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Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


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Netuno

Netuno
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
A porta do chalé de Atena se abriu, permitindo que um vento frio invadisse o local. Mesmo com o barulho, nenhum dos semideuses acordou. A única de pé aquela hora da noite era Rachel. A meio-sangue tinha acabado de acordar e levantara para lavar o rosto. Algo a incomodava. Foi acordado por um sentimento ruim, como se uma mão invisível estivesse apertando o seu coração. Por mais que tentasse, não conseguia dormir. Vez ou outra ela jurava conseguir ouvir vozes vindo de seu próprio travesseiro. Uma voz masculina, ecoando palavras numa língua desconhecida. O tom ameaçador que possuía atormentava a menina, que era dominada pela incompreensão. Ficou tentada a chamar algum de seus irmãos logo antes da ventania vir.

O ar trazia consigo uma mensagem. Não era escrita, tampouco outra voz. Uma ideia brotava na mente da filha de Atena: Os campos de morango. Cada vez que tentava focar em outra coisa, o impulso ficava mais forte, capaz de mover suas próprias pernas contra a sua vontade.

- Você está sendo chamada pros campos de morangos e toda vez que tenta fazer algo, seja desviar o olhar da porta ou até pensar em alguma outra coisa que não seja ir lá, a vontade de ir para lá se torna cada vez maior. Escolha 2(e apenas 2) itens do seu inventário para levar. Rodada interpretativa. Fique à vontade para descrever seu dia ou o que bem desejar até o momento atual.

#1

Rachel Constantine

Rachel Constantine
Filho(a) de Atena
Filho(a) de Atena
 Há tempos eu me perguntava quando seria chamada para uma nova aventura, desde a minha jornada até o acampamento não havia me envolvido em nada realmente interessante. Meus irmãos mais velhos insistiam que eu deveria aguardar até que minha hora chegasse, algum momento onde seria convocada para fazer parte de algo maior, de orgulhar a nossa mãe. Então, como sempre, fora dormir tarde após dividir o meu dia em treinar as minhas habilidades em batalhas e emergir a minha mente nos livros da biblioteca, o que de certa forma me descansava e me divertia após o cansaço do dia. Ao acordar cedo como de costume, sabia que o incômodo que sentia não era apenas por ter treinado um pouco mais que o normal. Algo estava por vir.

Ao lavar o rosto, percebo que algo estava estranho, só eu estava acordada... estaria tão cedo assim? Por mais vontade de voltar a cama, eu não conseguia. Parecia escutar um som, uma voz... o aperto em meu peito aumentava. Suspiro olhando o meu próprio reflexo no pequeno espelho acima da pia, prendo os meus cabelos em um rabo de cavalo, deixando o meu rosto pálido a mostra e minhas sardas saltadas ainda mais marcadas. As vozes se faziam mais intensas, penso então em chamar Leonardo, em busca de alguma luz para o que aquilo tudo significava... então o vento vem.

"Campos de morangos."



A frase que parece fazer sentido ecoa pela minha cabeça e  uma súbita necessidade de rumar até lá me preenche. "Estranho." penso comigo e rumo até minha cama, pensando em tentar dormir. Mas a vontade aumenta e percebo que meus esforços seriam em vão. Então pego meu fiel escudo, observando a gravura em coruja do mesmo que parecia brilhar levemente. Prendo minha espada á bainha e saio rumando aos campos de morango. O destino parecia implorar pela minha presença, vamos ver o que me aguardava. Enquanto ando, observo o acampamento atentamente, em alerta, em busca de alguma coisa fora do comum.




Mochila:

Descrição:



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Itens:


Descrição:
#2

Netuno

Netuno
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
A filha de Atena pega seu escudo e sua espada e decidi seguir o instinto na direção dos campos de morango. Agora ao ar livre, ela sentia um ar frio passar pela sua pele de maneira suave, a abraçando quase que como um amigo. Olhando para cima, o céu estava repleto de estrelas, simulando uma plateia voltada para a semideusa. A lua estava oculta em meio as nuvens que passavam e uma luz suave tocava o gramado, iluminando a passagem de Rachel. Examinando os arredores, não havia qualquer sinal de qualquer outro semideus ou das harpias de limpeza, permitindo que ela caminhasse sem medo de ser devorada pelas criaturas aladas. Saindo da área dos chalés e estando próxima à arena de combate já era possível visualizar as vastas plantações e sentir o seu aroma agradável. A campista parou, com seus instintos lhe alertando de que algo estava errado. Deu alguns passos rápidos para a lateral, se esgueirando na parede do arsenal. Mais a frente, três criaturas aladas pousaram, esmagando os morangos com as suas garras.

Spoiler:

Ao lado delas um ser encapuzado descia dos grifos, passando as mãos pela sua penugem e deixando que elas se alimentassem das frutas. A respiração da menina parou quando ela pensou ter visto o encapuzado a fitar. Não era possível ver seu rosto, mas o simples virar do seu rosto na sua direção lhe causara calafrios. Paralisada, ela aguardou, segurando sua espada com força e desejando que fosse impressão sua. Quebrando o silêncio, ouviu-se o som semelhante ao de uma águia e em seguida mais pássaros rasgaram o céu. Outros 3 grifos carregavam uma figura com trajes brancos, passando por cima dos estábulos e seguindo na direção da floresta. O encapuzado fitou seu movimento e subiu novamente no pássaro, seguindo na mesma direção. Tudo aquilo parecia não ter muito sentido. Como eles haviam passado da barreira mágica do acampamento e porque estavam ali? No momento em que olhou para trás sentiu uma lâmina em sua garganta. Três garotos de armadura prateada a encaravam, estudando seus movimentos com atenção. O mais próximo deles mantinha sua adaga colada ao pescoço de Rachel.

- Diga quem você é e porque está aqui -
Falou uma voz mais atrás deles. Os outros dois cavaleiros foram para o lado, dando espaço para o que parecia ser uma criança de armadura. O rapaz parecia não ter mais de 11 anos e usava os mesmos equipamentos dos demais, mas em proporção menor.

#3

Rachel Constantine

Rachel Constantine
Filho(a) de Atena
Filho(a) de Atena
Ainda era noite. Estava tão incomodada ao acordar das minhas falhas tentativas de adormecer, que mal percebera aquele fato. Admiro o céu estrelado, me perguntando se minha mãe estaria olhando por mim naquele momento, quando fizera em tantas outras vezes. Toco minha tatuagem de coruja, ela sempre estaria ao meu lado. O caminho se abria pelo gramado sendo iluminado por uma luz gentil, nenhum semideus ou harpia estava por perto, o que me deixou ainda mais curiosa, por quê só eu estava acordada? Então, meus instintos gritam perigo. Me escondo e vejo que talvez eu não estivesse tão só como pensava.

Fico em silêncio observando tudo, tentando assimilar o que acontecia. Haviam grifos, dois seres encapuzados e uma dúzia de perguntas em minha mente. Por um momento, parece que fui pega espionando pela figura misteriosa, mas logo este se vai, seguindo o primeiro. "Ok, mantenha a calma. Tem algo estranho acontecendo. Quem são? Como passaram pelas barreiras?" Então quando me viro para trás, meu sangue esquenta e as coisas parecem passar lentamente pelos meus olhos, graças ao meu TDAH, não dou um passo a frente que certamente me condenaria com aquela lâmina em meu pescoço.

Escuto o que o garoto diz e observo os outros dois, assimilando o máximo de informações com o meu instinto de [Gênio] e me preparando para assimilar um possível movimento mortal do garoto em minha direção. E então, o garotinho continuava a me olhar. Nesses poucos segundos que assimilo tudo, me mantenho imóvel, sem nenhum movimento brusco, até entender o que se passava não poderia tomar decisões ruins. Algo no garoto me era familiar.

- Rachel Constantine, chalé 6. - Respondo a sua pergunta sem vacilar, olhando em seus olhos. Já estivera perto da morte antes, uma lâmina em minha pele era cotidiano visto a minha vida de semideusa e o perigo que me acompanhava por natureza. Prossigo, no mesmo tom tranquilo e suave, sem oscilar. - Não consegui adormecer, escutei vozes que me instigaram a vir até aqui essa noite. Como não consegui resistir a esse estímulo, aqui estou eu. - Abro um sorriso frio e mantenho minha guarda alta. Mesmo imóvel, continuo a observar em silêncio, me preparando para o pior.


Passiva:




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#4

Netuno

Netuno
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
- Rachel Constantine, chalé 6. - Respondeu a menina fitando-o no fundo dos seus olhos. O rapaz se aproximou mais um passo e a menina pôde ver seus olhos, orbes negras com três pontas brancas, como se fosse um céu estrelado. Agora examinando os outros 3, todos tinham essa mesma característica. A criança, no entanto, passava um sentimento de extrema cautela, como se soubesse dizer sem dificuldades se a menina contasse-lhe alguma mentira - Não consegui adormecer, escutei vozes que me instigaram a vir até aqui essa noite. Como não consegui resistir a esse estímulo, aqui estou eu. - Rachel sorri friamente, tentando prestar atenção em relação aos movimentos dos demais. O garoto a estudou dos pés a cabeça e fez um sinal com a mão para o outro que apontava a lâmina para seu pescoço, fazendo-o recuar a arma e a prender em sua cintura.
- Seja um chamado dos deuses ou esquizofrenia sua, estamos no meio de algo além da sua compreensão. -
Afirmou, sendo cortado pelo rapaz que havia ameaçando a filha de atena com a lâmina.
- Connor, as harpias vão se aproximar daqui a pouco. O som que elas vão emitir quando encontrarem com ela com certeza vai chamar atenção. Não podemos deixá-la. - Connor cruzou os braços por alguns segundos, olhando para o chão como se vislumbrasse os possíveis cenários. - Você que ouviu essas "vozes - disse como se zombasse levemente da menina - Decida. Vem conosco ou não? - Os outros dois rapazes olhavam para o caminho na direção da ala dos chalés com aflição, como se a qualquer momento as harpias pudessem aparecer.

#5

Rachel Constantine

Rachel Constantine
Filho(a) de Atena
Filho(a) de Atena
Por fim o garotinho decide que não sou uma ameaça. Sinto um leve alívio quando ele guarda a arma e relaxo um pouco meus músculos, mas ainda assim em alerta. Os olhos deles... eram diferentes de tudo que já havia visto, tanto na minha vida mortal quanto agora. Eram negros com pontas brancas, me lembravam o céu. O que isso significava? Seriam esses partes de algum grupo diferenciado, ou proles de um deus desconhecido? "Foco." E então, esvazio minha mente e presto atenção á aflição do outro garoto.

- Seja um chamado dos deuses ou esquizofrenia sua, estamos no meio de algo além da sua compreensão. - O garotinho diz. Certamente, se eu fosse um pouco mais esquentada, aquilo seria motivo para uma discussão. Mas não havia motivo para isso, não me interessava se era um garoto mimado, mas sim o que estava acontecendo e por que eu estaria envolvida. Então, o outro prossegue, preocupado. Escuto com atenção e me recordo de que não haviam harpias pelo acampamento quando me levantei. Decido ignorar a zombaria do menor e aceitar a proposta.

- Vou. Sobre as harpias, não as vi pelo acampamento, e as vozes pareciam mais reais do que você imagina. - Me recomponho, segurando meu escudo firmemente e me preparando para seguir com os quatro. - Acredite, garoto, eu não trocaria a minha cama para papear com quatro desconhecidos. Há um motivo pela minha presença. Não sei quem são, mas a partir de agora os ajudarei como meus próprios irmãos de chalé.

Antes que pudesse reclamar ou retrucar, ando até eles e sorrio. Era meu sorriso maroto, era tarde demais para desistirem de me levar junto. O que dissera era verdade, a minha vivência no acampamento me ensinara a importância do trabalho em grupo, em respeitar os companheiros como iguais. Certamente, Connor possuía uma perspectiva diferenciada com outros campistas. E não seria eu a mudar isso.



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#6

Netuno

Netuno
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Perguntas surgem e Rachel procura não se dispersar em meio a elas. Decidiu se concentrar e foi como se sua memória lhe presenteasse com a resposta. A filha da deusa da sabedoria conseguia associar o significado dos olhos deles serem assim com uma divindade em especifico. Nunca havia os visto antes, mas sabia da existência dos discípulos de Céos. Eram um grupo de gregos e romanos que havia treinado com o titã da inteligencia numa época de dificuldade. Mesmo diante da zombaria, a menina se recompõe e responde a altura, prometendo os auxiliar. O comandante assentiu, com um ar de seriedade e pensativo, como se estivesse preocupado com algo. Connor marchou a frente, avançando à passos rápidos na direção da floresta enquanto Rachel seguia logo atrás, tendo sua retaguarda protegida pelos outros 3 estrategistas. Seus passos eram marcados na grama enquanto eles seguiam o mais rápido que conseguiam ate a entrada da floresta.

Mesmo sem entender ao certo a razão para estar ali, a menina confiava que estava para participar de algo maior e não havia como ter sido coisa da sua cabeça. O líder dos estrategistas diminuiu o passo quando começaram a caminhar em meio às árvores. Todos tomando cuidado para não tropeçar em nenhumas das raízes ou ser pego desprevenido por algum animal selvagem. Também não era novidade que haviam criaturas vivendo ali, talvez interessadas em comer um semideus no lanche da madrugada. Após alguns minutos de exploração, era possível ver uma clareira se abrindo mais adiante. Eles pararam e começaram a se aproximar com cuidado, tentando serem o mais silenciosos da maneira que for possível. A cena que presenciaram era de certo bem estranha. No centro do lugar, após alguns arbustos, dois indivíduos discutiam e balançavam as mãos com fervor, como se estivessem em um grande desentendimento. Os dois usavam um capuz e veste combinando, tendo somente as mãos e os pés nus. O da esquerda era um pouco mais alto e, diferente da roupa preta do outro, usava a cor branca. A única peça idêntica e comum a ambos era o que tinham em sua mão. Rachel não sabia se estava delirando, mas hora parecia que era apenas uma folha rasgada, hora parecia ser um pedaço de um livro.
Magos:
Ao lado da semideusa, Connor estava pálido, sem conseguir dizer nada ou se mexer, como se tivesse medo de alguma coisa. Todos 6 pássaros alados permaneciam junto aos seus donos, balançando a cabeça como se concordassem com ele. Alguns deles balançavam o nariz e rosnavam, como se estivessem tentando farejar algo... ou alguém.

#7

Rachel Constantine

Rachel Constantine
Filho(a) de Atena
Filho(a) de Atena
É claro que aqueles olhos me eram familiares. Ouvira falar sobre eles, os discípulos do titã Céos. Desde que soubera dos tempos de crise do acampamento, buscara me informar sobre o ocorrido. A perda de Quíron fora uma facada no peito de todos os campistas e em pleno caos, prestes a sucumbir, ele surgiu imponente, treinando semideuses e agraciando-os com sua tamanha inteligência. Essa infelizmente era uma época que eu não fizera parte, mas era um grupo muito interessante para os devotos da sabedoria. Era uma honra estar na presença de seus escolhidos.

