Eu realmente me sentia mais motivada lutando, do que tentado entender a galera do acampamento. Me mandaram ir até a enfermaria e um carinha loiro parecido com o Peter Pan parecia emburrado comigo por algum motivo misterioso, mas por fim resolvera ajudar-me com a ferida da perna. Eu ainda não tivera oportunidade de conhecer muita gente, mas aquele filho de Apolo não parecera tão... receptivo. Então, vendo que ainda não poderia lanchar no refeitório, volto pra arena. Talvez tivessem outros peixes-gota, e dessa vez estava preparada com meu antialérgico,

Adentro na arena, e vejo algo surpreendente acontecer... nada. Realmente, era isso que eu esperava. Mas quando me viro para a porta de entrada, vejo que ainda estava fechada, então algo deveria acontecer. Não demora para uma flor esquisita começar a nascer, com uma luz verde, como se fosse de Chernobyl. E uma mão sai do chão, pra deixar a parada ainda mais bizarra. Eu olho, com uma mescla de surpresa e ansiedade. Eu amava tudo o que envolvesse zumbis. Adorava os filmes, os jogos, seria aquele um zumbi de verdade?

- Ei cabeção, não tá esquecendo de falar nada não? - Eu pergunto, avaliando-o enquanto se aproximava. Seria ele rápido e estava se fazendo de lento? Cerro os olhos desconfiada. Mas não tava afim de virar sanduíche de morto vivo. - CÉÉÉÉÉÉREBRO!

Eu exclamo, no mesmo tom molenga que o bicho. E então, corro na direção dele. Como parecia desengonçado, mais que eu pelo menos, eu tento um corte em horizontal em um de seus joelhos e me afasto, para pegar distância. Poderia não ter medo, mas era jovem demais para virar um mini zumbi.

Equipamentos:

- Cé.... cé... bo... Boo... Bolsonaro 2021 kkkkk chora petralha - O zumbi finalmente fala e eu fico assim

- FORA BOLSONARO! - Eu falo indignada, vendo o zumbi se arrastar. Agora, outra mão parecia brotar da terra. Me apresso para correr na direção do zumbi que estava de quatro e mantenho distância o suficiente para tentar um corte em sua cabeça, horizontal. Se ele agarrar minha perna com sua mão morta, eu bato nela até ele soltar com o cabo da espada.

Vejo a cabeça do zumbi rolar, e o outro corpo brotar da terra. Agora era uma zumbi mulher, igualmente manca mas parecendo mais ameaçadora. O outro zumbi começa a virar uma espécie de lama fedorenta, que ataca novamente minha rinite. Eu espirro três vezes furiosamente, sentindo o meu nariz arder e minha cabeça começar a latejar de estresse pela crise de espirro

Coloco a gola da blusa laranja do acampamento para cobrir o meu nariz do fedor e passo a encarar a zumbi que se aproximava, ela parecia ligeiramente mais rápida e menos molenga que o outro. Então eu espero que ela chegue até um metro, observando sua movimentação eu daria um forte chute em sua canela direita e efetuaria um corte em horizontal na altura de sua cintura, afastando-me para me recompor para uma nova investida.

Maldito espirro

Eu erro o meu chute por conta da crise alérgica, mas o corte acaba acertando bem. No entanto, isso abre um espaço para a morta viva arranhar meu peitoral com suas unhas podres e por fazer, me deixando claramente enojada com o contato mínimo. Ela cai, já se preparando para tentar comer meu cerebro enquanto parecia ter alguma alucinação culinária. Será que ela me imaginava como um desenho de comida, como nos desenhos da vida?

- Não vai ter lanchinho, não! - Eu digo alto e indignada com o olhar, partindo para cima dela, tentando efetuar um golpe cortante vertical, de cima para baixo da cabeça dela, focando completamente em atacá-la com toda a minha força e abrindo mão de um possível movimento de fuga melhor planejado para efetuar aquilo.

A zumbi vira pó e por um momento imagino que tudo tinha acabado. Mas outros dois corpos pútridos brotam do solo querendo acabar com minha vida. Eu respiro fundo, um pouco cansada de toda a ação Espera... Tinha algo estranho com a flor.

Meus olhos vão até a flor radioativa que parecia maior e mais brilhante, seria ela o motivo dos zumbis estarem sendo tirados de seu eterno descanso? Mas para chegar até ela, precisava passar pelos zumbis. Então, um dos zumbis começa a se aproximar... mas ele estava pela metade? Eu não ligava, fazer o que? Então corro em sua direção, sabendo da sua dificuldade de locomoção e tento efetuar um golpe em diagonal na sua cabeça, porque aparentemente era um ponto mais crítico. Me afasto, observando qual seria a rota mais rápida até a flor e mantenho-me em total alerta para o par de pernas ambulantes e o segundo zumbi.