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Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


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Hermes

Hermes
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Taylor era uma ceifadora de Tânatos e que há muito tempo saiu do acampamento. Ela agora vagava como se fosse um espírito que gia as almas dos mortos para o submundo, na cultura oriental, um Shinigami.

Ela recebe de Tânatos uma mensagem importante, com os dizeres do sumiço, ou melhor, a não chegada de almas de mortos na cidade de Seattle, próximo a São Francisco. Era como se as pessoas que finalmente encontram o descanso eterno não regressassem ao mundo dos mortos. Mas o que diabos poderia estar ocorrendo?

A primeira informação importante era que o ceifador responsável pela área havia desaparecido ha cerca de 4 dias, e logo em seguida o incidente se iniciou. Ao que tudo indica, os fatos estão interligados, mas era necessário investigar mais a fundo para onde estão indo essas almas.

A garota então decide aprontar-se e segue para o local, pensando em qual seria sua abordagem.

#1

Taylor Black

Taylor Black
Filho(a) de Atena
Filho(a) de Atena

Recordo-me de um dia no acampamento, onde um filho de Hades atormentado pelas sombras dos mortos me perguntou: - como você faz para lidar com isso? - na época, eu era nova demais, ingênua demais, e não tinha uma longa carreira de ceifadora. Não entendi a pergunta, e dei uma resposta genérica, algo como "depois de um tempo você se acostuma".

Era mentira, claro, eu não tinha a mínima ideia do que ele queria dizer com aquela pergunta, e minha resposta não era uma resposta adequada. Não. Eu aprendi um tempo depois. Os filhos de Hades nascem marcados, com uma alma manchada que os liga diretamente ao mundo dos mortos. Os ceifadores não, eles têm que criar essa conexão, e normalmente o fazem depois de sua primeira ligação com o Deus da Morte.

Demorei um bom tempo até me acostumar com os gemidos, com o choro repentino do espírito de uma criança no meio da noite, os arranhões na parede, os gritos... Nos primeiros anos, eu admito, era como viver num filme de terror. E, certo dia, cheguei a perguntar para um dos filhos de Hades - como você faz para lidar com isso? - e a resposta fez-me perceber a responsabilidade que eu carregava: - eu iria te perguntar a mesma coisa - ele disse antes de baixar a cabeça.

O tempo passou, muita coisa aconteceu.

Hoje, eu entendo que aquela pergunta não possui resposta. Na verdade, não somos nós quem devemos fazer aquela pergunta. A criança que chora no meio da noite, o faz porque as facadas do seu padastro não param de doer do outro lado. A pobre moça arranha as paredes porque acredita ainda estar presa pelos sequestradores que a separaram de sua família e venderam como escrava.

Não somos nós quem temos que lidar com isso. Aquela dor não nos pertence. 

Quando consegui perceber isto, percebi a dimensão das minhas obrigações. Um dia fui chamada para Nova York e me designaram um trabalho desagradável. Bem, ele era um bandido. Estuprou duas meninas e seus pequenos corpos não haviam aguentado. As almas delas, entretanto, já haviam cruzado o véu, e o meu trabalho era levá-lo, pois, dois dias depois o pai das garotas encontrou-o e saboreou o prato frio.

No instante em que aquela alma abandonou seu corpo, ele me olhou com medo. É sempre assim, eles me reconhecem, pois sabem. Buscou no meu olhar julgamento, não encontrou. O vazio nas minhas espressões pareceu o deixar ainda mais assustado.

- Eu vou pro inferno? - Perguntou. Sua voz tremeu.

- Não cabe a mim responder. - Ele chorou. Eu sei, as almas são mais sensíveis do que a estrutura física, e poucos segundos depois da morte, vêm as lembranças, e pelo meu vínculo com o espírito eu consegui vislumbrar, junto a ele, cada dia.

Desde o berço, quando sua mãe o olhava com esperança e carinho, até a infância, quando ela morreu atropelada por um agiota, sua vida no orfanato, a rebeldia, o seu primeiro amor, vi até quando ele acreditou que sua vida estava mudando e arrumou um emprego.

O primeiro trauma foi com o seu chefe, um homem amargurado com mais poder do que deveria. Ele gostava de machucar pessoas, e o machucou até que sua mente quebrasse. O tratou como um animal, e ele foi forçado a aceitar essa condição. O que o levou a cometer seu primeiro crime foi aquele homem. É o que acontece quando se cria um animal sem conhecer o tamanho das suas garras.

