te ajudar.


- Você TEM que me ajudar! - Digo com a maior convicção que posso e vejo ele ficar com um olhar abobalhado no rosto e logo balbucia qualquer resposta em concordância.

- Só vou trocar de roupa e ahn... Arrumar as malas.


Ele sai do quarto e novamente me vejo assustada, sigo para um espelho e vejo meu reflexo, eu era relativamente bonita, acho. Ruiva, olhos claros, pele rosada e uma pinta discreta ao canto do rosto. Mas isso não explicava o porque de ter conseguido fazer aquilo com o garoto. Ele parecia ter certeza que não poderia me ajudar em uma hora e na outra estava ali, pronto para viajar. Olhos para o computador e depois de hesitar um momento faço uma pesquisa sobre o assunto. Historias sobre a mitologia grega aparecem, principalmente sobre Afrodite e seus filhos. Clico em um site e vejo um artigo:

Deusa do amor, da beleza e da procriação. A mais bela das mulheres, seus símbolos são o golfinho, o cisne, a rosa, o romã, a pomba e a limeira. Filha do titã Urano, ou como preferirem, Filha de Zeus e Dione, a deusa das ninfas. Não são "simplesmente" bonitos, são extremamente lindos! E isso para todos que olharem para eles, do tipo impossível de tirar os olhos, mesmo que não sejam "o tipo" da pessoa, o poder de beleza e sedução que circula e emana deles é mais forte. Seus cabelos podem ser loiros, ruivos ou pretos, mas todos são extremamente lisos e crescem muito rápido, o que dificulta um Filho de Afrodite ter cabelos curtos. Os homens possuem corpos definidos, mas nunca são musculosos, os traços do seu rosto são finos, às vezes até femininos. As meninas possuem corpos esculturais, com seios fartos e curvas delineadas. Além de que todos possuem uma pinta como "marca". São sedutores e gostam de receber olhares, muitos deles são extremamente narcisistas e se preocupam demais com a aparência, colocando tal atributo sempre em primeiro lugar. Apaixonam-se fácil, mas podem ter dificuldade de se manterem fiéis, por acharem o amor totalmente livre. Às vezes são arrogantes e metidos, o que pode quebrar o encanto que jogam nos outros. Sua lábia é a melhor e podem fazer até o homem mais convicto ser convencido do contrário.


Ok, aquilo era estranho. Eu me encaixava em vários aspectos mas tinha duvidas quanto a outros, será que eu possuía tais características? Mas pera... Eu realmente iria acreditar em um mito grego? Seria ridículo.

- Estou pronto, vamos, eu tenho cartões de credito. Espero que eles sejam suficientes para comprar as passagens. E ah, acho que você deveria por essas roupas.

Ele me joga um par de roupas, uma calça jeans e uma blusa preta, mas as roupas eram tipo, minúsculas quase como se feitas para um pequeno hobbit e na blusa havia o nome Mussolini. Não questiono muito e coloco os mesmos, junto com um sobretudo que mais parecia uma jaqueta.

- As passagens não serão um problema. Aqueles negros lá fora, sim.

- Relaxa. Nós vamos de Uber.

Aposto que fiz uma cara de interrogação, mas ele apenas revira os olhos e chama o carro, entramos e seguimos para o aeroporto sem problemas, a voz ainda insistia em dizer para seguir a Londres, mas agora havia algo sobre encontrar um japonês. Sinceramente, ou eu isso faria sentido no futuro ou eu era esquizofrênica. Chegamos por fim ao aeroporto e o garoto me questiona sobre as passagens.

- Só me diga onde se compra, e eu resolvo o resto.

Ele e aponta o local e caminho ate lá com confiança. Pego um brilho que achei na bolsa e o passo, deixando meus lábios brilhantes e mais sedutores, ou quase isso. Para minha sorte, era um cara quem estava no balcão. Sorrio e me inclino no mesmo, olhando para ele.

- Oi... Eu gostaria de duas passagens no próximo voo para Londres.

- C-Certamente. – Ele mexe no computador, dando olhadas ocasionais para mim de vez em quanto e ficando com as bochechas coradas. – Não há lugares juntos, infelizmente.

- Sem problemas.

- Bom, como irá pagar?

- Eu pensei que, um cara charmoso como você, poderia facilmente conseguir essas passagens de graça para mim, sabe eu estou desesperada e iria me ajudar muito.

Por um momento ele parece confuso, mas seus olhos ficam nevoados e ele concorda, emitindo as passagens e as entregando a mim.

- Faça uma boa viagem.

Pisco para ele e sigo até onde havia deixado o gordo, ele não diz nada e apenas entramos na sala de espera.

~

Chegamos a Londres, a cidade era fria e as pessoas apressadas, a voz insistia em dizer para achar o bendito do japonês, mas não fazia ideia de como. O gordo ao meu lado simplesmente ficava tirando fotos até de uma abelha que passava a nossa frente. Reviro os olhos para meu companheiro de viagem e entro em um hotel, o recepcionista me acolhe bem e usando os mesmos truques consigo dois quartos diferentes para nós. Fico em meu quarto, pensativa quanto ao que fazer.

