Era noite e a arena estava fazendo um evento especial: A noite da morte certa!

Apenas os corajosos se reuniram para aquele empreendimento, que prometia ser o mais mortal dos cenários já montado para um bom embate. Até aquele momento não houvera ninguém que fosse vitorioso e os derrotados...Bom...Digamos que não voltaremos a vê-los.

Os três últimos desafiantes da noite, Sam, Sophia já encontravam-se no portão de entrada. Não demorou para que ele se erguesse, revelando um cenário macabro, com árvores retorcidas e agourentas, espinhos cresciam rasteiros no chão e quase não dava para vê-los por conta da névoa espessa que cobria o local até a cintura.

No centro da arena, uma criatura encapuzada, com traços humanoides e rosto encoberto parecia esperá-los. Talvez fosse o desafiante ou algo ainda pior. Não dava para ter certeza ainda.

— Bem vindo, ao nosso reino. — Anunciou, a voz aveludada, que par cia acariciar os ouvida de ambos com um charme sem igual.

Estava no acampamento há semanas. Ártemis e Lhokita haviam me encarregado de permanecer no local para localizar candidatas a caçadora com bons potenciais. Havia muito tempo desde que a última caçadora havia integrado a Caçada. No meio do tédio que era permanecer no chalé 8, cercada pelo clima natalino do acampamento, apresentaram o evento na arena. Algo sobre ninguém sair vivo havia sido mencionado. Entediada até a morte era pior do que destruir algum monstro pretensioso. Esperei o cair da noite, reuni meus equipamento e fui a arena. Ao esperar pelo levantar do portão um garoto familiar se juntou a mim: Sam. Acenei em reconhecimento de sua chegada, reparando que havia perdido a braçadeira. Lancei lhe um olhar de reprovação, alternando entre sua face e seu braço coberto apenas pela armadura. Sem espaço para troca de palavras, o portão se abre e vemos nosso desafio.

Uma figura humanoide no centro da arena nos dá as boas-vindas e sinto asco. Estava de noite, aquele era meu reino. Levanto meu arco, fazendo surgir uma das flechas infinitas da minha tatuagem e atiro contra a cabeça da criatura. Simples, porém, eficaz. Utilizo meus sentidos de caçadora e filha de Hades para descobrir as outras criaturas da arena. Ele disse nosso reino, o que indicava a presença de outras criaturas. Abuso de meus sentidos aguçados pela escuridão, atenta para me desviar de qualquer monstro idiota o suficiente para me atacar, e aviso Sam sobre as criaturas do lugar.

Considerar:

Não teria ligado de perder meu lugar como conselheiro para qualquer um... Mas para o Pedro? Pedro era uma criança que havia crescido de mais, sempre para lá e para cá com seus doces e fantasias. Não me lembro a última vez em que ele havia conseguido invocar um diabrete sem destruir parte do nosso chalé. Na noite do evento da arena, mais uma ideia de Dionísio sem dúvidas, me equipo e vou até ela. Não aguentava mais as espalhafatosas aventuras de meu irmão. Estava chegando nos portões da mesma quando vejo uma figura conhecida, quase se fundindo as sombras: Sophia. Meu coração dá um salto por um momento, e ruborizo ao ver o olhar de desaprovação na face dela frente a falta de minha braçadeira. A garota tinha um diadema na testa, mostrando sua nova posição. Me sinto embaraçado, parecia que havia sido ontem nossa missão contra Procusto. Já haviam se passado anos, e a garota estava muito mais forte do que eu.

O portão começa a se abrir, saco minha espada com seu tênue elemento provocando sombras na parede. Vejo Sophia realizar seu ataque, e desloco o escudo para o braço esquerdo e disparo um l Disparo Mágico l das pontas dos dedos da espada em direção a criatura da mesma forma que Sophia. Me atento a ataques dela ou de outras criaturas, buscando sempre bloqueá-los e esquiva-los da melhor maneira.

Disparo Mágico I: O filho de Hécate concentra e dispara sua energia através das mãos ou cajado/varinha, na forma de um lampejo de pura energia. Pode causar leves queimaduras e atinge o alvo como um soco. Consome 15 de Energia. Alcance máximo de 5m e entra em espera por 2 rodadas.

