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Hunt IV - Shouto Koda - Página 2 Empty Re: Hunt IV - Shouto Koda

por Hera 29/01/20, 07:23 pm

Hera

Hera
Deusa Olimpiana
Deusa Olimpiana
- Vocês deveriam nos proteger!


O sátiro não gaguejou dessa vez. Bravejou, apesar do medo ainda ser percebido em sua voz, e lançou outra pedra ao filho de Hades, que inclusive percebeu mais sátiros chegando, olhares repletos de ódio. Ao caminhar, sentiu raízes se mexendo sob seus pés, forçando-o a ir ao chão. Ninfas também começaram a aparecer.


Numa série de protestos, chamando-o de monstro, de vilão, diabo, maldito e outros apelidos nada agradáveis, os sátiros continuaram atirando-lhe coisas por detrás das árvores. Pedras, galhos, até alguns itens abandonados e enferrujados.


Uma pedra do tamanho da cabeça de Shouto o atingiu tão forte na têmpora que fez um zumbido crescer em seus ouvidos enquanto o sangue escorria por seu rosto.


- Não vai falar nada? Seu monstro! - Gritou uma ninfa.


Ao longe, o som de um mugido diabólico pôde ser ouvido, mas aparentemente os espíritos da natureza não lhe deram atenção.



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#11

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por Shouto Koda 30/01/20, 03:07 am

Shouto Koda

Shouto Koda
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
- Vocês deveriam nos proteger!

As palavras do sátiro me atingiram como uma pedrada. Não que me ferissem por estar magoado ou decepcionado por não tê-los defendido ou por ter matado seu guardião idiota. Mas sim porque... Eu devia protegê-los?

-- Gaahh... Ahh -- Gruni, numa tentativa sabidamente vã de perguntar Quem disse isso? Quem havia determinado aquilo? Por que eu deveria protegê-los? Eu já ha via nascido com aquele destino, ou fora escravizado depois de chegar ali? Que piada. Olho com raiva para o sátiro, a mão da adaga tremendo de ódio e sede, mas algo ainda me fazia hesitar em atacá-lo. Eu não queria ser o tipo de pessoa que desvaloriza uma vida. Uma boa vida, plena, consciente, num ciclo, como uma engrenagem em uma grande máquina global. Não que aquele sátiro fosse lá muito consciente, pelas coisas que dizia.

-- Não vai falar nada? Seu monstro!

Solto um riso seco e sem graça. Aquele riso de nervoso que você não consegue controlar quando alguém te pressiona, e uma situação te surpreende até que você não saiba o que fazer ou, sequer, como deveria reagir. Eu gostaria de falar muitas coisas, sua puta, penso com desprezo, sem olhar na direção da voz. Se eu a visse, eu iria querer matá-la também - mais ainda. Contagio os corvos da floresta com minha mente. Chamo por eles, por sua ajuda, em um choro silencioso que só meus amigos negros poderiam ouvir. Despejo-lhes meu ressentimento e minha fúria, e peço-lhes que biquem, arranhem e amaldiçoem aqueles sátiros e ninfas. Isso os distrairia por tempo suficiente para que eu me recompusesse. Então, antes que o colapso cravasse suas presas venenosas em mim, eu me misturo ainda mais às sombras, tornando meu corpo mais um vulto negro no ar, e Passeio nas Sombras da floresta, de bom grado apreciando o alívio de não ter um corpo físico para sentir dor. Humilhado, contrariado e com um tumor maligno de ódio crescendo no peito, eu sigo pelo caminho que deveria estar indo antes de ser interrompido por aquelas criaturas. A ideia de voltar e cortar-lhes as cabeças nas sombras ainda escorria pela minha mente como mel pela beira do pote. Ou o ultimo cigarro num dia frio. Difícil de resistir. Mas eu sabia o que me ajudaria. Caçar me ajudaria. Usar aquela bela lâmina que provava do sangue pela primeira vez hoje ajudaria. E à frente, ao que tudo indicava, os alvos certos aguardariam por mim. Quem sabe, mais calmo, eu não voltava para ter com os espíritos da floresta? Quem sabe... Uma antiga conversa de um professor sobre responsabilidades ecoava vaga e irritantemente no fundo da minha mente, como ritmo de uma música que não se consegue lembrar a letra, apenas uma sensação.

