Pouca se via o conselheiro de Hades.
Mesmo liderando um chalé, Daniel era uma figura pouco vista no acampamento meio sangue. O príncipe do submundo costumava passar a maior parte do tempo no reino de seu pai, observando como o rei do mundo dos mortos governava suas terras. O Jovem herdeiro havia perdido a muito o interesse por coisas banais do mundo mortal, e passou a encontrar conforto na morte.
Ainda assim ele voltava.
Voltava para casa, trazendo com sigo cada vez mais desespero e angustia que se prendia em sua pele toda vez que ele saia do submundo. Ninguém nunca sai do mundo dos mortos, e quando saia, não retornava como a mesma pessoa.
Uma parte sempre ficava lá, morta.
Essa regra se aplicaria até mesmo a seu príncipe?
Mas naquela noite Daniel se sentia estranhamente mais cansado do que o normal. Sua Loki pesava na bainha, trazendo certo desconforto a seu flanco no qual ela estava presa. Aquela arma era quase como uma extensão do corpo do semideus, o que fazia essa sensação parecer um pouco estranho na visão de Ritter.
Mas fazia tempo que ele não experimentava um bom sono, e por isso daquela vez ele se rendeu a uma das necessidades mais básicas da vida mortal.
Seu cansaço era tanto, que nem mesmo sonhou.
Na manhã seguinte Daniel se sentia revigorado, e com uma fome capaz de devorar um boi inteiro.
Mas só havia um problema.
Sua espada.
Não estava na bainha.