Olho assim pro garoto. Era... Era um filho de Hefesto? E estava me pedindo para ser o seu professor de forjas? Fico embasbacado com a situação.

- O qu... Cara! Você tá tipo... Viajando Eu não acho que sou bom o suficiente pra ser mestre de ninguém! Digo, não sou um ferreiro ruim, mas... Ah, droga. Logo quando me pseudoaposento...

Dou-me um facepalm. Recentemente eu havia dado uma pausa em minha vida como ferreiro. Salvo pedidos de reparo como os do Jack, eu estava quase satisfeito em deixar meu martelo descansando sobre a bigorna ao invés de batendo sobre ela. Mas ao ver um garoto desejando conhecimento sobre as forjas, exatamente como eu ao chegar ali, uma chama acendeu-se novamente em meu peito. Inevitável, sorrateira, certeira.

- Mas acho que ainda há algo que eu possa lhe ensinar... O básico, e o essencial, talvez... Bom! Qual o seu nome, parceiro? - Pergunto com um sorriso condescendente. Eu jamais esperaria algo como aquilo. As pessoas vinham a mim sempre atrás de forja, de objetos, de construção. Jamais haviam me pedido simples Conhecimento. Como um seguidor de Selene, que me aceitou entre seus feiticeiros pela minha busca por saber, eu não poderia negar minha experiencia a ninguém.

Olho de um pro outro meio deslocado Aparentemente eu estava presenciando o nascimento de um laço entre mestre e aprendiz, entre dois meio-irmãos, afinal, apenas os filhos de Hefesto forjavam, eu já sabia. Apesar de meu pouco tempo no Acampamento eu já estava me familiarizando com o funcionamento das coisas, e ficava feliz de aprender a cada dia mais. O nome de roran me foi citado todas as vezes que perguntei onde poderia conseguir um equipamento digno, então, bem, ali estava eu. Só não esperava presenciar algo como aquilo.

Observo-os em silêncio, encostado atrás do ferreiro para não atrapalhá-los, e assisto com um sorriso lembrando-me de meu proprio mestre, e de comoter alguém mais experiente passando os conhecimentos essenciais podia ser útil e reconfortante.

- Me chamo Léon. Sou o centurião da 5º Coorte Romana. Bom, esse machado foi eu que forjei. Não há encantar forja nada de muito especial, mas amo o que faço e quero melhorar nisso - Falei, engolindo em seco. - Obrigado, senhor! O básico seria... incrível - Não pude conter o sorriso no rosto. Se quisesse me tornar o melhor, tinha de aprender com o melhor.

Olho o machado na mão do garoto. Um trabalho básico. E com básico, quero dizer bem-feito. Afinal, numa forja o que conta é a eficiência da coisa, o trabalho empregado, a dedicação em fazer o básico... Era isso que eu tentava em todos os meus trabalhos. Quando se domina o básico, todas as armas forjadas serão mais eficientes, mais duradouras e, portanto, mais confiáveis do que as demais.

- Hehehe... Não se preocupe. O básico vai ser fácil para você, eu acho. Será um prazer ensiná-lo o que sei, Léon! Venha, vou te apresentar as forjas do Acampa-

Interrompo o que falava ao ver o samurai parado ali nos encarando com um sorrisinho no rosto.
- Pensa rápido - Falo, jogando a katana Tramontina do Jack na direção dele E então jogo um dos dracmas que estavam na sacolinha.

- Pensa rápido - ouço, e então uma katana vem em minha direção.

Agarro a bainha no ar com a mão esquerda, quase na altura do punho. Então vejo um lampejo dourado seguindo contra meu rosto. Puxo a bainha enquanto alcanço o punho com a mao direita, num movimento instintivo de saque e corte, acertando aquela coisa que identifiquei como uma moeda, dando um passo à frente e embainhando a kayana novamente

- Que foi isso?

Aceno satisfeito.

- Toma, faça bom uso. Um dia aquele cara branco virá atrás de você por estas coisas. Se você quebrar uma dessas katana... - Acendo meus olhos em chamas e desperto o demonio que há muito estava adormecido dentro de mim, tingindo as chamas com um tom de sangue e triplicando minha voz - Eu mesmo te mato.

Então sorrio, apagando os olhos e mandando o demonio ir se foder e dormir, e entro na forja pra apresentá-la a meu novo pupilo

transfiro para Miyamoto Musashi os itens transferidos a mim por Jack frost, bem como 30.000 Dracmas de minha conta, minhas shuriken e adagas de arremesso

Observo toda a cena e sigo Roran pela forja, sentindo uma sensação de tranquilidade no momento em que o calor invadiu minha pele e pude ver os outros meio-irmãos trabalhando.
- Incrível - Falei -Preciso voltar. A quinta coorte está me esperando. Foi um prazer... sensei - Cumprimentei-o com medo do corona e agradeci pelo apoio, saindo em seguida.