Preciso fazer qualquer coisa, preciso de um pouco de normalidade

Ando pelo hotel aleatoriamente, e por um momento me pergunto onde estou, até que escuto panelas batendo e me vejo na cozinha. As pessoas corriam mas havia certa organização ali, quase como se fosse de sua própria natureza fazer aquilo, então o vejo. Era mais alto que eu e estava de costas, mas certamente era o tal do japonês que eu estava procurando. Toco em seu ombro e ele me olha confuso.

- O que faz aqui?

- Eu... Ahn... Vim atrás de você.

Ele bufa com raiva e me segura pelo braço, me tirando do local.

- Nunca mais pise aqui.

Sinto a raiva inflamar pelo meu corpo, depois de toda merda que havia passado, aquele japonês achava que simplesmente podia chegar e falar para mim ir embora? Não mesmo. No entanto, antes que eu pudesse falar algo, sinto um grande ódio vindo da esquerda e no momento seguinte uma flecha passa bem no meio de nós dois e se finca na parede, olho para a direção que ela veio e vejo uma índia com o arco na mão.

- Mim ser Tainá, mim lutar.

E então ela coloca outra flecha no arco e atira no japonês, minha vontade era de deixar, o fdp merecia, mas algo dentro de mim me proíbe de fazer isso e o empurro para o lado, fazendo a flecha pegar em meu ombro.

-Merda. – Por algum motivo, a mesma não atravessara meu braço, como se o golpe tivesse sido contido. Seguro na base da mesma e a puxo com força, grunhindo de dor com o processo.

- Você não escapar de novo.

Ela volta a colocar a flecha no arco e dou um bandão no japonês, me escondendo atrás de uma lata de lixo na hora que outra flecha passa na frente de meu nariz, seguro o anel com meu lado bom e o faço virar aquele chicote bem delicioso que queimara a folha no Rio de Janeiro. Conto até três e vou para fora da proteção, ela ergue o arco novamente e faço um pequeno rolamento desviando da mesma e me aproximando dela, sentindo as lagrimas brotarem em meus olhos pelo movimento forçado com o ombro ferido. O sangue já manchava minha blusa quase completamente Ela ergue o arco de novo e dessa vez me corro contra a parede pegando apoio na mesma e pulando para o lado oposto, giro o chicote e o faço acertar em sua mão, queimando a mesma. A garota solta um grito estranho e larga o arco.

- Você pagar por isso.

Ela pega uma faca do cinto, a mesma emanava uma aura verde e aquilo certamente poderia ser fatal, não só pra mim mas pra qualquer um que chegasse perto da lamina. Ficamos nos rodando por certos momentos e sempre que ela ameaçava se aproximar, estava o chicote no chão, provocando algumas faíscas, outras vezes o estalo na frente de seu rosto, a mantendo afastada.

- Lute como índia!


- Eu não ser índia – Falo com zombaria e volto a lançar o chicote em sua direção, aproveitando a pequena brecha, ele se enrolar em seu pulso, o mesmo que segurava a faca e posso escutar o barulho de carne queimando a medida que o mesmo permanece ali. Ela parece ficar com raiva e me puxa em sua direção, perco o equilíbrio com o mesmo e acabo indo em sua direção. Tudo acontece rápido demais para que eu possa registrar, ela saca outra faca, normal graças a Deus, e a enfia em minha lateral. Soltando um urro de vitória. Sinto minha raiva inflamar com aquilo e em um impulso destravo o punhal que havia no chicote, o direcionando ao seu coração.

- Nunca cante vitória antes da hora.

E então ela cai, e logo eu sigo o seu exemplo, olhando a faca para fora de meu abdômen. Merda. Aquilo não podia ser resolvido só arrancando a faca. Encosto minha cabeça na parede e respirando fundo, minha visão já ficava turva com a situação quando escuto passos chegando perto de mim.

- Você é uma idiota sabia?

- É uma ótima coisa de se escutar a beira da morte.


- Ok, merda, desculpa.

Dou um pequeno sorriso para ele e fecho os olhos, deixando a escuridão tomar conta de mim. Era estranho morrer, na verdade, doía bastante. Parecia que minha ferida aumentava, cicatrizava e abria, fechando e abrindo novamente. O tecido parecia até elástico, sinto uma última pinicada e abro os olhos. Estava em um chalé estranho, tecidos brancos cobriam por toda parte e havia um garoto loiro sentado ao meu lado, sua pele era bronzeada e seus olhos claros.

- Dite?

Assim que ouço meu nome, tudo volta de uma vez, a viagem a Londres, o gordo, o negro me perseguindo no Rio de Janeiro e mais... Minh vida antes de tudo isso. Me sento e quase desmaio novamente. Enzo vem e me deita novamente.

- Não ouse se esforçar mocinha, você está desacordada há 3 dias. Eu... Eu quase achei que não tinha conseguido.

Olho para meu amigo e vejo uma certa dor em seu olhar, todos os questionamentos possíveis somem da minha mente e apenas seguro sua mão.

- Obrigado por cuidar de mim, Stark.


Habilidades Relevantes:

http://a-rquivoconfidencial.tumblr.com/
#1

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por Poseidon 31/10/16, 07:56 pm

Poseidon

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Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Hehe. Gostei.

Exp: 2500
Dracmas: 2000

#2

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