Passivas:
Especialização Elemental: O filho de Hécate escolhe um dos quatro elementos (Ar, Água, Terra ou Fogo), e especializa-se nele. Recebendo bônus sempre que o usar.
Alento da Encruzilhada: Sendo filho da deusa das encruzilhadas e dos caminhos, os filhos de hecate terão sempre uma melhor noção de qual caminho tomar em situações de difíceis escolhas.
Imunidade do Aprendiz: Seu corpo treinado e trabalhado em magia dá aos filhos de Hécate maior resistência contra ataques mágicos.
Regeneração gradual de Energia: Mesmo sem a interferência da luz da lua nova, os filhos de Hécate conseguem recuperar suas energias mais rapidamente. Recebem 5 de Energia por rodada.
Banho de Lua: Ao lutar à noite, sob a luz da lua, o filho de Hécate tem suas capacidades Maximizadas (
Visão Noturna: Filhos de Hécate conseguem enxergar a noite e em ambientes com baixa luminosidade.
Controle da Névoa [Inicial]: Hécate é não apenas a deusa da Magia, mas também aquela que coordena e mantém em dia as contas da Névoa. Seus filhos possuem, então, uma afinidade incomum com este véu mágico, podendo manipulá-los ao seu bel prazer. Neste nível são capazes de mudar a sua aparência e de pequenos objetos aos olhos de mortais e/ou semideuses menos atentos, ou estonteá-los por alguns instantes.
Aura Mágica do Aprendiz: O filho de Hécate desprende uma aura mágica* fraca. (+10 WIS)
Regeneração de Luna I: Quando o filho de Hécate está sob a luz da Lua Nova ele regenera 15 pontos de energia por rodada e 15 pontos de vida.
Detectar Magia [Inicial]: O filho de Hécate consegue detectar auras mágicas fortes em um raio de cinquenta metros (Auras mágicas são referente a quantidade de magia envolvida no monstro ou artefato).

Não havia lua no céu, apenas as estrelas e, quando a semideusa puxou seu arco mirando a flecha, contra a figura encapuzada, ela pareceu queimar e explodir, como se fosse uma super nova, num flash cegante. A flecha se queimou no meio do caminho e a energia mágica desprendida do ser dissipou o disparo mágico do garoto.

Quando tudo voltou a escuridão, o espírito deixou se capuz para trás, exibindo um vestido de festa com decotes laterais, brilhava com gloterar, como o céu estrelado acima deles. As melenas escuras eram espetadas, como se ela tivesse toma uma descarga. A pele parecia brilhar e seus olhos eram prateados, como o brilho das estrelas. As curvas eram luxuriosas, mas seu ataque fez com que ela fosse reconhecida pelo filho de Hecate, uma Asteriae, uma ninfa das estrelas.

Quando aconteceu a explosão, algo pareceu se sobrepor a ninfa, como se fosse outra pessoa, mas ela só apareceu naquele momento, voltando a desaparecer após o flash. E dessa vez foi a vez da filha de Hades sentir-se estranhamente intima dessa outra figura, embora não se lembrasse onde a viu.

A ninfa fez um gesto e um arco brilhou em sua mão. Era brilhante como deveria ser. Ela tensionou a arma e lançou para o alto, a flecha se dividiu e caiu como uma chuva de meteoritos por sobre a arena.

A revelação de nosso oponente me traz um gosto amargo na boca. Ninfas eram companheiras das Caçadoras, sempre nos ajudavam e eu não gostaria de ferir uma. Claramente havia algo controlando-a, a presença que eu havia sentido estaria por trás disto. Deveria ter trazido Shadow comigo, ele seria capaz de identificar a criatura com facilidade. O espírito faz um gesto e um arco se materializa em suas mãos, nada bom. Corro em direção a Sam, ficando entre o garoto e a chuva de flechas que viria.

- Barreira, agora. – ordeno.

Meu Casaco de Pele do Leão de Neméia deveria nos proteger, somados a barreira que eu sabia que o garoto conseguiria formar. Espero a primeira revoada de chuvas para assobiar sobre meu anel e invocar um cão infernal.

- Fareje. Encontre a criatura que está oculta de nós.

Me viro, saindo da proteção da barreira para ter uma visão clara da ninfa. Utilizo das sombras do local, perdendo suas pernas ( l Grilhões das Sombras l) e braços esticados e opostos ( l Umbracinese l), de forma que ela não conseguiria utilizar seu arco. Armo uma flecha, esperando a presença da criatura para disparar contra sua localidade. Se meu palpite estivesse certo, ela precisaria se fazer presente/corpórea para que a ninfa utilizasse seus poderes. Neste instante, lanço minha flecha prateada contra a mesma.

