Heróis do Olimpo RPG - Logo
Herois do Olimpo RPG

Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


Você não está conectado. Conecte-se ou registre-se

Ir à página : 1, 2  Seguinte

Ver o tópico anterior Ver o tópico seguinte Ir para baixo  Mensagem [Página 1 de 2]

[MVP] Teste de Reclamação -  Maxine Blanchard Empty [MVP] Teste de Reclamação - Maxine Blanchard

por Deméter 19/12/23, 12:50 am

Deméter

Deméter
Deusa Olimpiana
Deusa Olimpiana
A garota, recém chegada ao acampamento meio-sangue, estava deslumbrada com sua chegada ao acampamento. Sempre muito curiosa e de talento para os jogos de estratégia, em especial o xadrez, a Maxine desconfiava de sua ancestralidade. Sendo assim a garota, determinada, vai até a arena e pede a Atena uma chance de provar o seu valor e ser reclamada como sua filha.

De repente a garota é interrompida de seus pensamentos profundos por uma luz de brilho intenso que surgiu no meio da arena. Tal luz então tomou a forma de uma coruja, o símbolo de Atena, e abriu suas asas, mandando uma lufada de vento em direção a garota e disse:

-Pois bem garota, veremos se tens o que é preciso.

Então após um tremor, 10 efigies surgiram dos chão de terra batida da arena, formando um círculo de 10 metros de diâmetro ao redor da novata. Ela olha ao seu redor absorvendo toda aquela informação e percebe as efigies humanas, de aproximadamente 3 metros, portando respectivamente: uma espada, uma lança, uma adaga, um arco, um bastão, um chicote, um machado, uma soqueira, um par de tonfas e por fim um escudo. Uma espécie de altar surgiu a sua frente com os mesmos itens segurados pelas estátuas.

---

Boa sorte

#1

[MVP] Teste de Reclamação -  Maxine Blanchard Empty Re: [MVP] Teste de Reclamação - Maxine Blanchard

por Maxine Blanchard 14/01/24, 01:22 pm

Maxine Blanchard

Maxine Blanchard
OFF:

[MVP] Teste de Reclamação -  Maxine Blanchard Ca63179026fec115ec115463132041b27ed785d2[MVP] Teste de Reclamação -  Maxine Blanchard 27e294a54a9985dcec2342ca2a55b7c4f6310d71[MVP] Teste de Reclamação -  Maxine Blanchard 0801ca93804f03a8e325bf2060f941b5abe19214

A garota definitivamente não esperava uma resposta tão imediata. A aparição da coruja com seu resplendor quase a fez cair de joelhos, não por adoração e sim pelo espanto que enfraqueceu suas pernas momentaneamente. Em toda a sua vida buscou a razão em primeiro lugar, buscou a ciência e acreditou que não haviam deuses, mesmo sendo criada para acreditar no cristianismo. Não conseguia conceber a noção de que alguém lá fora se importasse e sua maior companhia eram os livros proibidos que pertenciam a um zelador que lhe apresentou a filosofia. Foi através dos escritos dos antigos gregos que soube sobre esse panteão, que para ela eram apenas símbolos de um povo que buscava explicações para os fenômenos naturais e que era algo que deveria ser suplantado pela razão e pela lógica.

Agora estava sem chão. Onde estavam a razão e a lógica nesse mundo? Quais eram as regras? Tudo era novo, então como uma recém-nascida, Maxine se via vulnerável e ignorante a respeito do mundo à sua volta. Ao menos podia saber que não era mais uma órfã, tinha um pai ou uma mãe do outro lado e ela sentia em seu íntimo o cordão umbilical que a ligava a Atena, sentia que por mais que seu mundo antigo estivesse estilhaçado, agora muitas peças começavam a se encaixar. O fato de sempre ter se sentido deslocada, de não conseguir se aproximar das outras garotas ou manter uma conversa sem ficar extremamente entediada ou fazer sua ouvinte acabar se irritando com ela, sem falar as várias punições que recebia semanalmente por sempre ir contra o que tentavam lhe ensinar.

