Ultimamente as coisas não pareciam certas, havia se passado um mês apenas desde o melhor dia que tive mas tudo desmoronou, parecia que nem a alegria do natal ou o clima sempre perfeito do acampamento conseguia trazer uma felicidade. Haviam dias piores é claro quando as dúvidas ficam cada vez maiores e parece que nada vai dar certo, mas era nesses dias que eu me lembrava mais ainda de como amava meus companheiros e esse amor era o que me fazia seguir, talvez seja coisa de filhos de Afrodite mas fazer o que.

Hoje entretanto eu no conseguia me distrair de forma alguma e depois de um mês decido finalmente ir a arena, talvez lá pelo menos por poucos segundos quem sabe eu teria paz. Porém ao chegar lá travo onde estou vendo a figura de um homem, ele era tão parecido com Ryan que se eu não tivesse notado seu cabelo com certeza já estaria em cima dele o abraçando e batendo ao mesmo tempo, mesmo já sabendo me pergunto se eles sejam lá quem fossem não poderiam ter cortado o cabelo de Ryan e lendo minha mente o outro me responde:

-- Não seja ridícula, Dite. Eu já tentei fazer com que meu filho tirasse aquela cabeleira, mas se eu não consegui, é impossível que alguém consiga. -- diz e se aproxima de mim afagando meu cabelo do mesmo jeito que Ryan faria, sinto as lágrimas querendo vir mas me controlo e dou apenas um sorriso de lado.

- É um prazer conhece-lo lorde Ares - Digo respirando fundo e por fim o olhando nos olhos - O que tens de interessante pra mim?

Dou um risinho quando Ares fala do meu cabelo, mas logo ele deixa de lado as brincadeiras e assume um ar sério explicando-me a missão, e assim que ele vai descrevendo tudo percebo que era o tipo de missão que Ryan adoraria, pego o papel e o dobro em meu bolso.

- Qual a cidade onde encontro esse bar? E Ares... sei que não tem nada a ver com a missão mas... pode me confirmar que ele está vivo? - Pergunto mesmo sabendo que não devia, mas não tinha como me conter. Precisava de total certeza para o que iria fazer.

Dou um aceno com a cabeça para todas as palavras do Deus e assim que ele sai deixo algumas das poucas lágrimas que segurava a muito tempo cair. Mas mesmo sem a confirmação que queria sorrio porque se não acharam em lugar nenhum isso incluia o submundo. Sigo até meu chalé, só o dividia com Kháos um filho de Hecáte e ele não estava então escrevo um breve bilhete pego minhas coisas e vou até a barreira do acampamento chamando as irmãs cinzentas e peço para elas me deixarem a 5 Km do acampamento sem lugar específico e assim acabo em uma rua estranha e meio isolada, havia algumas motos espalhadas pela rua mas nenhum ser perto. Sigo caminhando por ali tensa e atenta ao meu redor.