MISSÃO IV
Requisito: lvl1~10
Recompensa: 100~1500 (conforme o lvl e a qualidade da missão)
Dracmas: 250~1000 (conforme o lvl e a qualidade da missão)
1. O jogador estará rondando/olhando/passeando pelo acampamento quando avista um vulto.
2. Deverá persegui-la sendo que a pessoa/monstro deve ser bem rápida e difícil de alcançar normalmente.
3. Crie um jeito de alcança-la.
4. Descubra quem é o “monstro” (ficara a escolha do player contanto que siga algumas regras):
4.1 Terá que ser humano ou humanoide.
4.2 Não poderá ser muito grande sendo do tamanho de um humano, pois um grande não passaria pelas defesas do acampamento.
4.3 Armas e armadura ficara a escolha do player contanto que não seja nada exagerado.
5. Entre em combate com ele.
6. A luta deve ser bem difícil e você deve arrumar um jeito de derrota-lo.
7. Depois de derrota-lo contate a Quiron./centurião/pretor.
O vento frio bateu contra meu rosto como um sopro de Chione. Desejei ter ficado na Mess enquanto afagava meus braços andando de um lado ao outro tentando me aquecer. Estava aguardando o senhor Léon já haviam alguns minutos. O centurião tinha me pedido ajuda para carregar alguns equipamentos até o arsenal e, por algum motivo, estava demorando além da conta. Tentei ser paciente mesmo assim. Afinal, eu não era tão popular e tinha a sorte de ter sido convocado para algo. Eu já não participava tanto assim de lutas na arena por não ser um semideus, passando a maior parte do meu dia tendo de aturar os faunos mercenários na floresta, que faziam planos de agiotismo para comprar montanhas de refrigerante. Era insuportável. Não que eu simplesmente não gostasse do pessoal, mas eu queria mais do que aquilo. Não tinha interesse em ser a mais rica dentre as criaturas ou o mais carismático. Eu só queria ajudar alguém. Ajudar de verdade. Por isso, ignorando o clima e as circunstâncias do momento, fiquei feliz por contarem comigo para alguma coisa. Mesmo que essa tarefa fosse servir de… bom, carregador. Um dos piores erros da noite, no entanto, foi ter começado a lembrar do passado enquanto esperava o filho de Vulcano.
Com as imagens do fogo consumindo a floresta e os animais fugindo na minha terra natal, não consegui mais dar nem um passo. Cenas do dia da morte dos meus pais. De quando perdi meus guardiões. Fiquei ali, encarando a grama, sentindo-me menor e menor. Até não ser mais do que uma mera formiga diante desse mundo imenso de quase-deuses. Crianças e adolescentes que conjuravam raios e estremeciam o chão com suas passadas. Minhas pernas tremiam e senti meus cascos afundarem na grama, guiados pelo nervosismo. O que eu era se não só mais um sátiro diante de todos eles? “Tudo seria tão mais fácil com vocês aqui” falei baixinho, como se meus pais pudessem me ouvir do outro mundo. Não consegui impedir meus olhos de se encherem de lágrimas, mas afaguei o rosto com a palma da mão, tentando deixar isso para mais tarde. Foi bem na hora em que o vulto surgiu.
Como se uma sombra houvesse ganho vida, a figura atravessou à minha frente, rodeando a forja e abrindo caminho pela grama, tão rápido que até para acompanhar pelo olhar fora difícil.
- S-senhor Léon? - Perguntei. Seria ele ali? Olhei de volta para a entrada da forja, sem nenhum sinal de vida ou luz ali dentro. Fui consumido pela dúvida e pela vergonha de talvez ter sido deixado para trás. Contraí os músculos da perna e empurrei o chão com força, correndo o máximo que um homem bode poderia, provavelmente fedendo por não ter tido tempo para tomar banho, mas extremamente focado em alcançá-lo. Só precisou de alguns segundos para que eu me cansasse. Puxei o ar com força, sentindo o peso da ausência de exercícios físicos, mas lutando contra meu próprio corpo para conseguir chegar até o centurião. Estava surpreso. Não esperava que o rapaz conseguisse ser tão rápido quanto um filho de Mercúrio, ou que eu fosse tão lento quanto uma tartaruga. Parei, sentindo-me um inútil enquanto o vulto continuava a se movimentar mais adiante. Quase saindo do meu campo de visão.
