A tarde ensolarada com poucas nuvens e clima ameno é o cenário perfeito para um piquenique lembrando os dias de primavera em pleno outono do hemisfério norte, a brisa mansa convida os campistas a saírem de seus chalés. No entanto, um sátiro andava pelo acampamento encarando a tudo e todos inquietamente como buscando algo muito precioso. Alguns dos semideuses o ignoravam conforme passava por eles ao passo que outros faziam questão de enxotá-lo com rudez até que o representante da natureza para diante de dois semideuses que estavam lado a lado na fila do pão (~~resolvam como foram parar aí e de onde surgiu ela~~ ). Por um breve e constrangedor momento o sátiro aspirou forte o ar ao redor de Angie e Jonas conferindo seus rastros semidivinos, arregalando os olhos mais que o possível carregado de sorriso largo e balido involuntário.

- Abençoados sejam! São vocês que podem cumprir a tarefa. - disse batendo palmas e saltitando feliz. - Sigam à Arena, lá encontrarão a alegria.

Mesmo sem entender o que se passava na cabeça do híbrido entre homem e bode, reconheciam um desafio a metros de distância. Ainda que a vontade de perguntar qual seria a alegria mencionada fosse imperativa, o sátiro não deixou espaço - nem tempo - para realizá-las. Foi embora quase tão veloz quanto os berros que deu.

Conduzidos pelo desejo de alcançar novas conquistas a dupla entrou na arena retangular de solo cimentado. As paredes tinham um tom ciano que não agredia a visão, a área era de 80m² (20m de largura e 40m de comprimento). A 15m deles uma garota de cabelos coloridos e blusão de frio, numa das mãos possuía uma caixinha rosa enquanto acenava para eles com a outra.

- OI, GENTE!! EU SOU A ALLEGRA!!! - gritava a garota sorridente.

Acordei radiante como sempre naquele dia maravilhoso. Estava muito empolgada por motivos que desconhecia, mas tudo bem, todos os dias eram empolgantes naquele acampamento afinal. Levantei e dei um caloroso oi para todos os meus irmãos, depois arrumei minha cama de maneira a deixá-la perfeita e fui até o refeitório.
Eles estavam servindo uma nova receita de pão desenvolvido com os ingredientes colhido dos filhos de Dionísio e Deméter e eu estava muito ansiosa para descobrir que gosto teria. Ao chegar na fila do pão com meu pratinho abastado de poucas frutas e vejo um garoto do acampamento que ainda não tinha conhecido de fato. Estava tentando controlar meu jeito hiper-extrovertido de querer falar com todas as pessoas, afinal já tinha percebido que nem todas as pessoas no acampamento eram como eu, me dou graças quando um sátiro se aproxima de mim, mas... O que ele estava fazendo? Tento checar se o desodorante estava ok disfarçadamente quando ele finalmente fala

- Abençoados sejam! São vocês que podem cumprir a tarefa. - disse batendo palmas e saltitando feliz. - Sigam à Arena, lá encontrarão a alegria

Dou um sorriso amarelo de quem não ta entendendo nada e olho para o garoto ao meu lado para ver se ele tava mais inteirado do assunto.

-- Sem café da manhã pra gente então -- Digo sutilmente quebrando o gelo causado por aquele surto matinal -- Sou Angie, e vc? -- Seria bom conhecê-lo já que agora teríamos que ir até a arena juntos.

Fiquei em dúvida se o garoto era descuidado ou se estava tentando fazer uma gracinha, dou um sorriso confusa.

- Meu nome é Jonas, sou filho de Íris. Sou novato aqui, e você?

Meus olhos brilham

-- Íris? Deusa do arco íris? -- Pergunto empolgada, sempre simpatizei com a deusa então encontrar um filho dela me deixava mto contente. -- Também sou novata! Não tinha conhecido nenhum filho de íris ainda. -- Levanto minha mão para cumprimenta-lo e então sigo para a arena

Spoiler:

Ao chegar lá encontramos uma garota com um cabelo lindo e muito alegre.... Ué, que tipo de trocadilho é esse? Seu jeito me faz pensar que seríamos boas amigas.
Escuto Jonas se perder no sentido do nome de Allegra e dou uma risadinha.

-- Oi Allegra. O que podemos fazer por vc? -- Aceno com a mão também dizendo oi.

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Nível 2 - Aparência amigável: Assim como a maioria dos filhos de Apolo, Angie sempre foi mto simpática, comunicativa, calorosa e brincalhona, além disso, sendo uma sacerdotiza também sempre é bem vista e transmite uma aura de confiança para as pessoas. Por isso Angie tem facilidade para ser aceita por todos e quase sempre consegue fazer amizade facilmente. As pessoas naturalmente gostam dela. Essa habilidade evolui de acordo com o CHA do personagem.

Os campistas naturalmente estranham a presença de outra pessoa na arena quando o comum seria enfrentarem alguma criatura tirada dos confins da imaginação sarcástica dos portões de ferro cuja presença os encarava no lado posterior - alguns semideuses sustentavam a teoria que o local em si fora construído tendo personalidade própria ou algo do tipo, uma inteligência artificial mágica com senso de humor à frente de seu tempo.

– Allegra? O antialérgico? - questiona Jonas, buscando entender o nome da garota.

De rosto emburrado, Allegra sacode a caixinha roxa em sua mão esquerda freneticamente por uns segundos como uma cobra vibrando o ar em sua cauda ao escutar a palavra "antialérgico" seguida da risada discreta de Angie, mas logo muda sua expressão ao ser distraída com a pergunta da filha de Apolo:

– Oi Allegra. O que podemos fazer por você?

A sacerdotisa sorri e é correspondida com outro sorriso, desta vez mais forçado que o anterior. Tirando um comprimido do recipiente como se fosse um frasco de tic-tac, Allegra põe na boca e engole sem mastigar.

– Eu estou meio perdida, sabe? Entrei por um corredor pensando encontrar o banheiro mas acabei me perdendo aqui. Quando aquele portão abriu... - disse apontando às suas costas para logo em seguida dar de ombros. – ... não tinha como deixar de tentar. Aí encontrei vocês. Por onde podemos dar o fora daqui?

Era evidente o interesse da moça de cabelos coloridos em sair daquele lugar o mais depressa possível, contudo, quem entraria naquela arena procurando um banheiro mesmo que estivesse no limite da bexiga? Vez ou outra a suspeita coçava o pescoço como se algo a incomodasse, talvez fosse decorrente de algum efeito colateral da substância que tomava.[/b]