- APAREÇA CRIATURA IMUNDA, SAIA DO CORPO DESSA NINFA E ME ENFRENTE! A PROLE DE HADES LHE COMANDA! – grito, com firmeza em minha voz.

Grilhões de Sombras: O flho de Hades manipula as sombras do ambiente com seu controle sombrio, permitindo que envolva, por duas rodadas, as pernas dos inimigos em sombras com aspecto de raízes, segurando-o ali. Consome 30 pontos de Energia, dura uma rodada, e consome mais 10 por rodada adicional.
Umbracinese [Intermediária]: Neste nível, compreendendo melhor a essência das sombras, os filhos de Hades podem fazer alguns feitos notáveis com tal elemento. Envolver inimigos, criar objetos sólidos (pequenos), ou moldar a sombra de objetos e outras coisas como bem desejar, assim como criar sombras médias. A sombra de outros seres vivos pode ser utilizada. Não pode ser usado em lugares MUITO iluminados. Consome até 40 pontos de Energia; varia de 10 pontos a mais acordo com o uso. (Requer 12 WIS)

Considerar:

Uma ninfa das estrelas... Por isso a voz aveludada, e o brilho intenso. Não tenho tempo para raciocinar o que aquilo implicava, Sophia já estava em cima de mim gritando ordens. O de sempre... Utilizo l Barreira Elemental l para criar uma forte barreira de terra que nos protegeria das flechas. Sinto o anel em meu dedo esquentar, conferindo poder extra a barreira. Deixo meu escudo pronto para defender qualquer projétil que venha pela lateral. Sophia faz seus movimentos e suas invocações. Permaneço próximo da garota, atento para lhe defender com minha barreira que perdurava.

Ouça a garota gritar algo, uma criatura oculta? Fico atento para o aparecimento da mesma, e caso ela venha a aparecer, utilizo-me de l Forças l para criar e atirar uma bola de fogo contra a mesma.


Forças [Inicial]: O filho de Hécate manipula um dos quatro elementos em pequenos feitos, mas ainda não é capaz de invocar. Por exemplo: uma bola de fogo do tamanho de uma bola de vôlei. Custa 20 de energia, a habilidade entrará em espera por um turno.
Barreira Elemental [Inicial]: Invoca uma barreira elemental que segue os movimentos do personagem por dois turnos. Custa 40 de energia, a habilidade entrará em espera durante três turnos.
Bracelete “Elementus”: Reduz a metade o custo das habilidades “Elemental” e reduz seu tempo de espera em uma rodada.

Sam , com sua barreira, conseguiu impedir maiores danos do golpe em área. Aparentemente a sub-tenente caçadora era capaz de comandar o garoto com exagerada precisão.

Ela conseguiu prender a ninfa com as sombras, mas a criatura mesmo não tinha muito respeito pela voz da filha de Hades, ignorando o seu chamado, mas o cão latiu no meio das sombras para o nada, como se fosse uma sombra, ou apenas o ar, não dava para precisar.

A ninfa das estrelas explodiu novamente, mas a outra criatura não foi vista novamente, já que o flash cegou os olhos de ambos os semideuses. Estavam acostumados a baixa luminosidade, ambos criaturas da noite. Além do mais aquela troca de claro pra escuridão tão rápidos os atrapalharam.

Quando seus olhos se focaram, havia uma muralha de chamas vindo na sua direção, mas eram diferentes. Ambos os semideuses identificaram como sendo do submundo. Era negra e fria, mas podia queimar como gelo.

Foram dispersados num arco de 20 metros. Não dava para saber se vinha da ninfa ou da outra criatura.

A ninfa das estrelas concentrou energia em seu arco luminoso. Lançando uma única flecha, que mais parecia um lazer. Ela atingiria Sam antes mesmo das chamas negras.

Uma muralha de chamas e uma flecha cortando o ar em minha direção, as coisas não estavam indo bem naquela noite de carnificina. Coloco o escudo na minha frente, e faço um rolamento para o lado. A flecha não deveria mudar de direção, ficando-se no local onde eu estava momentos antes, mas de qualquer forma me mantenho atento e pronto para bloquear com meu escudo caso ela desvie. Em seguida, tomo uma Poção de Energia [Comum] e invoco uma Lança Elemental de Água. Atiro-a contra a barreira, e utilizo l Forças l novamente para dispersar a água na barreira. Ponho meu escudo na frente, e aproveitando o local mais fraco da barreira me lanço contra a mesma, realizando um rolamento ao atravessa-la.