Praguejei em latim, apertando os dedos contra o peito e sentindo o coração palpitar tanto que não duvidava que fosse saltar da boca. Não sabia o que fazer. Não entendia nem porque ele tinha me abandonado. Eu era um peso tão grande a ponto dele me deixar sozinho daquela forma. E os itens que levaríamos? Ofegante, tentei recuperar as energias, observando de longe o vulto adentrar a floresta e praticamente se perder. “O senhor Léon vai para a floresta essa hora?” me perguntei, arqueando as sobrancelhas. Ou seria aquilo proposital? Talvez ele tivesse me visto triste e estava tentando levantar o meu astral com uma brincadeira. Mesmo cansado, me permiti dar um sorriso e entrar no jogo. Conhecia aquele lado do acampamento como ninguém e sabia que ali acabaria dando no Pequeno Tibre. A única forma de atravessá-lo era pela ponte e, aonde eu estava, seria mais fácil chegar primeiro.
Não perdi tempo. Abri caminho pela floresta à minha direita, pulando os galhos e cumprimentando as árvores que se preparavam para dormir. Sem tempo para dialogar com elas ou com os animais que cruzavam meu percurso, continuei a caminhar, me sentindo melhor só por estar entre eles. Como se o próprio ambiente me enchesse de disposição. Tardou alguns minutos para que eu chegasse na ponte. Coberto de suor, sentei-me na borda do rio, lavando o rosto e descansando enquanto esperava o filho de Vulcano. Meu chute, graças aos deuses, havia sido certeiro. Alguns minutos depois, a figura surgiu no horizonte, vindo ao meu encontro enquanto eu dava um sorriso tímido. Eu estava tocado por aquele gesto de afeto. Bom, até eu perceber que não era o semideus. Bom, não era nem mesmo humano. Quando o indivíduo parou de se mexer e sua aparência se firmou, eu esbranqueci, em um mix de vergonha e pavor, levando a mão até minha espada presa na cintura. Nunca na minha vida eu ficara tão nervoso como naquele instante. Foi como ver a morte diante dos meus olhos. Mesmo à noite, a luz do luar iluminava o local o suficiente para perceber a sua pele verde e rugosa.
Os olhos de rubi do goblin encontraram os meus e ele deu um sorriso de satisfação. Talvez tudo tivesse sido um plano para me tirar de perto de quem pudesse me ajudar. Agora afastado, não adiantava pedir socorro às árvores ou aos pequenos animais que ali assistiam. Eu teria que… lutar? Instintivamente puxei o cabo da minha arma, tremendo como se nunca a tivesse usado na vida. e apontei para ele em sinal de ameaça.
- N-n-não se… APROXIME! - Gritei, reunindo toda a coragem que pude e recebendo uma longa gargalhada. Ele sussurrou algo, em uma língua tão estranha e antiga que eu não consegui reconhecer, e saltou ao meu encontro. Sabia que ele era muito mais rápido e que provavelmente seria meu fim. Mas algo me fez ficar. Um sentimento tomou conta, talvez instinto de sobrevivência, e moldou meus movimentos. Girei para o lado, vendo a lâmina abrir um talho em minha camisa. O monstro recuou, claramente debochando de mim e dos meus movimentos a ponto de não ter receio algum de vir novamente. Confiei em mim mais uma vez e saltei para a lateral, desviando do segundo golpe. Apertei o metal da minha arma e girei o pulso, fazendo a arma em minhas mãos atingir o ar de maneira desengonçada. Sem me dar tempo para lástimas ou para pensar em uma estratégia, o Goblin estocou em minha coxa, perfurando um dos meus membros inferiores antes de sair correndo saltitante, comemorando com uma dança (-15). Gritei apertando as laterais da perna enquanto sentia o sangue descer e manchar a minha calça. A ardência era tanta que eu não conseguia mais empunhar a espada direito, o bastante para ser desarmado por um simples ataque próximo ao cabo e me tornar indefeso.
