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por Charlie Morgenstern 19/12/15, 04:27 am

Charlie Morgenstern

Charlie Morgenstern
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
Ω Nome: Charlie Sebastian Morgenstern

Ω Idade: 15 anos

Ω Aparência: Ele possui olhos azuis, que puxou de sua mãe, que contrastam com cabelos preto-azulados e um olhar geralmente mais... nulo. Seu corpo é atlético, mas não é grande ou muito musculoso, aparentemente. Na verdade, suas roupas escondem a definição de seus músculos, que o corpo de 1,83cm possui. Ele é, no geral, visto com roupas ao estilo "agasalho de academia", se apegou a este tipo de roupa por passar um bom tempo da juventude por academias. 

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Características Psicológicas: 

Ω Humor: Pode ser descrito como uma pessoa travessa e maliciosa, sem medo de falar o que pensa, e carrega todos os seus comentários com ironia e sarcasmo, da maneira mais destrutiva aos outros possível. Apesar disso, Charlie possui um bom coração, que fica bem escondido por trás do jeito arrogante e observador, podendo ser dito um estrategista frio, calmo e observador, mas, muito imprudente e explosivo; ao ter uma ideia, ele corre cegamente para ela, depois pensando nas coisas que podem ocorrer. Sua ambição por conhecimento de combate, essa ganância que o aflige, já lhe foi algo muito ruim, mas hoje se tornou bem mais controlável, mesmo tendo tendências gananciosas de vez em quando.

Ω Três Qualidades: Aprende rápido, mesmo que tenha visto alguma coisa uma única vez, ele logo começa a estudar sobre o que viu e analisar mentalmente, raciocínio rápido e um bom mediador, alguém que sabe ver "os dois lados da moeda".

Ω Três Defeitos: Não é muito bom com limites, sendo meio "8 ou 80", seu orgulho vai a não aceitar uma derrota calado e, provavelmente seu pior defeito, é ser insuportavelmente lindo... Ou melhor, arrogante. 
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História: 

A forma como as pessoas se originam... como evoluem... como se adaptam às outras pessoas; tudo isso são formas de origem. Como ele surgiu? De onde veio? Como se tornou no que é? Essas são as perguntas para se conhecer mais de uma pessoa... conhecer suas origens. Esses são os melhores tipos de história, né? Bem, se você não concorda, tudo bem, gosto não se discute, se lamenta. Mas, esta não é a história de como o pequeno Charlie se tornou em um guerreiro... mas sim, a história de como ele perdeu um pedaço de sua alma que ele jamais poderá recuperar.

Desde pequeno, vivendo com sua mãe, Alice Morgenstern, e, posteriormente, uma irmã menor, sempre foi um... menino exemplar. Claro, ele sempre foi agitado e ansioso, mas ele não era mal educado. Sua mãe era detetive na delegacia, sempre envolvida em todo tipo de... caso estranho de sua cidade. Há muito pouco tempo ele realmente entendeu por que a mãe dele era tão focada em seu trabalho de detetive. Para isso, Charlie sonhava em ser parceiro de sua mãe como um detetive forense. Ele viveu desde sempre em Los Angeles, e, por alguma razão, sabia que a família de sua mãe tinha origem mestiça, então ele sabia fluentemente inglês, mas também sabia falar um pouco de espanhol, português e italiano por causa de sua mãe, que dizia que ele precisaria saber se comunicar de diversas maneiras se viajasse para estudos. Pouco antes de completar 13 anos, ele também aprendeu francês e alemão.

Mas, quando sua irmã nasceu, junto dela um sentimento se proteção desencadeou no peito dele. Ele iria fazer de tudo pela vida da pequena garota, que era três anos mais nova que ele, pois seu coração queria isso. Queria proteger a pequena Karen Morgenstern. Esse sentimento evoluía cada dia mais, e diversas vezes ele cuidava dela ou a fazia rir com uma fantasia de super-herói. "Eu serei seu cavaleiro, sua espada e seu escudo, pequena princesa.", dizia a ela antes de ir dormir todas as noites.