As efígies de aparência humana se erguiam portando armas e Maxine sentiu seu coração disparar, a adrenalina correndo em suas veias. A potente voz ainda soava em sua mente: "Veremos se tens o que é preciso." era essa a voz de Atena? Apesar da curiosidade, essa não podia ser sua maior preocupação no momento e sim o altar à sua frente, com as mesmas armas que as efígies. Apesar de crescer treinando sua mente, o orfanato de Maxine desencorajava fortemente que as meninas tivessem acesso a qualquer tipo de treinamento marcial, então por mais que sentisse o impulso de lutar, a garota nunca teve acesso a uma arma antes, então encarava o altar com cenho franzido, mordendo a ponta do polegar por alguns segundos, completamente focada.

A sensação era semelhante a de uma partida de xadrez, onde ela começou com as peças pretas e tinha acabado de ver o lance de abertura das brancas. Como no xadrez, a abertura das brancas é sempre um ataque, enquanto as pretas realizam uma defesa e foi o que ela instintivamente pensou ao se sentir atraída pelo escudo, como se ele se destacasse em sua visão das demais armas. Saindo de sua paralisia momentânea e voltando ao momento, a jovem caminhou então sem desviar o olhar de seu objetivo, recolhendo o escudo e equipando-o com mais naturalidade do que esperava.

C'est mon choix. - disse em sua língua materna quase em um sussurro mais para si mesma do que para qualquer outro ouvinte. Foi como sentir o ar em seus pulmões pela primeira vez, já que por toda a sua vida seu destino esteve nas mãos de terceiros, exceto quando estava em seus jogos.

Como uma recém-nascida, o brilho do escudo refletia contra seus olhos repentinamente marejados. Não sabia se estava tomando a melhor decisão, mas sabia que estava tomando uma decisão e ninguém poderia lhe tirar o peso dessa responsabilidade, tampouco a liberdade que ela trazia.

Sim, é a minha escolha. - sua voz tremulou levemente quando repetiu dessa vez mais alto e ela pigarreou tomando uma postura mais firme, limpando com a manga do suéter a sua visão e apertou a mandíbula olhando para as figuras. Haveria uma luta? Ela contra todos eles? Não queria pensar nisso, mas como em toda partida de xadrez era preciso tentar antecipar os movimentos do adversário e suas possibilidades. Isso poderia dar muito certo ou muito errado, mas com certeza não passaria despercebido.

Sim, ela podia viver com isso, podia morrer tranquilamente com isso.

#2

Deméter

Deméter
Deusa Olimpiana
Deusa Olimpiana
Maxine ao se deparar com toda a situação de se desenrolou bem na frente dos seus olhos, começara a questionar tudo aquilo ao seu redor. Nunca acreditou em deuses e os enxergava apenas como símbolos gravados na história. Alegorias que os antigos usavam para creditar os acontecimentos inexplicáveis a forças ainda mais inexplicáveis. Seres poderosos e imortais, alguns estoico e resolutos, outros mesquinhos e traiçoeiros. Havia lido muito sobre o panteão grego dos deuses, mas se deparar com a presença de um era simplesmente inacreditável.

A garota teve seu chamado atendido, Atena enviou um arauto para testar o valor da garota colocando-a em uma situação peculiar. Maxine avalia as efígies e as ferramentas que portavam, bem como as mesmas ferramentas dispostas para ela como se tivesse que escolher entre as opções. Ela não tinha certeza do que fazer, mas instintivamente pega o escudo em mão e o veste em seu braço. Ao fazê-lo a efígie que portava o escudo parece se mexer assumindo uma pose defensiva, demonstrando o movimento de guarda perfeito para a ferramenta. A garota observou a ação graciosa da estátua e não pode deixar de admira-la e de ficar surpresa. Parece que essa última sensação seria recorrente nesse novo mundo a ser explorado, um mundo onde a magia é tão comum quanto respirar.

Maxine apesar de aturdida com a cena, percebe instintivamente que aquilo era apenas o primeiro passo. O restante das efígies permaneciam imóveis e, apesar de não possuírem rostos, a garota se sentia observada o tempo todo.