A criatura pegou minha arma para si, batendo uma espada na outra enquanto eu ainda estava abalado com o machucado. “Eu não vou morrer. Eu não vou morrer” prometi a mim mesmo, com a mente a mil. Saquei a flauta do bolso traseiro, colocando-a em minha boca e tentando me acalmar por alguns instantes. O homenzinho verde não se importou em esperar, assistindo de longe fazendo alguns gestos feios com a mão, tirando sarro da minha cara. Se eu morresse para alguém como ele, jamais descansaria em paz. Aliás, se eu falecesse aqui e agora, independente da razão, não conseguiria me perdoar. Eu tinha muito o que fazer. Eu tinha coisas a conquistar. Qual o meu maior feito até hoje? Ser o número dois na competição “Fauno Versus Coca Diet”? Foi para isso que meus pais haviam se sacrificado? Era injusto. Completamente injusto. Assoprei, formando as notas e tocando uma melodia agressiva, colocando toda a magia que pude reunir naquele som. Vez ou outra praticava aquilo. Era um dos muitos ensinamentos que meu progenitor havia me ensinado e que hoje me ajudaria a sair dali vivo. Abaixo do goblin uma pequena Prisão de Raízes saltou da terra, enroscando-se no seu pé e fazendo-o derrubar uma das armas com o susto.
Larguei a flauta, mancando na sua direção e sentindo a ferida arder ainda mais. Gemi e xinguei a cada passo, me abaixando com a perna boa para pegar a espada e girando o braço, batendo na arma do goblin da mesma forma que ele acertara a minha, fazendo seu item voar na direção de um arbusto e se perder entre as folhas. O homem verde arrancou as raízes que o prendiam com as mãos e naquele momento eu desejei que ele se entregasse. Não havia o que fazer, não é? Eu estava armado e ele sem defesas. Provavelmente era o fim da linha. Mas aí ele saltou e eu não tive reflexo o suficiente para evitar. O goblin se agarrou nos meus ombros e mordeu meu braço em múltiplos locais com seus caninos afiados (-35). Em meio a dor e o gosto de sangue subindo a boca, não consegui sustentar a arma que tinha, caindo ao chão lutando para tirar aquele maluco de cima de mim.
- Ma-ma- AI! AI! DRACMAS CAINDO DO CÉU! AI! - Era um truque infantil e, se você me perguntar agora o porquê de eu ter dito aquilo, eu não vou saber te responder. Mas funcionou. O goblin lançou um rouco “Eu quero?”, virando seu rosto para o outro lado tempo o bastante para que eu segurasse sua cintura e o arremessasse no rio. Senti meu braço arder devido aos ferimentos e pude ouvir a preocupação das árvores. Mesmo assim, não havia acabado ainda. Me virei, com a adrenalina correndo em meu corpo e me permitindo lutar em meio aos ferimentos. Trêmulo, confuso e agindo de maneira tão improvisada que daria vergonha a qualquer filho de Marte. Mesmo assim, dava tudo de mim para continuar vivo. Recuperei a espada e vi o guerreiro enrugado se erguer das águas, correndo na minha direção com um olhar nada descontraído. Aguardei a vinda e recriei a ação que me lesionou, empurrando o fio contra sua coxa no momento em que ele veio.
Saltei para trás, ouvindo seu grunhido e escapando de levar mais uma mordida. O mundo então entrou em câmera lenta. O goblin andou vagarosamente e meu braço agiu de maneira instintiva O ouro imperial dançou no ar em um corte horizontal e mesmo sem firmeza acabou encontrando o rosto do monstro, rasgando-o de uma bochecha a outra. Ele se desfez. Caindo sobre mim na forma de um amontoado de pó dourado. Eu fiquei ali, sem acreditar, ainda esperando que a qualquer instante ele ressurgisse do nada e me atacasse outra vez. Quando me dei conta de que eu havia ganho a minha primeira batalha. Entretanto, não houve nenhuma sensação de vitória. Estava cansado e nervoso. Tinha quase morrido sem que nenhum semideus se desse conta. Agi de maneira imprudente, motivado por minha própria carência. A única coisa que consegui fazer naquele momento foi ir atrás do léon verdadeiro. Andando de maneira desajeitada, saí da floresta, retornando as forjas e encontrando o centurião impaciente na porta com alguns sacos grandes a sua frente.
Quando ele notou meu estado debilitado, correu para me ajudar. Se desculpando pela demorar e fazendo mil e uma perguntas. Quando contei-lhe tudo que havia acontecido, acabei sendo dispensado do trabalho daquela noite. Mas, segundo ele, havia cumprido meu papel com roma, neutralizando um monstro dentro das fronteiras mágicas. Como um verdadeiro legionário.
Com as imagens do fogo consumindo a floresta e os animais fugindo na minha terra natal, não consegui mais dar nem um passo. Cenas do dia da morte dos meus pais. De quando perdi meus guardiões. Fiquei ali, encarando a grama, sentindo-me menor e menor. Até não ser mais do que uma mera formiga diante desse mundo imenso de quase-deuses. Crianças e adolescentes que conjuravam raios e estremeciam o chão com suas passadas. Minhas pernas tremiam e senti meus cascos afundarem na grama, guiados pelo nervosismo. O que eu era se não só mais um sátiro diante de todos eles? “Tudo seria tão mais fácil com vocês aqui” falei baixinho, como se meus pais pudessem me ouvir do outro mundo. Não consegui impedir meus olhos de se encherem de lágrimas, mas afaguei o rosto com a palma da mão, tentando deixar isso para mais tarde. Foi bem na hora em que o vulto surgiu.
Como se uma sombra houvesse ganho vida, a figura atravessou à minha frente, rodeando a forja e abrindo caminho pela grama, tão rápido que até para acompanhar pelo olhar fora difícil.
- S-senhor Léon? - Perguntei. Seria ele ali? Olhei de volta para a entrada da forja, sem nenhum sinal de vida ou luz ali dentro. Fui consumido pela dúvida e pela vergonha de talvez ter sido deixado para trás. Contraí os músculos da perna e empurrei o chão com força, correndo o máximo que um homem bode poderia, provavelmente fedendo por não ter tido tempo para tomar banho, mas extremamente focado em alcançá-lo. Só precisou de alguns segundos para que eu me cansasse. Puxei o ar com força, sentindo o peso da ausência de exercícios físicos, mas lutando contra meu próprio corpo para conseguir chegar até o centurião. Estava surpreso. Não esperava que o rapaz conseguisse ser tão rápido quanto um filho de Mercúrio, ou que eu fosse tão lento quanto uma tartaruga. Parei, sentindo-me um inútil enquanto o vulto continuava a se movimentar mais adiante. Quase saindo do meu campo de visão.
Praguejei em latim, apertando os dedos contra o peito e sentindo o coração palpitar tanto que não duvidava que fosse saltar da boca. Não sabia o que fazer. Não entendia nem porque ele tinha me abandonado. Eu era um peso tão grande a ponto dele me deixar sozinho daquela forma. E os itens que levaríamos? Ofegante, tentei recuperar as energias, observando de longe o vulto adentrar a floresta e praticamente se perder. “O senhor Léon vai para a floresta essa hora?” me perguntei, arqueando as sobrancelhas. Ou seria aquilo proposital? Talvez ele tivesse me visto triste e estava tentando levantar o meu astral com uma brincadeira. Mesmo cansado, me permiti dar um sorriso e entrar no jogo. Conhecia aquele lado do acampamento como ninguém e sabia que ali acabaria dando no Pequeno Tibre. A única forma de atravessá-lo era pela ponte e, aonde eu estava, seria mais fácil chegar primeiro.
