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por Quíron 10/12/11, 12:07 am

Quíron

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Coordenador do Acampamento
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| Ignis et Aer, Draco Aspicere |
Fogo e Ar: Uma Análise sobre Dragões.


"Numquam coepit. Numquam deditionem. Numquam dubitavit. Id modo Draconis."
"Nunca recuar. Nunca render-se. Nunca hesitar. Este é o modo do Dragão."

Drako, Domador de Dragões, Filho de Zeus





    | Capítulo I |Through The Fires and Flames - Yantar, o Dragão do Fogo



"Eu estava lá quando nasceu o primeiro dragão vermelho. Ele emanava uma aura cálida, que tornava-se quente a ponto de queimar quem o tocasse caso estivesse nervoso. "Yantar", disse eu, em voz baixa, e o pequeno dragão rubro parece ter ouvido. Sugeri o nome ao conde, mas ele parecia mais contente por chamá-lo apenas de "Dragão"."

Nível 1 - Aura Flamejante [Inicial] : Quem se aproximar muito do dragão, sentirá sua aura quente. Poderá causar pequenos danos se o dragão estiver muito zangado.


"Deram-me Yantar - eu já o chamava assim, soava melhor do que "Dragão" - para que eu o treinasse. Eu alertei o conde de que não seria fácil, além de levar muito tempo, mas Vlad Tepes insistiu. Levei Yantar comigo e dei início ao treinamento. Ele ainda era um bebê, devia ter menos de um metro de altura, mas precisava aprender a se defender. Comecei a machucá-lo com pedras. Inicialmente, sua reação foi chorar, mas depois começou a se zangar. Sua aura se intensificou até que ele se incendiou por completo, torrando a última pedra que eu lancei até reduzi-la a pó. Depois disso, ele parecia confuso e cansado."


Nível 1 - Proteção Flamejante [Inicial] : Aumenta a aura flamejante até se incendiar um pouco, como uma forma de proteger o dragão de alguns danos, além de ferir aqueles que o tocarem. O uso da habilidade requer 40 pontos de energia. As habilidades de Proteção Flamejante entrarão em espera durante 2 turnos.


"Continuei treinando-o. Ele precisava aprender a controlar suas habilidades. Era uma sorte ele poder me entender por Telepatia, não achei que fosse se apegar a mim por causa do treinamento. Yantar tinha agora pouco mais de 1 metro e meio, estava crescendo rapidamente. Curioso para saber o que doía às suas costas, Yantar me pediu para mostrar-lhe, e eu mostrei. Mandei que virasse de costas e se concentrasse em mim. Em pouco tempo, eu estava olhando para Yantar e para o céu ao mesmo tempo, distinguindo as duas imagens com perfeição. Yantar, de repente, saiu correndo tão rápido como nunca antes na vida, gritando desesperadamente em meu pensamento que ele estava com fraturas expostas nas costas. Ele correu até bater contra uma árvore e cair tonto no chão. A árvore também caiu."


Nível 1 - Telepatia : Dragão e dono possuem um elo de ligação que os permite comunicarem-se perfeitamente por telepatia.

Nível 1 - Skulblakas ven : O dono do dragão poderá compartilhar da visão de seu mascote, e vice-versa, por 5 turnos ou até que seja desativada. O uso da habilidade requer 10 pontos de energia (dragão e dono) por cada turno ativada. A habilidade entrará em espera durante 2 turnos.

Nível 2 - Armadura de Ossos [Inicial] : Os ossos do dragão começam a desenvolver-se, crescendo até saírem do corpo para formar pequenos chifres, dentes e espinhos ao longo da coluna, porém pouco afiados, quase não causarão dano por enquanto.

Nível 2 - Força Draconiana [Inicial] : Trata-se de um modo em que o dragão aumenta sua força, velocidade e resistência, por um turno. O uso da habilidade requer 40 pontos de energia. A habilidade entrará em espera durante 2 turnos.


"Yantar já estava maior, achei que era hora de ensiná-lo alguns novos truques. Apontei a ele um boneco de palha, a 3 metros dele, e ordenei a ele que o deixasse em chamas. Ele ficou confuso, não sabia como ele poderia fazer aquilo. Pouco tempo depois, percebi que ele só descobriria seus poderes sob necessidade. Arranjei um pássaro de estinfália para atacá-lo. Sim, eu sei, foi um tanto cruel da minha parte, mas a pele rubra de Yantar agora era mais grossa e resistente. O proibi de usar sua proteção flamejante, mas ele me desobedeceu. Sua aura queimou o pássaro um pouco, fazendo-o se afastar, mas a raiva de Yantar não podia mais ser contida. Seus olhos em forma de fenda brilhavam, pareciam mover-se como pequenas labaredas. Uma inspirada e Yantar conseguiu criar uma bola de fogo, com a qual explodiu o pássaro de estinfália."


Nível 3 - Rajada de Fogo [Inicial] : Uma pequena bola de fogo é lançada da boca do dragão, não tão quente e nem capaz de causar grandes danos. O uso da habilidade requer 50 pontos de energia. As habilidades Rajada de Fogo e Infernus entrarão em espera durante 1 turno.


Nível 3 - Couraça [Inicial] : A escama do dragão fica mais dura e resistente, diminuindo os danos sofridos e dificultando a penetração dos golpes.


"Yantar cresceu rapidamente, em poucos meses já tinha aproximadamente o meu tamanho, sendo ele muito mais pesado. Suas asas agora eram maiores, e eu sentia que ele estava pronto para voar. Mas ele não sentia o mesmo, estava inseguro. Eu não sou conhecido por ser muito paciente, então subi até o alto de uma edificação, devia ter uns 15 metros do chão, e de lá me lancei, Yantar me olhava do chão. Ele entrou em desespero ao ver que eu morreria, e mesmo sem ter asas ainda era mais corajoso do que ele. Eu confiava nele, e estava certo. Pouco tempo depois de me atirar, eu estava no chão, porém não havia caído, eu apareci lá. Olhei satisfeito para cima, onde Yantar batia frenetica e desajeitadamente aquelas asas grandes. Pelo menos estava se saindo melhor do que eu."
 

Nível 4 - Voar : O porte maior e mais musculoso do dragão neste nível permite que ele consiga voar, porém não aguentará carregar cargas muito pesadas.

Nível 4 - Inversão : Ao ativar esta habilidade, dragão e dono invertem suas posições, surgindo um no lugar onde estava o outro, imediatamente. O uso da habilidade requer 80 pontos de energia (dragão e dono). A habilidade entrará em espera durante 5 turnos.


"Naquela mesma semana, Yantar estava treinando normalmente com alguns bonecos de palha. Mandei que ele os incendiasse só na cabeça, precisava ter controle de suas habilidades. Deixei Yantar treinando e fui buscar um alvo diferente para ele, porém, ao voltar, ele incendiara não só a cabeça dos bonecos, como também os bonecos inteiros e uns 4 metros de raio à sua volta. Não consegui encontrá-lo inicialmente, mas logo me dei conta de que ele estava ali, escondido e com medo de receber sua punição. Ele estava em meio ao fogo, quase invisível até mesmo aos meus olhos. Mandei que saísse dali e ele voltou ao normal, desculpando-se pelo acidente. Eu disse que era normal e que por isso estávamos treinando, ele precisava aprender a se controlar mais ainda agora que sua aura se intensificara."

Nível 4 - Aura Flamejante [Intermediário] : A aura de calor se expande, largando pequenas faíscas para machucar alvos que estejam muito perto. A aura pode se intensificar conforme as emoções do Dragão, podendo provocar incêndios ao redor dele em casos MUITO raros.

Nível 4 - Autocombustão : O dragão desaparece em chamas, tornando-se cinzas ou juntando-se ao fogo já existente previamente, passando despercebido aos olhos de todos, exceto os do dono. O uso da habilidade requer 40 pontos de energia + 10 por turno camuflado. A habilidade entrará em espera durante 2 turnos.


"Dei continuidade ao treinamento de Yantar. Conforme treinava, ele crescia, e conforme crescia, seus chifres tomavam uma forma mais ameaçadoramente letal. Yantar finalmente descobriu a utilidade dos ossos que nasciam ao longo de sua coluna. Eles agora eram pontiagudos e afiados. Notei que as criaturas que Yantar caçava não sangravam, apesar dos profundos ferimentos. Em vez disso, as marcas ficavam queimadas, cauterizadas, o que me levava a crer que suas presas deviam causar dolorosas queimaduras."


Nível 5 - Armadura de Ossos [Intermediário] : Os ossos do dragão crescem mais, formando chifres e dentes afiados, bem como os espinhos em parte de sua coluna e também na ponta das asas.


"Não só suas presas ficaram mais perigosas, como também suas escamas tornaram-se de um vermelho mais escuro. Eram muito espessas, de forma que agora Yantar raramente sangrava. Ele já era maior do que eu, devia ter quase três metros ao ficar em pé. Eu sentia que ele estava ganhando grande poder..."

Nível 6 - Couraça [Intermediário] : As escamas se tornam muito rígidas, ignorando flechas e alguns outros golpes, além de diminuir bastante o dano de golpes mais poderosos.