Seguimos então adentro da floresta, que me era familiar apenas nos dias de caça á bandeira. Sigo com os garotos de maneira cautelosa, fazendo o mínimo de barulho possível e tentando aguçar a minha audição... era um local onde criaturas inimagináveis se escondiam, e Connor parecia saber disso. Então, nos deparamos com uma cena estranha, os dois seres encapuzados que vira mais cedo estavam ali. Agora, vendo-os melhor, percebo que suas túnicas me lembravam as roupas de feiticeiros, eles pareciam discutir com veemência. Ambos tinham algo em mãos... uma folha... de um livro? A imagem parecia tremeluzir, penso na hipótese de aquilo ser mágico de alguma forma.

Vejo que Connor parecia aterrorizado. "Que diabos está acontecendo nessa operação?", penso. É isso que eles deveriam estar fazendo, no meio da noite atrás de dois feiticeiros esquisitos. Uma operação. Os grifos me chamam atenção, poderiam eles nos farejar? Quando eu espionava, nenhum se alarmou. Continuo em silêncio, tentando absorver informações daquela cena, detalhes que passariam batidos a olhos despreparados. Minha mão naturalmente segura a bainha da espada sem tirá-la de minha cintura, apenas fico preparada para um possível conflito, embora desconfiasse de que aquela seria uma coleta de informações importante para eles. Fico atenta a possíveis ameaças em nossa direção, meu escudo próximo a mim.

Passivas:



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#8

Netuno

Netuno
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
A menina se pergunta o que estava acontecendo. Os estrategistas permaneciam calados, vendo toda a discussão enquanto a filha de Atena permanecia quieta, com a mão na bainha da espada se preparando caso fosse visada.
- Eu comandarei! - Gritou o mago negro, chutando o chão com força e fazendo raios saírem de seus dedos.
- Não. A luz é mais forte. Os semideuses obedecerão a MIM! O estábulo é seu -
- Os ESTÁBULOS? - Falou o mago negro balançando a mão e fazendo se materializar uma varinha. O item era do tamanho de uma régua e tinha uma esfera azul na ponta. Os dois se encaravam, como se a qualquer momento pudessem começar a brigar. Suas vozes eram altas o suficiente para que alguns dos estrategistas começassem a cochicar.

- Precisamos intervir -
Sussurrou um deles - Se eles juntarem os livros o grimório se materializa. Vão ter poder para destruir o acampamento - Aquilo fez os ombros de Rachel caírem. Não era uma missão de coleta de informações, era algo que poderia decidir o destino de todos os semideuses que se refugiavam ali.
- Não podemos. Eles são poderosos demais e estão brigando! Se aguardarmos talvez eles só vão embora e possamos lidar com eles separadamente depois. Recuperar um dos livros -
Disse aquele que havia atacado a menina com a adaga. Connor permanecia parado, como se algo estivesse o incomodando profundamente. Seus olhos negros agora pareciam um pouco mais claro, como se a noite por trás deles estivesse para se tornar dia. Todos encaravam o comandante, mas nada dizia, nada fazia. Se eles não decidissem logo, a qualquer momento poderia se dar início ao que todos eles temiam. O último deles, guiado pela pressão da situação, lança mais uma opção:
- Lançamos uma distração. Eles nos derrotaram da outra vez e lançaram a maldição. Aproveitamos enquanto ela ainda não é ativada. Um de nós serve de isca e... não sei. -
Concluiu, arregalando os olhos como se tivesse dito um palavrão. Todos eles se entreolharam, confusos. Algo estava de errado. Nenhum deles parecia conseguir pensar em nada ou decidir nada. Parecia que aos poucos todos ficavam igual Connor, parado e frio como um golem, aguardando que tomassem uma decisão por ele. Rachel era a única que estava completamente sã e em face disso, os estrategistas a fitaram. A menina entendia que talvez estivessem sob o efeito de alguma magia, agora ainda mais forte por estarem tão próximos das duas figuras. Eles já haviam entrado em um confronto antes. A menina tinha de pensar em algo e, ao menos por agora, agir como a líder do grupo.

#9

Rachel Constantine

Rachel Constantine
Filho(a) de Atena
Filho(a) de Atena
Aquela discussão tinha um peso maior do que eu imaginava. Os dois brigavam para decidir quem dominaria o acampamento, provavelmente através de magia já que os semideuses nunca aceitariam se submeter a vontade de qualquer que fosse o escolhido. Então, os garotos começam a cochichar e sinto um arrepio ao ouvir, aquilo poderia condenar o acampamento se não fosse impedido.

Enquanto eles tentavam ter alguma ideia, observo que eles pareciam aéreos, Connor certamente estava em transe. Algum deles falara sobre uma maldição, será que a habilidade de estratégia deles estava sendo esquecida aos poucos? Porque era impossível eu estar rodeada dos campistas mais inteligentes do acampamento e  nenhum ter uma boa ideia. Eu suspiro, aquilo não poderia ficar assim e eu precisava tomar as rédeas da  situação. Connor já não estava mais em sua perfeita sanidade e os demais caminhavam para o mesmo, mas eles poderiam me ouvir, pelo visto.

- Eu tenho um plano, é arriscado, mas ou a gente faz algo ou eles vão encantar todos os semideuses. - Eu cochicho baixinho, para que os magos não escutem. - Para isso, preciso que vocês se certifiquem que os grifos não me ataquem. Se a briga não continuar, eles se unirão novamente em prol da nossa destruição. Vou tentar dialogar, e caso eles tentem me atacar com algum feitiço, estarei com isso. - Levanto meu escudo levemente. Os encantamentos que me protegiam eram da realeza élfica, confiava naquilo com minha própria vida. Não tinha muita opção. Se os garotos parecerem confusos  e sem esperança, os olho com uma feição tranquila e falo com a minha melhor voz de incentivo, como fazia em qualquer batalha. - Vocês são discípulos de Céos e devem fazer o necessário para proteger esse acampamento. Eu preciso que me cubram enquanto eu vou até lá, e isso é uma ordem.

"Que Atena me proteja." penso brevemente de olhos fechados e sigo pelas sombras das árvores até a metade da meia lua, numa distância considerável dos garotos. Eu iria mostrar minha identidade, mas não queria que eles fossem vistos de imediato. Entro na clareira cautelosa, mas com a postura impecável, olhando os dois enquanto posiciono meu escudo em minha frente. Não tão defensivamente, mais como se estivesse segurando mesmo, ainda que pronta para usá-lo. Olho os dois me preparando como uma [Estrategista] para saber o que poderia vir a seguir do mago negro, que parecia muito abalado com a ideia de ficar com os estábulos.

- Sabe, me parece que seu amigo não confia no seu poder, grande mago. - Começo, me dirigindo ao mago negro. Olho rapidamente para os grifos, por que eu tinha que fazer essas coisas? - Estábulos, sério? As únicas pessoas que não veem o lugar como um castigo, são os filhos de Poseidon e cá entre nós... eles só ficam lá pelos cavalos. Não vim aqui pra lutar com vocês. Só vim trocar uma ideia antes de que um de vocês tome o acampamento. Ah, sim, UM de vocês. Eu vi no oráculo. - Prossigo com firmeza no que estava falando, se eu acreditasse naquilo, minha lábia falaria por mim. - Não sabiam? Vão ter que decidir entre vocês até o amanhecer. Apenas um, ou algo muito ruim vai acontecer com os dois. E olha, se eu fosse vocês não tentaria matar uma futura aliada.

Me mantenho parada, numa distância razoável deles e dos grifos. Agora em total estado de alerta, afiando meus reflexos para o que pudesse acontecer. Seguro meu escudo com firmeza.

Passivas a considerar:

Spoiler:

Escudo:



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