Não perdi tempo. Abri caminho pela floresta à minha direita, pulando os galhos e cumprimentando as árvores que se preparavam para dormir. Sem tempo para dialogar com elas ou com os animais que cruzavam meu percurso, continuei a caminhar, me sentindo melhor só por estar entre eles. Como se o próprio ambiente me enchesse de disposição. Tardou alguns minutos para que eu chegasse na ponte. Coberto de suor, sentei-me na borda do rio, lavando o rosto e descansando enquanto esperava o filho de Vulcano. Meu chute, graças aos deuses, havia sido certeiro. Alguns minutos depois, a figura surgiu no horizonte, vindo ao meu encontro enquanto eu dava um sorriso tímido. Eu estava tocado por aquele gesto de afeto. Bom, até eu perceber que não era o semideus. Bom, não era nem mesmo humano. Quando o indivíduo parou de se mexer e sua aparência se firmou, eu esbranqueci, em um mix de vergonha e pavor, levando a mão até minha espada presa na cintura. Nunca na minha vida eu ficara tão nervoso como naquele instante. Foi como ver a morte diante dos meus olhos. Mesmo à noite, a luz do luar iluminava o local o suficiente para perceber a sua pele verde e rugosa.
- ”Goblin”:
Os olhos de rubi do goblin encontraram os meus e ele deu um sorriso de satisfação. Talvez tudo tivesse sido um plano para me tirar de perto de quem pudesse me ajudar. Agora afastado, não adiantava pedir socorro às árvores ou aos pequenos animais que ali assistiam. Eu teria que… lutar? Instintivamente puxei o cabo da minha arma, tremendo como se nunca a tivesse usado na vida. e apontei para ele em sinal de ameaça.
- N-n-não se… APROXIME! - Gritei, reunindo toda a coragem que pude e recebendo uma longa gargalhada. Ele sussurrou algo, em uma língua tão estranha e antiga que eu não consegui reconhecer, e saltou ao meu encontro. Sabia que ele era muito mais rápido e que provavelmente seria meu fim. Mas algo me fez ficar. Um sentimento tomou conta, talvez instinto de sobrevivência, e moldou meus movimentos. Girei para o lado, vendo a lâmina abrir um talho em minha camisa. O monstro recuou, claramente debochando de mim e dos meus movimentos a ponto de não ter receio algum de vir novamente. Confiei em mim mais uma vez e saltei para a lateral, desviando do segundo golpe. Apertei o metal da minha arma e girei o pulso, fazendo a arma em minhas mãos atingir o ar de maneira desengonçada. Sem me dar tempo para lástimas ou para pensar em uma estratégia, o Goblin estocou em minha coxa, perfurando um dos meus membros inferiores antes de sair correndo saltitante, comemorando com uma dança (-15). Gritei apertando as laterais da perna enquanto sentia o sangue descer e manchar a minha calça. A ardência era tanta que eu não conseguia mais empunhar a espada direito, o bastante para ser desarmado por um simples ataque próximo ao cabo e me tornar indefeso.
A criatura pegou minha arma para si, batendo uma espada na outra enquanto eu ainda estava abalado com o machucado. “Eu não vou morrer. Eu não vou morrer” prometi a mim mesmo, com a mente a mil. Saquei a flauta do bolso traseiro, colocando-a em minha boca e tentando me acalmar por alguns instantes. O homenzinho verde não se importou em esperar, assistindo de longe fazendo alguns gestos feios com a mão, tirando sarro da minha cara. Se eu morresse para alguém como ele, jamais descansaria em paz. Aliás, se eu falecesse aqui e agora, independente da razão, não conseguiria me perdoar. Eu tinha muito o que fazer. Eu tinha coisas a conquistar. Qual o meu maior feito até hoje? Ser o número dois na competição “Fauno Versus Coca Diet”? Foi para isso que meus pais haviam se sacrificado? Era injusto. Completamente injusto. Assoprei, formando as notas e tocando uma melodia agressiva, colocando toda a magia que pude reunir naquele som. Vez ou outra praticava aquilo. Era um dos muitos ensinamentos que meu progenitor havia me ensinado e que hoje me ajudaria a sair dali vivo. Abaixo do goblin uma pequena Prisão de Raízes saltou da terra, enroscando-se no seu pé e fazendo-o derrubar uma das armas com o susto.
