Havia sido uma noite difícil.

Meus turnos de patrulha haviam dobrado na última semana o que havia diminuído o meu contato com minha talentosa irmã e, quando finalmente tive uma folga, resolvi visitá-la onde ela geralmente estava: A biblioteca de Nova Roma.

O acervo que nós dispúnhamos era vertiginosamente maior que o dos gregos, tanto que as vezes eu mesmo me via perdido em meio a tantos exemplares. Era uma pena que muita coisa fora perdido no incêndio em Alexandria.

A encontrei de costas, conversando com a bibliotecária que parecia mostrar algo para ela. Minha irmã estava compenetrada no assunto e eu resolvi que não deveria incomodar, cruzando meus braços na altura do peito e esperando pacientemente com minha postura disciplinada adquirida de meus treinamentos como Guarda Romano.

Parando pra pensar, tudo estava muito diferente de meses atrás, onde eu só pensava em como aumentar meus poderes mágicos para voltar para o japão e viver minha vida de exorcista. Agora meus objetivos eram apenas proteger todas aquelas pessoas que eu descobrira ser minha nova família, especialmente a menina vívida que estava na ponta dos pés, com suas maria-chiquinha remexendo-se inquietamente.

Eu ri levemente.

Encaro a tiazinha, meio confusa, porém tentada. Olho do lírio desenhado para ela, e dela para o lírio, espremendo os olhos e tentando entender se há alguma pegadinha ali.

-- Hã... E para quê exatamente você quer este lírio? -- Tomo a imagem nas mãos e estudo-a com mais atenção, sedenta por reconhecer qualquer característica familiar na espécie que eu pudesse ter visto antes em alguma flor mágica ou mesmo normal -- " ele nasce perto de um lago que ao receber a luz da lua" -- repito suas palavras -- Qualquer lago? Durante qualquer fase da lua?

Bom. Para interromper uma empolgante tarde de estudo e leitura na biblioteca, a intromissão dela teria de valer à pena. Se a flor crescia ao ladod e qualquer lago e durante qurante qualquer fase da lua, eu certamente ja teria visto alguma, então trato de identificá-la e dizer à tia que levaria alguma para ela quando encontrasse. Se não, apenas ouço as instruções da velha.

Meus dias - quando não tinha de ficar de guarda, claro - costumavam ser tranquilos, e eu gostava de buscar por referências para meus materiais na coleção que o antigo centauro construíra e guardara pra nós por tantos milênios.

Ouço com atenção qualquer explicação que a tiazinha possa vir a dar, e anoto tudo mentalmente.

Estreito os olhos para a tiazinha.

-- Tá. Onde encontro este rio? Digo, lago?

Me levanto e começo a reunir minhas coisas para sair.

Aceno para a tiazinha e reúno minhas coisas, saindo dali pro meu chale para reunir meus pertences para a viagem.

Quando me viro e começo a andar, vejo meu irmão Harutora fazendo qualquer coisa ali. Lembro do aviso da senhora de que deveria levar ajuda, e lembro também da ultima batalha que tinha tido. Eu e meu irmão haviamos feito uma boa dupla defendendo as fronteiras algumas noites atras.

Caminho até ele, sorridente, e abordo-o pulando em sua frente.

-- Vamos numa missão? -- pergunto-lhe de olhos arregalados, feliz.

Fiquei observando a conversa de longe sem me intrometer nela e esperando pacientemente pela pequena que parecia extremamente curiosa a cerca do que a bibliotecária lhe mostrava em um livro. Devo dizer que eu mesmo quiquei algumas vezes no lugar pra controlar a curiosidade de mago, mas me contive.

Quando ela se virou, saltou diante de meus olhos, com seu semblante meio desvairado, convidando-me a participar de uma nova empreitada. Eu podia estar cansado das patrulhas, mas não permitiria que minha irmã rumos se sozinha para um novo embate como fora antes e juro que em meu interior algo estava extremamente feliz com o convite.

- Claro, porque não? - Sorri, a acompanhando em direção a saída. Ela me explicou que teríamos de voltar a noite na biblioteca- So vou pegar minhas coisas na barraca, nos encontramos aqui mais tarde. - Falei, me dirigindo ate minha coorte.

Quando estava no horário, me preparei para a viagem e, quando estava saindo da barraca, me encontro com um destacamento dos Guardas se preparando para a patrulha com alguns outros legionários. Desde que a confusão com os egípcios havia se iniciado, as patrulhas se tornaram ainda mais constantes e não tínhamos guardas o suficiente para o trabalho, por isso estavam sendo mistas.

Lembrando-me de minha última patrulha, resolvi que precisava de um reforço para seja lá o que fôssemos buscar e pedi que o oficial daquele destacamento me cedesse um dos campistas. No início ele pareceu relutante, mas depois seu semblante se acendeu me oferecendo um campista brutamontes e barulhento.

Percebi que ele já desejava se livrar de Lorenzo, um dos centuriões do acampamento. Dei de ombros e aceitei a oferta, era melhor que nada.

Quando nos reunissemos na frente da tenda, apresentaria nosso reforço para Elié, esperando que ela não se irritase com minha atitude.

Equipamento:

Poderes Ativos:

Passivas Magia:

Passivas Áquilla:

Passiva Ancestral: