Normalmente eu ficava no Acampamento Júpiter fazendo minhas atividades e treinos diários evitando sair para outros lugares distantes do que eu poderia chamar de lar. No entanto, desta vez foi diferente das demais ocasiões que saí de Nova Roma, um sentimento estranho de preocupação pairava por minha mente naquela tarde impelindo meu corpo para o lado grego. Por experiência própria aprendi que quando sentimos algo do tipo é bom confiar nos instintos, além do mais havia poucas semanas que tinha pisado por lá e desde o último incidente não obtivera notícias sobre como os graecus lidaram com a situação das invasões.

Tendo a aprovação do Conselho romano e do pretorado parti ao Acampamento Meio-Sangue. Mal chegando lá encontro com o regente-interino e logo me apresenta a alguém que provavelmente teria de ajudar, afinal, não ligava muito se era lutar com monstros ou auxiliar gente nova como suspeitava dela (conhecia as características de um calouro em Camp grego, mas não poderia subestima-la), pois estava ali para isso: servir e honrar a Nova Roma independente da tarefa que recebesse. Porém, ao ouvir para qual região deveríamos seguir minha memória recordou do incidente na floresta, a invasão dos homens e goblins e na quase morte da garota feita de refém por um deles, fora por muito pouco que ela não teve uma cicatriz profunda e irreparável na jugular.

– Alícia, não é mesmo? - tentei a confirmação da garota a minha frente buscando fixar seu nome. Estendi-lhe a mão num gesto amigável esperando que a apertasse cordialmente. – Muito prazer, sou Ahmar.

Enquanto nós caminhávamos ao local indicado pelo filho de Júpiter versão grega, tentei amenizar a sensação de perigo com uma pergunta descontraída dirigida minha recém colega de vida semidivina:

– Está a muito tempo por aqui?

Arsenal:

Habilidades passivas a considerar em toda a narrativa:

Adulto? Eu não esperava ser chamado assim tão cedo. Uma curta palavra dita não era capaz de conter todo o seu significado, mas que me fez refletir durante todo o percurso. Todos nós passamos por coisas que nos fizeram amadurecer antes do necessário, algumas inacreditáveis para outros ou até repugnantes para nós mesmos, mas cá estamos nós forjados em lutas e moldados em sobrevivência. Estamos vivos, e isso basta.

- Você também parece ter vivido um bocado. - falei com um leve sorriso de canto, afinal, éramos semideuses. Supunha que nossa vida não fosse tão simples como parecia.

O clima de descontração rapidamente se esvaiu de meu semblante dando lugar a minha conhecida expressão de seriedade quando estava a enfrentar uma batalha. Algo não estava magicamente certo, alguém tentava encobrir seus rastros e certamente não tinha boas intenções para querer passar despercebido num lugar como esse. Silenciosamente, apontaria as pegadas no chão para a garota sussurrando "Cuidado aqui" subentendendo que se preparasse para o que viesse a partir de agora. Armaria meu arco com uma das flechas segurando o cabo da arma com segurança me colocando em posição ofensiva para conseguir atacar disparando um projétil ou esquivar de algum golpe surpresa. Quem quer que fosse poderia estar perto de nós e um combate talvez fosse a única alternativa.

Eu sempre estou aberto a um diálogo com desconhecidos, mas se ameaçam a mim ou algo que me importe a retaliação é a morte.

Habilidades:

Arsenal:

Todo aquele suspense não estava fazendo bem ao meu coração, a suspeita ideia que mais picolés gelados e goblins escravizados invadiam o lar dos graecus dava um nó na minha garganta, vários faunos morreram ou ficaram gravemente feridos na última investida. Sem esperar nenhum segundo ao ouvir um ruído a minha esquerda disparei um projétil para logo em seguida ficar envergonhado de minha ação. Eu havia atirado a flecha em uma dríade! Senti meu rosto ficar vermelho e murmurei um pedido de desculpas enquanto ela discorria sobre proteção ambiental, afinal de contas é um tema revelante.

Olhei para Ava, como Alicia disse que costumava ser chamada, buscando algum indício se ela sabia sobre quem o espírito da natureza falava enquanto fomos guiados a uma clareira. Mesmo numa linda cena como a que meus olhos contemplavam a sensação de alguém esta tramando algo mágico por baixo de nossos narizes persistia intensa. Não demorou muito para descobrir de que lugar o trote apareceria. No minuto que eu ia perguntar a dríade sobre quem ela estava falando, Ava é sequestrada por um montinho de arbustos que certamente poderiam estavam envolvidos com a nossa missão. Eu tinha uma escolha a fazer: deixar que levassem a garota e descobrir mais informações a respeito das criaturinhas ditas pelo garoto mais cedo ou parecer deselegante com a personificação natural próxima a mim. Ora, por que não tentar fazer os dois?

Utilizando de meu controle sobre as Forças da natureza, tentaria criar uma barreira de pedra para o arbusto malandro levantando o chão alguns centímetros a frente dele em formato de semicírculo/meia-lua na direção em que corria para dar chance da semideusa reagir e, quem sabe, conseguir capturar um pedaço do mato fugitivo. Talvez ela me perdoasse depois uma possível dor de cabeça com o impacto rochoso, mas precisávamos descobrir com o que iremos lidar. Também perguntaria a nossa acompanhante mitológica o que realmente estava acontecendo enquanto estava de olho no arbusto, nem sempre o que chega ao acampamento/a liderança é o que de fato se passa na situação. Todo o meu desconforto mágico, criaturas que desaparecem e fazem brincadeiras perigosas... Por Magia!, nada naquilo parecia certo. Torcia para que minha suspeita de leprechauns ou pirraças estivesse errada. Se bem que ainda tinha duendes para completar a lista de desgosto.

– Por gentileza, explique o que está havendo com detalhes.

Não esperaria a garota chegar ao nosso encontro, pois pode ser que eles fossem mais insistentes que o nosso tempo permitiria.

Nível 2 – Regeneração de Luna I: Os filhos de Hécate possuem uma ligação incomum com a magia, a noite e a lua. São capazes de recuperar energia mais rapidamente que a maioria, recuperando 5% de WIS por Rodada. Quando estão sob a luz da lua esse valor é acrescido de mais 3%.

Nível 8 - Alento da Encruzilhada: Sendo filho da deusa das encruzilhadas e dos caminhos, os filhos de hecate terão uma melhor noção de qual caminho tomar em situações de difíceis escolhas. Como filhos de uma deusa reconhecida mitologicamente por todos os 3 Grandes, os filhos de Hécate também terão passagem garantida através do Céu, do Mar e do Submundo – Não quer dizer que monstros não os atacarão, somente que não serão alvo da birra dos deuses.

Nível 1 - Forças: O filho de Hécate manipula um dos cinco elementos em quantidades de acordo com o número total de WIS do semideus. Por exemplo: Pode usar uma tocha pra disparar uma bola de fogo básica ou fazer uma labareda gigantesca. Requer no mínimo 20 pontos de energia que podem ser acrescidos de acordo com a quantidade de elemento controlado, a decisão ficando ao encargo do narrador. Essa habilidade poderá ficar ativa por mais de uma rodada, como por exemplo para fazer uma esfera de água flutuar no ar, caso isso ocorra o custo por rodada será igual ou semelhante ao custo inicial, tudo definido pelo narrador.