Caso o movimento seja bem sucedido, passar a barreira, eu utilizo todos os meus sentidos mágicos para encontrar a criatura que o cão de Sophia havia latido e ativo l Pentagrama l na mesma. Exausto por todas as magias que fiz, me mantenho em posição defensiva, preparado para me desviar de ataques ou bloqueá-los.

Lança Elemental I: O herói consegue invocar uma lança feita de um dos quatro elementos, infligindo dano adicional de acordo com seu elemento. A habilidade consome 45 pontos de energia e entra em espera por 3 rodadas.
Forças [Inicial]: O filho de Hécate manipula um dos quatro elementos em pequenos feitos, mas ainda não é capaz de invocar. Por exemplo: uma bola de fogo do tamanho de uma bola de vôlei. Custa 20 de energia, a habilidade entrará em espera por um turno.
Pentagrama I: Um círculo que contem uma estrela de cinco pontas aparece nos pés do oponente. Esse círculo prende o oponente por 2 rodadas (3 contra seres do submundo). O uso desta habilidade requer 50 de Energia e entrará em espera durante 3 rodadas.

Considerar:

Mais uma vez a criatura havia nos enganado, e mais uma vez o brilho daquela ninfa havia me prejudicado. Bufo irritada com a barreira que ele havia invocado, Fogo Negro era uma das habilidades dos filhos de Hades, eu conhecia o potencial destrutivo daquelas chamas. Toco a terra, deixando meu sangue clamar sua herança e ativo l Trombeta dos Mortos [Intermediário] l. Invoco seis esqueletos na minha frente e outros seis na frente de Sam.

- Avancem. – Ordeno, imperiosa.

Avanço juntamente das criaturas, elas morreriam na barreira, mas eu e meu colega deveríamos ser capazes de atravessa-la enquanto meus soldados eram consumidos. A ideia era apenas enfraquece-la em um ponto, e utilizar as criaturas de escudo humano.... Bem, escudo morto-vivo. Caso meu movimento tenha sucesso, considerando que meu Casaco me protegeria de alguma parte do dano, emergirei do outro lado da barreira. Invoco e engato mais uma flecha em meu arco, disparo contra o tronco da ninfa uma l Flecha Paralisante Certeira [Intermediário] l e espero os resultados. Aquilo, se acertasse, deveria paralisa-la por alguns instantes, o suficiente para eu voltar minha atenção completa para a outra criatura. Caso não acerte, minha paciência já estava se esgotando: o próximo ataque não seria apenas para impedi-la de se mover.

Permaneço atenta, contando com meus instintos para desviar de qualquer ataque contra mim e checo a condição de Sam, o garoto era um companheiro de batalhas de longa data, não gostaria de vê-lo ferido. Em uma pausa, tomo uma Poção de Energia [Mítica].

Trombeta dos Mortos [Intermediário]: Agora o filho de Hades é capaz de invocar 12 esqueletos (70/70) munidos de espadas, lanças, arcos e peitorais de bronze, que lutarão cegamente pelo seu amo. Consome 90 de energia e entra em espera por 8 rodadas.
Flecha paralisante [Intermediário]: Ao atingir o inimigo, a flecha da caçadora causa um efeito paralisante. O alvo ficará parado em pé (ou sentado/deitado, depende de como estava antes), movendo no máximo a cabeça ou os antebraços, mas tudo em câmera lenta, durante duas rodadas. O uso da habilidade requer 40 pontos de Energia. A habilidade entrará em espera durante 4 rodadass após o término do efeito.
Flecha Certeira Intermediária: A Caçadora tem a mira melhorada acertando suas flechadas quase sempre e agora tendo mais chances de acertar flechas de uma maior distancia. [Custa 20 pontos de Energia]

Considerar:

As forças da água conseguiram nada mais que dispersar um pouco as chamas. O que realmente funcionou foi a barreira semi-humana fos esqueletos, em conjunto com o escudo. Foram o suficiente para atravessar a barreira sem nada mais que danos superficiais, queimando a calça dos dois, exibindo suas roupas íntimas.

A ninfa não conseguiu se safar da flecha, que a deixou paralisada. De igual forma o espírito não conseguiu se livrar do pentagrama. O brilho do pentagrama exibiu os contornos de uma capa muito bem costurada para conter uma essencia especial da criatura, que parecia não ter pés.

Os espíritos estavam paralisados.