A filha de Apolo está cansada de não fazer nada, então resolve ir para a arena, onde encontra um goblin. Este segurava uma simples adaga feita de osso, e saltitava freneticamente, sobre o terreno plano e arenoso. A criaturinha estava no centro da mesma, rindo histérico não se sabe o porquê.

Goblin: 50

Estava a pouco tempo no acampamento e não sabia muito bem o que fazer para me situar naquele lugar. Já havia sido deslocada do chalé de Hermes e me encontrava com meus irmãos, também filhos de Apolo.

Estava desenhando em cima de minha cama, eram cena aleatórias de minha vida. Ficar sem fazer nada era entediante e eu procurava pacientemente por algo que pudesse animar meu dia. “Na arena você pode treinar”, a fala de um de meus irmãos veio a minha mente.

Suspirei e dirigi-me à arena, comigo carregava meu arco e aljava. Ao chegar lá me surpreendi, havia um monstrinho no centro da área de treinamento que ria histericamente enquanto saltitava segurando uma adaga de osso.

Adentrei o lugar com passadas silenciosas me perguntando se aquela besta era tão ingênua para pular assim com algo afiado em mãos. Bom, eu queria uma distração aí estava; o monstrinho iria servir como uma luva, era são eu não fazer merda. Por sorte o monstro ainda não havia percebido minha presença. Havia lido sobre a prática de arco e flecha em um livro em meu chalé e posicionei-me da maneira correta.

Virei de lado, o dorso da mão esquerda na direção do alvo. Afastei um pouco as pernas, o suficiente para me garantir maior equilíbrio. Ajeitei meus dedos da mão esquerda sob o arco e busquei, com a outra mão, uma flecha na aljava que pendia sob meu ombro. Segurei a base da flecha com a maior firmeza que consegui projetar, posicionando-a entre os meus dedos indicador e médio.

Deslizei a flecha na corda e puxei-a, preparado para o lançamento. Virei meu rosto para o alvo e ergui o arco - sem alterar a distância entre as mãos esquerda (que segurava o arco) e direita (que suspendia a flecha na corda). Quando a base da flecha estava à altura do meu olho direito, regularizei a minha respiração e soltei a flecha.

Esta voou como um míssil na direção que eu mirava no Goblin, a que tinha menos chances de margem para erros, sua barriga.

Armas levadas:

Suspirei irritada, parece que o diabinho não era bobo! Aparentemente, não sei explicar como, ele havia percebido meus movimentos e agora se aproximava ziguezagueando na minha direção. Reparei que estava ele era ágil e rápido, então minha flecha tinha que ser certeira.

Hesitante, sim eu estava hesitante e tentava pensar em algum plano b, mas o tempo era curto e eu teria que apelar para improvisação. O que fazer? Agora ele estava a alguns poucos metros a minha frente, teria que acertá-lo o quanto antes ou estaria em perigo. Meus olhos o seguiam sem perde-lo de vista.

Hesitantemente hesitante (?) puxei a corda do arco junto com a flecha, o Goblin era ágil então eu teria que mirar no próximo caminho que ele iria estar, por se mover em zig zag mirei na sua direita e lancei a flecha que deveria pegar no centro do monstrinho.

Assim que a flecha saiu de minhas mãos em direção ao local mirado, lancei-me para a esquerda num rolamento levantando-me logo em seguida. Caso eu errasse a flecha deveria sair da linha de fogo do monstro. Em seguida, levei a mão ao arco e armei minha flecha preparando-me para o próximo ataque enquanto me afastava alguns metros de onde antes me encontrava.

Sinceramente eu preferia quando aquele monstrinho estava rindo histericamente, ele parecia o Coringa. Sim, aquele lá do Batman. O bichinho mudava de humor rapidinho, era perceptível que aquele Goblin era temperamental.

O berro daquele serzinho asqueroso era arrepiante e me deu medo, fiquei receosa sobre o que realmente deveria fazer. Mas como disse anteriormente, meu tempo era pouco e qualquer tempo que eu pudesse ter para pensar era precioso demais para ser perdido. O negócio ali era ação e reação.

Olhei ao redor constatando que não havia nada que pudesse me ajudar e arrependi-me de apenas contar com o arco naquele momento. Apesar de ágil o que aconteceria se eu lançasse uma flecha num alvo que se aproximava rapidamente de mim? Bom, era testar para ver. Torcia para que ele escorregasse no chão e caísse. Quais as probabilidades de alguém deixar casca de banana na arena? ( )

Sem medo e hesitação puxei o arco e soltei a flecha que mirava o pescoço do Goblin. Esperava que ele não fosse ágil o suficiente para desviar da flecha, caso contrário estaria ferrada já que no momento eu estava encurralada.