Estar fora dos limites do dominio dos deuses greco-romanos se mostrou diferente do que eu imaginava. Era como se uma parte de mim tivesse desaparecido. Não, não era fraqueza ou qualquer coisa que pudesse me debilitar. Mas isso não significava que era uma sensação boa. Era uma espécie de vazio nunca antes imaginado e muito menos sentido.
Já não era necessário me preocupar com as pessoas americanas. Uma vez no México, as leis mexicanas valeriam… Ou seja: não faço ideia do que eles fazem com clandestinos no país, apesar de ser no mínimo estranho, visto que o fluxo normal é o de pessoas tentando entrar nos EUA e não o oposto.
Outro pensamento que me vem à tona enquanto encaro o grande rio é sobre monstros. Eles existiriam por aqui? Ou será que entramos no territorio de outros deuses e os problemas viriam com os “nativos” desse local? Tudo o que sei é que estamos novamente em um deserto a céu aberto e as coisas aparentemente estão longe do pior.
A primeira prova disso vem quando vejo Emily completamente debilitada, prestes a perder a consciência. Eu não imaginei que seu esforço para atravessar o rio tivesse sido tão grande e agora me sentia um merda por ser um inútil na água. Era a terceira vez que a garota me salvava em menos de 24 horas sendo que o “ás” da missão deveria ser eu.
De minha mochila, tiro uma poção de energia mítica e ajudo a garota a consumi-la. Minha vontade era a de dar-lhe uma cápsula de ópio, mas não sei como está o vínculo mágico que estabeleci agora que a rainha está fora do alcance (favor, especificar se ainda ta valendo).
Tento, portanto, reanimar a garota e fazer uma pausa para que ela se recomponha.