- Maldito seja Apolo! - Praguejo comigo mesmo tendo a sensação de estar sendo dessecado por um sapo por conta do dia quente. Mas, não poderia deixar de treinar. Apesar do calor esta forte, era fraco de mais para evitar um treino ou uma luta.

Então, arrumo minhas coisas e caminho me esbeirando às sombras das árvores e das construções até chegar na Arena. Meu tridente em minhas mãos, minha adaga escondida por de baixo da minha camisa laranja firmada em meu cinto, peitoral de couro bem ajustado e meu elmo... Não, não estava em minha cabeça. Caso contrário, iria fritar meu cérebro com aquele sol.

Ao pisar na Arena, já foi surpreendido por um Grifo aloprado que já estava a ponto de me dar uma bicada. Aguardo o momento certo para jogar meu corpo para o lado e tentar desviar de seu rasante, evitando bicadas ou arranhadas com as asas ou garras. Me mantenho concentrado, com os olhos meio fechados, para tentar focar no grifo sem que a claridade me atrapalhasse (se o sol estivesse afetando o campo de batalha, caso contrário fico de boas na lagoa).

Caso consiga me esquivar de seu ataque, rapidamente apronto meu tridente e imediatamente após a esquiva, giro meu corpo para rotacionar minha arma e tentar acertar o grifo. A princípio, queria tentar acertar suas asas, pois luta aérea seria complicado.

Se houver outra investida, tento me esquivar da mesma forma.

O maldito pairou no ar e me encarava como se me atacar novamente seria desnecessário para ele. Por um segundo, ficamos nos entreolhando na esperança de que ambos fizessem algo, mas nada. Ele realmente iria esperar eu agir. Então, se deixá-lo esperando muito tempo, analiso a altura em que ele esta no solo juntamento com o dano que causei em uma de suas asas. Logo após, analiso minha altura + a altura do tridente para der uma ideia do meu alcance. Não era bom em física, mas o pouco que sabia, ajudaria em minha luta.

Rapidamente armo meu tridente para o ataque. Corro, caso esteja longe, na direção do grifo para pegar um pouco de impulso e a alguns centímetros antes, salto com meu tridente levantado. Uma tentativa fútil de acertar alguma parte baixo do gripo, como as patas por exemplo. Sabendo que seria um ataque desperdiçado pela possível facilidade de esquiva do animal, me recupero do salto e fixo o olhar no meu predador.

Caso meu ataque dê certo ou não, possivelmente, aguardo o momento do grifo voar em minha direção novamente e tento me esquivar jogando o copo para os lados evitando ataques certeiros. Uma batalha aérea era tudo que um Filho de Poseidon não precisava naquele momento!

- Agora resolveu ficar mano a mano ?! Beleza! - tento conversar com o grifo, apesar dos pesares.
Rearmo meu tridente para uma batalha corpo-a-corpo. Antes de agir, analiso o oponente novamente sem deixar escapar uma informação se quer. uma de suas asas e uma das patas danificadas, mas ainda consegue levantar voo e possivelmente realizar ataques fortes.
Então, mantenho uma certa distância a ponto de evitar um ataque com suas asas ou bico (seu maior ataque). Com o tridente apontado para seu pescoço, dou um impulso com os pés da direção do grifo e alguns segundos antes de acertá-lo, desvio para um lado e arremesso o tridente na lateral do animal na tentativa de acertar sua caixa torácica.

Caso dê certo, tento recuperar meu tridente no exato momento e recuo aos tropeços para traz, evitando danos indesejáveis.
Se o animal levantar voo e evitar meu movimento com o tridente, saco minha adaga e arremesso em sua outra asa ou em algum ponto vulnerável.

Em todo caso, tento desviar de bicadas e arranhões ou até mesmo aprisionamentos pelas garras realizando pequenos desvios para as laterais. Ninguém gostaria de ser carregado por um Grifo Enfurecido.

Frustrado pela estratégia meio falha, recupero meu tridente onde quer que esteja e me organizo para outra tentativa. Esta teria de ser certeira, não queria enrolar mais naquela arena. "Maldito seja o sol"
Fico mais atento que antes mesmo sabendo que acertá-lo esteja "fácil" de mais. Então, corro novamente em sua direção com o tridente armado, porém, segurando ele com a mão esquerda. Tentarei realizar uma garfada em alguma parte alcançável de seu corpo, mas meu objetivo não fica centrado nisso.

Quando,caso,se,qualquer possibilidade, ele voar novamente, giro meu corpo calculando sua trajetória e passo meu tridente para a mão direita procurando desferir um golpe no mesmo instante que ele pousasse. Com sua asa danificada, seu voo estaria mais lento e mais fácil de saber onde irá aterrissar.

Caso dê certo, recuo alguns passos e espero por sua reação.

Sem opção, rapidamente tento me safar do ataque rolando pela lateral e retirando minha Adaga da cintura com a mão não danificada. Assim que conseguir fugir do salto do animal, arrisco um corte em sua lateral, na região próximo a junta das asas, tomando cuidado com sua asa e seu bico que estarão próximos a mim. Após meu movimento, recuo correndo desesperadamente para algum lugar longe daquela galinha assassina.

Ao me afastar, tomo uma Poção de Cura para amenizar meus ferimentos e caminho até meu tridente para recuperá-lo. Sempre mantendo distância do Grifo.

Itens utilizados:
. Adaga
. Poção de Cura [Comum] [x5]