Nome da Narração: Enquanto o XP não chega...
Objetivo: Elevar experiências, ganhar dracmas e obter dois itens bacanas.
Quantidade e tipos de objetivos: 1. Trabalho em equipe; 2. Derrotar uma criatura desconhecida.
Participantes: Satoro Gojo e Zuriel Reyes
Nível aproximado da narração: Inicial

O que eu estava fazendo mesmo para chegar a este ponto de encontro? Esqueci.
Pode acontecer com qualquer pessoa seja ela mortal ou semidivina - e até mesmo das divindidades gregas há inúmeros relatos desses seres que esqueceram de muita coisa e, principalmtente, de muita gente no decorrer de suas aventuras pelo mundo mortal. Se cada vez que isso acontecesse alguém recebesse uma moeda para colocar em um pote certamente estará multimilionária e carente de dividir essa fortuna com um semideus encantador filho de Apolo chamado Zuriel.

Enfim, pensava nessas coisas e outras mais andando distraído em quais conjunções de acordes eu criaria para minha próxima música que não vi a criatura parada a minha frente na passarela do lago de canoagem antes da faixa de areia. Esbarrei mesmo, caí mesmo e levantei sacodindo a poeira pronto para me desculpar como qualquer outra pessoa que estava errada ao andar sem prestar atenção aos arredores, mas a primeira coisa que saiu de meus lábios foi:

- Você não é daqui, é? - olhei para o garoto que parecia ser novato, nunca tinha ouvido falar em alguém que tivesse entrado (ou morrido) numa confusão com aquelas características específicas. - Digo, tu é novo por aqui, não?

Estendi a mão para ajudá-lo a levantar, mas não saberia se ele aceitaria o pedido de desculpas através do gesto amistoso. Claro que não confio em ninguém e estava pronto para sacar a adaga escondida em meu bolso caso ele tentasse alguma gracinha, mas não me doeria oferecer um pouco de simpatia para alguém com potencial de se meter encrencas - pra isso basta estar vivo, ou não.

Suspirei pela quarta vez enquanto encarava o movimento tremulante do lago. Abaixo da superfície da água as naiades passavam nadando como se flutuassem, belas e de aparência inocente, e minha mente ficava cada vez mais turva enquanto eu me distraia vendo-as tecer artes com algas, pentear os cabelos, fofocar sobre os campistas. Suspirei.

Descobrir que era um semideus fora um máximo. Saber que, uau, eu era filho da própria deusa da Magia? Incrível!

Então por que eu estava me sentindo tão doente contaminado pelo mais puro tédio? Confusão, apatia e dúvida me corroíam por dentro, como um conjunto de parasitas que eu adquiri ao comer uma maçã podre. Eu já tinha visitado boa parte do acampamento... Estábulos, campos de morango, lago de canoagem. Só não tinha ido até a floresta... Será que tinha frutas e sementes por ali? Seria legal explorar o lugar, mas algo me incomodava.

Teria passado o resto de minha tarde ali, mas as Tecelãs arranjaram um enViado para dar novo rumo àquela tarde. Um garoto bonitão - bom, quase tanto quanto eu - se esbarrou em mim. Tropecei e caí no assoalho de madeira da ponte enquanto tentava me nortear olhando pra descobrir quem era. Eu, claro não o conhecia. Mas afinal eu não conhecia ninguém.

- Você não é daqui, é? Digo, você é novo por aqui, não? - Falou ele, e apenas suspirei.

Hora, vamos. Isso é uma oportunidade, não é?

Olhei pra ele novamente e vi sua mão estendida. Talvez eu preferisse continuar no chão, que combinava mais com meu estado de espírito no momento, mas abri um sorriso e aceitei sua ajuda, levantando-me.

- É, sim, podemos dizer que sim. Digamos que estou aqui há... Hm... Dezesseis horas e quarenta minutos, agora. Sou Gojo.

Aperto a mão que já segurava, tentando demonstrar mais confiança do que realmente sentia, e então aponto para ele.

- Você... Você também é um semideus, não é? Quem é sua mãe? Ou, é, pai? - Pergunto, levemente mais animado com a ideia de estar conhecendo um filho de um deus. É outro filho de outro deus.

Olho para o bosque atrás de mim, do outro lado do riacho, onde o som dos pássaros e das árvores balançando estavam agradáveis como uma melodia. Será que aquele carinha conhecia aquelas matas?

– Se cres que o alvorecer pode dissipar as sombras que enlaçam o mal-humor serás capaz de desvendar as maiores alegrias. -começou ele a falar, e eu mal entendi o que estava dizendo – Se acertar qual minha paternidade divina te levo pra conhecer as florestas do acampamento, tu não paras de olhá-las.

Inclino minha cabeça para o lado.

- Hã... Que? É, hã, vou chutar... Afrodite? - Falei depois de repassar todos os deuses gregos que eu conhecia, o que não era uma quantidade muito grande. Hades, Zeus, Poseidon, Afrodite, Atena, Ares... O que mais???? Ah, Hera. Acho que eram esses, né? E claro, Hécate (de quem eu sequer tinha ouvido falar antes de descobrir ser seu filho).

Aguarda sua resposta, ponderando também sobre a recompensa daquele desafio. Olho para a floresta novamente, interessado pela ideia de ir até lá e descobrir o que ela escondia. Já tinha ouvido falar que era perigosa e cheia de desafios, mas o que desafios queria dizer? Nada poderia ser mais perigoso do que aquela parede de escalada que soltava LAVA, correto?

Enquanto olhava a floresta, porém, senti uma coisa estranha. Uma sensação... Uma presença. A mesma coisa que tinha sentido quando o cão infernal me atacou em minha casa. A sensação de que havia algo naquela direção.

- Hã... O que há na floresta? - Pergunto a ele.

Nível 1 – Herdeiro da Magia: Dentre os vários dons herdados de sua mãe, os filhos de Hécate possuem a capacidade de enxergar durante a noite e são capazes de sentir a assinatura de auras mágicas ao seu redor, pertencentes a criaturas (pode identificar outros magos e semideuses) ou objetos mágicos (dependendo da força do item mágico). O seu alcance e sua sensibilidade à magia dependem do número total de WIS em metros. Também desprendem de seus corpos uma aura mágica de igual grandiosidade. A precisão dessa habilidade aumenta quanto mais próximo do alvo/oponente, e diminui quanto mais longe.