Aurora andava a passos rápidos, tentando rastrear aonde estava o culpado naquela tarde. A guardiã estava de passagem no acampamento grego quando soube de um incêndio na floresta. Alguém.. ou alguma coisa, havia causado sérios problemas, machucando gravemente dríades e praticamente destruindo boa parte das árvores do lugar. Era imperdoável para alguém tão ligado à natureza quanto a garota. Infelizmente, ou felizmente, quem tinha feito aquilo tinha saído a passos rápidos do lugar. As passadas eram cobertas por cinzas, o que não dificultou sua localização. Quando enfim soube aonde se dirigia, diversos pensamentos saltaram à sua mente.

Era o coliseu grego, um monumento praticamente idêntico à arena que residia em roma, com exceção de ter mais alguns copos sujos e campistas vadiando aqui e ali pela arquibancada. Mas a visão do que estava do outro lado da arena era esquisita até mesmo para os que tentavam ignorar achando q era mais um treinamento com monstros.

A criatura girou a espada no ar, fazendo voar uma pequena labareda de chamas em ameaça à garota. Ele parecia ser um guerreiro comum. A única dificuldade era ser o extremo oposto da menina. Era incerto se o fogo que saía dele era mágico ou realmente físico, ou se era forte o bastante para inutilizar todas as plantas da menina. No mais, uma coisa era clara: tudo aquilo fora um desafio. O incêndio fora somente uma maneira de chamar sua atenção até o coliseu. As dríades haviam se ferido só para que ele tivesse um combate com a centuriã. Ele estava a quinze metros e se preparava para avançar. Sua velocidade e força ainda eram uma incógnita. 

Aurora saca sua faca, jogando-a ao ar de maneira que faz com que o guerreiro de fogo se irrite. Ela estava realmente jogando a lâmina ao alto enquanto a ameaça estava iminente? O adversário da centuriã parte na sua direção em uma velocidade assustadora, cruzando a distância entre eles em poucos segundos. O vento rugiu junto ao crepitar das chamas e o calor se aproximava do rosto da meio-sangue. Talvez tivesse sido cortada ao meio não fosse a faca que jogara. A lâmina foi na direção da figura, que teve de abandonar sua ofensiva e saltar para o lado antes de ter seu pescoço perfurado.

A faca se firmou no ombro da criatura, fazendo jorrar sangue dourado do ferimento. Ele parou a 5m da garota, recuando mais alguns passos enquanto a prole de Ceres apenas o estudava atentamente. O guerreiro retirou o cabo dentro de si, revelando a arma agora com um brilho alaranjado, metal fundido. Ele esboçou um sorriso diabólico, como se a perfuração não tivesse doído nem um pouco, embora claramente tivesse o ferido. Ele se prepara não para avançar, mas para arremessar de volta, a julgar pela sua agilidade em evitar o golpe fatal e o grande salto que deu para se aproximar, certamente ele era forte, embora não se soubesse nada a respeito de sua mira. Ele está a sete metros.

Aurora resolve dar ouvidos ao zoológico de animais que ela possuía como seus, abrindo uma fenda na terra com suas habilidades herdadas de Plutão e se sentindo em casa, mesmo que rodeada por terra e pedras. A respiração era tal qual a da superfície e, graças a sensibilidade que possuía, conseguia não se perder mesmo abaixo da terra. Ela consegue sentir e perceber buracos sendo feitos aonde o homem estava, como se ele estivesse fincando a lâmina enquanto caminhava à frente, procurando a posição da garota com cautela para não ser atingido. O que fez com que a centuriã tivesse de recuar alguns passos, visando sempre manter a distância de um metro. Aquela perseguição durou alguns minutos, conforme o plano da filha de Ceres. Era incerto se seu objetivo era cansar o guerreiro ou simplesmente provocá-lo ainda mais, mas ambos estavam dando certo. Ele não só parecia cansado de perfurar o piso da arena, como também suas chamas estavam tão fortes que queimavam o ar à sua volta. No instante em que o buraco se abriu e a garota emergiu, teve de lutar contra as queimaduras que se formavam para dar o golpe.

A foice foi de encontro as pernas do rapaz e o golpe só não arrancou o segundo joelho por conta da técnica manual não ter sido lá essas coisas. Aurora teve de saltar para trás com bolhas nos braços e algumas queimaduras que ainda ardiam. Se aproximar dois metros da criatura agora era um ato suicida. Embora perneta, seu ódio era evidente e a vontade de transformar a garota em churrasco de guardiã o motivava a saltar na sua direção, afastando a terra que antes havia o afundado e partindo no sentido da meio-sangue. Os animais ainda sobrevoavam e a coisa parecia não sentir nenhuma dor, embora agora estivesse sem poder usar uma das pernas.

Aurora usa sua ancestral basicamente para finalizar o monstro. A garota volta de volta à terra, sentindo como se o próprio solo ajudasse a tratar seus ferimentos nos braços e reduzi-los mesmo que só um pouco. Sem economizar esforços, a centuriã molda algumas mãos de terra que se aproximam do monstro com facilidade devido ele já não ter como desviar agilmente, carente de uma das pernas. Imobilizado, ele só consegue gritar em agonia antes de ser arrastado para o tártaro em um elevador express aberto pela guardiã de pã. Com o culpado punido, os animais que sobrevoavam acima comemoram a vitória de Aurora.

MvP Finalizada:

Xp recebido: 1800*1,7=3060xp
Dracmas: 900