"Yantar continuou a crescer. Quando o inverno chegou, ele chegava facilmente aos 4 metros de altura, talvez mais, eu na verdade nunca o medi exatamente. Transferi o local de treino para uma caverna, agora que a neve atrapalhava Yantar. Apesar de ser grande e forte, Yantar não se dava muito bem com baixas temperaturas. Era uma pena ele se cansar facilmente ao ar livre, agora que estava frio, já que estava voando tão bem. Yantar já conseguia me carregar sem dificuldades durante seus voos, muito mais rápidos e precisos do que há pouco tempo atrás. Ele estava ficando muito poderoso... suas rajadas e golpes causavam leves tremores no interior da caverna, às vezes. Yantar se saiu bem derretendo a primeira rocha com sua rajada, mas o resultado não foi o mesmo quando eu invoquei uma Águia elétrica para dar um pouco mais de emoção. Yantar se atrapalhou e acabou explodindo a pedra com uma grande bola de fogo. A caverna começou a tremer, agora não apenas farelos de rochas começavam a cair do teto, mas quase o teto inteiro. A caverna estava desabando. Corri, ordenando que Yantar acompanhasse. Consegui sair da caverna antes dele. Tudo o que tive tempo de ver foi Yantar andando para fora da caverna enquanto aquela avalanche descia montanha abaixo. Era tarde para avisar, Yantar ficou totalmente soterrado pela neve, bem próximo à entrada. Comecei a escavar tentando salvá-lo, eu sabia como o frio o deixava fraco, mas de repente eu comecei a afundar na neve, como se ela estivesse derretendo, e ela realmente estava. Alguns segundos depois, houve uma pequena explosão de neve para todos os lados, e pude ver Yantar novamente. Seu corpo todo estava encoberto de chamas, que não eram muito grandes, ficavam a 10cm de seu corpo no máximo, mas eram muito intensas. Me lembrou quando ele usou para se defender quando era apenas um bebê, mas agora era diferente, parecia impenetrável. Depois de derreter toda neve ao seu redor, Yantar olhou para mim com os olhos cerrados, então despencou. Mas ele havia apenas desmaiado."


Nível 6 - Rajada de Fogo [Intermediário] : Uma legítima baforada de fogo, capaz de causar danos consideráveis aos alvos, com uma boa área de efeito, alcançando um alvo a até 3 metros. O uso da habilidade requer 120 pontos de energia. As habilidades Rajada de Fogo e Infernus entrarão em espera durante 1 turno.

Nível 6 - Proteção Flamejante [Intermediário] : O dragão é capaz de incendiar-se por completo. Pequenas e intensas chamas o envolvem totalmente, ferindo aqueles que se aproximarem e carbonizando quem o tocar. O calor intenso pode repelir armas metálicas, que mesmo que o atinjam, terão seu dano diminuído. O uso da habilidade requer 90 pontos de energia. As habilidades de Proteção Flamejante entrarão em espera durante 2 turnos.


Nível 7 - Carga : O Dragão agora é forte o bastante para carregar grandes pesos sem fazer muito esforço. Isso inclui o domador, que poderá montá-lo para correr ou voar. Os voos agora, graças à grande força do dragão, são rápidos e precisos, podendo movimentar-se livremente pelos céus.


"Yantar não mais crescia tão rápido quanto antigamente. O inverno se fora e voltou, e ele pouco crescera em comparação a antes. Certamente ele ganhara um porte maior do que antes, mas quem o acompanhou até então esperaria que ele crescesse mais em um ano. Yantar já sabia tudo que eu podia ensinar-lhe, embora eu sentisse que ele ainda tinha mais a aprender. Foi esta a única razão de eu ter dito ao Conde que ainda levaria mais tempo para seu treino se completar. No futuro, eu descobriria que, diferente de como pensava, eu não estava mentindo.
No verão, Yantar aborreceu-se por não ter mais o sucesso que tinha antigamente em suas caçadas. Eu podia compreendê-lo. Não é que ele não estivesse em forma, o problema era que nenhuma criatura ousava aproximar-se quando ele estava por perto, o que não era difícil de saber graças ao intenso calor que ele emanava. Era uma atitude sábia da parte delas, tendo em vista que Yantar carbonizou totalmente sua última presa (um minotauro) com uma forte rajada lançada a uma distância de uns 8 metros. A cor vermelho-sangue de suas escamas, agora muito mais duras e resistentes do que antes, podia espantar as criaturas mais medrosas em um raio de 1 quilômetro. Até mesmo eu precisava tomar cuidado para não me ferir nos espinhos às costas de Yantar quando montava nele. Levei tempo até me dar conta de que aquele pequeno e indefeso dragão tornara-se uma criatura enorme e assustadora. Mas ele não era perigoso, não enquanto eu estivesse lá por ele."


Nível 7 - Aura Flamejante [Avançado] : Torna-se tão intensa que queima qualquer um que tocar as escamas do dragão. Causa pequenos danos a quem se aproximar demais, e quem estiver longe poderá sentir o calor emanando do dragão.


Nível 8 - Dragão Mestre : Seus ossos e escamas se tornam muito mais resistentes, quase impossíveis de se quebrarem. Será capaz de ignorar golpes poderosos e ferir gravemente os inimigos com seus chifres, espinhos, garras e dentes.

Nível 9 - Rajada de Fogo [Avançado] : Uma grande labareda que queima quase tudo à frente do dragão. Pode alcançar alvos distantes, mas diminui a área de efeito. O uso da habilidade requer 250 pontos de energia. As habilidades Rajada de Fogo e Infernus entrarão em espera durante 1 turno.

Nível 9 - Onipotência : O dragão torna-se tão poderoso e respeitável que apenas sua presença causa um profundo medo aos seus inimigos, até mesmo aos aliados (exceto o dono).


"A hora estava chegando, eu podia sentir... Yantar finalmente parecia ter atingido seu poder máximo. Até eu me surpreendi ao ver quão mais forte ele poderia ficar em outro ano. Quem tentava atacar Yantar chegaria a pensar que ele era blindado, e talvez realmente fosse... pensando bem, não lembro de tê-lo visto se ferir nos últimos meses. Era uma sorte a sua coluna não ser totalmente repleta de espinhos - eles iam só até o final do pescoço -, caso contrário eu não seria capaz de montá-lo, não se pretendesse continuar vivo e inteiro depois do passeio. Eu podia sentir o calor emanar daquelas estacas afiadas - ainda que não pudesse me ferir - que eu custava a acreditar que antes fossem apenas pontinhas arredondadas saindo do pescoço de um dragãozinho de meio metro. Agora eu via Yantar destruir metais com suas presas e garras, era difícil acreditar, mas o momento de devolvê-lo havia chegado... eu não achava justo, e nem Yantar, mas o Conde viria esta noite para levá-lo, e ele o levou.
Era difícil para mim acreditar que Yantar se fora, e era difícil acreditar também que eu estava com saudades dele. Por várias vezes, ouvi um bater de asas no lado de fora. Olhei pela janela, e em todas as vezes era apenas a minha imaginação. Bom, quase todas. Na última vez - e eu já nem dava mais bola aos barulhos -, ouvi um claro som de asas batendo, que eu teria normalmente ignorado se após isso não irrompesse por meus ouvidos - e provavelmente por mais uma área de 1km em volta - um urro que há muito eu conhecia. Saí de meu chalé e lá estava ele, Yantar, feliz ao me ver. Eu também ficava feliz em vê-lo, porém preocupado... e não era sem razão. No dia seguinte, as tropas do conde saíram em busca de Yantar - não era muito difícil achar por aí um dragão de aproximadamente 8 metros de alturas e algumas toneladas - e acertaram ao seguir sua primeira pista, minha casa. Eles ameaçaram a mim e a Yantar com lanças, mas isso não deixou Yantar intimidado. Me surpreendia a coragem daqueles soldados, eu podia ver a vibração em suas lanças, e não era euforia. Estavam todos em pânico, suas pernas tremiam. Consegui contar 10 soldados. Yantar avançou um passo e urrou furiosamente. Eu podia ver suas ventas brilhando em chamas, mas ele não teve tempo e nem precisou utilizar as chamas. O soldados bateram em retirada, mortos de medo.
Mas eu ainda estava preocupado, o conde não iria desistir de Yantar tão facilmente. O sol se escondia no horizonte, escurecendo as planícies esverdeadas que se seguiam até onde era possível ver, e de lá emergia um exército. Mil homens, talvez mais, avançando em nossa direção. Yantar estava disposto a passar por cima de todos, e eu o compreendia. Ia montá-lo para lutarmos contra o exército, mas ele recusou e foi sozinho.
Não pude deixar que ele enfrentasse todo o exército sozinho, vesti minha armadura e minha espada, então o segui. Yantar estava carbonizando os soldados um a um. Não, ele os explodia em dúzias. Suas rajadas eram fortes como eu nunca vira antes, ele conseguiu explodir uns 50 soldados de uma só vez. Mas ele estava ficando ferido, e eu sentia que também estava cansado. Cheguei para ajudá-lo e comecei a lutar, mas eu não aguentaria por tanto tempo como ele. Os soldados não paravam de vir, agora ainda devia haver uns 300 soldados no campo de batalha... eu achei que fosse cair, mas Yantar, ao perceber minha presença e que eu corria perigo, começou a queimar. Ele incendiou-se totalmente, ficando imune aos golpes por alguns instantes, além de torrar uns 10 soldados à sua volta. Fiquei impressionado com o poder de suas chamas, mas ele as intensificou ainda mais, então ascendeu como um foguete. Ele fez alguns rodopios no ar e voltou-se em direção aos soldados, amontoados em uma área de aproximadamente 100m². O que se via agora não era um dragão, mas uma bola incandescente, um meteoro de fogo que descia dos céus a uma velocidade que eu não conseguia calcular. Ele chocou-se contra o solo, e uma explosão descomunal me tirou os sentidos por alguns segundos, explodindo ondas de terra para todos os lados. Quase fiquei soterrado, mas estava vivo e com poucos ferimentos. O único dentre todos , porque o campo todo estava em chamas - elas não me atingiam -, e todos os soldados estavam mortos, seus pedaços espalhavam-se pela enorme cratera flamejante que antes era um campo gramado. Procurei ao redor por Yantar, mas tudo o que se via era uma piscina de morte e chamas, uma enorme cratera de destruição que se estendia por quase um quilômetro, devastando os campos gramados e dando ao pôr-do-sol um tom avermelhado de morte e devastação. Yantar se fora para sempre.
Virei as costas e comecei a voltar para casa, com um sentimento de fracasso. Yantar se sacrificara por mim... preferiu morrer a ter de voltar ao conde. Eu não queria acreditar naquilo, mas Yantar realmente se fora. Eu não mais o sentia como antes. Perdi também a conexão telepática. Virei-me e olhei novamente, a cratera jazia como uma enorme cicatriz de chamas e morte nos campos gramados. Nenhum sinal de Yantar. Eu o veria ainda que ele estivesse camuflado, mas ele não estava lá, não mais."


