Ω Nome: Kállista Pricis
Ω Idade: 16
Ω Aparência: Pele negra e longos cabelos encaracolados que disfarçam o rosto redondo, de olhos negros e corpo magro em torno de 1,7m.
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Características Psicológicas:
Ω Humor: Na maior parte do tempo parece impossível ler as suas expressões: maxilar quase sempre cerrado, olhos perdidos em melancolia. Entretanto, se pegá-la desprevenida, pode ver sorrisos discretos e um aspecto relaxado.
Ω Três Qualidades: Fiel, determinada e insistente.
Ω Três Defeitos: Indecisa, desconfiada e egoísta.
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Ω História: Aos 14 descobri por que estava onde sempre vivi. Fui deixada, tendo os primeiros meses de vida, nos limites dos grandes portões da Academia Keypergam, um colégio interno para garotos. Fui criada pelo zelador no anexo dos empregados e aos 10 comecei a ajudar na cozinha para retribuir as aulas que alguns professores dedicavam a me dar após o expediente e que, de bom grado, a diretora deixava que eu tivesse.
Não conversava com muitas pessoas da Academia. Sempre fui reservada e preferia ficar em um canto com os meus pensamentos, solitária. Os únicos amigos que eu poderia ter eram os garotos e o contato com eles era terrível. A cor da minha pele sempre foi alvo de gracinhas, além do fato da minha deficiência na leitura ser cerne de seus deboches. A gota d’água foi Jonas Vicenzo ter me seguido até o banheiro do anexo, entrar no chuveiro enquanto eu me despia e tapar a minha boca. Ninguém sabe o que poderia ter acontecido se a energia não tivesse acabado naquele momento, banhando todo o colégio em escuridão e deixando Jonas confuso o suficiente para me deixar escapar. Contei para o meu pai, o zelador, e ele despejou, chorando e desesperado, a verdadeira história nos meus ouvidos: não era sua filha biológica. Alguém havia me largado em frente ao colégio e a diretora havia concordado com que ele cuidasse da criança pelo tempo em que julgasse necessário. Ele sempre me amou. Via em seus olhos a gratidão quando eu ia até a biblioteca à noite para aprender a ler com um dos professores, a dor quando descobriu das minhas dificuldades e o amor quando eu o chamava de pai.
“Meus pêsames” foi o que Jonas Vicenzo me disse na primeira manhã após a morte do meu pai, duas semanas após ter me atacado, um ataque cardíaco enquanto dormia. Pediu desculpas, disse que estava arrependido e agradeceu que o acontecimento não tivesse chegado aos ouvidos de ninguém. Na noite seguinte, indo até a biblioteca para aprender matemática, ouvi comentando com os seus amigos o quanto “a negrinha era gostosa”, um grupo de garotos desocupados matando o tempo no mezanino. Nesse mesmo dia contei ao professor, os olhos perdidos em indecisão, mas a raiva crescendo dentro do meu peito por ter acreditado no pedido de desculpas de Jonas. E desde esse maldito dia em que aprendi a não confiar em ninguém, tracei a meta de encontrar a minha verdadeira família.
Deixar a cozinha, ir embora da Academia Keypergam com gratidão aos professores.
Amor pelo meu pai.
Rancor por Jonas Vicenzo e todos os garotos covardes.
Ser livre.
Ω Idade: 16
Ω Aparência: Pele negra e longos cabelos encaracolados que disfarçam o rosto redondo, de olhos negros e corpo magro em torno de 1,7m.
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Características Psicológicas:
Ω Humor: Na maior parte do tempo parece impossível ler as suas expressões: maxilar quase sempre cerrado, olhos perdidos em melancolia. Entretanto, se pegá-la desprevenida, pode ver sorrisos discretos e um aspecto relaxado.
Ω Três Qualidades: Fiel, determinada e insistente.
Ω Três Defeitos: Indecisa, desconfiada e egoísta.
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Ω História: Aos 14 descobri por que estava onde sempre vivi. Fui deixada, tendo os primeiros meses de vida, nos limites dos grandes portões da Academia Keypergam, um colégio interno para garotos. Fui criada pelo zelador no anexo dos empregados e aos 10 comecei a ajudar na cozinha para retribuir as aulas que alguns professores dedicavam a me dar após o expediente e que, de bom grado, a diretora deixava que eu tivesse.
Não conversava com muitas pessoas da Academia. Sempre fui reservada e preferia ficar em um canto com os meus pensamentos, solitária. Os únicos amigos que eu poderia ter eram os garotos e o contato com eles era terrível. A cor da minha pele sempre foi alvo de gracinhas, além do fato da minha deficiência na leitura ser cerne de seus deboches. A gota d’água foi Jonas Vicenzo ter me seguido até o banheiro do anexo, entrar no chuveiro enquanto eu me despia e tapar a minha boca. Ninguém sabe o que poderia ter acontecido se a energia não tivesse acabado naquele momento, banhando todo o colégio em escuridão e deixando Jonas confuso o suficiente para me deixar escapar. Contei para o meu pai, o zelador, e ele despejou, chorando e desesperado, a verdadeira história nos meus ouvidos: não era sua filha biológica. Alguém havia me largado em frente ao colégio e a diretora havia concordado com que ele cuidasse da criança pelo tempo em que julgasse necessário. Ele sempre me amou. Via em seus olhos a gratidão quando eu ia até a biblioteca à noite para aprender a ler com um dos professores, a dor quando descobriu das minhas dificuldades e o amor quando eu o chamava de pai.
“Meus pêsames” foi o que Jonas Vicenzo me disse na primeira manhã após a morte do meu pai, duas semanas após ter me atacado, um ataque cardíaco enquanto dormia. Pediu desculpas, disse que estava arrependido e agradeceu que o acontecimento não tivesse chegado aos ouvidos de ninguém. Na noite seguinte, indo até a biblioteca para aprender matemática, ouvi comentando com os seus amigos o quanto “a negrinha era gostosa”, um grupo de garotos desocupados matando o tempo no mezanino. Nesse mesmo dia contei ao professor, os olhos perdidos em indecisão, mas a raiva crescendo dentro do meu peito por ter acreditado no pedido de desculpas de Jonas. E desde esse maldito dia em que aprendi a não confiar em ninguém, tracei a meta de encontrar a minha verdadeira família.
Deixar a cozinha, ir embora da Academia Keypergam com gratidão aos professores.
Amor pelo meu pai.
Rancor por Jonas Vicenzo e todos os garotos covardes.
Ser livre.