#3

[MVP] Teste de Reclamação -  Maxine Blanchard Empty Re: [MVP] Teste de Reclamação - Maxine Blanchard

por Maxine Blanchard 15/01/24, 05:40 pm

Maxine Blanchard

Maxine Blanchard
[MVP] Teste de Reclamação -  Maxine Blanchard 4b044e6fc778c6d7c17e6a3c5bd91e59a2db0a8a[MVP] Teste de Reclamação -  Maxine Blanchard Ea7103d90d525a3ad4a5f9932d1a84fb48c097fc[MVP] Teste de Reclamação -  Maxine Blanchard 6c7928237cdf9438e03f198d90b80d0ed572fa50

A garota assistiu ao movimento da efígie e não podia esconder o olhar de curiosidade e admiração que vinham logo depois da surpresa que fez seus olhos piscarem rapidamente. Aquela era uma postura imponente e poderosa, e ainda que a figura não tivesse em mãos uma arma ofensiva, Maxine sentiu um quê de desafio, de audácia que não era esperado pela inexperiente jovem. Ela deixou seu olhar deslizar pelas demais representações ali presentes que permaneciam imóveis, mas apesar da falta de olhos, sentia como se cada movimento que fazia fosse altamente vigiado e apesar disso não ser inesperado devido ao seu conhecimento prévio sobre Atena (ao menos o que ela achava que conhecia até o dado momento) sentiu o coração martelar contra o peito e percebeu sua respiração acelerada.

Nada mais estava acontecendo, isso não estava em seus planos e a sensação de estar em um ponto cego estava prestes a lhe causar uma crise de ansiedade. Maxine podia ter apenas 16 anos, mas já tinha uma definição bastante precisa das coisas que amava ou odiava e nessa segunda em primeiro lugar estava a sensação de estar diante de algo que não conseguia compreender, por estranho que isso pudesse parecer já que sempre nos deparamos com momentos assim, para a garota tais eventos eram algo que perturbavam profundamente, ao ponto de lhe tirar o sono e por isso muitas vezes era pega (muitas vezes denunciada pelas próprias colegas que acabavam se incomodando com o comportamento da garota) no orfanato tentando resolver enigmas durante a madrugada, profundamente focada e se era impedida, a sensação de frustração era quase impossível de explicar.

Estava diante de um desses momentos agora e percebia todos os seus sentidos voltados para o momento e para o desafio que enfrentava.

Então quando estava mais tensa sentiu uma brisa suave, ou ao menos imaginou - nunca soube dizer - que soou em seu ouvido como um sussurro: "Relaxe...". Esse  sussurro se parecia com o que ouvia às vezes, pequenas frases pontuais. Nunca disse a ninguém sobre isso, já era ruim o suficiente estar em um orfanato, não precisava ser transferida para um hospital psiquiátrico. Ninguém acreditaria que o vento soprava coisas nos seus ouvidos quando estava extremamente nervosa, triste, com medo ou furiosa. Chegou a aceitar que talvez fosse sintomas de uma mente psicótica em formação, mas naquele momento... O sussurro veio para lembrá-la do que estava fazendo ali.

Ela precisava provar seu valor antes de tudo e era de Atena que estava recebendo o desafio. Maxine olhou à sua volta para as efígies em posições neutras exceto a do escudo e respirou fundo algumas vezes, regulando aos poucos seu ritmo cardíaco embora ainda sentisse uma gota de suor escorrer pela sua têmpora. Os grandes olhos avelã fitavam as figuras avaliando-as até retornar para a que portava o escudo. Lembrou novamente do seu jogo favorito e de como na abertura era possível jogar de modo espelhado, ao menos durante um tempo. Isso significava as pretas replicarem o movimento das brancas, dependendo da abertura esse não era um bom modo de reação, mas a jovem estava apenas trabalhando em suas alegorias, no tabuleiro que se estendia em sua mente, com as peças formando um círculo à sua volta.

Em silêncio ela acenou com a cabeça delicadamente em respeito na direção de cada efígie. Era um gesto simbólico que ela sabia que seria compreendido por quem a testava. Voltou sua atenção à figura com o escudo e se curvou um pouco mais, então seus olhos escanearam a imagem dos pés à cabeça conforme ela buscava replicar cada movimento afim de tomar para si um pouco da graciosidade que estava à sua frente e então ela caminhou cautelosamente em volta do altar que estava no centro juntamente dela, usando-o como ponto principal de referência enquanto mostrava o escudo para cada efígie.

Enquanto fazia isso sentia como se fosse o ponteiro de um relógio, suas costas sempre viradas para o altar e o escudo à mostra posicionado como havia acabado de copiar. Terminando de fazer a volta ela retornou ao mesmo lugar onde estava, mas virou as costas para o altar e ficou de frente para a figura humana com o escudo. Respirou fundo sentindo-se muito mais confiante e a firmeza em sua postura mimética acabou refletindo em sua voz que em tom de orgulho envolvido em seu forte sotaque francês disse:

Empunho este escudo porque acredito que a defesa seja a melhor forma de ataque e porque com todo o respeito, nenhuma das armas neste altar pode ser mais afiada que a minha mente.

#4

Deméter

Deméter
Deusa Olimpiana
Deusa Olimpiana
A garota estava compenetrada em sua mente, avaliando a situação e revivendo algumas memórias de um passado não tão distante. Perguntas se passaram na cabeça da garota e possibilidades corriam os seus pensamentos. Ela decide então reproduzir o movimento com o escudo, exatamente como a efígie que o portava fez. No entanto a dúvida se estava fazendo a coisa certa paira em sua mente conforme não obtém qualquer tipo de respostas das estátuas a medida que replica o movimento com o escudo.

Suas dúvidas e preocupações são sanadas no momento em que ela replica o movimento em frente a efígie do escudo. Essa então começou um segundo movimento. Num movimento amplo e gracioso a estátua abre o braço que segurava o escudo, como quem desferisse um golpe com as costas da mão seguido por um segundo movimento, dessa vez visivelmente mais agressivo. Emendando o primeiro movimento numa breve investida a estatua desferiu um golpe reto e simples com o escudo como se desferisse um soco direto. Após finalizar o belo movimento, Maxine percebe que aquilo foi feito de forma que não desperdiçasse energia com movimentos desnecessários, um movimento preciso e de intenções claras.

#5

[MVP] Teste de Reclamação -  Maxine Blanchard Empty Re: [MVP] Teste de Reclamação - Maxine Blanchard

por Maxine Blanchard 16/01/24, 03:55 pm

Maxine Blanchard

Maxine Blanchard
[MVP] Teste de Reclamação -  Maxine Blanchard 60dba69f736f0b4efe25efe5aa3a4692ca7defe3[MVP] Teste de Reclamação -  Maxine Blanchard B63f40d73c87813046ff56181816be4ec58e2210[MVP] Teste de Reclamação -  Maxine Blanchard 9cba6006bac02e255ecbcf9f07b1cfbcab65d8e1

Maxine arfou com o movimento de seu corpo para trás rapidamente procurando manter sua posição. Tomou um breve susto ao ver a resposta da figura à sua frente. Não podia se culpar pois apesar da sua coragem acima da média, não podia esquecer o quão nova era a situação em que se encontrava e o quanto isso a fazia ficar na ponta dos pés - quase literalmente.

Sua visão parecia formar uma moldura em volta da efígie, enfatizando o foco da garota que podia ser visto refletido em seus olhos que quase não piscavam, capturando como câmeras cada movimento da estátua humanoide. Apesar de ter plena noção de espaço e tempo - afinal sabia bem a velocidade em que a efígie se moveu - sua percepção mais profunda transformou aquela cena em um recorte em câmera lenta como um vídeo que era capaz de retroceder e reproduzir quantas vezes fossem necessárias.

Maxine não costumava dançar. O orfanato estimulava esse tipo de atividade entre as internas, mas a jovem não costumava participar mesmo sob o olhar de reprovação de irmã Louise, uma das freiras mais velhas do local. Eram movimentos baseados no ballet clássico francês, passando por Mozart e terminando em Tchaikovsky. Não podiam forçá-la a dançar, então ela ficava à sombra de uma grande oliveira que era bem mais velha que a própria irmã Louise e estava ali desde a fundação do orfanato, tendo facilmente portanto muito mais de 300 anos, uma árvore tão emblemática que constava no brasão do orfanato.