Nível 10 - Supremacia : As escamas tornam-se tão espessas e difíceis de penetrar que parecem feitas por Hefesto. Seus ossos, chifres e dentes são tão afiados e resistentes que destroem quase qualquer coisa, parecem feitos de Oricalco. Dobra o valor atual de vida e energia, permanentemente.

Nível 10 - Infernus : Uma gigantesca bola de fogo é cuspida pelo dragão, causando uma explosão de fogo que consome os inimigos em uma área enorme. O uso da habilidade requer 300 pontos de energia. As habilidades Rajada de Fogo e Infernus entrarão em espera durante 1 turno.

Nível 10 - Proteção Flamejante [Avançado] : Torna-se praticamente invulnerável a quase qualquer tipo de dano, além de causar um dano altíssimo a quem estiver muito perto. O uso da habilidade requer 200 pontos de energia. As habilidades de Proteção Flamejante entrarão em espera durante 2 turnos.

Nível 10 - Meteora : Habilidade suprema dos Dragões de Fogo, consiste em incendiar-se completamente até desaparecer, se tornando uma enorme bola incandescente que ascende e então cai sobre o alvo, causando uma poderosa explosão de dimensões descomunais. O uso da habilidade requer 50% do limite máximo de vida e energia. A habilidade entrará em espera durante 8 turnos.


*Dragões de Fogo irão receber 13 pontos de vida e 7 pontos de energia por nível evoluído (até o primeiro Dobrar Status).


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por Quíron 10/12/11, 02:52 pm

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    | Capítulo II |

    When Lightning Strikes - Ishkar, o Dragão do Trovão


"Oito meses se passaram desde que Yantar morreu. Eu ainda não me acostumara com a ideia de que ele realmente havia morrido. Em mais de três anos de treinamento e convívio, Yantar tornara-se, acima de qualquer outra coisa, um grande amigo. Mas eu não podia ficar me lamentando para o resto da vida.
Depois dos conflitos com Vlad Tepes, achei melhor sair da Transilvânia. Usei o dinheiro adiantado que recebi pelo treino de Yantar para comprar um pequeno castelo na Alemanha. Sobrou ainda dinheiro suficiente para comprar algumas coisas, mas eu gostava mais de viver da caça. Eu era um guerreiro por natureza.
Eu saí para caçar naquela noite. Estava chovendo forte, mas eu não me importava, pelo contrário, sempre gostei de chuva. Gostava também de enfrentar adversidades diversas, era bom para evitar imprevistos. Eu estava perseguindo o rastro de um animal selvagem qualquer quando Aquila (era assim que eu chamava minhas águias) me alertou de algo incomum acontecendo, algo que eu deveria ir ver. Segui na direção que ela me apontou e me deparei com dois dragões brigando. Atrás de um deles, havia um ninho no qual repousava um ovo com cerca de 80 centímetros de altura. Estava escuro, não pude enxergar exatamente a cor dos dragões, apenas que o dragão que parecia defender o ovo era menor e estava em desvantagem. Antes que eu pudesse ajudar, o dragão maior venceu a disputa e lançou-se em disparada contra o ovo, atropelando o outro dragão - que eu calculava ser a mãe daquele ovo. O dragão não era tão grande quanto Yantar chegou a ser, ele tinha no máximo 4 ou 5 metros de altura e suas intenções quando àquele ovo não pareciam boas. Me senti um fracasso ao ver que não chegaria até o ovo a tempo - e eu não tinha outros recursos para atacar de longe - de evitar que o dragão pegasse o ovo - provavelmente para comê-lo. Por sorte - ou talvez por azar -, irrompeu dos céus um enorme e estrondoso raio, atingindo o dragão no momento exato em que ele pegava o ovo. O Dragão, totalmente atordoado, se afastou desajeitadamente, o mais rápido que conseguia, e eu fui chegar o estado do ovo. Havia um borrão negro na parte superior, como se tivesse queimado. Achei que o raio havia matado o bebê que ali estava, então lamentei, culpando Zeus, e virei-me para ir embora. Detive-me ao ouvir ruídos atrás de mim, onde deixei o ovo. Raios elétricos cintilavam ao redor dele, seu interior brilhava de forma que eu via o dragão lá dentro, via a vida em seu interior, pulsando como pequenos trovões que chegavam a me causar arrepios. Pensei em levar o ovo para casa, mas achei melhor ficar ali, aguardando. Alguns minutos depois - e eu estava impressionado demais para ter noção de quantos - o ovo começou a se rachar, e eu vi sair dali algo que eu nunca vira antes. Era um dragão dourado - eu podia enxergar sua cor, iluminada pelos relâmpagos no céu e alguns ainda ao seu redor - envolto de raios elétricos que se intensificaram assim que ele sentiu as primeiras gotas de chuva - ele não parecia gostar muito da água. Apressei-me para pegá-lo e levá-lo para casa - e talvez eu tivesse sido eletrocutado se não tivesse algum tipo de imunidade à eletricidade - tentando evitar que ele se molhasse muito. Mas ele não estava molhado. A energia que vibrava em volta dele se encarregava de rebater os pingos de chuva, repelindo toda a água. Ele não protestou por muito tempo depois que eu comecei a correr com ele no colo, talvez tenha gostado de mim. Ao chegar em casa, no castelo, deixei o dragão dourado no chão para analisá-lo melhor. Ele tinha saliências em suas escamas ao longo do pescoço, de onde eu calculei que sairiam espinhos. Suas garras eram ainda praticamente inexistentes, mas ele já tinha pequenos chifres dourados em sua cabeça. Olhando melhor, a escama toda salientava-se levemente ao longo de suas costas, apesar de ainda parecer incapaz de causar danos. Ele não tinha conexão comigo, não conseguia me comunicar com ele. Com Yantar isso também não aconteceu imediatamente, então achei que poderia insistir. Comecei a pensar em alguns nomes para ele, mas ao dizê-los, ele balançava a cabeça, insatisfeito. Passei bastante tempo tentando dar-lhe ordens, mas ele quase me mordeu por causa do último nome pelo qual lhe chamei. "Ouça, pare de me morder! Ishkar!". Ele olhou para mim imediatamente e eu pude jurar que vi um pequeno relâmpago sair de seus olhos na direção da minha cabeça, causando um pequeno zunido em meus pensamentos, que logo calou-se quando pela primeira vez o ouvi dizer, por telepatia: "Olá! Sou Ishkar, o Dragão do Trovão"."


Nível 1 - Aura Elétrica [Inicial] : O dragão emana uma leve aura de energia elétrica, capaz de afastar os alvos que o tocarem devido ao choque, apesar de raramente causar danos.

Nível 1 - Proteção Elétrica [Inicial] : A aura se intensifica até cobrir o dragão com pequenos e rasos raios elétricos envolta de seu corpo, servindo como uma proteção que repele qualquer objeto que vá em direção ao dragão, refletindo-o. As habilidades de Proteção Elétrica entrarão em espera durante 2 turnos.



"Eu estava ansioso para ver as habilidades de Ishkar, mas acho que teria de esperar ele crescer e se desenvolver mais. Tentei com ele o treinamento defensivo que passara a Yantar com as pedras, mas ele não gostou muito da ideia de ser apedrejado e acabou que eu levei uma pedrada na testa depois do segundo arremesso (Ishkar desviou na primeira tentativa, na segunda o tiro foi refletido). Ishkar tinha mais facilidade para controlar suas habilidades, e sua defesa Elétrica me pareceu convincente. Ishkar era um pouco hiperativo, então intensifiquei o treino na parte de resistência física e corridas. Ele adorava correr, conseguia correr mais rápido do que Yantar quando tinha aquela idade, as forças eram quase equiparáveis (Yantar era um pouco mais forte). Sem muita demora, as escamas foram salientando-se mais, formando uma espécie de camada espinhosa ao longo de quase todo o pescoço e costas de Ishkar. Era cedo para analisar, por enquanto eram pequenas e quase totalmente inofensivas, mas era possível ver. Eu só não sabia se os ossos dele sairiam para fora como os de Yantar ou se as escamas é que formariam as carapaças."


Nível 2 - Armadura de Ossos [Inicial] : Os ossos do dragão começam a desenvolver-se, crescendo até saírem do corpo para formar pequenos chifres, dentes e espinhos ao longo da coluna, porém pouco afiados, quase não causarão dano por enquanto.

Nível 2 - Força Draconiana [Inicial] : Trata-se de um modo em que o dragão aumenta sua força, velocidade e resistência, por um turno. O uso da habilidade requer 40 pontos de energia. A habilidade entrará em espera durante 2 turnos.


"Ishkar passou pouco mais de um mês correndo pela casa sem que eu pudesse ensinar-lhe novas coisas. Não havia jeito de arrancar uma rajada dele... eu na verdade nem sabia se ele era capaz de disparar fogo ou raios pela boca ou por qualquer parte do corpo que fosse. O jeito era continuar testando-o e esperar para ver o que aconteceria.
Ishkar cresceu um pouco mais nas semanas seguintes, e suas escamas tornaram-se mais espessas, da mesma forma que aconteceu com Yantar, logo antes de... de sua primeira rajada de fogo! Sabia que agora era a hora de testá-lo. Naquele mesmo dia, rezei a meu pai e, por sorte, funcionou. Choveu naquela noite. Era perfeito. Ishkar não pareceu gostar muito da chuva da primeira vez que foi exposto a ela - logo em seu nascimento. "Temos mesmo de fazer isso?" - Ishkar me questionou. Ele olhava sério para o céu, seu corpo todo cintilava em pequenos raios elétricos. Isso deveria ser bom, ele seria estimulado a controlar aquela energia. Com o tempo, talvez, ele se desse melhor com a água...
Apontei o galho de uma árvore e ordenei a Ishkar que o derrubasse sem usar o seu corpo. Ele me olhou desconfiado, como se eu estivesse ficando louco, mas eu insisti, incentivando-o a usar sua energia, a eletricidade. Ele se concentrou por alguns instantes, então os raios em seu corpo se intensificaram até ficarem totalmente em torno de seu corpo. Pequenos e contínuos raios de luz branca com aura azulada, como ele fazia para se proteger. "Ishkar, você precisa..." - Comecei a explicar-lhe, mas fui interrompido: "Shh! Estou me concentrando.". Notei que a concentração de raios aumentou onde ficava sua cabeça, até formar uma pequena bola de energia entre seus chifres, de onde saiu um pequeno trovão elétrico que atingiu o galho da árvore, torrando-o e derrubando-o. "Podemos ir para casa?" - sem esperar minha resposta, Ishkar bateu as asas, respingando algumas gotas incômodas de seu corpo, e voou rapidamente - mais rápido do que correndo - de volta para o castelo. Ele tinha o dom e o prazer de me impressionar..."


Nível 3 - Rajada Elétrica [Inicial] : O dragão pode acumular sua energia em forma de um canhão elétrico, que irá disparar um pequeno trovão na direção do alvo, causando um dano razoável. O trovão é preciso, sendo quase impossível errar o alvo. O uso da habilidade requer 50 pontos de energia.


Nível 3 - Couraça [Inicial] : A escama do dragão fica mais dura e resistente, diminuindo os danos sofridos e dificultando a penetração dos golpes.

Nível 3 - Voar : O porte maior e mais musculoso do dragão neste nível permite que ele consiga voar, porém não aguentará carregar cargas muito pesadas.


"Foi uma surpresa para mim que Ishkar conseguisse voar tão bem e tão cedo. Ishkar estava crescendo bem rápido, e eu comecei a perceber que a energia que corre sempre por seu corpo agora estava mais intensa. Durante o dia, na presença de luz, mal podia-se ver, mas, no escuro, via-se pequenos feixes de luz elétrica azulada correndo e vibrando em torno de seu corpo. Achei que era hora de expô-lo à chuva novamente para observar os resultados. Eu não sabia que me arrependeria tanto disso.
Minhas preces funcionaram, e, no dia seguinte, choveu. Ainda era dia, mas o céu estava totalmente nublado. O dia era cinzento, quase negro, e muitos raios trovejavam no alto enquanto o céu despencava em forma de grandes, gélidas e ruidosas gotas de água, caindo quase diagonalmente por causa dos fortes ventos de tempestade. Convidei Ishkar para treinarmos na rua, e ele me olhou por alguns instantes, sem dizer nada, apenas me encarando com suas pupilas douradas em volta da Íris preta, fazendo o desenho perfeito de um raio (ϟ). Sua expressão era de medo, mas eu insisti, e depois de um tempo ele sentiu-se suficientemente encorajado para sair na chuva. As gotas de água chocavam-se violentamente contra o solo e, consequentemente, contra mim e Ishkar. Cheguei a ficar com pena de vê-lo se debatendo enquanto as gotas golpeavam-lhe o corpo, provocando estalos elétricos e um pouco de vapor d'água. A chuva era tão forte que até mesmo eu estava ficando incomodado, mesmo sendo filho do Senhor dos Céus. Ishkar começou a agitar-se mais e mais, assim como os relâmpagos acima. Raios começaram a atingir regiões cada vez mais próximas de nós. Ele estava brilhando em dourado com muitos raios elétricos envolta de si, implorando para entrarmos, mas eu precisava saber o que aquilo significava, e logo eu descobriria...
O céu agitou-se como eu nunca vira antes. Ishkar ficou imóvel por uns dois segundos, mas a eletricidade ainda cintilava em volta de seu corpo. Tive tempo de ouvi-lo dizer "Entendi!" por telepatia, então, de repente, um dos diversos raios que caíam furiosamente atingiu o local exato onde encontrava-se Ishkar. Quando dei por mim, havia apenas uma mancha preta e fumegante no chão. Ishkar não estava mais ali."


Nível 4 - Aura Elétrica [Intermediário] : A aura de eletricidade torna-se mais forte e notável, causando maiores danos a quem tocar o dragão. No escuro, é fácil ver as correntes elétricas cruzando as escamas do dragão. Neste nível, a aura elétrica não mais entrará em conflito quando em contato com a água.



"Saí desesperado à procura de Ishkar. Invoquei Aquila, minha águia elétrica, para me ajudar na busca. Não tinha certeza se a fraca energia que eu ainda sentia era a presença de Ishkar ou se era por causa da agitação da tempestade de raios. Não obtive sucesso em minhas buscas. Passei o resto da semana quase o tempo todo na floresta e nas montanhas, buscando alguma pista do paradeiro do pequeno dourado. Quatro ou cinco dias de busca incessante - eu não lembrava nem mais quantos dias haviam se passado, não conseguia pensar em outra coisa - e eu ainda não tinha nada. Era noite e o céu estava limpo. Eu estava quase desistindo das buscas naquele dia, mas vi cair um raio perto do castelo, provavelmente a alguns metros do rio. Aquila voltou a mim, apontando na direção do raio, mas eu já estava correndo para lá tão rápido quanto podia. Cheguei onde o raio me pareceu ter caído, e acho que eu estava no lugar certo, porque a terra estava queimada sob meus pés, indicando a queda do raio. Mandei Aquila voar procurando pistas, afinal, não era normal que raios caíssem em noites de céu limpo, e fiquei olhando ao redor, desejando avistar Ishkar. Depois de um minuto parado, comecei a andar na direção da floresta até ouvir barulhos vindos do rio. Olhei para trás e vi aquele familiar dragão dourado emergindo do rio com um grande peixe na boca. "Nossa, que fome!" - Ishkar falou ao me ver, usando a telepatia. Ele estava do jeito que eu lembrava - talvez uns centímetros maior - e sua aura elétrica continuava presente, sem entrar em conflito com a água escorrendo de seu corpo. "Cara, você precisa ver como é legal lá em cima, nas nuvens. Um dia eu ainda te mostro.". Eu queria enforcar aquele dragão maldito."


Nível 4 - Sky Rider : Se o céu estiver nublado, ainda que no horizonte, o Dragão poderá transformar-se em um raio e ascender aos céus. O Dragão irá regenerar 10% do HP por turno que permanecer como um relâmpago entre as nuvens. O Dragão perderá o contato telepático com o dono enquanto estiver no céu, mas poderá ver tudo abaixo de onde está. O dragão escolhe o ponto exato onde irá cair, ainda como um raio. O uso da habilidade requer 40 pontos de energia + 20 por turno que permanecer no céu. As habilidades Sky Rider e Lightning Rider entrarão em espera durante 5 turnos após o término do efeito.



"Não consegui ficar zangado por muito tempo. Estava muito feliz com o retorno de Ishkar, e ele parecia animado com o passeio de alguns dias que quase me renderam um ataque do coração.
Ishkar parece ter se interessado bastante pelo novo esporte. Quase todo dia, ele mergulhava e devorava vários peixes. Como se fosse difícil pescar quando, ao mergulhar, você eletrocuta automaticamente todas as criaturas próximas...
Os treinos seguiam-se, e Ishkar superava-se sempre em agilidade e velocidade, seu voo era incrivelmente rápido. Ele tinha o poder de disparar raios dos chifres, mas não era capaz de cuspir fogo ou raios pela boca, pelo menos não ainda... talvez eu precisasse dar mais tempo a ele. Ishkar estava crescendo, e agora já ultrapassara minha altura. Sua fisionomia era um pouco diferente da de Yantar. Ele era um pouco menor e tinha menos força, mas sua velocidade e agilidade eram impressionantes. Seus ossos não saltaram para fora do corpo. Em vez disso, suas escamas tomavam formas afiadas e pontiagudas, assemelhando-se às placas ósseas de Yantar. As únicas exceções eram os chifres dourados que saíam-lhe da cabeça, um pouco inclinados para trás, e as garras, tanto nos pés e nas mãos quanto na ponta das asas. Estes sim eram ósseos, mas o resto de seu corpo era composto por escamas ouriçadas. A periculosidade das escamas de Ishkar era equiparável à dos espinhos ósseos de Yantar."


Nível 5 - Armadura de Ossos [Intermediário] : Os ossos do dragão crescem mais, formando chifres, garras e dentes afiados, bem como os espinhos em parte de sua coluna e também na ponta das asas.


"Passou-se bastante tempo, aproximadamente meio ano, sem que nada diferente acontecesse, Ishkar apenas continuou a aperfeiçoar suas habilidades caçando alguns animais na floresta. Suas escamas pontiagudas e afiadas agora eram mais duras, bem como todo o resto de seu corpo, que era todo de um dourado intenso, quase brilhante. Muitas foram as vítimas que acidentaram-se ao cair por sobre aqueles espinhos elétricos dourados. Nenhuma delas sobreviveu."[/size]


[b]Nível 6 - Couraça [Intermediário]
: As escamas se tornam muito rígidas, ignorando flechas e alguns outros golpes, além de diminuir bastante o dano de golpes mais poderosos.