Silenciosa e copiosamente, busco pela floresta, recuperando meu corpo físico apenas quando sentisse-me seguramente afastado dos sátiros e dríades, avaliando minha situação e optando por beber uma Poção de Cura [Heróico]. Se eu perceber que a noite e as sombras me ajudariam a me recuperar bem, eu guardo a poção. No mais, mantenho-me sempre às sombras, sempre atento. Recupero mentalmente a companhia do corvo que estava me acompanhando, pedindo-lhe que me faça companhia, reconfortado pelo toque de suas patas em meu ombro. Ao menor sinal de presença, eu me oculto nas sombras ainda mais, espreitando e observando como um espírito.

Nível 5 – Passeio nas Sombras: O filho e Hades é capaz de DISSOLVER seu corpo nas sombras do ambiente, movendo-se por elas como se uma fosse. Pode percorrer distâncias rapidamente com esta habilidade, especialmente em casos de ambientes fechados. Não pode fazer saltos grandes de uma sombra para outra, apenas entre sombras ligadas/próximas. Neste tempo ficará imune a ataques físicos, mas ainda pode ser expulso e atingido nas sombras por ataques luminosos, como raios ou fogo. Consome 30 pontos de Energia, mais 10 por rodada de uso.


Nível 8 – Arauto da Sombra [Inicial]: Quando em ambientes escuros (noite. Caveras de iluminação fraca, etc) os filhos de Hades têm suas forças aumentadas ao ápice, tornando-se mais ágeis, fortes, e suas magias mais potentes. Efeitos potencializados em ambientes completamente desprovidos de luz.

Nível 4 – Regeneração sombria [Inicial]: Quando estiver em um ambiente completamente desprovido de Luz, o filho de Hades terá suas forças renovadas, regenerando 10 pontos de Vida e Energia. Em ambientes escuros, porém não completamente (à noite, apenas sob a luz de uma tocha, etc), recuperará apenas 5.



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#12

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por Hera 04/02/20, 01:21 pm

Hera

Hera
Deusa Olimpiana
Deusa Olimpiana

Numa tempestade de galhos e pedras que rasgavam sua pele, o filho de Hades se ajoelha e geme de agonia. Talvez acabasse morrendo, não fosse o grande baile de corvos que nasceu das sombras e se apossou do ar ao redor dos espíritos da natureza. Não existiam tantos corvos nas proximidades - era impossível existir - eles pareciam ter brotado da fúria e da dor do semideus, e por instantes tudo que se podia ouvir eram gritos de pavor, granados e o bater de centenas de asas.


Neste caos, Shouto mergulhou. Seu corpo se derreteu, e em poucos segundos este se viu a metros dali. O som dos corvos já era algo distante, como se fosse a lembrança de um pesadelo, mas ainda estava lá, presente e acontecendo. Era difícil entender suas mentes e lê-las como a de um humano, mas a linha de raciocínio deles era basicamente: "Dor. Arranhar. Devolver. Morte. Raiva.". Não faria sentido para qualquer outra pessoa, mas este filho de Hades em especial se sentiu protegido.


"Não por muito tempo" gritaram seus instintos.


No exato local onde apareceu, jazia uma outra criatura da natureza. Mas esta não o atacava, estava falecendo. Era uma ninfa com a marca de um chifre em seu peito. Sangrava um líquido verde, e agonizava no chão. Shouto imaginou o que os outros pensariam se o visse em frente àquele corpo prestes a morrer.


Por sorte, ela se dissolveu em areia dourada e deixou apenas um broto sobre a terra da floresta, e ninguém além do semideus testemunhou sua morte. E como se fosse algo predestinado a acontecer, ele ouviu o som de outro grito. A sua direita, um sátiro gemia assustado enquanto tentava inutilmente desviar das investidas de um minotauro. Nem um, nem outro, percebeu o campista.



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#13

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por Shouto Koda 05/02/20, 11:15 pm

Shouto Koda

Shouto Koda
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
As cenas desenrolavam-se em minha frente uma após a outra. E todas, carregadas de tantos sentimentos ruins quanto uma consciência poderia pensar. Eu ainda conseguia ouvir os corvos ao longe. Suas vozes, suas mentes... Como sussurros distantes de uma floresta maldita. Maldita, sim. à minha frente, mais uma vida se esvaía, de seiva ao pé, e do pó à seiva. Mais uma consciência perdida, mais uma vida interrompida. Mais laços cortados. Olho para a direita ao ouvir o barulho, dando de cara com o que seria mais uma encarnação da minha sina; morte.

Parto mais rápido do que eu mesmo pude processar. Não que a vida do sátiro fosse tão importante assim. Mas eu estava cansado. De corpo e alma. Desafiado pelo destino maldito de nascer um filho do deus das sombras, dos mortos, do submundo cruel que estendi-ase abaixo de nós. Eu já tinha ouvido falar sobre nossa sina sombria no acampamento mas, jamais havia dado atenção. Mesmo que meu passado mortal fosse tão sombrio quanto o semidivino. Sempre e sempre um ser à margem. Sempre a ovelha mais negra do rebanho, a célula rebelde em meio a uma mutação.

Movo minhas duas mãos em simultâneo, ambas em movimentos muito conhecidos por mim e meu corpo. A mão direita erguendo-se de baixo para cima, apontando para o minotauro, invocando os tentáculos para parar seu avanço como Grilhões de sombras amarrados a seus pés. concentro-me nas sombras da noite, das árvores, das moitas e das copas das árvores, suspensas no ar e em todas as superfícies, usando-as para enrolar suas pernas e tentar parar seu avanço. Contava com a física para fazer um minotauro dando uma chifrada cair de cara no chão com suas pernas presas - Tal qual ocorrera ao Urso. Enquanto isso, a mão esquerda deslizaria por uma bainha; Se o minotauro cair, pela bainha nas minhas costas, puxando a Adaga Double, e se ele não cair, puxando da lateral duas Adagas de Arremesso de Ferro estígio. Observando o minotauro como uma águia em caça eu tento calcular a velocidade daquele corpo grande, musculoso e peludo que poderia me partir com um tapa, vislumbrando-o entre as árvores, usando tanto meu foco principal quanto a visão periférica para ver ambos, meu alvo e o ambiente ao nosso redor, para então disparar as adagas mirando seu flanco.

No caso dele cair, puxaria a adaga double, como descrito, e continuaria meu avanço impetuodo na direção do monstro. Assim que estivesse ao alcance de um salto eu pegaria impulso em uma pedra ou raiz e saltaria em sua direção, com cuidado claropra não bater em nenhum galho, e usaria a força do impulso e meu peso para descer sobre ele com a adaga na frente, poiada em ambas as mãos, tentando enterrá-la em sua coluna ou nuca.

A todo momento eu ficarei atento, assim que entrar em seu raio de ataque, para evitar tapas e chifradas. Mantenho-me dançando entre as sombras, abusando de meu sangue do hades para confundí-lo ao sumir entre as árvores e a escuridão. Tento desviar qualquer ataque com saltos pros lados ou se preciso me jogando e rolando pelo chão.

Assim que eu partisse em disparada meu corvo ficaria no ar, coitado, para trás. Dou-lhe um breve comando para avisar-me de terceiros, pra tomar cuidado com eles também.

Nível 4 – Grilhões de Sombras: O filho de Hades manipula as sombras do ambiente com seu controle sombrio, permitindo que envolva, por duas rodadas, as pernas dos inimigos em sombras com aspecto de raízes, segurando-o ali. Consome 30 pontos de Energia, dura uma rodada, e consome mais 10 por rodada adicional.

Nível 9 – Herança do Rei [Intermediário]
: Os olhos de um filho de Hades são de um negro profundo e enxergam ainda melhor no escuro do que na luz. A partir de agora o semideus começa a ter uma ligação maior com o reino do seu pai, conseguindo pressentir entradas próximas para o submundo e sabendo como se virar por lá, tendo uma certa noção (porém não muito precisa) do que fazer para sobreviver e quais lugares evitas, neste nível é tudo ainda muito instintivo e não racional, ele apenas sabe que aquele rio ele não deve entrar porque é perigoso, mas não sabe exatamente o porque disso.

Nível 8 – Arauto da Sombra [Inicial]: Quando em ambientes escuros (noite. Caveras de iluminação fraca, etc) os filhos de Hades têm suas forças aumentadas ao ápice, tornando-se mais ágeis, fortes, e suas magias mais potentes. Efeitos potencializados em ambientes completamente desprovidos de luz.



- Adaga de Arremesso [x4][Ferro Estígio][+25% Resistência][#] - Uma vez arremessadas voam sempre com a ponta sempre para a frente, facilitando a pontaria. Possuem um aro na extremidade.



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por Hera 06/02/20, 06:50 am

Hera

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Deusa Olimpiana
Deusa Olimpiana
O sátiro tremia de medo, e com razão. Aquela criatura era realmente assustadora, e era óbvio que se a luta se perdurasse aquele homem-bode teria o mesmo fim que a ninfa. Isso ficou mais evidente no avanço do minotauro, que colocaria um fim àquela rinha e encerraria a vida da criatura da natureza.


O avanço foi impedido pelos grilhões que racharam o chão e se ergueram à superfície prendendo suas pernas. Eram correntes, tão escuras e firmes quanto o ferro estígio, e soltavam uma fumaça sombria e escura, indicando o material de que eram feitas: sombras. A criatura, entretanto, não era tão despreparada quanto o urso, seus músculos eram rígidos e firmes, e combateram a inércia sem muita dificuldade enquanto a criatura olhava ao redor sem entender o que acontecia, e tentava inutilmente erguer os pés.


Tão rápido quanto uma sombra pode ser, o filho de Hades sacou suas adagas de arremesso e as disparou. Elas cortaram o ar assoviando, enquanto soltavam o típico vapor do ferro estígio em contato com a temperatura ambiente, e este se intensificou ao tocar a pele do minotauro.


Uma coisa que todo filho de Hades aprende quando vai limpar suas armas é que: ferro estígio dói. E o grito - ou mugido - do minotauro foi o suficiente para provar isso. Foi tão alto que Shouto se assustou, em parte pela fúria que ardia nos olhos de seu adversário enquanto este cheirava o ar tentando localizá-lo - o que por sinal, não foi difícil, visto que esse já virava na sua direção - e também por pelo menos outros dois gritos serem ouvidos ao longe na floresta.


Ele chamou os amigos.



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por Shouto Koda 09/02/20, 08:45 pm

Shouto Koda

Shouto Koda
Filho(a) de Hades
Filho(a) de Hades
Recuo por trás das árvores, os olhos ainda arregalados de surpresa com o urro da fera. Ainda por cima, parecia que a criatura não estava só.

Puxo da cintura uma adaga de bronze e prendo-a em uma arvore. Aperto o botão da bobina de bronze no cinto, soltando seu fio de oricalco, o qual amarro naquela adaga, com cuidado para não me cortar, e então começo a mover-me entre as árvore, esticando o fio atrás de mim, enrolando-o em diferentes níveis entre as árvores enquanto dou uma volta em meia lua pelo minotauro, afastado o suficiente para ter espaço para reagir e mudar de direção se preciso fosse.

Assim, eu ando em rodada de Defesa Total, focando-me criar um território ali cercado com fios, sempre atraindo os minotauros a passar por eles para que se cortem ao tetnar me seguir pelo escuro da floresta.

Fico atento aos lugares por onde passei para não ser eu a me cortar nos fios e, se preciso, corro, rolo ou mergulho atrás de árvores para evitar ser empalado ou esmagado.

Se eu conseguir acabar os 100m do fio da bobina eu prendo-a e deixo a armadilha ali enquanto me foco na esquiva e movimentação. Fico atento com todos os sentidos para a aproximação dos outros inimigos.



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