Meu sorriso tremeu, e demorou um pouco para eu perceber que estava rosnando. As coisas estavam começando a ficar ruins, a aranha congelada parecia prestes a me morder e arrancar um pedaço da minha perna, e a que eu dei as costas se aproveitou pra brincar de marionete e me puxar pra perto. De repente o instinto selvagem que havia tomado conta de mim por causa do sol, se tornou em medo de acabar morrendo.
Por um momento, a voz de Quíron me mandando treinar mais surgiu em minha cabeça. Eu não deveria ter ignorado aquele centauro tantas vezes. Mas agora tinha que lidar com o que tinha, e o que tinha era bem pouco. Primeiro tinha que me preocupar com a teia nas minhas costas. Tinha pouco tempo pra reagir.
A primeira coisa que penso em fazer é largar a espada e escudo no chão e soltar meu peitoral de couro. Não deve ser difícil, ele é quase igual uma camiseta só que mais largo. Embora eu não seja um grande expert em batalhas já tirei e coloquei essa coisa uma boa quantidade de vezes pra fazer isso rápido. Caso saiba que não consiga fazer isso a tempo de reagir, ao invés de largar meus itens tento cortar as amarras com a espada. Isso me deixaria desprotegido mas eu tinha pouco tempo pra utilizar, e tinha a impressão que cortar a teia não seria algo tão fácil, teias de aranhas gigantes não são removidas facilmente por qualquer coisa que não seja fogo, por isso optei por algo assim.
Se conseguir. Pego minha espada no chão e bato na terra umas duas ou três vezes com sua ponta, improvisando um pedacinho de terra “arada” pra colocar minha semente de Gaia. Espero que Deméter tenha piedade de um filho que se dedica às plantações, e faça pelo menos um pouco de grama nascer na arena. Se conseguir isso, faço a grama nos pés da aranha que estava congelada soltarem um |
Orvalho Natural|, tornando difícil que ela se mova por alguns instantes, e então volto minha atenção pra minha adversária desde o princípio.
Aproveito que ela tem algumas patas presas, e que já jogou uma teia nas minhas costas, pra correr para seu lado e tentar cravar minha espada em algum lugar no seu tronco, talvez até no pescoço, se for possível. (Se é que aranhas tem pescoço). Caso consiga, com a espada cravada eu começo a |
Envenenar Arma| e torço para que meu veneno tenha efeito em aracnídeos gigantes.
Porém, caso sinta que é impossível fazer isso, tento cortar uma de suas patas, aproveitando que agora ela não vai sambar pra longe de mim. E ao fim de tudo, recuo, torcendo para que os Deuses achem a aranha dançando na grama molhada engraçado, e me deem um voto de confiança. Caso nenhum dos meus planos dê certo, eu simplesmente tento correr igual uma menininha de 10 anos pra longe, pra ter uma melhor visão dos inimigos.
Ativas Utilizadas:
Nível 1 - Orvalho Natural: O herói usa seus poderes para fazer com que a vegetação [grama e similares] exalem um pouco de sua água do interior para a superfície, ficando assim escorregadias. Aumentando a chance de o inimigo escorregar ao passar pela área. [Gasta 10 de energia para utilizar/ativar este poder a cada metro quadrado entra em espera por 3 turnos] (Requer 2 WIS)
Nível 2 - Envenenar arma I: Um líquido fosco esverdeado surge a partir do filho de Deméter e percorre sua arma; esta passa poder envenenar** aqueles que forem acertados com a mesma. É preciso cortar o alvo ou atingir uma área com ferida aberta para que o efeito ocorra. [Gasta 20 de energia para utilizar/ativar este poder. Entra em espera por duas rodadas].
Item utilizado:
Semente de Gaia: Uma semente dourada de formato oval. Uma vez que seja enterrada em um aro (lugar arado no chão), ela fará com que diferentes tipos de plantas pequenas e grama comecem a nascer no ambiente ao redor, por tempo indeterminado. Faz efeito após uma rodada. Quanto mais nutritivo o solo, mais rápido e maiores crescem as plantas. Ao fim da narração a semente volta para o inventário do dono. A semente só poderá ser usada 1 vez por narração.