"Pouco mais de dois anos depois, Ishkar parecia estar morrendo de tédio. Num dia nublado qualquer, cansado da monotonia, ele me pediu permissão para dar outro de seus passeios pelas nuvens. Eu o autorizei, sob a promessa de voltar no máximo até o dia seguinte. Ele me prometeu e partiu em um raio até os céus. Tentei não me preocupar com ele, já tinha muito tempo de treinamento e estava longe de ser indefeso. Suas escamas e espinhos haviam crescido bastante, assim como ele. Ele ficaria bem, não havia com o que se preocupar... não até ele ficar pelo segundo dia sem aparecer. Eu já estava pensando na punição que ia dar a ele quando o encontrasse, mas, no terceiro dia, ele retornou num raio. Estava ofegante e um pouco assustado, diferente da última vez. Ishkar desculpou-se e começou a explicar que encontrara um castelo para onde muitos soldados estavam levando ovos que roubavam do ninho de dragões. Ele contou que estes soldados tinham seus próprios dragões para ajudá-los. Alguns eram esverdeados, outros, mais poderosos, eram avermelhados. Ishkar não conseguiu descobrir o que ocorria dentro do castelo, mas achou melhor averiguar, e eu concordei com ele.
Ishkar levou algum tempo para conseguir me explicar onde ficava o castelo que ele viu - ele era um Dragão, ele era bom em destruir as coisas, não em geografia -, e eu calculei que fosse na Rússia. Comecei a preparar algumas coisas para a viagem, mas Ishkar me interrompeu: "O que está fazendo? Precisamos partir agora, pegando carona nas nuvens". Acho que entendi o que ele quis dizer. Montei em Ishkar - ele já era alto o bastante, tinha mais de 6 metros ficando em pé - e aconteceu como da última vez que ele subiu, só que eu fui junto desta vez. Era realmente impressionante. Não digo que pude enxergar tudo, afinal, éramos um raio, Ishkar voava tão rápido que tudo o que eu podia ver era um enorme borrão, mesmo tão distante da superfície. Nossa viagem da Alemanha até a rússia levou segundos. Só então notei como Ishkar ficara tão mais forte... descemos em um lugar um pouco distante - convenhamos que cair como um raio no local não é muito sutil - e fomos voando normalmente durante o resto do caminho. Estava nevando bastante. Por sorte, a neve cessou no meio do caminho, deixando de castigar-nos com o frio intenso. Ishkar ficou chateado por ter de esperar fora do castelo, escondido na floresta, mas no final eu o convenci de que um dragão dourado de 6 metros com raios cintilantes em volta do corpo chamaria um pouco a atenção. Ishkar me ajudou a capturar um dos guardas para que eu me disfarçasse e conseguisse entrar. Por sorte, consegui manter o contato telepático com Ishkar, o que significa que eu tinha visão de dentro e de fora do castelo. Parti em direção ao castelo, erguido em meio à floresta. O chão encoberto de neve dificultava o caminho, e a ausência de folhas nas árvores tornava mais difícil de se camuflar na floresta, o que me deixava muito preocupado... um grande dragão dourado e cintilante em meio à paisagem branca e marrom não seria fácil de se encontrar. Mas eu não devia me preocupar, confiava em Ishkar e sabia que ele daria um jeito (sutil como um raio, mas tentei não pensar nisso). Segui andando pela neve e gelo até chegar no castelo. Não tive problema algum para entrar. Passei por corredores úmidos e mal iluminados, passei por muitas celas onde via-se Dragões de diferentes cores e tamanhos, prováveis cobaias de experimentos sem sucesso. Tive a sorte de não passar por muitos guardas, e os que passaram por mim apenas ignoraram-me. Depois de um tempo, eu estava quase perdido no castelo, porém encontrei uma sala onde algumas pessoas conversavam ao redor de um ovo. Eles falavam Russo, demorei uns instantes até começar a compreender o que eles diziam. '...mais temível dentre todos os Dragões. Só preciso aplicar esta fórmula...' eles deteram-se por alguns instantes e voltaram-se para a porta. Minha armadura pesada deve ter produzido ruídos, e eles provavelmente suspeitaram por terem cessado-se. O homem que saiu para checar o que acontecia fora da sala vestia-se todo de preto, usava calças de montaria e uma capa escura sobre o resto das roupas. Usava um elmo, escondendo-lhe quase completamente o rosto, que parecia ser deformado pela impressão que tive, mas não escondia os longos cabelos avermelhados que escapavam-lhe às costas. Ele virou-se para mim, e sua capa tomou um tom arroxeado, e o resto de suas roupas tomou um tom avermelhado, quase como sangue. Notei que sua bengala tinha a cabeça de um dragão entalhada em ouro, com duas pedras de rubi como os olhos.
- Você, o que faz aqui? - Tive de pensar rápido.
- Eu vim avisar que encontrei um ninho com muitos ovos de dragão, protegido por... - fui interrompido antes que pudesse continuar minha mentirinha.
- E o que você está esperando? Vá buscá-los logo antes que eu lhe sirva de comida aos dragões!
Saí dali e fui me esconder em algum lugar até ser seguro retornar, não pretendia estragar meu disfarce... esperei até ouvir passos vindos da sala, que foram ficando cada vez mais distantes. Era o sinal que eu esperava para poder retornar à sala. A porta estava trancada e dois guardas estavam vigiando. Me aproximei deles.
- Queiram me dar licença, mas estou sob ordens irrefutáveis de levar o ovo de dragão agora.
Sem esperar nenhuma reação dos dois, puxei minha espada da bainha, levando o cabo diretamente de encontro à garganta do primeiro, que tombou. Rebati em seguida a lança do segundo, girando-a e avançando com um chute espartano contra ele, lançando-o ao chão. Antes que ele gritasse por ajuda, minha espada já lhe havia perfurado o coração, atravessando a armadura. Arrombei a sala e entrei sem mais delongas, peguei o ovo e comecei a correr. Chamei Ishkar por pensamento, e imediatamente ouvi um trovão estrondoso. Encontrei Ishkar voando ao lado da primeira janela que avistei após chamá-lo. Eu não tinha certeza de como ele conseguiu vir tão rápido... já que eu o deixara a um quilômetro do castelo, por segurança.
Infelizmente, não fomos suficientemente rápidos (ou sutis) para não sermos notados. Pulei com o ovo pela janela, e saí voando com Ishkar. Toda a guarda do castelo saiu atrás de nós, montando grandes dragões vermelhos, alguns talvez fossem maiores do que Ishkar. Começamos a voar na direção de onde viemos, sobrevoando um rio congelado antes de ficar acima da floresta. Enquanto Ishkar voava, fiquei atento à nossa retaguarda, por onde algo em torno de uns vinte dragões aproximavam-se.
- Ishkar, desvie‼
Uma bola de fogo cruzou pela nossa lateral, e por pouco não fomos carbonizados.
- O que está esperando? Vamos voltar pelas nuvens.
- Não dá, elas estão muito distantes, precisamos chegar mais perto! - ele me respondeu enquanto dava uma guinada para o outro lado, desviando mais uma das bolas de fogo.
Ishkar de longe era o dragão mais rápido que eu já tinha visto, mas eu e o ovo de dragão que peguei estávamos prejudicando sua velocidade. Os dragões de fogo são mais fortes, as cargas pouco influenciam em sua velocidade, o que fazia com que não ficassem muito para trás. As bolas de fogo lançadas nos atrasavam, deixando-os sempre próximos. Ao longe eu podia ver um precipício que estendia-se por muitos e muitos metros de altura, bem a nossa frente, formando uma parede a nossa volta. Ishkar estava voando muito baixo, ficaríamos cercados.
- Ishkar, o que está fazendo? Vamos ficar cercados, suba!
- Calma, tem uma passagem por lá.
Devíamos estar a uns dois quilômetros de lá ainda, mas chegaríamos em pouco mais de um minuto, e estaríamos cercados... eu não via passagem alguma.
- Ishkar, precisamos detê-los, eles vão nos alcançar em alguns segundos!
Nós estávamos realmente quase sendo alcançados, havia vários dragões bem na nossa cola, uns 8, talvez, todos a menos de 10 metros de distância. Outros vinham mais ao longe. Eu me virei para trás e mirei com os olhos o que estava mais próximo, ele ia nos lançar uma grande bola de fogo - eu conhecia bem os dragões de fogo para saber quando eles iriam atacar.
- Ishkar, agora!
Ishkar mirou através dos meus olhos e lançou poderosos raios contra 3 dragões que nos perseguiam, fazendo-os perderem força e rumarem em direção ao solo, feridos e atordoados. Os demais apressaram-se e lançaram uma enorme bola de fogo contra nós, em conjunto. Ishkar não teria tempo de desviar, era nosso fim. Fechei os olhos e senti o impacto do golpe nos lançar para um lado, mas Ishkar continuou voando e eu notei que ainda estava vivo, ainda que estivesse chamuscando. Abri os olhos e notei inúmeros raios elétricos cruzando nossos corpos, tremeluzindo e cintilando freneticamente, quase como eu vi Ishkar fazer quando nasceu e antes de aprender a controlar seu poder na água, porém agora os raios eram muito mais intensos e poderosos. Achei que estávamos a salvo até ver ao nosso lado outro dragão se aproximar. Sua fisionomia era diferente de todas que eu já tinha visto até então. Seu corpo era mais fino e alongado, a musculatura era bem compacta e definida, mas tinha um aspecto um pouco mais frágil do que o dos outros dragões que eu vira até então. Suas escamas eram quase descoloridas, de um cinza prateado que seria pouco provável de se enxergar de longe sem prestar muita atenção. Não pensei duas vezes, peguei uma lança de minhas costas e atirei contra o soldado que o montava. Ele defendeu-se, mas o golpe o desequilibrou e ele tombou do dragão. Tive tempo de ver o Dragão mergulhar, seu corpo deslizava rapidamente pelos céus. Fiquei impressionado quando vi aquele dragão prateado - que eu não percebera até bem pouco tempo - girar e interceptar seu parceiro no ar, salvando-o da queda. Estávamos quase chegando ao precipício, e agora eu podia ver a passagem à qual Ishkar se referia. Era uma rachadura de 10 centímetros que separava os dois pedaços de terra.
- Ishkar, você ficou louco? Vamos morrer, precisamos subir agora!
Ishkar me ignorou e continuou avançando contra o precipício. O dragão pálido voltou a ficar ao nosso lado, mas não por muito tempo, porque ele ultrapassou Ishkar com facilidade e pôs-se à frente da rachadura. Seu rabo tornou-se um pequeno furacão que o sustentava no ar enquanto ele batia as asas na nossa direção, lançando fortes rajadas de vento.
- Ishkar, nós vamos cair!
- Calma, só mais um pouco!
Ishkar ativou novamente a proteção de raios. Eu não entendi por que ele fez aquilo, já que não impediria os ventos de quase nos derrubarem. Quando achei que iríamos despencar, Ishkar lançou um raio contra o dragão à frente, parando os ventos por instantes, o que nos deu mais um pouco de tempo. Ainda estávamos cintilando em energia.
- Ishkar, o que você vai fazer? Nós vamos morrer, precisamos desviar!!
- Estou quase conseguindo!
Ele continuou indo em frente, e eu percebi que estávamos começando a brilhar ainda mais. A cauda de Ishkar começou a transformar-se em luz. Os ventos começaram novamente, mas Ishkar irrompeu por entre eles, cortando-os. Estávamos a 5 metros de colidir contra o dragão, mas não achei que fôssemos conseguir chegar a isso antes de cair.
- Ishkar!...
- Agora!
Os raios que nos envolviam parecem ter fundido-se a Ishkar - e a mim também -, porque eu não via nada além de luz em torno de nós. Estávamos prestes a nos chocar contra o dragão quando tudo sumiu num enorme relâmpago ofuscante e um estrondoso trovão. Perdi os sentidos por algumas frações de segundos que pareceram durar muito mais tempo. Quando dei por mim, não havia nenhum dragão nem precipício à frente.
- Ishkar, o que você... como...
- Dá uma olhada para trás.
Olhei e vi o precipício atrás de nós. As rochas estavam fulminadas na altura em que estávamos voando, saindo bastante fumaça.
- Agora precisamos despistá-los... e eu estou cansado. - Disse-me Ishkar, por telepatia. Descemos e fomos andando por uma floresta - semelhante à anterior, do outro lado do precipício - até que chegamos suficientemente perto das nuvens para podermos retornar para casa. Agora que estávamos em segurança, pelo menos temporariamente, tive tempo de analisar o ovo que pegamos. Ele era quase normal, exceto pelo fato de que sombras negras cruzavam-lhe a superfície, criando formas monstruosas dentro do ovo. Era realmente amedrontador."


