Ω Nome: Miyamoto Musashi
Ω Idade: 17
Ω Aparência: Olhos negros, um rosto de expressão séria. A pele é bronzeada pelo sol, e os cabelos lisos negros como a noite. O garoto tem um porte atlético comum.
Características Psicológicas:
Ω Humor: Humor é algo que ele não têm. Geralmente sério e sem graça, o garoto somente vive seus dias treinando com uma espada de madeira sem se perguntar o que há do outro lado dos muros que o cercam.
Ω Três Qualidades: Focado, Determinado, Mentalmente estável
Ω Três Defeitos: Ignorante (burrice mesmo), cabeça dura, emocional duma pedra - tipo o Sai
Ω História:
Não vou dizer que minha vida foi difícil. A maioria talvez não tenha sido fácil mas... há pessoas com vidas piores, quero dizer.
Eu nasci no Hawaii. No cerne das cidades periféricas, onde a vida corria longa e devagar, serena. Vale dizer que 1/3 da população Havaiana é descendente de Japoneses e, bem, aqui estou eu. No cerne, na raiz. Uma familia tradicional que, há muito, viera para cá como segurança para conquistadores - ou mestres escravos. Hoje em dia? Apenas uma família respeitada, mas não pelo que fazíamos antes. Mas sim, pelas fazendas de café herdadas por minha mãe e minhas tias.
Otsuru Kamado era minha mãe. Meu pai? Tudo o que sei sobre ele é que era um viajante, como minha mãe dissera. Meu pai era um tabu entre nós. Eu tinha um irmão mais velho, que também não falava sobre ele, mas que eu acreditava que o tivesse conhecido. Ele treinava as técnicas passadas pela familia de minha mãe; já que ela era uma mulher e filha única, meu avô vivera decepcionado em "não poder" lhe ensinar o antigo estilo de manejo de espada da familia Kamado. Quando meu irmão nasceu, ele ficou feliz e aliviado. E quando eu nasci, seu orgulho dobrou. Nós iamos para o colégio pelas manhãs até o inicio da tarde. Então iamos para uma academia onde vários esportes estavam disponiveis para estudantes de toda a cidade. Alguns preferiam basquete, futebol, corridas, judô... Eu e meu irmão ficavamos felizes na pequena turma de 8 praticantes de Yoga e Kendo, a tradicional arte japonesa de espadas. Às noites nosso avô reforçava nosso treino;
E em falar em treino... Aqui estavamos um belo dia à noite. Olhei para Shu. Ele me olhou de volta. Em suas mãos, uma espada de madeira. Uma clássica katana longa; curvada, elegante. Nas minhas... Uma lâmina media, menos curvada, e uma mais curta na outra, virada para as costas da mão. Eu sempre gostara de duas espadas. Não porque achasse mais eficiente de alguma forma... Eu apenas gostava. Avancei em sua direção. Shu moveu-se devagar pro lado... Mas sua lâmina de madeira moveu-se mais rápido do que meus olhos puderam acompanhar, e logo eu tinha o nariz sangrando enquanto caía no chão, os olhos cheios de lágrimas.
- Droga, Shu! - Exclamei.
- Haha! Desculpe, irmão. Você estava muito sério, então eu tive de ir sério também.
Olhei pra ele mal humorado, vendo o sangue que escorria de meu nariz. Nós já estavamos acostumados, mas quando algo assim acontecia eu não conseguia deixar de ficar agitado. Aquela cultura não era rara onde viviamos, mas devo admitir, nossa familia levava isso a sério demais, talvez.
- Foi uma excelente reação, Shu - ouvi a voz de meu avô atrás de nós e me virei, envergonhado - E você... Tenha mais calma, Musashi. Você apressa demais o encontro de suas laminas e seus corpos...
Sem entender o que ele queria dizer, só me levantei. Olhei pra rua onde alguém passava além de nossas cercas. Estranho. Olhei de novo para a pessoa, e fiquei estagnaro. Aquele homem... Aquele homem tinha chifres? Ele me olhou por um momento e então parou também, me encarando de olhos bem abertos. Ele se virou e seguiu reto.
Passei o restante do dia pensando sobre aquilo. Era a quarta ou quinta vez que eu via alguém como aquele cara... Um homem com chifres. Já tinha visto uma mulher com uma perna de bode e outra de metal em um supermercado. E também um cachorro com duas cabeças na rua. Mas ninguém mais parecia estranhar... Primeiro pensei que fossem fantasias, mas estas pessoas sempre me viam também... como naquele momento.
Isto persistiu até que decidi contar à minha mãe. E naquela noite, ela chorou como há muito tempo nao fazia. Permaneci sentado no chão, apertando meu kimono entre os dedos enquanto ela se acalmava. Por fim... Ela me deu uma pena, tinta e um pergaminho, e me disse para escrever uma carta. E aqui estou depois de enviar esta carta... Num eterno aguardo pelo que será de minha estranha, não difícil e pouco movimentada vida.