Larguei a flauta, mancando na sua direção e sentindo a ferida arder ainda mais. Gemi e xinguei a cada passo, me abaixando com a perna boa para pegar a espada e girando o braço, batendo na arma do goblin da mesma forma que ele acertara a minha, fazendo seu item voar na direção de um arbusto e se perder entre as folhas. O homem verde arrancou as raízes que o prendiam com as mãos e naquele momento eu desejei que ele se entregasse. Não havia o que fazer, não é? Eu estava armado e ele sem defesas. Provavelmente era o fim da linha. Mas aí ele saltou e eu não tive reflexo o suficiente para evitar. O goblin se agarrou nos meus ombros e mordeu meu braço em múltiplos locais com seus caninos afiados (-35). Em meio a dor e o gosto de sangue subindo a boca, não consegui sustentar a arma que tinha, caindo ao chão lutando para tirar aquele maluco de cima de mim.
- Ma-ma- AI! AI! DRACMAS CAINDO DO CÉU! AI! - Era um truque infantil e, se você me perguntar agora o porquê de eu ter dito aquilo, eu não vou saber te responder. Mas funcionou. O goblin lançou um rouco “Eu quero?”, virando seu rosto para o outro lado tempo o bastante para que eu segurasse sua cintura e o arremessasse no rio. Senti meu braço arder devido aos ferimentos e pude ouvir a preocupação das árvores. Mesmo assim, não havia acabado ainda. Me virei, com a adrenalina correndo em meu corpo e me permitindo lutar em meio aos ferimentos. Trêmulo, confuso e agindo de maneira tão improvisada que daria vergonha a qualquer filho de Marte. Mesmo assim, dava tudo de mim para continuar vivo. Recuperei a espada e vi o guerreiro enrugado se erguer das águas, correndo na minha direção com um olhar nada descontraído. Aguardei a vinda e recriei a ação que me lesionou, empurrando o fio contra sua coxa no momento em que ele veio.
Saltei para trás, ouvindo seu grunhido e escapando de levar mais uma mordida. O mundo então entrou em câmera lenta. O goblin andou vagarosamente e meu braço agiu de maneira instintiva O ouro imperial dançou no ar em um corte horizontal e mesmo sem firmeza acabou encontrando o rosto do monstro, rasgando-o de uma bochecha a outra. Ele se desfez. Caindo sobre mim na forma de um amontoado de pó dourado. Eu fiquei ali, sem acreditar, ainda esperando que a qualquer instante ele ressurgisse do nada e me atacasse outra vez. Quando me dei conta de que eu havia ganho a minha primeira batalha. Entretanto, não houve nenhuma sensação de vitória. Estava cansado e nervoso. Tinha quase morrido sem que nenhum semideus se desse conta. Agi de maneira imprudente, motivado por minha própria carência. A única coisa que consegui fazer naquele momento foi ir atrás do léon verdadeiro. Andando de maneira desajeitada, saí da floresta, retornando as forjas e encontrando o centurião impaciente na porta com alguns sacos grandes a sua frente.
Quando ele notou meu estado debilitado, correu para me ajudar. Se desculpando pela demorar e fazendo mil e uma perguntas. Quando contei-lhe tudo que havia acontecido, acabei sendo dispensado do trabalho daquela noite. Mas, segundo ele, havia cumprido meu papel com roma, neutralizando um monstro dentro das fronteiras mágicas. Como um verdadeiro legionário.
Gostaria de solicitar pontos de treinamento de Perícia com espadas (Sem perícia → Inicial).
Ativas:
Nível 1 - Prisão de Raízes [Inicial]: O sátiro toca sua flauta e nascem raízes que imobilizam o pé do adversário até que ele consiga se soltar (as raízes perdem força a cada turno que passa). O uso da habilidade requer 15 pontos de energia.
Status Final – Caso não upe:
HP: 50/100
MP: 85/100
- ”Passivas”:
- Nível 1 -Selvagem: Sátiros são entidades sagradas da natureza, ganhando um grande bônus em batalha se estiverem em florestas.
Nível 1 - Voz da Natureza: O sátiro Pode conversar com animais, arvores, ninfas e qualquer ser da natureza.
Nível 1 - Chifres I: Sátiros possuem chifres por natureza. Neste nível, pequenos chifres podem ser usados para nada, praticamente.
- ”Itens”:
Equipamento:
- Elmo Comum
- Peitoral de Couro
- Flauta
- Espada curta
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Acessórios:
- Camiseta do acampamento (Roxa)