Com um livro no colo Maxine disfarçadamente assistia aos passos de dança de suas colegas, algumas tinham mais facilidade enquanto outras pareciam rígidas como se suas juntas fossem enferrujadas, haviam também as que eram pura brutalidade e pouquíssima graciosidade. Estas costumavam ajudar as mais graciosas ao dançar em pares. A jovem não queria dançar com elas, sabia que não era bem quista por grande parte das colegas, quase todo mundo tinha alguma queixa a fazer sobre a jovem e as poucas que tentavam se aproximar acabavam dando de cara com uma muralha quase intransponível.

Tantos anos e quase ninguém chegou do outro lado. Quase ninguém, mas havia uma pessoa, pessoa esta que roubava completamente a atenção de Maxine diante de toda a música e dança, quer estivessem ensaiando ao ar livre, quer no salão aos fundos, reservado para eventos raríssimos e para o treinamento durante o inverno ou quando chovia. Não importava o clima ou local, diante dos olhos de Maxine os movimentos de Cosette irradiavam uma luz própria hipnotizante que nem mesmo a garota mais reservada e voltada para si era capaz de ignorar.

Ela tinha algo diferente.

***

Maxine piscou rapidamente, o filme em sua cabeça parecia ter saído do controle levando seus pensamentos a lugares onde não planejava ir, mas sempre foi dessa forma. Sua mente seguia o fluxo do vento e ela sempre precisava se puxar de volta ao presente. A memória dos movimentos graciosos de Cosette, seus cabelos esvoaçantes, o cheiro fresco de rosas... A jovem estava agora nesse contexto ao ver a efígie lhe aguardar pacientemente.

Fechou os olhos e respirou fundo trazendo-se de volta com mais força ao presente, revendo o pequeno vídeo mental que retratava os movimentos, como se suas pálpebras fossem uma tela e seus olhos um projetor, movendo-se de um lado ao outro como durante um sonho intenso até que por fim ela abriu seus olhos. Estava pronta.

Amplitude e graça, a música estava ao longe auxiliando a jovem com o ritmo. Repetiu com foco e diligência tudo o que a estátua havia mostrado e o fez com tanta confiança que não parecia ter acabado de aprender, na verdade a sensação se assemelhava a de voltar a andar de bicicleta depois de muitos anos, como se isso fosse algo latente que ela apenas estivesse lembrando. Era uma sensação estranha, mas não desagradável. Uma nostalgia de coisas que nunca viveu, como podia sentir saudades de uma sensação que nunca teve?

Muitas perguntas, mas sempre foi assim e Maxine estava acostumada ao silêncio no lado de fora da sua cabeça então apenas continuou até finalizar, mantendo a postura igual a da estátua.

#6

Deméter

Deméter
Deusa Olimpiana
Deusa Olimpiana
Maxine estava inebriada por toda aquela situação que fazia sua mente se perder entre memórias não muito distantes. Lembrava-se de uma colega do orfanato, sua dança graciosa, os movimentos da efígie a levaram para lá. A sensação era a mesma mas de alguma forma... nova. Ao performar os mesmos movimentos ela sente seu corpo ansiar por mais, como se algo que estivesse adormecido dentro dela despertasse repentinamente, faminto por mais. Mesmo tendo certeza de que era a primeira vez que executava tais movimentos, cada músculo contraído, cada junta que se dobrava, inundava a garota com uma estranha nostalgia. Alguns chamariam de deja vu, mas Maxine sabia melhor do que ninguém o que aquilo podia significar. Ela sabia, mas não tinha as palavras para explicar o fenômeno.

Quando enfim finalizou o movimento, a efígie se endireitou e, com a cabeça sem face, fitou Maxine como quem olhasse diretamente em sua alma. Num sinal de aprovação a estátua faz uma reverência para a garota, e se desfaz em uma poeira pálida que fora levada pelo vento. Sem entender exatamente o porquê, a garota sentia um onda de orgulho chocando-se contra ela. Não por ter concluído, em partes, aquele enigma, mas por ter executado movimentos tão belos e graciosos quanto da garota que ela admirava enquanto morava no orfanato.