Na escola, ele participava de turmas agitadas, bagunceiras, e não se sentia bem ou confortável nelas. Ele até tinha notas regularmente boas, como 6.5 e 7.5, não sendo o melhor, mas não sendo um completo tapado sobre as matérias. Sua "praia" na escola sempre foram as matérias de matemática, educação física e ciências, ele achava particularmente mais fácil e tinha notas quase 9.5 nelas, uma superação. Mas a matéria que era sua favorita, e ainda é, sempre foi história. Nessa matéria, ele se superava para tirar um 10, pois sua professora sempre o elogiava por ser tão esforçado. Não ligava para elogios que não fossem dessa professora em específico, que dizia que ele teria um futuro brilhante pela frente... E, também havia a nerd que Charlie insistia em dizer que iria superar, sua melhor amiga, Clary. Ela era, basicamente, a sabe tudo da sala de aula, e por isso mesmo ele se esforçava além do comum para superar a inteligência dela e tirar notas maiores! Ele só conseguia esse feito em matemática, ciências, educação física e história, no resto, ela o superava facilmente. Mesmo assim, ele ficava feliz em vencer ela em 4 matérias, e dizia que era o suficiente para provar que seu esforço podia vencer a inteligência natural de Clary.

Charlie nunca foi exatamente alguém bom em algo especifico. Ele sabia de tudo um pouco, mas não era especialista em algo específico - só, talvez, em basquete. Isso era meio que um alívio pra ele, pois pensava que caso se especializasse em algo, teria que defender aquilo, e ele não queria esse tipo de responsabilidade. Não até ele conhecer a esgrima, e os diversos tipos de combate armado ou desarmado já feitos. Esse seu apreço pelas lutas que tinha quando criança se tornou em força de vontade para melhorar a cada dia nesses esportes de lutas. E foi quando ele tinha uns 11 anos que um ex-militar abriu uma "Academia de Artes Marciais Diversas entre Outros Esportes". O homem se chamava Christopher, e logo, Charlie queria entrar para essa academia, até que sua mãe o colocou lá. Christopher não era alguém... "organizado". Suas aulas na academia eram conforme ele queria, independente da vontade dos alunos, ele lhes ensinava o que achava importante, hora ensinava lutas desarmadas, outras armadas, outras ensinava coisas de sobrevivência no campo ou no deserto, e por aí ia. Sem saber bem o motivo, Charlie se tornou o favorito de Christopher, e lhe dava aulas até mais tarde, ou desde mais cedo. Cada lição ele pegava fácil, mas mesmo assim, mesmo podendo fazer de tudo e dominar diversas técnicas, Christopher não parecia se orgulhar do trabalho que ele fazia... Não parecia que ele lhe fazia o suficiente para o devido reconhecimento de Christopher. Charlie nunca havia estranhado aquilo até certo dia.

