Acordo sobressaltado, balançando os braços com o esforço de tentar me livrar das cordas que me prendiam... Mas não havia nenhuma. Olho ao redor me situando. Ok. Um sonho.

Um sonho o escambau, penso nervoso enquanto sento-me no beliche inspirando profundamente para recuperar a calma. Eu não tinha entendido simplesmente nada daquilo. Já tinha tido sonhos vívidos como aquele... Sonhos que ficam na mente, cujas sensações permanecem vivas no corpo mesmo após acordar, e desde que me descobri um semideus percebi que este sonhos nunca são somente... Bem, sonhos.

Distraido, vejo o cartão postal, até processar do que se tratava. Um cartão postal de... Malibu?

Salto do beliche e pego o papel, estudando seus versos e vendo se há mais alguma coisa escrita. O som dos animais gritando ainda estava fresco em minha mente. Será que algo vai acontecer? Se sim, por que o sonho veio a mim, e não a um filho de Apolo, sei lá? Talvez eu devesse passar no chalé dos filhos do deus dos sonos. Como era mesmo o nome dele? Hipmo? Não... não, Hipnos. Sim, como Hipnose, lembro. Talvez...

Se não houver nenhuma dica no cartão eu vou para o banheiro. Tomo um banho pra terminar de despertar o corpo enquanto deixo a agua gelada correr da cabeça aos pés. E depois de me vestir eu saio do chalé desviando dos guris que corriam, levando comigo meus equipamentos e indo em direção ao chalé dos filhos do Sono. Vou andando e olhando, porém, na direção das lojas do Acampamento, onde o sonho ocorrera. Talvez... Talvez eu devesse começar por lá. É, talvez sim. Desvio do chalé de Hipnos e vou em direção às lojas.

Equipamentos:

Cada vez mais eu me sentia perdido ali. Eu não era muito inteligente, veja bem (mentira eu tenho gloriosos 80 de INT), sempre fui uma pessoa simples, vivendo uma vida simples... Até o dia que me descobri semideus. Parece que vou ter de começar a pensar cada vez mais, não é? comento mentalmente comigo mesmo.

Andando pelo Acampamento enquanto refletia sobre essas coisas, eu observava os demais semideuses, sem conseguir deixar de sorrir vez ou outra. Que lugar incrível. E pensar que filhos de deuses viveriam assim, juntos, escondidos do mundo em um acampamento, treinando a cada dia para conseguirem a força necessária pra se manterem vivos... Isso era incrível, honestamente. Entre um pensamento e outro a foto do cartão postal cruzou minha mente mais uma vez. Junto a ela o som dos animais fazendo barulho em meio ao caos em meu sonho, e foi como se a imagem e a lembrança do som se completassem em minha cabeça. Sinto um calafrio pelo corpo. Se o que recebi foi uma visão... Talvez seja lá quem me mandou esta visão, tenha também armado o destino para que eu visse aquilo ao acordar. A cada dia eu me convencia mais de que coincidências não existem em um mundo governado por deuses.

Volto pro meu chalé a passos rápidos, buscando pelo meu meio-irmão novamente, o que tinha o cartão.

- Ei! Este lugar... Onde fica mesmo? E... Como faço para chegar até lá?

Talvez fosse uma pergunta estranha e repentina. E talvez minhas suposições fossem fantasiosas e errôneas. Mas no pior cenário eu ao menos conheceria um lugar novo. Eu estava pela primeira vez nos EUA... Na verdade eu estava pela primeira vez fora do Hawaii,e honestamente mal sabia sobre como funcionava o mundo. Tinha passado a vida preso em uma ilha no meio do nada, afinal, e a ideia de sair pelo mundo explorando-o me era fascinante e amedrontadora. Mas... fazer o que.

Los Angeles... Obviamente, eu nao sabia onde ficava e nao sabia como chegar la. Coço a cabeça.

- Voce poderia me mostrar isso em um mapa? - peço.

Caso ele mostre eu xonstato que o lugsr fica proximo a san francisco, onde eu ja sabia que havia o acampamento romano.

- Obrigado cara! - entao saio correndo para a casa branca onde bato na porta e me posicjono nervosamente na frente esperando ser atendido por alguem.

- O-oh! - Exclamo, pego de surpresa, lembrando-me de minha própria mãe - Claro, cara. Vai ser uma honra.

Aceno pra ele feliz de poder retribuir tão rapidamente o favor que ele estava fazendo ao me ajudar.

Aguardo que ele me entregue o que quer que queria que eu levasse e então agradeço-o novamente pela ajuda.

- Prometo que vou entregar sua carta, cara. E até digo à sua mãe que você está se comportando.

Arrumo minha mochila então com mais uma poção de vida [Ficando 4 de vida miticas e 3 de energia miticas], e passo no refeitório para juntar algumas frutas como bananas, maçãs, uma sacola de pães e uma garrafa de água mineral, e então sigo para a casa grande.

Eu iria perguntar lá se eu podia sair do acampamento assim, com tanta simplicidade. Eu também tinha uma pergunta um tanto embaraçosa para fazer, na verdade... Eu tinha houvido boatos de que havua uma espécie de portal entre o Acampamento Grego e a Cidade onde os romanos viviam. Eu ainda não entendia a diferença entre nós mas, bem, a ideia de viver em um acampamento me parecia mais dahora do que uma cidade.

Sendo assim, pergunto se poderia atravessar o portal livremente e se poderia seguir com minha missão livremente, ous e havia algum protocolo como assinar um atestado de comprometimento coma propria vida Já que muitos que saiam, pelo visto, não voltavam.

- e-entendo... Eu posso ir e tentar explicar a eles a situação lá, ou há algum... Algum documento que eu tenha de pedir a alguém? E... É só tipo... Andar através dele? E eu já estou lá? - pergunto esta parte um pouco impressionado com a possibilidade

Tento ir atrás do que ele disser ser o mais sensato. O carinha tinha olhos cinzentos e sérios que me pareciam inteligentes e confiáveis, então decido abusar um pouco mais da boa vontade dele em responder minhas perguntas. Eu estava me sentindo mais à vontade ali do que esperava. Apesar de eu estar trajando um quimono e ter três espadas embainhadas na cintura, ninguém parecia estranhar. Visto que a maioria vestia armaduras e levava lanças, arcos e espadas por todo o corpo... Eu estava perfeitamente trajado.

Se ele disser quue preciso de algum documento ou coisa do tipo, busco conseguí-lo na casa grande ou no chalé, com meu conselheiro.

Se ele disser que não há necessidade de tal documento então eu apenas vou em direção ao portal engolindo em seco e atravesso-o fascinado.