Nível 6 - Rajada Elétrica [Intermediário] : O dragão pode disparar potentes raios pelos seus chifres para atingir seus inimigos. Pode disparar até 3 raios para causar um dano razoável, ou um raio que causará um dano alto. O uso da habilidade requer 120 pontos de energia.

Nível 6 - Proteção Elétrica [Intermediário] : O dragão fica completamente envolto por raios elétricos poderosos, capazes de repelir objetos e poderes lançados, além de diminuir bastante o dano sofrido. O uso da habilidade requer 90 pontos de energia. As habilidades de Proteção Elétrica entrarão em espera durante 2 turnos.

Nível 7 - Carga : O Dragão agora é forte o bastante para carregar grandes pesos sem fazer muito esforço. Isso inclui o domador, que poderá montá-lo para correr ou voar. Os voos agora, graças à grande força do dragão, são rápidos e precisos, podendo movimentar-se livremente pelos céus.

Nível 7 - Aura Elétrica [Avançado] : Raios elétricos encobrem o corpo do dragão, eletrocutando aqueles que o tocarem e causando dano a quem chegar muito perto. Os raios cintilantes tornam o dragão relativamente brilhante, capaz de produzir luz no escuro.

Nível 7 - Ride the Lightning : Permite ao Dragão transformar-se num raio para se transportar de um lugar a outro, onde quiser. O dono pode se transformar também, caso esteja montando o Dragão. O uso da habilidade requer 60 pontos de energia de ambos para transformar-se em raio e 5 pontos de MP do dragão para cada metro que passar como um raio. A habilidade entrará em espera durante 5 turnos.

Nível 7 - Lightning Rider : Melhoria da habilidade Sky Rider, permite agora que o dono monte seu dragão pelos céus na forma de raio. O uso da habilidade requer 40 pontos de energia do dragão e do dono para virarem raio, +20 de MP por turno que permanecerem no céu. As habilidades Sky Rider e Lightning Rider entrarão em espera durante 5 turnos após o término do efeito.


Nível 8 - Dragão Mestre : Seus ossos e escamas se tornam muito mais resistentes, quase impossíveis de se quebrarem. Será capaz de ignorar golpes poderosos e ferir gravemente os inimigos com seus chifres, espinhos, garras e dentes.


"Mantive o ovo de Strahlen - o nome que eu dei ao novo dragão - em um canto escuro no meu quarto. Ao que parecia, ele ainda ia demorar bastante até nascer. Não deixei que Ishkar chegasse perto demais, afinal os raios elétricos podiam prejudicar o dragão. Isso deixava Ishkar um pouco ressentido e com ciúmes, mesmo sabendo que eu estava certo.
Os meses que se seguiram foram repletos de dias nublados, chuva e tempestades de raios. E, a cada tempestade de raios, Ishkar saía para se banhar, parecendo sempre mais forte quando retornava.
Não levou muito mais de 3 meses para que tantas tempestades de raio no mesmo lugar em tão pouco tempo chamassem a atenção de um exército de soldados e dragões que estavam atrás de um homem e seu Dragão de Trovão dourado. Se eu não estivesse acostumado a isso, teria me assustado quando um raio - Ishkar - entrou pela janela do meu quarto - aberta para evitar prejuízos, como neste caso - e deu a notícia que eu já esperava: o exército de dragões estava a caminho. Ishkar abateu um deles com um raio enquanto estava vagando pelos céus em sua forma de energia - o que explicava o ponto fumegante caindo dos céus instantes após ouvir-se um trovão estrondoso.
Eu pensei em abater os outros, mas para cada lado eu eu olhava havia dragões se aproximando... Achei melhor voltar e avisar, achei que você saberia o que fazer...
Ouvir aquelas palavras pesava sobre meus ombros, porque eu não podia fazer muito a respeito daquilo. Peguei o ovo de Strahlen, que estava em meu quarto, e o abriguei no porão. Saí do castelo com Ishkar e olhei em volta. Era noite e estava chovendo, o que agradava Ishkar. Seus poderes elétricos ficavam mais fortes quando chovia. Na floresta, não se encontrava uma criatura sequer que não estivesse escondida e morrendo de medo em um raio de quilômetros - talvez fosse o brilho dos raios cintilando pelas escamas douradas de Ishkar, que podia ser visto de longe, principalmente no escuro. Não demorou até que a reunião de dragões e soldados acontecesse em volta do castelo - muitos dragões, verdes em sua maioria e de vários tamanhos. À frente deles, vinha um dragão prateado, e quem o montava parecia ser aquele mesmo sujeito estranho que falou comigo no castelo. Eles se aproximaram e desceram à nossa frente, na frente do castelo - que não tinha água em volta nem nada parecido. Era apenas um castelo em uma clareira, a entrada principal sustentada por uma porta dupla de carvalho com a parte superior arredondada e grandes maçanetas circulares de ferro. Trovões ribombavam hora ou outra pelos céus, e os relâmpagos me permitiam ver as escamas prateadas do dragão à frente. Elas formavam espinhos ao longo das costas da criatura, um pouco menores e mais finos do que os de Ishkar, combinando com o resto da fisionomia. Eu não queria descobrir se aqueles espinhos poderiam ser tão perigosos quanto os do meu dragão. À luz de outro relâmpago, percebi que um homem descia o dragão, vindo em minha direção. Era estranho como ele era quase imperceptível no escuro.
- Ora, ora, se não é o meu primo ladrão de ovos... você possui algo que me pertence, filho de Zeus, e eu vim pegar de volta. GUARDAS! Alimentem os dragões!
Neste momento, eu já estava movendo a lâmina na direção do homem, um golpe que seria fatal. A imagem dele começou a perder a forma até se desfazer em sombras rapidamente antes que eu pudesse atingi-lo. O dragão prateado bateu suas asas e começou a voar na direção de meu castelo. Eu na verdade não sabia se ele estava voando ou se estava apenas indo. Seu corpo todo alongou-se e afinou estranhamente, e ele se movia rápido como o vento. Quando passou por nós, empurrou Ishkar para trás apenas com a corrente de ar produzida. Eu fui lançado para trás e caí no chão. Ishkar estava pronto para fulminá-lo com raios - ou pelo menos tentar - quando avisei-lhe do nosso outro problema, talvez um pouco maior. Aproximadamente vinte homens com uns 10 dragões começavam a se aproximar de nós, cercando-nos contra a floresta, impedindo-nos de seguir até o castelo. Uns ficavam um pouco para trás, escondidos, provavelmente intimidados por Ishkar. Levantei-me rapidamente e fiquei perto de Ishkar, que cintilava na luz de raios elétricos azulados, dando a ele uma aura de luz dourada por causa do tom das escamas. Os outros dragões começavam a se aproximar, os mais próximos estavam a uns 4 metros. Ishkar bufou e a eletricidade começou a agitar-se em torno de seu corpo. Entendi que deveria montá-lo antes mesmo que ele me convidasse. Num piscar de olhos, éramos um raio indo em direção ao castelo para impedir que aquele sujeito recuperasse o ovo de Strahlen. Mas algo estranho aconteceu. Ishkar não conseguiu entrar no castelo, a entrada estava bloqueada por um bloco de pedra pontiagudo e denteado. Caímos no chão planando, Ishkar não parece ter se machucado com o impacto, e eu também estava bem, fora o fato de que segundos atrás eu era um raio viajando na velocidade da luz. Uma esfera negra envolveu o castelo e impediu que tentássemos entrar por outro lado, enquanto os dragões nos cercavam contra o castelo. Eles ainda estavam longe, mas os dragões da frente já vinham preparando seus canhões de fogo. Ishkar me puxou para trás com sua asa e também começou a preparar um canhão de raios. Mas eu não ia apenas assistir a batalha sem fazer nada. Escalei pelas costas de Ishkar, ao longo de seus seis metros de corpo, e ordenei que ele me impulsionasse para cima. Mesmo relutante, ele achou melhor do que apenas me deixar correr de frente até os dragões. Enquanto eu planava no ar, caindo na direção dos dragões, irrompeu um trovão vindo de Ishkar, dançando por entre as chamas lançadas pelos outros dragões. Os raios agora eram contínuos, diferente de antes que era apenas um tiro. Ishkar ativou a proteção elétrica e se defendeu como pôde das chamas, mas estava se ferindo. Os raios penetraram diretamente um dos dragões, que parou de cuspir fogo e começou a ser eletrocutado, esfumaçando-se. Ishkar resistia bem, ajudado pela chuva. Eu estava próximo da queda. Cerrei o punho e fui exatamente no meio de todos aqueles guardas e dragões, liberando toda a minha energia com um grito enquanto golpeava o chão com o punho. Uma enorme explosão elétrica irrompeu, misturando-se aos raios de Ishkar. O alvo de Ishkar explodiu, e os demais dragões foram lançados para trás, fumegando. Eu tremia, estava muito cansado. Olhei em volta e então para cima, a tempo de ver as sombras abandonando o castelo. Elas amontoaram-se no topo, com formas monstruosas de olhos vermelhos, até que tornaram-se humanas... e draconianas. O sujeito que invadiu montava seu dragão prateado do Ar, e começaram a sumir na escuridão da noite. Eu pude ver em suas mãos o ovo de Strahlen. Gritei chamando seu nome, e em retorno ouvi uma risada maligna. A voz, que parecia estar falando diretamente na minha mente, gritava: Eu vou fazer você lembrar este nome, filho de Zeus! HAHAHAH!
Os soldados sobreviventes montaram alguns dos dragões, que penosamente começaram a voar na direção para onde fora o seu líder, levando o ovo de Strahlen. Ishkar queria fulminar todos, mas também estava esgotado. Dragão e dono, despencamos lado-a-lado, ambos sentindo a mesma sensação. A de fracasso."