Bem, sempre ocorreram coisas estranhas com Charlie, mas dificilmente elas chegavam ao nível de algumas em especial. Ele vivia se sentindo observado, volta e meia sentia que estava sendo seguido por alguém... Até que, pouco depois de fazer 12 anos e ir em um passeio da escola com Clary, eles se depararam com um homem muito alto no estacionamento que queria brigar com Charlie, e ele acabou ferindo a amiga de Charlie, fazendo ele tomar a inciativa e... Nem ele nem Clary se lembram bem, mas se lembram perfeitamente de duas coisas: Ele havia quebrado a mão daquele homem com uma técnica que Christopher o havia ensinado, e o homem só tinha um olho. A polícia não acreditou na segunda parte, mas a mãe de Charlie parecia tensa. Quase um ano depois, duas semanas antes do aniversário de treze anos de Charlie, em um mercado com Clary, o mercado foi assaltado por duas mulheres armadas com rifles de caçadores enquanto Charlie e Clary estavam no fundo do mercado, próximos à seção de utensílios de limpeza, e novamente, coisas estranhas aconteceram... A primeira foi o fato de Charlie ter conseguido salvar todos do assalto usando um isqueiro, um grampeador, uma vassoura e um balde cheio de álcool. Claro, não foi a maior operação de salvamento do mundo, mas Clary e ele agiram em sincronia para pegar tudo e, Charlie, sozinho, sem receber um tiro direto, mas alguns arranhões no corpo e uma bala passando de raspão pela bochecha, ele conseguiu vencer as duas mulheres, que depois se mostraram não ser mais tão mulheres, pois tinham corpo de serpente... Novamente, ninguém acreditou quando Clary e ele contaram sobre isso. A partir desse dia, o clima na casa de Charlie nunca mais foi o mesmo. A mãe de Charlie parecia esconder alguma coisa, Jonathan queria saber o que era, mas ela não contava, e Christopher tornava o treinamento cada vez mais intenso e dificultava para Charlie, como se dissesse "Eu quero só o melhor de você, Charlie.", que não estava muito bem para treinar naquela época. Eis que vieram os três dias, e os três eventos que destruíram o antigo Charlie.


Dia 19 de março de 2013: Aniversário de 13 anos de Charlie.

Era um dia especial para ele e sua família, mesmo que para ele fosse um pouco mais... Ele decidiu declarar seus sentimentos à Clary após sua festa de aniversário, que não era bem uma festa, mas sim só uma confraternização com os parentes de Charlie, sua professora de história e seu mentor da academia, Christopher. Este dia foi o primeiro de uma série de eventos trágicos na vida de Charlie. Neste dia, após ele se declarar para Clary e ser retribuído, no pátio de casa, sua professora saiu da casa, carregando Karen nos braços, com ela desacordada. A professora de Charlie tinha olhos vermelhos agora, e por baixo da saia do vestido, era possível se ver uma perna de bode e uma perna mecânica... Charlie não estava entendendo nada, mas mesmo assim, ele precisava salvar sua irmã. A professora lhe disse como ele era um idiota, por ser tão bonzinho e ser enganado tão facilmente por ela e tantas outras pessoas, falou que o futuro dele era miserável, pois ele morreria naquela noite. Contou que sabia sobre o pai de Charlie, e isso fez com que ele subitamente esquecesse a situação toda para saber mais. Sua ganância falava mais alto... Mas Clary conseguiu faz ele voltar ao mundo quando, com um grito de dor, ela teve cinco grandes arranhões cruzando sua coxa esquerda. Como se tivesse atravessado o jardim em segundos, estava a professora de Charlie; Karen estava no chão da porta de casa, ainda desacordada. Nos dedos de sua professora havia sangue. Charlie se lembra completamente deste dia. De cada momento, de cada segundo, de cada minuto. A professora investiu novamente contra Clary, sua mão mirando o peito da garota; mas Charlie cortou a investida dela ficando entre as duas, em posição de combate, e se movendo mais rápido que ele já se movera algum dia, ele segurou a mão com longas garras da professora antes que ela perfurasse seu peito e, em um movimento rápido da mão livre, ele quebrou o braço dela, e o girou até que as próprias garras perfurassem os olhos dela. Um som de tiro abafou o grito de dor da professora de história, e da porta da casa, a mãe de Charlie segurava uma pistola; a bala estava alojada no meio da testa da professora até ela sumir como se fosse pó. Nunca mais Charlie tirou uma nota total em história, ela se tornou outra matéria que Clary tirava mais que ele deste dia em diante...


Dia 19 de março de 2014: O aniversário de 14 anos de Charlie.

Neste dia, seu mentor, Christopher, deu o presente de Charlie: Sua última lição; a lição sobre a técnica suprema de seu mentor. Ele disse que Charlie já estava pronto, que ele já havia ensinado tudo que ele precisava saber, menos uma técnica. Uma técnica que nem mesmo Christopher pôde dominar, mas que ele tinha completo conhecimento e idealização desta forma única de luta. Ele passou a manhã inteira ensinando a Charlie sobre esta técnica, e repetia diversas vezes as instruções sobre a técnica que ele levou anos para criar, e que agora, dava ao seu melhor aluno. 

" Mesmo sem poder ver ou ouvir nada... Lembre-se! De onde você recebeu cada ferimento... Lembre-se! Da profundidade, ângulo e direção de cada ferimento... Lembre-se! Das palavras de seu oponente, de sua voz... Lembre-se! Todos os detalhes desta batalha estavam embalados em cada momento até a situação atual... Lembre-se! Como uma leitura atenta a história da técnica com a espada, identifique a ordem e a direção dos movimentos do inimigo. Como em uma coleta de seu estilo com base em sua esgrima, faça uma análise revesa da posição dos ferimentos e do ângulo de cada um deles. Como ao roubar os princípios de sua invenção e seus truques, exponha os padrões de pensamento por meio das palavras e da voz. E depois de tudo isso, identifique o grau anterior da perfuração, a personalidade, a técnica, o design, a integração entre os movimentos, a análise, a compreensão, os dados exaustivos de todos os tipos de coisas - entenda tudo o que há para entender sobre a pessoa que chama de adversário! Você não está analisando a técnica de seu oponente, mas sim ele. Não está roubando seu estilo de combate, está roubando a parte da alma dele que luta, seu lado combatente, a espada de sua alma. Roubar um estilo de luta não é uma tarefa comum, muito menos fácil, como simplesmente imitar um estilo. A partir de algo como um estilo ou esgrima, a história acumulada é estudada, pegando-se as ideias necessárias para se chegar a ela e expondo e retornando todo o princípio de sua fundação. Isso é o que chamamos de roubar uma técnica de espada. Faça isso em sua luta e roube o estilo de luta da pessoa que é seu adversário! Esta é Steal Blade! "

Quantas vezes Charlie não lembrava da voz de seu mentor dizendo isso? Quantas vezes ele já não havia sonhado com este dia, e sentia-se revivendo cada momento? Era como uma tortura, graças ao que aconteceu ao anoitecer do mesmo dia. A polícia, liderada por Jonathan, invadiu a academia de Christopher, enquanto ele ajudava Charlie a arrumar as coisas antes de fechar, como sempre fazia. Jonathan apontou uma arma para a cabeça de Christopher e mandou ele se entregar sem reagir, pois eles tinham provas de seus atos de pedofilia. Charlie tentou defender seu mentor, mas este simplesmente agarrou Charlie e começou a lhe enforcar com um Hadaka Jime, e disse que se não o deixassem sair ele mataria Charlie. Novamente, era como se o mundo tivesse se estilhaçado, como se cada pedaço do corpo de Charlie estivesse perdendo a vida, perdendo suas células e seus átomos, lentamente, até que não restava nada. Mas ele foi trazido de volta a realidade quando Christopher começou a arrastar Charlie pela academia, para fugir por uma janela. Então, Charlie se lembrou de tudo que Christopher lhe disse pela manhã, a explicação sobre a Steal Blade, as demonstrações, e todas as lembranças dos treinos de Charlie com ele vieram à sua mente. Num piscar de olhos, ele se lembrou minimamente de todos os detalhes sobre Christopher, e num rápido movimento, se soltou do Hadaka Jime e se afastou. Seu mentor parecia desnorteado, mas ele não falou nada, se calou perante o brilho assustador nos olhos de Charlie. " Somente um aluno pode derrotar seu mestre."... foram as últimas palavras que Charlie disse ao seu ex-mentor. Ambos lutaram de maneira idêntica, com exatos padrões de golpes, esquivas, reações, contra-ataques, era como ver a batalha de um homem e sua sombra. O confronto ia se intensificando, e Charlie acompanhava completamente os movimentos de Christopher, estudando minimamente cada movimento dele e usando suas lembranças, seu conhecimento, para prever o próximo. Christopher tinha mais força física e experiência, mas Charlie tinha o conhecimento sobre todas as técnicas de Christopher, era mais ágil e mais criativo, logo, mesmo somente na defensiva, ele conseguiu uma brecha perfeita para quebrar a defesa de seu mestre e o afastar, adaptando uma das técnicas de seu mentor. Então veio o momento decisivo. Sem mais temer a batalha, ou ter tensão por seu oponente ser Christopher, Charlie se moveu com maestria perante a situação em que se encontrava. Seu mentor o atacou com um soco direto, e este foi antecipado por Charlie, que havia deixado seu corpo levemente de lado, de forma que desviou facilmente do soco e agarrou Christopher pelo punho, apoiando sua mão em seu ombro e, rapidamente, lhe aplicando um golpe que deslocou seu ombro, com seu mentor com a cara enfiada no chão. Ninguém disse nada. Christopher foi preso. Jonathan disse que foi auto-defesa de Charlie. E Charlie, nunca mais voltou a praticar da mesma forma, se afastando ainda mais das pessoas e ficando recluso em seu mundo. 


