*Suspiro
Olho o dia agradável que se estendia pelo camp. Uma garoa leve caindo, o sol deslizando entre as nuvens amenas e um clima bom de se aproveitar sentado em frente às forjas, aproveitando entre um trabalho e outro. Estava esperando um amigo - e cliente - de longa data que havia dito que passaria por ali para me ver.

Vejo a galera passando enquanto aguardo sua chegada, já prevendo do que se tratava... Provavelmente, reparar uma katana quebrada ou forjar uma nova lâmina. Afinal, era sempre isso.

Chego já sorrindo ao ver Roran sentado à minha espera. O ferreiro era sempre pontual. Ou melhor, sempre apressado. Sempre estava no lugar marcado 10 minutos antes do combinado.

- Olá, velho amigo - digo, abrindo os braços para dar-lhe um abraço carinhoso - Há quanto tempo. Já deve imaginar o que faço aqui, não é? Mas, desta vez, você está enganado! Hahahaha!

Rio um pouco de sua expressão e então entrego-lhe um embrulho que trazia comigo, amarrado como uma trouxa às costas. Com um aperto no peito e leveza na mente, passo-lhe pertences que ele mesmo havia confeccionado em grande parte, mas que outros haviam sido conquistado em missões. Eu estava partindo em uma jornada agora e não levaria comigo nada além de Branca de Neve, minha primeira lâmina.

- Bota Alada
- Katana[Vendaval]***
- Katana “Tramontina” [Oricalco] [¥]  
- Molho de Chaves[2]
- Poção de Cura [Mítica] (x1)
- Poção de Energia [Mítica] (x3)
- 2.000 Dracmas

Dentro do embrulho, são estas as coisas que ele encontraria.

- Preciso que alguém de confiança guarde estas coisas por mim, e não poderia pensar em ninguém melhor do que você, o único que teria por estas espadas o mesmo carinho que eu. Pode fazer isso por mim?

Descrição dos Itens:

Ao ver Jack chegando com o sorriso perfeito de sempre, não pude deixar de sorrir de volta. Em nosso abraço rí mais ainda, pensando que só faltou sair vapor entre nós; Um filho da Neve e um filho do Fogo.

Ouço atentamente suas palavras e recebo o embrulho, olhando admirado para as coisas que havia dentro. Eu não conseguia entender a maioria dos semideuses. São todos estranhos. Mas alguns são além da conta, especialmente os que seguem um código como o dos samurai.

- Sim, é claro que pode contar comigo para isso. Mas pra onde você vai?

Chego meio timido. Aquele em frente às forjas certamente era o ferreiro que haviam falado... roran. O braço mecânico tornava impossível confundir, afinal. O garoto proximo a ele trajava um kimono branco, tão branco quanto seus cabelos, tão branco quanto sua pele, tão branco quanto a bainha da katana em sua cintura. Ali pude ver que havia, além de mim, alguém que levava a sério o caminho de um samurai, e aquilo me deixou ao mesmo tempo animado e intimidado.

- Hã... Olá - Falo, com uma mesura timira em direção aos dois - Me chamo Miyamoto Musashi. Estou aqui para falar com o ferreiro, Roran. É você, não é? Peço desculpas por interromper, só quero saber se estou no lugar certo...

Termino a frase distraído olhando assim para as katana na mão do ferreiro, as quais tinham sido entregues claramente pelo samurai à sua frente:

- E-eu.. hã... eu gostaria de e-encomendar uma... uma katana eu acho, e... E alguns acessórios, como uma shuriken... Eu acho.

Me surpreendo ao ver outro cara de quimono com katana na cintura se aproximar. Olho de um pro outro, admirando a postura igual que os dois tinham. Eretos, as mãos apoiadas sobre o punho da espada, o olhar que parecia medir os outros a todo momento.

- Bom, por sorte eu tenho essas duas aqui à venda! - Falo, rindo em seguida. Claro que eu jamais asvenderia, mas a cara do Frost faria valer a pena a piada.

- Então cara, eu não estou trabalhando mais com as forjas por esses dias, mas... Talvez eu possa lhe indicar algum irmão que vá atender a seu pedido.

Olho assim pro cara que chegou: E percebo que ele olha da mesma forma pra minhas katana.

Dou um sorriso torto. É.

- Roran. faça o que achar melhor com elas - falo, virando-me e caminhando para longe, acenando de costas pro ferreiro - Talvez elas fiquem mais felizes se não estiverem pegando pó em cima de uma prateleira. Confio em seu julgamento.

Assim, vou reto em direção ao portal onde retornaria a Nova Roma para ajeitar minha partida para o desconhecido.

Ao longe já era possível saber que ali eram as forjas. Conseguia não só ouvir o som de modelagens sendo feitas como sentir a vontade de entrar e fazer alguma coisa. Seja grego ou romano, a paixão pela arte era a mesma. Estava ali em uma excursão pelo acampamento e como centurião me permiti vagar um pouco e me habituar mais com o local. Além disso, havia um ferreiro conhecido que eu aspirava conhecer. Talvez um dos melhores filhos de Hefesto vivo. Chego frente aos rapazes que conversavam.

- Com licença. Algum dos senhores pode me indicar onde está o ferreiro Roran?  Sou um ferreiro romano e gostaria de falar com ele -

Aquela estava sendo uma tarde agitada. Enquanto jack se vai me deixando ali com cara de bobo e indeciso sobre suas palavras, vejo um guri desconhecido se aproximar.

- Com licença. Algum dos senhores pode me indicar onde está o ferreiro Roran? Sou um ferreiro romano e gostaria de falar com ele - Fala ele, sem me surpreender.

- Ora ora, parece que sou mesmo famoso não é? - Falo com uma piscadela - Eu sou Roran, cara! Um prazer conhecê-lo. Você também está aqui atrás de katanas?

Olho de soslaio pro cara de quimono que ainda olhava abobado pras espadas do jack, que saíra com aquela mensagem misteriosa me fazendo crer que, bem, ele de fato não gostava de ver katanas paradas. Talvez eu devesse conhecer melhopr aquele garoto e... emprestá-lo?

- Não, senhor - Falei. Percebendo que ele era o ferreiro o qual eu buscava. Levei a mão até o machado viking recém forjando, puxando Huginn e o mostrando à ele. - Quero ser seu aprendiz. - Falei, fazendo uma reverência com a cabeça. - Não tenho muito a lhe oferecer senão minha dedicação. Eu o admiro e quero um dia ser melhor do que o senhor. Me ensine. - Pedi, dando um passo à frente, fitando-o atentamente.