Nível 9 - Onipotência : O dragão torna-se tão poderoso e respeitável que apenas sua presença causa um profundo medo aos seus inimigos, até mesmo aos aliados (exceto o dono).

Nível 9 - Senhor das Tempestades : A simples presença do Dragão de Trovão faz o tempo agitar-se em tempestade. Quanto mais tempo ficar em um lugar, maior a chance de ocorrer uma tempestade de raios.

Nível 9 - Senhor dos Raios : Os raios curvam-se à vontade do Dragão, caindo onde ele quiser. Não gasta energia, mas só pode ser usada uma vez em cada 5 rodadas. Funciona apenas na presença de nuvens de chuva.

Nível 9 - Rajada Elétrica [Avançado] : O dragão dispara dos chifres uma onda de raios elétricos contínuos. Dependendo o alvo atingido, os raios poderão espalhar-se até atingir também as unidades próximas. O uso da habilidade requer 250 pontos de energia.



"Não esperei nem mais um dia. Assim que eles sumiram de vista, pedi a Ishkar para se esforçar para que raios começassem a cair pelas redondezas, preferencialmente na cabeça de um daqueles soldados, apenas para disfarçar. Apressei-me em montar Ishkar, então subimos pelas nuvens e viajamos novamente até a Rússia, chegando em poucos minutos ao castelo onde Ishkar viu pela primeira vez os dragões sendo capturados e aparentemente escravizados, o castelo de... daquele filho de Hades que eu ainda nem sabia o nome. Meu plano era muito simples, me vingar libertando todos os dragões que eu pudesse encontrar enquanto o filho de Hades não voltava - a não ser que você seja um relâmpago, viajar da Alemanha até a Rússia demora. Nosso plano todo foi pelos ares quando vimos de longe uma briga de alguns soldados com dragões contra um dragão de um azul escuro e intenso como o mar. Havia outra pessoa lutando ao lado do dragão azul. Não tive dúvida, informei a Ishkar nosso novo ponto de aterrissagem. Irrompemos no meio da batalha como um emaranhado de raios que botou um dragão avermelhado fora de combate imediatamente. Agora só restavam mais 8. Pude ver com mais clareza assim que descemos. Uma garota de longos cabelos negros e olhos verdes profundos lutava contra alguns soldados que, olhando mais de perto, podia-se ver transparecer os ossos. Eram zumbis, soldados mortos e esqueléticos. Todos pararam de se matar por breves instantes, surpresos e atordoados com o imenso raio que atingiu o campo de batalha - a margem de um rio congelado, ao lado de uma floresta completamente coberta de neve. A surpresa foi posta de lado e todos voltaram ao combate assim que eu desci de Ishkar com a espada em mãos, desmontando 2 daqueles guerreiros-zumbis esqueléticos. Os dragões - a maioria deles com 3 a 5 metros de altura, todos menores do que Ishkar e o dragão azul - avançaram contra mim, mas Ishkar os atacou a tempo de me salvar. Os raios elétricos saíam de seu corpo e encontravam-se com os 5 dragões mais próximos, eletrocutando-os. Ergui minha espada para o céu, invocando um trovão para disparar contra um dos dragões, para ajuda Ishkar. Com sua aura tempestuosa, não era difícil que os raios caíssem quando Ishkar estava por perto. Nossa chegada pareceu revigorar os ânimos da jovem e seu dragão, pois eu pude ver três dragões serem atingidos ao mesmo tempo por um único golpe com o rabo do dragão azul - que, até onde eu sabia, parecia ser uma fêmea, pelas feições. Tive a impressão de que seu rabo era na verdade uma enorme onda de água, e percebi que não era apenas uma impressão quando após o golpe, os dragões foram lançados, molhados e arrastados pelas águas. O terreno molhado fez com que a eletricidade se espalhasse mais facilmente, eletrocutando e desmaiando rapidamente todos os dragões e explodindo os esqueletos. Ishkar teve de tomar cuidado para conter seus raios de forma a não atingir a garota e o dragão azul, mas finalmente vencemos. Ishkar estava com uma cara péssima, achei que ele fosse desmaiar a qualquer momento. Os raios cintilavam timidamente em volta de seu corpo, como se estivessem prestes a se apagar. Ele gastara muita energia em muito pouco tempo, precisava de repouso imediatamente. Voltei-me para a garota, que ainda nos encarava com surpresa, e então Ishkar desabou na neve. Corri até ele, mas ele respondeu por telepatia.
Eu vou ficar bem... depois de alguns dias dormindo.
E então eu senti que ele caiu no sono. O dragão azul arfou e então deitou-se também, deveria estar muito cansada, talvez mais até do que Ishkar. A garota me fitou por alguns instantes.
- Belo dragão você tem aí. - Ela falou enquanto olhava para Ishkar, adormecido na neve. - Nunca tinha visto um desses antes.
- Eu acho que é porque Ishkar é único... - refleti um pouco sobre como Ishkar havia nascido. - Um presente de meu pai, eu diria.
- Bem, Kashmir - ela indicou seu dragão azul - também foi uma bênção de meu pai. Por falar nisso, eu sou Lara Crowford, filha de Poseidon.
- Eu sou Drako, filho de Zeus.
Ela me analisou por alguns instantes, como se estivesse tentando decidir se ia ou não me matar.
- Filho de Zeus, é? Eu suspeitei. Então, filho de Zeus - ela falou como se fosse a pior coisa do mundo, ou quase isso -, o que faz por aqui?
- Eu poderia perguntar-lhe o mesmo.
Ela deu de ombros.
- Eu venho espionando Klaus Burkhard desde que ele mandou um exército atrás de mim para tentar capturar minha preciosa Kashmir - Lara acariciou as escamas azul-turquesa de seu dragão.
- Klaus Burkhard... você quer dizer o... - apontei na direção do castelo, que ficava a alguns quilômetros dali, enquanto me sentia constrangido ao perceber que eu quase nada sabia sobre aquele sujeito.
- É, o filho de Hades. Ele está usando os dragões para alcançar o poder, e eu não gosto disso... - ela olhou para Ishkar e depois para mim, com um tom de desaprovação.
- Kashmir parece ser bem poderosa, deve ser por isso que Klaus estava atrás dela... - Lara me encarou por alguns instantes com uma expressão pouco amigável.
- Bom, agora precisamos ir antes que esses dragões acordem, ou que novos cheguem.
- Mas espere, e o que faremos a respeito deles? Vamos simplesmente deixá-los aqui para ficarem sob poder de Klaus?
- Não há muito o que possamos fazer... com sorte, eles fugirão ao acordarem, mas eu acho pouco provável... e como não vou conseguir matá-los, é melhor eu ir embora logo. Kashmir, vamos.
Ela passou novamente a mão sobre Kashmir, agora se aproximando mais dela. A neve derreteu embaixo de onde estavam e pequenos jatos de água irromperam do chão, despertando e revigorando o dragão imediatamente, como se ela nunca tivesse se envolvido naquela ou em qualquer outra batalha.
- Espere, aonde você vai? Digo, se pretendemos enfrentar Klaus, devemos nos unir. Ele não parece alguém que possa ser vencido tão facilmente...
- Aonde eu vou? Eu vou voltar para o reino de meu pai. Não posso ficar com Kashmir aqui, é perigoso, não posso deixar Klaus se apoderar dela. Preciso voltar para treinarmos mais.
- Tudo bem então. Se precisar de ajuda, pode me encontrar em...
- Eu sei onde te encontrar, Drako. Nos vemos por aí.
Lara partiu montando seu enorme dragão azul-turquesa e foi voando em direção ao mar, que jazia há alguns quilômetros dali. Memórias de Yantar vieram-me à memória... ao voar, Kashmir era ligeiramente mais rápida do que aquele grande Dragão Rubro que sacrificou-se por mim em batalha. Diferente de Yantar, que parecia lutar contra o vento - uma batalha que ele sempre vencia com facilidade -, Kashmir deslizava gentilmente pelo ar, como um rio fluindo por entre as pedras. Logo perdi Lara e seu dragão de vista no horizonte. Achei melhor acordar Ishkar para darmos o fora dali também. Juntei as palmas das mãos e esfreguei enquanto aproximava-me de Ishkar. Afastei gradativamente minhas palmas enquanto me colocava ao lado de Ishkar. A eletricidade cintilava por entre meus dedos e aumentava enquanto eu as afastava. Finalmente eu tinha uma quantidade considerável de eletricidade nas mãos, embora isso quase tenha custado-me a consciência. Repousei as mãos sobre o flanco dourado de Ishkar e descarreguei toda a eletricidade que consegui passar para seu corpo. Os raios voltaram a faiscar em volta de seu corpo enquanto ele abria os olhos.
- Precisamos dar o fora daqui...
Ishkar assentiu enquanto eu montei em suas costas e segurei firme em dois de seus espinhos. Ele alçou voo e eu me debrucei em sua coluna, abrindo espaço entre alguns dos espinhos - que não podiam me ferir. Gostaria de poder dizer como chegamos em casa, mas receio que não estava acordado para contar."


Nível 10 - Lightning Rain : Agora, quando o dragão usar as habilidades Sky Rider, Lightning Rider e Ride the Lightning, devido ao seu grande tamanho e poder, ele não se transformará apenas em um raio, mas sim em uma chuva de raios entrelaçados, tão rápido como antes, porém muito mais forte.




Dragões do Trovão receberão 8 pontos de vida e 12 pontos de energia por nível evoluído (até o primeiro Dobrar Status).

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#2

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por Quíron 11/12/11, 01:28 pm

Quíron

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Coordenador do Acampamento
Coordenador do Acampamento

    | Capítulo III |

"Voei em uma velocidade extremamente alta nas costas de Luft até o meu castelo. Luft era um dragão de Ar e era mais rápido do que aquela lagartixa dourado de Drako. Mantinha o ovo de dragão no meu braço, Strahlen, como disse aquele idiota filho de Zeus. Em um piscar de olhos estávamos no meu castelo. Caminhei nos corredores com o ovo na mão, estava extremamente realizado - quase feliz - por ter o recuperado das mãos daquele maldito, mesmo que isso significasse guerra. Não me importava, agora eu teria ao menos um motivo para destruir aquele idiota. Estava quase chegando ao meu aposento quando fui interrompido por um esqueleto general, não me importava o nome dele, era um inútil de qualquer jeito.
- Senhor... nós... nós... - Ele tentava dizer, mas gaguejava com o seu trom tremulo. Tive vontade de esmagar todos os ossos que ainda lhe restavam, mas me contive.
- Diga logo, idiota. Não tenho tempo para perder com você. - Falei sem paciência.
- Nós falhamos com a filha de Poseidon. - Disse ele, ainda com o tom tremulo e rápido demais, como se se falasse rápido iria me irritar menos. Ele encolheu os ombros e se afastou. Eu apertei a mão e tive que tomar cuidado para não esmagar o ovo. Então suspirei e olhei para ele.
- Deveria ter ficado e morrido. - Sem demorar mais continuei andando até o meu aposento.
Será que ele não percebia que se morresse lá seria mais útil? Idiota, eu iria dar todos os ossos daquele inútil para Luft mastigar. Deixei o ovo em cima de uma poltrona e sentei em minha cama, com muita raiva, soquei algumas vezes o colchão. Decidi então me levantar e ir até aquele maldito e manda-lo de volta ao tártaro de uma vez por todas. Levantei-me e caminhei apressadamente até a porta até que ouvi alguns estralos. Virei-me rapidamente e corri até a poltrona onde estava pousado o ovo e de lá saia um dragão bebê. Tinha uma coloração próxima a índigo e suas escamas eram negras a ponto de desaparecerem às vezes. Passei a mão sobre o corpo dele e ele fez comunicação telepática comigo.
- Obrigado. - Disse ele em minha mente - Tamanha foi a sua raiva que fez com que eu chocasse. - Assim que ele terminou de falar, o esqueleto idiota entrou no quarto, trajando uma armadura completa e com uma espada na bainha.
Eu tive vontade de esmaga-lo, mas ele olhou para o dragão e saiu correndo como se não houvesse amanhã. Eu sorri. Tinha uma estranha sensação que aquele dragão e eu teríamos um bom relacionamento."
Nível 1 - Telepatia : Dragão e dono possuem um elo de ligação que os permite comunicarem-se perfeitamente por telepatia.
Nível 1 - Aura Sombria [Inicial] : O dragão emana uma leve aura sombria, capaz de amedrontar oponentes - e aliados de baixo intelecto -, além de camufla-lo parcialmente na escuridão.

"Strahlen estava crescendo. Era um pouco mais corpulento que Luft e um tanto menos veloz. Ao contrário de Luft, não sabia voar, mas isso parecia normal. Comecei treina-lo contra esqueletos inúteis que me irritavam, mas todos tremiam de medo dele e eram derrotados com facilidade. Me sentia irritado ainda mais com aqueles pedaços de ossos ambulantes. Eles não estavam ajudando em nada no treinamento, Strahlen só ficava mais confiante que era invencível e isso não era bem verdade. Então chamei um humano, um guerreiro que havia feito algum tipo de besteira em campo de batalha e seria minha cobaia. Os esqueletos disseram que ele era corajoso e eu iria testar. Levei-o até Strahlen, o homem não teve medo do dragão, pelo contrário, tinha um olhar confiante. Strahlen já havia crescido bastante, ele tinha pequenos espinhos saindo de sua coluna, chifres e também dentes. Nada muito aterrorizante, ele ainda era um filhote. O homem tirou o seu arco das costas e agarrou uma flecha de seu aljava de couro. Senti um tanto por Strahlen, ele era pequeno e não muito ágil, aquela flecha poderia ser fatal pra ele. Mas eu estava subestimando o incrível dragão. Assim que o homem colocou a flecha em seu arco e puxou o cordel, Strahlen se deitou, envolveu seu corpo com a cauda e fechou os olhos, a flecha ia rapidamente em direção a ele e quando ia chocar contra o dragão, algo aconteceu. Ela não o acertou, simplesmente sumiu ao entrar em contato com uma espécie de portal de puras sombras. Admirei-o e me perguntei pra onde a flecha teria ido, então olhei para o homem, que estava beirando a morte com a flecha que ele próprio havia soltado, atravessada em seu coração."
Nível 1 - Proteção Sombria [Inicial] : A aura do dragão se intensifica, porém visivelmente nada acontece. Porém à pequenos objetos entrarem em contato, como flechas, o objeto irá para outra dimensão e refletirá no atacante (na maioria das vezes). O uso da habilidade requer 40 pontos de energia. As
habilidades de Proteção Sombria entrarão em espera durante 2 turnos.


Nível 2 - Armadura de Ossos [Inicial] : Os ossos do dragão começam a desenvolver-se, crescendo até saírem do corpo para formar pequenos chifres, dentes e espinhos ao longo da coluna, porém pouco afiados, quase não causarão dano por enquanto.

Nível 2 - Força Draconiana [Inicial] : Trata-se de um modo em que o dragão aumenta sua força, velocidade e resistência, por um turno. O uso da habilidade requer 40 pontos de energia. A habilidade entrará em espera durante 2 turnos.

Nível 3 - Rajada de Sombras [Inicial] : Uma pequena rajada feita composta pela mais pura escuridão é lançada da boca do dragão, não é capaz de causar grandes danos, porém se intensificará na escuridão/sombras. O uso da habilidade requer 50 pontos de energia. As habilidades Rajada de Sombras entrarão em espera durante 1 turno.

Nível 4 - Aura Sombria [Intermediário] : A aura sombria do dragão se intensifica, aumentando assim o raio de alcance e agora causará intimidação em inimigos de porte e intelecto maior. A aura se intensifica ainda mais com as emoções dos dragões, podendo causar a paralisação total (por medo) de um inimigo de baixo intelecto em casos MUITO raros.

Nível 6 - Rajada de Sombras [Intermediário]: Da boca do dragão de sombras, uma rajada surge. Da escuridão mais profunda, que envolve e engole qualquer tipo de iluminação em seu caminho. Causa danos consideráveis e abrangem uma área maior do que antes. O uso da habilidade requer 120 pontos de energia. As habilidades Rajada de Sombras entrarão em espera durante 1 turno.

Nível 4 - Aura Sombria [Intermediário]: Onde quer que o dragão vá, a sua aura o acompanha, trazendo, como num vento impetuoso, medo e terror nos mais intimidadores inimigos. Entretanto não tem sucesso em amedrontar inimigos - ou aliados - muito mais poderosos do que si. Neste nível, o dragão se camufla na escuridão, um efeito parecido à habilidade Sombras, dos filhos de Hades.  

Nível 5 - Shadow's Trick: Confere a habilidade do dragão se transmutar na mais pura sombras, tornando-se intangível e podendo viajar distâncias não muito longas neste modo, embora o elo de telepatia com o dono não funcione quando neste modo. O uso da habilidade requer 60 pontos de energia, e mais 20 por turno que permanecer nas sombras. A habilidade entrara em espera durante 5 turnos.

Nível 6 - Proteção Sombria [Intermediário]: A aura do dragão se intensifica de maneira à que a escuridão possa dobrar o tamanho da criatura. Qualquer projétil, arma ou habilidade de porte médio/pequeno é engolida pelas sombras, e refletirá sob o atacante (efeito decidido pelo narrador). O uso da habilidade requer 90 pontos de energia. As habilidades de Proteção Sombria entrarão em espera durante 2 turnos.

Nível 7 - Shadow's Passage: Neste nível, o dragão é capaz de viajar pelas sombras e trazer passageiros. O uso da habilidade requer 90 pontos de energia, e mais 20 por passageiro adicional, salvo o seu dono. A habilidade entrara em espera por 8 turnos.

Nível 8 - Aura Sombria [Avançado]: A simples presença do dragão fará com que vegetação e insetos morram num raio de dez metros. É impossível, até pros olhos mais treinados, detectar o dragão nas sombras. À esta altura, o terror que o dragão causa é ainda maior do que os de filhos de Hades, fazendo com que monstros e aliados incrivelmente poderosos batam em retirada ante à presença amedrontadora da criatura.

Nível 9 - Carrier of Darkness: O dragão entra num estado em que as sombras tomaram o espaço do lugar num raio de cinquenta metros. Suas habilidades intimidadores, assim como todo o resto será ampliada, e mesmo estando longe, a sua respiração e seu cheiro será sentido por todos os oponentes da área abrangida, causando-os enorme terror e medo. Não faz com que os habilitados com "visão noturna" fiquem cegos. O uso da habilidade requer 80 pontos de energia. A habilidade entrar em espera durante 9 turnos.

Nível 9 - Rajada de Sombras [Avançado]: Uma rajada tão impetuosa quanto a morte é soprada pelo dragão de sombras. Uma área enorme é abrangida, e seu passar corrompe qualquer forma pequena de vida no caminho, assim como qualquer fonte de luz. O uso da habilidade requer 250 pontos de energia. As habilidades de Rajada de Sombras entrarão em espera por 1 turno.

Nível 10 - Proteção Sombria [Avançado]: O dragão é envolto por escuridão, que refletirá praticamente qualquer golpe infligido sobre ele. O uso da habilidade requer 200 pontos de energia. As habilidades de Proteção Sombria entrarão em espera durante 2 turnos.

Dragões de Sombras receberão 7 pontos de vida e 13 pontos de energia por nível evoluído (até o primeiro Dobrar Status).


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