O filho renegado vivia seus dias livres de qualquer preocupação sem qualquer dever cívico que precisasse realizar, afinal, um filho sem pai não era algo facil de acontecer, provavelmente foi uma transa sem querer e o divino esqueceu de esporrar fora

Bem o tempo passou, mas as novidades chegam, foi dito que na arena havia um ser novo e diferente que estava limpando as garras com os ossos dos semideuses que falharam em matar a criatura, somente os tolos foram e nenhum retornou.

Sua lista crescia em ate 10 vitimas de semideuses e ainda nada de ir contra a fera e nada foi feito, nenhuma ferida feita e a curiosidade do semideus realçava, que criatura seria.

A manha estava particularmente fria naquele dia ensolarado, o calor do sol secava a orvalho da noite e levantava um fraco vapor d'água que deixava tudo com um tom sinistro. Estava tomando café quando ouvi pela primeira vez da criatura que estava assolando as arenas do acampamento de Júpiter. Fazer o tipo herói não era muito o meu tipo, por mais estranho que possa parecer já que todo semideus é considerado um "herói", mas aquela poderia ser uma boa oportunidade de ter minha merecida reclamação.

Tomo o café em alguns goles e vou para a primeira corte. Chegando lá pego meus equipamentos, espada, elmo e peitoral que estava guardados no meu armário. Resolvo levar o monóculo que havia ganhado daquela estranha criatura comigo, vai que pudesse me ajudar...

Caminho tranquilamente na direção da arena, por mais que eu não gostasse muito de aventuras e lutas, eu ficava demasiadamente calmo nessas situação. Era como se meu cérebro ligasse uma parte e desligasse outras, eu ficava 100% focado em resolver os problemas. Por mais que eu não tivesse muita experiencia de batalha, parecia que aquilo era algo intrínseco de meu ser.

Passo pelos portões principais da arena e observo tudo ao meu redor, o chão, as paredes, o céu, a arena por um todo. Eu buscava, alem de achar meu adversário, algo que pudesse ser usado como "cover" ou arma, um "high ground" também seria bom. Fico com a espada curta na mão esquerda para tentar me defender caso seja atacado e tentar contra-atacar com um soco com a mão livre, sempre mantendo uma distância moderada para com meu inimigo.

O semideus movido pelo desejo de ser reconhecido pelo seu pai ou mãe divina, ele decide conhecer a tal criatura que todo mundo pereceu diante dela, levando seus poucos itens e seu monóculo que ele ganhou como presente de uma divindade pela sua grande inteligencia e pensamento rápido.

Ao adentrar na arena, ele ficou vendo o chão para não ser surpreendido por algo que ele não conhecia, mas sua atitude foi muito bem aproveitada, pois do chão ele viu uma sombra crescer em sua volta e isso deixou ele ter espaço para desviar da criatura alada que voa em sua direção, fazendo ele ficar no meio da arena e permitiu ele ter tempo de lhar pro céu.

-Inimigo de minha espécie, seus ossos serão feitos de palito de dente, humno nojento.- E com um rugido, ela se mostra em sua frente.

-Claro, só podiam ser elas, malditas Esfinges. -Penso em voz alta.

Seria muito complicado lutar contra uma criatura voadora mas agora eu não podia simplesmente dar meia volta e sair dali correndo, todos iriam me zuar por muito tempo caso eu fizesse.

Começo então a pensar, eu só tinha uma arma de curto alcance e a criatura conseguiria atacar e sair do meu alcance rapidamente. Eu teria que desabilitar suas asas para conseguir chegar perto e esse era o problema, eu não possuía armas de arremesso e caso eu atirasse minha espada curta eu ficaria totalmente desprotegido.

Paro então de me lamentar pelo infortúnio da minha desvantagem e mais uma vez tento achar algo na arena que pudesse me dar uma certa vantagem: pedras, tochas, pedaços de lança quebrados. Qualquer coisa poderia servir como arma nessa situação e e eu achasse eu tentaria gravar sua localização na minha mente.

Depois de uma breve observação volto meu foco para a criatura e não os desgrudo mais dela por enquanto e espero que ela ataque. Troco a espada de mão e coloco a mão esquerda para frente para me proteger, assim que ela atacar eu faço um movimento puxando a mão esquerda para traz e faço um corte em suas garras. Se eu acertasse ela perderia parte de suas armas e eu poderia usá-las como minhas.

O semideus com raiva fala alto de tão descontente estava ao ver outra esfinge no campo de batalha, pior ainda que ele estava despreparado em varios sentidos, não tinha uma divindade para se apoiar, sua força era pouca e seu inimigo voava, ele tinha tudo para querer desistir, mas por orgulho, se recusou a voltar pro acampamento dessa forma humilhante, não, ele tinha que mostrar que podia ganhar daquele ser nojento com casas.

Ao olhar atentamente ao redor, ele viu que as pilastras estavam derrubadas, provavelmente pela esfinge para poder voar, as paredes de pedra mantinham preso a criatura, mas nenhuma arma ou correntes estavam no chão, somente pedras e rochas de pilastras derrubadas pelo monstro em forma de mulher.

Atento a criatura ele se prepara para tacar, mas a mesma começa a alçar voo, e com as quatro patas ela começa a segurar algumas pedras relativamente grandes e que sem pena, começa a jogar contra o semideus sem pena:

-Farei você sofrer, filho de ninguém! -Grita a criatura que continuava a lançar coisas contra ele.

Olho para a criatura pegando pedras sem pena e as projetando contra a minha pessoa. Começo a correr sem pena para o lado oposto em que ela estava, começo a fazer um caminho em zig-e-zag alterando entre os zig's e os zag's para que não fique óbvio para onde eu estaria indo. Tento me colocar entre os escombros da pilastra e o monstro para que eu tivesse uma cobertura de proteção.

Caso eu veja que essa estratégia não daria certo caso as pilastras caídas estivessem longe demais, eu fico de frente para a criatura e tento desviar de seus ataques, esperando uma brecha para pegar uma pedra no chão para arremessar de volta nela.

Seu eu for atingido por alguma das pedras na cabeça, finjo um desmaio, caindo de costas no chão e largando a espada ao meu lado perto o bastante para alcança-la quando quiser. A maioria dos monstros tinha muita soberba e se ela achasse que havia me vencido eu poderia pegá-la de surpresa quando se aproximasse com uma estocada direto no peito.

|Pausada|