Era ele. A chama que brilha escarlate. O ódio que queima com sangue. O combustível da morte, a lâmina efervescente. O Demônio vermelho. Roran atravessava os portões da arena com seu sangue pulsando como ácido. Seus olhos não tinham brilho, eram mortos como o de um peixe. Pois ele via coisa demais, sabia demais. E o mundo pesou sobre ele. A consequência de se fundir com um diabo, era que seu lado humano se alimentava de sua maldade e se tornava diabólico como o próprio inferno. E a única coisa humana em Roran, passava a ser seu lado divino. Ou seja...
Ele estava se tornando a maldade em pessoa. Havia um certo clima ácido e cinzento ao redor do garoto. Sentia-se sádico nesse dia especial. Pronto para cortar, rasgar e queimar. Havia pessoas na plateia. O garoto tinha se tornado muito mais forte com o tempo, e agora já era um semideus famoso. Havia aqueles que adoravam assistir suas lutas, aqueles que queriam ver o grande demônio vermelho brilhando.
Idiotas.
Todos eram idiotas. Roran iria partir o mundo ao meio, rasgar os humanos e se alimentar de um prato sujo com sangue divino. O demônio iria subir aos céus, e derrubar do trono todos aqueles malditos que se autoproclamavam deuses.
Mas precisava de força. E só conquistaria ela lutando.
O portão por onde entrou se fechou. E o outro na sua frente se ergueu, dessa vez muito mais rápido que em uma batalha comum. O garoto sabia que isso ia começar de leve. Em sua frente, rosnando e babando, surge um animal consideravelmente forte entre sua espécie. Mas fraco perante o campista. Um único e solitário lobo. Ele estava a 10 metros de distância de Roran, e corria na direção do filho de Hefesto.
Lobo - 50/50
Obs: Chão de terra batida 50 metros de diâmetro e blá blá blá...