A sensação de poder que invadiu a sua mente fragmentada o fez buscar mais e mais presas, até que encontrou duas pequeninas sobre as quais exerceu seu poder. Se sentia bem. Mas, um predador maior pôs fim à sua vida amarga, e ali estava ele.

Segurei o fio dourado cortado pelas parcas e o entreguei.

- E agora?

- Agora você descobre o que vem depois.

Num instante, ele já não estava ali. Havia atravessado e encontrado seu julgamento e destino. Também abandonei o lugar, fui parar em um bar quase vazio e tomei uma dose de um líquido vermelho escuro, forte o suficiente pra queimar cada centímetro da minha garganta. Foi quando ele se sentou do meu lado.

Cada pessoa o vê de uma forma diferente, mas, eu acredito que a forma que eu vejo mais se assemelha com a verdadeira. Ele tem cabelos louros, uma boca fina e um rosto cansado. Seu corpo parece o de um adulto de meia idade que vive sentado num escritório fechado. Vestia um terno preto, sempre de luto.

Eu já trabalhava para ele a tempo o suficiente para que o Deus da Morte compartilhasse um copo daquela bebida horrível comigo. Seattle, ele disse. "Algo sempre está acontecendo, não é?".

Tem várias razões para um ceifador desaparecer. Monstros atacando, semideuses brigando, esquecer o valor da vida ou até mesmo o descontentamento de um olimpiano. Mas, normalmente, nós tomamos ciência de tudo isso em pouco tempo. Quatro dias é tempo demais para as almas de uma cidade tão grande quanto Seattle.

Tomei outro gole, e quando o barulho do copo batendo na mesa ecoou por aquele bar vazio ele já não estava mais ali. Por sorte, já estava com meu equipamento, e felizmente, Seattle tem aeroporto, assim a viagem seria mais curta do que normalmente se espera para as missões de semideuses.

Paguei o dono da budega, saí e lancei um dracma ao ar.

- Ao aeroporto. - Falei para as irmãs.

Equipamentos.:



[Missão Especial] - Em busca das Almas Perdidas - Taylor Black Giphy
#2

Hermes

Hermes
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Taylor segue rumo ao aeroporto com o apoio da carruagem da danação. A ceifadora tem alguns flashbacks relacionados à importancia de sua missão como ceifadora e preocupa-se ao pensar que existem almas que não estão fazendo a travessia para o mundo inferior. Quais seriam as possíveis consequencias disso? A mais óbvia e que vem inicialmente na mente da filha de Atena é que uma alma como essa não poderia ser julgada e muito menos teria a oportunidade de renascer.

A ida até o aeroporto acontece tranquilamente. Não havia sinais de monstros no trajeto. Ao adentrar o saguão ela olha pela janela e percebe que grandes nuvens de tempestade se aproximam. Seria isso um presságio?

#3

Taylor Black

Taylor Black
Filho(a) de Atena
Filho(a) de Atena
Uma vez eu escutei de uma senhora supersticiosa que, a chuva que cai depois da morte de alguém, é o choro de alguém que morreu com arrependimentos. Duvido um pouco, afinal, se chovesse toda vez que alguém vai embora sem terminar algo em vida, o mundo mergulharia em um dilúvio sem fim. 

Mas, assim como duvido, não acredito ser impossível. Afinal, se tem algo que um século de vida me ensinou é que a imortalidade não é tempo o suficiente. 

Suspirei com a ideia de um presságio. 

Caminhei pelo aeroporto como uma sombra. Para olhares despercebidos, era quase como se eu não estivesse ali, e para os olhares atentos, seria melhor que eu realmente não estivesse. Murmurei uma canção que não saía da minha cabeça. 

- Go tell aunt Rhody... Go tell aunt Rhody... Go tell aunt Rhody that everybody is dead... 

Era hora de comprar a passagem. Rezei silenciosamente a Zeus para que a chuva cessasse. Se eu não pudesse viajar de avião as coisas iriam demorar mais que o necessário, e isso desencadearia problemas de grande dimensão.



[Missão Especial] - Em busca das Almas Perdidas - Taylor Black Giphy
#4

Hermes

Hermes
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Por incrivel que pareça, a viagem de avião não teve problemas. Apesar de estar voando em meio à chuva, a semideusa não sentiu o habitual incômodo de Zeus sobre semideuses estarem zanzando em seu território. No fundo, Taylor sabia que aquilo não era um simples dia de bom humor e muito menos a boa vontade do rei do olimpo permitindo sua travessia. Havia algo maior acontecendo.