Maxine então percebe que por mais que o melhor ataque fosse uma boa defesa, era improvável que poderia resumir seu futuro apenas a um escudo. Ela observa todas aquela efígies bem como o que elas portavam, teria de fazer uma escolha. A dúvida com pontadas de insegurança tomam conta da mente dela sem saber o que de fato escolher, teria alguma opção dentre aquelas que fosse a correta?

#7

[MVP] Teste de Reclamação -  Maxine Blanchard Empty Re: [MVP] Teste de Reclamação - Maxine Blanchard

por Maxine Blanchard 20/01/24, 04:27 pm

Maxine Blanchard

Maxine Blanchard
[MVP] Teste de Reclamação -  Maxine Blanchard 60dba69f736f0b4efe25efe5aa3a4692ca7defe3[MVP] Teste de Reclamação -  Maxine Blanchard B63f40d73c87813046ff56181816be4ec58e2210[MVP] Teste de Reclamação -  Maxine Blanchard 9cba6006bac02e255ecbcf9f07b1cfbcab65d8e1

A única reação da garota diante do gesto da efígie antes da mesma desaparecer. Ainda podia sentir os pelos de sua nuca arrepiados com a sensação do olhar penetrante de uma face sem olhos. Era uma sensação difícil de descrever, já que era completamente nova. Percebeu então que algo lhe dizia que precisava retornar sua atenção para o altar com as armas e escolher uma delas. Entendeu por fim que tudo aquilo parecia ser mais que um jogo de metáforas e relaxou o braço com o escudo enquanto encarava as armas à sua frente esperando alguma que chamasse sua atenção.

Maxine não era uma pessoa violenta, pelo menos não fisicamente. Ao bullying respondia demonstrando seu profundo desprezo ou com respostas ácidas, mas nunca com força bruta, não que fosse uma pacifista ou tivesse medo e sim porque sentia que não devia usar a força com aquelas garotas. Sentia que não seria uma briga justa e alguém poderia se machucar de verdade - alguém que não seria ela.

Era como se carregasse em si um grilo falante como em Pinóquio, que agia sendo sua consciência. Sua intuição dizia para ser prudente, para planejar suas ações e evitar ao máximo fazer coisas que não fossem dignas da imagem que ela tinha de si mesma e da pessoa que queria se tornar um dia. Alguém que não desperdiça sua força em seres que não são dignos de sua atenção porque sequer podem realmente lhe ferir. Aquelas garotas nunca a machucaram. Na verdade Maxine não sabia, mas o maior motivo dessas valentonas nunca terem se aproximado de forma fisicamente agressiva era a sensação de falta de ar que tinham ao tentarem olhar fixamente nos olhos da jovem. A sensação de que carregava com ela uma barreira intransponível, que nunca estava realmente sozinha. e alguns boatos até especulavam que a jovem tinha fantasmas como companhia, pois o vento agia estranho ao redor dela. Que poderia ter sido abandonada por uma bruxa.

As histórias que se espalhavam pelo orfanato faziam com que Maxine soubesse bem a sensação de ter as pessoas a no mínimo um braço de distância. A ponta da lança brilhou com a luz alaranjada das chamas como se estivesse sondando seus pensamentos, esperando a hora certa para se comunicar.

A semideusa então sentiu uma pontada indolor em sua mente, uma pontada metafórica carregada de certeza. Aproximou-se das armas, o escudo em seu braço direito e a mão esquerda tomando a lança tomando um susto com o quão leve ela era comparada ao que imaginava e como ela de imediato parecia ser uma extensão do seu braço esquerdo, sua mão estava firme e apesar de tentar manter a postura, Maxine não conseguiu disfarçar os olhos arregalados e queixo caído enquanto admirava a lança.

Levou alguns segundos ainda estupefata até lembrar do que estava fazendo e então respeitosamente repetiu o que havia feito com o escudo passando pelas estátuas dessa vez com a lança à mostra e um sinal de respeito até parar em frente à efígie que empunhava uma réplica dessa arma. Um lampejo de memória trouxe a imagem de Atena empunhando um escudo e uma lança, tentou não se distrair com o pensamento e focou na efígie prestando um gesto de respeito enquanto mostrava sua escolha em silêncio, a essa altura deixando seus pensamentos falarem por ela.