Dia 19 de março de 2014: O dia do aniversário de 15 anos de Charlie.

Este foi o último dia antes de Charlie quebrar. A noite deste dia congelou tudo aquilo que tinha dentro dele e que era considerado sua parte bondosa.

Nesta noite, ele estava em casa, curtindo seu aniversário enquanto jogava videogame com sua irmã e Clary, enquanto comiam Doritos e bebiam Sprite. Existia algo melhor? Não para Charlie. Estava com as duas pessoas que mais confiava, numa noite calma e que não acabaria antes do raiar do Sol, pois Diablo III não se zeraria sozinho. Foi então que as coisas ficaram estranhas. A luz acabou, mas isso não mudava nada para Charlie, pois ele via bem no escuro, quase melhor que via de dia. Sons de batidas estranhas, era como se um duelo fosse traçado no andar de baixo. Jonathan e Alice discutiam como nunca haviam discutido antes, em todos os idiomas que Charlie sabia, mas as palavras não faziam sentido. " Me dê seu filho, para que eu possa me vingar! ", eram as palavras de Jonathan. " O pai dele não fez nada pra você! ", respondia Alice. " Você não sabe nada, mulher! ", rebatia Jonathan. Ouviu-se outro estrondo, e dessa vez, sem mais discussões. Somente sons de passos em direção à escada, e da escada para o quarto de Charlie. Sua irmã fugiu pela janela, Clary pegou um cabideiro de roupas de Charlie, e ele mesmo pegou um varão da cortina pra usar de arma. Armas longas não eram seu tipo. Quando Jonathan entrou, ele nunca viu alguém se mover tão rápido. Ele arrancou as armas das mãos de Charlie, quebrando o varão de madeira nas costas dele, o fazendo cair no chão, e após uns momentos de visão turva, ele se viu em um estranho cenário. Charlie, preso com as mãos com cadarços para trás das costas enquanto ele estava recostado no armário, Clary e sua mãe presas nos pés da cama, aparentemente, com cadarços também. Jonathan estava entre Charlie e as duas mulheres, com um punhal de lâmina curta antiquado e uma pistola. " Pistola ou adaga? Sua mãe ou Clary, quem morre? ", disse Jonathan, balançando as armas. Sem obter resposta, ele começou a falar sobre o pai de Charlie, sobre como ele era malvado, sobre as coisas que ele fazia com os pobres espíritos que iam parar em seu reino, sobre as injustiças que cometeu. Charlie não estava entendendo nada. Então sua mãe falou " Eu ainda não te contei, mas... Seu pai é um deus grego. ". É, talvez Charlie tivesse inicialmente pensado que era sobre a beleza dele, mas então ele sacou que era no sentido literal, ao lembrar de todas as coisas estranhas que aconteceram em sua vida, e sobre as aulas de mitologia grega. Ele já não estava mais pensando em nada, somente entendendo coisas. Ele sentiu como se as portas para um novo mundo se abrissem, ao mesmo tempo que as do seu antigo mundo se fechavam.

Sua mãe era uma falsa mentirosa? " Era para te proteger! ", ela dizia. ele poderia acreditar nas palavras dela agora? Jonathan continuou contando tudo sobre o pai de Charlie, mas ele não queri saber. Não queria ouvir. Então, ele mandou Charlie escolher quem iria morrer, e que ele mataria com a adaga. Antes da resposta, de repente, a porta abriu e bateu em Jonathan, o fazendo cambalear para a frente e deixar a adaga cair perto de Charlie, com a ponta enfiada no chão. O garoto se soltou ao cortar o cadarço na lâmina. Atrás da porta, Karen tentou fugir, mas Jonathan a puxou para dentro do quarto e a jogou ao lado de Charlie. Ele girou a arma na mão e atirou em Alice. A mãe de Charlie caiu morta no chão sem poder falar nada. Charlie apagou. Era como se um botão dentro dele fosse pressionado. Daquele momento em diante, era como se todo seu terror e fúria explodisse. Ele sacou a adaga, que parecia recusar Charlie, e ele mesmo não se sentia bem segurando aquela arma, era estranho, desequilibrada. Jonathan apontou a arma para Karen e mandou ele escolher. Karen ou Clary? Era uma ou outra. Ele não poderia sair com as duas. Ou melhor, ele não sairia, pois ele sabia que também morreria. Clary ia se sacrificar quando Charlie começou a andar, ignorando a arma apontada para a cabeça de sua irmã. Por alguma razão, ele sabia que Jonathan não o mataria. Se ele queria vingança, precisava de Charlie vivo. Somente a morte dele não parecia ser o suficiente. Ele apontou a adaga para Jonathan, mas não como se fosse lutar com ela. Ele não queria lutar. Queria matar Jonathan, este mirou a arma contra Charlie, que antecipou um tiro, se abaixando a tempo e enfiando a adaga numa perna de Jonathan, que pegou Charlie pela gola da camisa e o jogou contra a janela. Uma rápida luta ocorreu. Desvios, socos, chutes, Charlie defendendo a arma com a adaga. Mas Charlie estava com a mente nebulosa e não conseguiu lutar direito, sendo encurralado na janela. Então ele se aproximou e jogou Charlie da mesma, que caiu de costas em vários arbustos, sua adaga voou pelo quarto, caindo perto de Karen. 

Jonathan apontou a arma para dentro de casa de novo, mas quando fez isso, teve uma meia adaga enfiada na lateral de seu corpo, mas ele sobreviveu e parecia bem. Dois disparos. Karen gritou de dor. Jonathan caiu da janela, sua arma voou pelo gramado. Ele olhou para Charlie, que levantou a mão, mostrando o dedo do meio para o ex-padrasto. Ambos se levantaram, e uma luta brutal começou. Charlie estava desviando bem, mas todos seus ataques também estavam sendo defendidos. Tinha um motivo para isso. ele estava analisando Jonathan. Aprendendo a forma como ele lutava, suas expressões, seus movimentos, e relacionando isso com os tipos de luta que aprendeu com Christopher. Logo após uns cinco minutos de luta, Charlie já tinha como reproduzir vários movimentos de Jonathan e antecipar os que ele fazia. Mas ele não tinha motivos para lutar. Talvez sua irmã e Clary estivessem mortas, e ele lutava ali por vingança... Mas ele não sabia se seria certo. Então, de seu quarto, ele ouviu Clary gritando " Por que está apanhando, Charlie? Na minha frente, o homem que eu amo tem que parecer sempre super legal! ", e Karen disse, meio abafado pelo grito da ruiva: " Eu acredito em você, irmão. "... Isso fez Charlie colocar em prática sua estratégia, antecipando, esquivando e defendendo todos os movimentos seguintes de Jonathan, que começou a ser pressionado pelo garoto e sua técnica de combate. Ele não fazia nada com padrões, não usava só um tipo de luta. Misturava Kung Fu e Capoeira como se fosse um tipo de acrobata. A falta de iluminação não o atrapalhava em nada. Ele somente lutava com tudo, buscando a vitória. Até que, enfim, após um olho roxo e diversos hematomas, Jonathan caiu por terra, cansado demais para continuar. Charlie estava muito ofegante, com um olho inchado, o nariz e a boca sangrando muito, o dedo mindinho da mão esquerda quebrado e um tornozelo torcido, fora os hematomas, ele estava bem. Mas Jonathan sumiu em um piscar de olhos, com a promessa de vingança no ar. Agora, Charlie estava de volta ao momento em que sua mãe estava morta, sua irmã tinha um tiro no ombro, Clary estava com uma bala no estômago e ele estava todo machucado. Seu espírito de guerreiro estava ferido, quebrado e pisoteado. Ele treinou tanto para se juntar ao esquadrão de sua mãe, e agora ele nunca mais poderia fazer isso. Nunca mais veria o sorriso de sua mãe. E ela morreu com Charlie acreditando que ela era uma mentirosa... A pior parte é que Clary iria morrer se a ajuda não chegasse a tempo... E ela não chegou. Ele perdeu duas das pessoas que mais amava.


Três aniversários. Nos três ele perdeu alguém que admirava. Sua ex-professora de história, seu ex-mentor e sua mãe. Todos mentiram para Charlie. Todos tinham seus motivos. Uma, queria sua morte; o outro, se aproveitar dele; e a terceira, sua proteção. Mesmo assim, ele não acreditava que podia ser protegido por mentiras. A verdade e os fatos seriam as melhores coisas para serem dadas a ele, e poderiam ser sua maior força. Mas mentiras? Elas eram somente palavras falsas, que, após ouvir e repetir tantas vezes, acreditava que eram verdadeiras. Falsas-verdades. A perda de Clary o havia destruído por dentro, remoído cada pedaço de sua alma bondosa e a transformado em um pedaço frio de seu ser. Alguém irreconhecível. Calculista, observador e meticuloso. Ele não era mais animado, excêntrico. Se tornou quieto e imprudente. Esta perda... Foi a mais difícil de superar, pois ele não havia perdido somente quem amava, ou somente uma amiga. Ele também havia perdido sua rival. 

Ele passou mais alguns meses com sua irmã, lendo o diário de sua mãe para aprender mais sobre ela e descobrir algo que poderia lhe ajudar. Como informações sobre seu pai, ou sobre o passado de sua mãe. Descobriu sobre um tal Acampamento Meio-Sangue, onde tais filhos de deuses deveriam passar seus dias para treinar e fugir de monstros, como a ex-professora de história. Isso era bom, mas Karen teria de ficar. A família de Clary cuidaria de Karen até que ele voltasse. Ele treinou e se preparou durante o inverno, passando o máximo de tempo estudando, e ficando com Karen na casa dos pais de Clary, que eram como família para os irmãos Morgenstern. Foram tempos difíceis, com direito a no meio do inverno um Sátiro chegar para lhe buscar, e ele ficou enrolando o Sátiro até acabar o ano letivo, mas após o final deste tempo, ele se despediu e disse que partiria para o Acampamento Meio-Sangue junto do Sátiro, pois precisava descobrir mais sobre seu pai, Hades. Então, lá se vai ele, para o endereço que havia no diário de sua mãe: Montauk, Nova York.

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