Depois de poucas horas, a filha de Atena se vê no aeroporto de Seattle. Logo de cara, ela percebe uma atmosfera diferente naquela cidade, como se a estivesse encoberta por um véu de magia que se misturava com a própria névoa, imperceptível aos olhos de mortais, mas presente em todos os lugares. Era arriscado dizer que até semideuses mais experientes, mas que não tem uma relação tão próxima com o mundo inferior, serem enganados, e achar que a cidade está em seu aspecto normal.

Mas não estava.

As nuvens negras preenchiam o céu no final daquela tarde e  Taylor podia enxergar levemente uma fina camada, como uma bolha, que recobria a cidade. Seu radar de mortalidade dava indícios de um funcionamento normal, pois era possível sentir a presença e aroma de morte vindo de vários pontos da cidade. Assaltos, acidentes, doenças. As mais diversas causas de morte nos humanos eram detectáveis, com uma unica diferença: As almas pareciam se perder, se dissipar. Elas não aguardavam pelo mensageiro da morte e nem ficavam vagando pela cidade. Elas sequer tinham forma, era como se pequenas nuvens de fumaça se se elevassem lentamente e desaparecendo, no meio de todo aquele redoma, absorvidas pelo teto mágico que ali estava presente.

#5

Taylor Black

Taylor Black
Filho(a) de Atena
Filho(a) de Atena
O avião não precisou pousar para eu sentir náuseas. A redoma de morte estéril varreu a cor dos meus olhos. De repente, o mundo parecia cinzento. Perguntei-me, por um momento, se o responsável por isso sabia dos impactos das suas ações. Não consigo imaginar algo mais horrível que privar uma alma de cruzar o véu. 

A humanidade inventou religiões, guerreou e estudou por milênios a morte, tentando entender o que vem depois da última batida do coração. Algo além da minha compreensão os concedeu a oportunidade de encontrar no outro lado aquilo em que verdadeiramente acreditavam, mas, independente de religião, fé ou ideologia, a morte sempre foi uma vírgula. 

Torci, naquele instante, para que fosse mais um daqueles caóticos seres que matam ceifadores e sequestram almas, se assim o for, elas ainda têm salvação. Mas a ideia delas desaparecerem como se fossem cinza se espalhando pela terra era tenebrosa. Deve ser difícil para um corpo vivo entender, mas almas não sentem cheiro, não escutam, não falam. Tudo que lhes resta é o mais sincero e irreprimível sentimento que, agora, não possui coração para se esconder. 

Em síntese, a alma é o ardor atrás dos olhos que empurra as lágrimas para fora. Nem uma criança consegue ser tão pura.

Quando meus pés tocaram o chão do aeroporto naquela cidade cinzenta, meus punhos cerravam com um ódio indescritível. Cerrei os dentes, e o meu ódio foi tamanho que eu facilmente seria confundida com um espírito sombrio naquele momento. 

Caminhei para fora daquele lugar com a certeza de que tinha um lugar para onde ir. Vi a cidade como um Tabuleiro, e busquei um meio de transporte - ônibus, taxi, ou até mesmo algum cão infernal de passagem - para o local onde estariam meus inimigos. 

Nível 11 - Tabuleiro: Assim como um jogador de Xadrez tem uma visão superior e avantajada das peças, o filho de Atena ao usar esta habilidade conseguirá ter conhecimento de todas as "peças" dispostas ao redor; onde estão os amigos, onde estão os inimigos, e a função de cada um na batalha. O uso desta habilidade requer 30 pontos de energia. A habilidade entrará em espera por 4 rodadas.



[Missão Especial] - Em busca das Almas Perdidas - Taylor Black Giphy
#6

Hermes

Hermes
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Para a surpresa de Taylor, a localização do inimigo era multidirecional. Havia uma espécie de assinatura mágica em todos os locais em que havia morte. Todos os locais por onde deveriam trafegar almas. Não era como se houvesse um ser mais poderoso controlando os acontecimentos. Ela conseguiu apenas identificar o padrão dos acontecimentos e onde estavam havendo mortes.

No entanto, o tabuleiro de Taylor não deu apenas uma informação preciosa. Ela mostrou que ali, naquele aeroporto, havia também monstros à espreita. Ela caminhava pelo saguão do aeroporto quando viu que ao longe, dois homens a observavam com um sorriso macabro, como hienas quando encontram um filho de leão.

Ao notarem que a semideusa os reconheceu, eles nem disfarçam e apertam o passo na direção da filha de Atena.

#7

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#8

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