Ω Idade: 17
Ω Aparência: Olhos negros, um rosto de expressão séria. A pele é bronzeada pelo sol, e os cabelos lisos negros como a noite. O garoto tem um porte atlético comum.
Características Psicológicas:
Ω Humor: Humor é algo que ele não têm. Geralmente sério e sem graça, o garoto somente vive seus dias treinando com uma espada de madeira sem se perguntar o que há do outro lado dos muros que o cercam.
Ω Três Qualidades: Focado, Determinado, Mentalmente estável
Ω Três Defeitos: Ignorante (burrice mesmo), cabeça dura, emocional duma pedra - tipo o Sai
Ω História:
Não vou dizer que minha vida foi difícil. A maioria talvez não tenha sido fácil mas... há pessoas com vidas piores, quero dizer.
Eu nasci no Hawaii. No cerne das cidades periféricas, onde a vida corria longa e devagar, serena. Vale dizer que 1/3 da população Havaiana é descendente de Japoneses e, bem, aqui estou eu. No cerne, na raiz. Uma familia tradicional que, há muito, viera para cá como segurança para conquistadores - ou mestres escravos. Hoje em dia? Apenas uma família respeitada, mas não pelo que fazíamos antes. Mas sim, pelas fazendas de café herdadas por minha mãe e minhas tias.
Otsuru Kamado era minha mãe. Meu pai? Tudo o que sei sobre ele é que era um viajante, como minha mãe dissera. Meu pai era um tabu entre nós. Eu tinha um irmão mais velho, que também não falava sobre ele, mas que eu acreditava que o tivesse conhecido. Ele treinava as técnicas passadas pela familia de minha mãe; já que ela era uma mulher e filha única, meu avô vivera decepcionado em "não poder" lhe ensinar o antigo estilo de manejo de espada da familia Kamado. Quando meu irmão nasceu, ele ficou feliz e aliviado. E quando eu nasci, seu orgulho dobrou. Nós iamos para o colégio pelas manhãs até o inicio da tarde. Então iamos para uma academia onde vários esportes estavam disponiveis para estudantes de toda a cidade. Alguns preferiam basquete, futebol, corridas, judô... Eu e meu irmão ficavamos felizes na pequena turma de 8 praticantes de Yoga e Kendo, a tradicional arte japonesa de espadas. Às noites nosso avô reforçava nosso treino;
E em falar em treino... Aqui estavamos um belo dia à noite. Olhei para Shu. Ele me olhou de volta. Em suas mãos, uma espada de madeira. Uma clássica katana longa; curvada, elegante. Nas minhas... Uma lâmina media, menos curvada, e uma mais curta na outra, virada para as costas da mão. Eu sempre gostara de duas espadas. Não porque achasse mais eficiente de alguma forma... Eu apenas gostava. Avancei em sua direção. Shu moveu-se devagar pro lado... Mas sua lâmina de madeira moveu-se mais rápido do que meus olhos puderam acompanhar, e logo eu tinha o nariz sangrando enquanto caía no chão, os olhos cheios de lágrimas.
- Droga, Shu! - Exclamei.
- Haha! Desculpe, irmão. Você estava muito sério, então eu tive de ir sério também.
Olhei pra ele mal humorado, vendo o sangue que escorria de meu nariz. Nós já estavamos acostumados, mas quando algo assim acontecia eu não conseguia deixar de ficar agitado. Aquela cultura não era rara onde viviamos, mas devo admitir, nossa familia levava isso a sério demais, talvez.
- Foi uma excelente reação, Shu - ouvi a voz de meu avô atrás de nós e me virei, envergonhado - E você... Tenha mais calma, Musashi. Você apressa demais o encontro de suas laminas e seus corpos...
Sem entender o que ele queria dizer, só me levantei. Olhei pra rua onde alguém passava além de nossas cercas. Estranho. Olhei de novo para a pessoa, e fiquei estagnaro. Aquele homem... Aquele homem tinha chifres? Ele me olhou por um momento e então parou também, me encarando de olhos bem abertos. Ele se virou e seguiu reto.
Passei o restante do dia pensando sobre aquilo. Era a quarta ou quinta vez que eu via alguém como aquele cara... Um homem com chifres. Já tinha visto uma mulher com uma perna de bode e outra de metal em um supermercado. E também um cachorro com duas cabeças na rua. Mas ninguém mais parecia estranhar... Primeiro pensei que fossem fantasias, mas estas pessoas sempre me viam também... como naquele momento.
Isto persistiu até que decidi contar à minha mãe. E naquela noite, ela chorou como há muito tempo nao fazia. Permaneci sentado no chão, apertando meu kimono entre os dedos enquanto ela se acalmava. Por fim... Ela me deu uma pena, tinta e um pergaminho, e me disse para escrever uma carta. E aqui estou depois de enviar esta carta... Num eterno aguardo pelo que será de minha estranha, não difícil e pouco movimentada vida.