#8

Deméter

Deméter
Deusa Olimpiana
Deusa Olimpiana
A garota sente uma atração inexplicável a lança disposta em sua frente, como se a arma chamasse sua alma e implorasse ser empunhada pela garota. Sem hesitar ela pega então a lança em mãos sentindo que ela lhe servia como uma luva tecida sob medida. As ferramentas que Maxine empunhava agora eram extensões de seu próprio corpo, e sentia uma estranha confiança com o par de equipamentos em mãos.

Ela então segue fazendo um movimento respeitoso para as efígies e quando fez o movimento frente àquela que empunhava uma lança tal qual como a sua, todas as outras estátuas, o altar, e todos os outros equipamentos sumiram da vista da garota. Maxine tremeu com a súbita mudança de atmosfera e seus instintos lhe indicavam um perigo eminente. A estátua então brande sua lança contra a garota que, ao replicar o movimento com o escudo, conseguiu defletir habilmente o golpe que lhe fora desferido.

Ela instintivamente recua analisando a situação e a conclusão era óbvia: um teste de combate. A efígie então assumindo uma posição ofensiva novamente investe contra a garota visando desferir uma estocada contra o peito da garota.

#9

[MVP] Teste de Reclamação -  Maxine Blanchard Empty Re: [MVP] Teste de Reclamação - Maxine Blanchard

por Maxine Blanchard 22/01/24, 03:48 pm

Maxine Blanchard

Maxine Blanchard
[MVP] Teste de Reclamação -  Maxine Blanchard 60dba69f736f0b4efe25efe5aa3a4692ca7defe3[MVP] Teste de Reclamação -  Maxine Blanchard B63f40d73c87813046ff56181816be4ec58e2210[MVP] Teste de Reclamação -  Maxine Blanchard 9cba6006bac02e255ecbcf9f07b1cfbcab65d8e1

O desaparecimento repentino de todas as estátuas surpreendeu Maxine, mas o movimento agressivo daquela à sua frente pegou a garota de surpresa, mas o mais surpreendente em tudo isso foi o quão natural e instantânea foi sua reação, como seu seu braço direito tivesse se movido por conta própria ao trazer o escudo para a defesa do golpe inicial. Um teste de combate, parece que ela no fim das contas não tinha como fugir desse momento que vinha em sua direção como um míssil teleguiado sem chance de escapatória. Pelo visto sua mãe queria vê-la em ação e bem, se era o que ela queria...

Um sorriso escorregou no canto dos lábios da jovem que encarava a estátua com determinação. Apesar de nunca ter lutado antes, cada osso e cada músculo do seu corpo lhe diziam que aquilo era quem ela realmente era. A habilidade de uma guerreira estava em seu DNA, sua mente já trabalhava analisando a figura que se movia em sua direção enquanto ela recuava. Olhou para a ponta da lança e soube imediatamente o que fazer, ao ver o ataque contra seu peito.

Diferentemente dela, a estátua não estava portando um escudo... Parecia não se importar muito com a defesa, como se fosse a personificação da arma que empunhava contra ela. O golpe vinha em câmera lenta aos olhos atentos de Maxine que percebia a oportunidade. Sabia que a estátua investiria em um movimento contínuo e como pensou desde o início, aquele que ataca está ao mesmo tempo deixando uma abertura vulnerável.

O corpo da jovem parecia mais ágil conforme se tornava consciente dele. A semideusa respondeu ao ataque utilizando seu escudo para defletir a investida sem muito esforço, usando a força da efígie contra ela ao permitir que deslizasse pelo escudo enquanto se abaixava preparando um contra-ataque. Mirou o que seria o joelho direito da figura como uma serpente dando o bote, com a finalidade de causar desequilíbrio facilitando o rumo do combate a seu favor.

#10

Conteúdo patrocinado


#11

Ver o tópico anterior Ver o tópico seguinte Ir para o topo  Mensagem [Página 1 de 2]

Ir à página : 1, 2  Seguinte

Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos