Tyler acordou com um sátiro batendo os cascos em seu chalé. O filho de Hypnos dormia no beliche ao lado de seus muitos irmãos quando o homem bote batia com fúria e balia, gritando por seu nome. O clima aconchegante e propício para um bom descanso fazia com que ele quisesse ficar ali eternamente, mas ele sabia que talvez fosse algo que devesse responder. Os outros que ali estavam permaneciam dormindo, alguns abriam os olhos e ao perceber que não era com eles, voltavam para o travesseiro. Durden estava cansado, como sempre, mas, por algum motivo, conseguiu ouvir bem as palavras do sátiro.

- Tyler Durden! TYLER... DURDEN! TÃO TE CHAMANDO NA CASA GRANDE. É IMPORTANTE! - Em meio a essas palavras ele deixava escapar um palavrão ou outro. A possibilidade de uma confusão era o suficiente para que o servo se sentisse um pouco mais motivado a ir a ir.  Talvez fosse algo interessante. A criatura na entrada do local estava pálida e suas pernas tremiam, como se estivesse muito nervoso com algo. Era dedutível que ou o assunto era muito sério ou quem tivesse o enviado provavelmente tinha feito algumas ameaças caso ele não conseguisse levá-lo. Por mais que ser chamado na casa grande fosse sinal que tinha feito besteira ou que seria convocado em missão, ele não comentou nada sobre levar algum equipamento ou algo do tipo. Apenas que fosse logo. O homem bode tomou distância, piscando os olhos, talvez por estar encarando o chalé de hypnos demais. Bastou que Tyler o encarasse diretamente para que ele caísse na grama, roncando em questão de segundos. Ele deveria decidir se atenderia o chamado ou não.

Estava sonham com Clare no dia que nos conhecemos, nada poderia ser mais magnifico do que aquele dia. Agora que eu podia controlar melhor o meu sonho eu estava sentado em uma poltrona em um cinema e ficava vendo essa lembrança como um filme, eu ficava rebobinando e pausando para ver as pequenas demonstrações de interesse da garota na minha pessoa, era incrível. As coisas mudaram quando percebi a aproximação de um Sátiro que corria na direção do meu chalé, algo me dizia que meu sossego seria interrompido e na verdade foi.

A criatura bateu forte na porta e ela se abriu, o chalé de Hypnos ficava com as portas abertas para quem quisesse se aventurar ali dentro.

- Tyler Durden! TYLER... DURDEN! TÃO TE CHAMANDO NA CASA GRANDE. É IMPORTANTE! - Gritou ele como se sua vida dependesse disso e enquanto isso eu terminava de ver os últimos segundo do meu "filme" preferido. A criatura se afasta um pouco piscando e cai no chão dormindo, o que me fez acordar de fato para dar um sorriso de satisfação. Eu que sou filho de Hypnos sentia dificuldade de ficar acordado em meio aos meus irmãos que dormiam.

Me levanto e vou até uma cômoda pequena que ficava na frente do meu beliche e pego meus anéis, espada e flauta. Não sabia se enfrentaria um inimigo, ou talvez um amigo, nessa minha jornada. Na verdade eu não enfrentaria nenhum amigo já que não tenho um.

Vou andando devagar até a casa grande, passo por cima do bode velho e penso que se ninguém o tirar dali ele vai morrer de inanição.

Tyler caminha até o local em que foi convocado, vendo os campistas já acordados naquela manhã se distanciarem dele. Era comum, afinal, ele não só deixava todos sonolentos com a mera aproximação àquela altura, como também por ser servo de éris atraía certa visão negativa para si. Após alguns minutos já estava subindo as escadas do grande casarão,  procurando por quem poderia tê-lo chamado. No primeiro cômodo ele já pôde sentir a tensão. Estavam três conselheiros ali, Oliver de Hermes, Ryan de Ares, Draco de Afrodite e Legit de Hades. Não era muito comum, afinal, os conselheiros se revezavam nas atividades para dar conta do que Quíron normalmente fazia. Para tantos assim estarem juntos essa hora da manhã, algo deveria ter acontecido. 

Legit acenou com a cabeça para Ryan, que caminhou a passos violentos na direção do armário. Draco, por sua vez, pediu para que o filho de Hypnos se sentasse ao sofá. Todos estavam sérios e tentando manter a calma, mas era evidente que não era nenhum tipo de brincadeira. O filho do deus da guerra abriu de supetão o móvel, puxando de dentro um... rapaz. Era um garoto de pele clara, todo vendado e amordaçado, preso por cordas bem apertadas. Ele tinha alguns machucados nos braços e pernas, e sua calça estava manchada em alguns pontos, sinais de resistência ou de um possível confronto. Tudo parecia muito estranho até Legit começar a explicar.

- Precisamos que você leia as memórias dele, desde mais recente até alguns dias antes... Precisamos entender do que se trata - Pediu sem mais nada dizer. A prole do deus do sono, naturalmente inteligente, soube que não precisariam explicar-lhe mais nada, afinal, se o fizesse, com certeza saberia o que tinha acontecido e do que tudo aquilo ali se resumia. Ele poderia perguntar outras coisas, puxar algum outro assunto ou simplesmente ler as memórias.

Tyler ainda não estava convencido se devia ou se queria realmente fazer aquilo. O que fez com que Draco tivesse que manter Ryan calmo para não dar bons socos de convencimento. Legit, mesmo com seu ar um tanto sombrio como prole do submundo, tomou à frente mais uma vez.

- Ele foi pego espionando a casa grande. Não está nos nossos registros e não sabemos se ele é semideus ou de quem é filho. Na verdade, ele foi pego tentando levar documentos de missões e outros arquivos pessoais dos semideuses. Bom... dos conselheiros. - Explicou, enfim detalhando a situação e o motivo pelo qual precisavam que alguém realmente lesse as memórias do rapaz. Todos encaravam Durden naquele momento, aguardando por sua ação.

-Uhm, interessante. -Digo tentando parecer interessado. -Certo, coloquem ele aqui. -Levanto do sofá e aponto para o mesmo.

Espero até que os 4 patetas fizessem o que eu mando e assim que o rapaz estivesse acomodado eu pego minha flauta e começo a tocar uma canção suave, uma canção de ninar, dificilmente alguém tão fraco quanto ele aparentava ser resistiria a isso. Depois que o desconhecido dormisse eu pegaria uma almofada do sofa, colocaria no chão ao lado dele e me deitaria para dormir, tentando trazer o rapaz até meu sonho.

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Nível 10 – Aura de Sono [Intermediária]: Agora o filho de Hipnos está sempre carregado de sono, pronto para uma soneca. Esta energia transborda e afeta as mentes ao seu redor como se fosse uma névoa inebriante; quanto mais olham e ouvem o filho de hipnos, mais as pessoas sentem sono, especialmente quando o próprio semideus está sonolento ou dormindo. Pessoas dormindo próximas ou vagando pelo mundo dos sonos agora possuem grande chances de serem tragadas para os sonhos dos filhos de Hipnos.

Nível 12 – Visão do Érebo [Intermediário]: O Semideus agora já conhece seus poderes e os usa de forma plenamente consciente. Nos sonhos, conseguirá, ao se concentrar, visualizar basicamente qualquer ponto que desejar, desde que já tenha estado lá, ou que vá voando até lá através do sonho, ou que uma pessoa que ele conheça esteja dormindo próxima. Consegue sentir, ver e ouvir tudo ao seu redor, e mesmo no mundo real, poderá saber o que se passa nas proximidades de eu corpo, como se ouvisse e sentisse tudo do mundo real e dos sonhos simultaneamente. A partir deste nível, também conseguem sentir a maioria das mentes próximas à sua.

Nível 11 – Sono Falso: O filho de Hipnos consegue dormir a qualquer momento se assim desejar, mesmo estando de pé, de cabeça para baixo, chapado de LSD ou pendurado pelos pulsos.

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Nível 8 – Canção de Ninar [Intermediário]: O semideus agora consegue cantarolar uma bela e profunda melodia ou, melhor ainda, tocar uma belíssima nota em sua flauta, penetrando a mente das pessoas ao redor e fazendo germinar rapidamente a semente do sono em seus pensamentos. Consegue deixar os alvos sonolentos rapidamente, especialmente se o toque não for interrompido. Consome 35 de Energia por rodada.

Tyler parecia querer cooperar com eles, ou pelo menos parecia. O garoto, no entanto, não tentou acessar as memórias do rapaz, pelo contrário sua ação parecia ser um tanto suspeita, embora ninguém tivesse qualquer indício do que ele fazia. Com a canção da flauta, o rapaz amordaçado caiu no sono, emitindo um forte ronco que foi indicativo para Durden se deitar ao chão e emergir da mesma forma. Quando o filho de Hypnos abriu seus olhos outra vez, estava sentado na mesma poltrona que assistia suas memórias. A televisão, no entanto, estava desligada e deitado ao solo estava aquele mesmo rapaz, dessa vez livre de qualquer corda e sem feridas. Ele olhava assustado para o meio-sangue, procurando algo em seu bolso, como se tentasse achar algo que pudesse usar para se defender.

- Eu não vou dizer nada - Afirmou com a voz trêmula.

Aparência: