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Fórum de Mitologia Grega baseado em Percy Jackson e os Olimpianos e Os Heróis do Olimpo!


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Ahmar Zorn

Ahmar Zorn
Filho(a) de Magia
Filho(a) de Magia
Ahmar Zorn escreveu:Nome da narração: Um dia de folga pode acabar em trabalho
Objetivo: desenvolver enredo para o personagem
Quantidade de desafios: Um no meio
Quantidade de monstros: 1
Espécie do monstro: Fauno


Era final de mês e consegui uma folga dos trabalhos na Segunda Coorte. Recentemente alcancei uma elevação de cargo e com a promoção alguns privilégios advinham para equilibrar as responsabilidades mais pesadas que recaem sobre os centuriões. Já se passara muito tempo que eu estava no Acampamento Júpiter e só agora caiu minha ficha mental que quase nada conhecia de San Francisco, lugar que sediava nossa legião nos dias atuais. Antigamente, eu não me importava se sabia de certas informações, porém os tempos mudaram – eu havia mudado. Ouvira rumores de um grande lobo rondando as proximidades da cidade, mas não me preocuparia com isso devido serem boatos nãos confirmados. Quem sabe Lupa tinha revivido e ainda não se revelara a nós?

Visitei os haras de Nova Roma e descontando alguns minutos de negociação consegui um cavalo para ir à cidade de San Francisco. Ninguém estranharia de um rapaz de sobretudo num corcel cinza, assim eu pensava que minha aparência seria transmitida pelo Véu Mágico que distanciava a realidade moderna do mitológico Mundo Antigo Romano.

Antes das 9h da manhã chegamos aos limites do destino, eu gostaria de aproveitar cada minuto deste dia diferenciado, relaxar a beira de uma árvore e ver os mortais comuns viverem suas vidas como pessoas normais. E por algum tempo foi exatamente o que fiz. Conheci a coleção de arte exibida durante a temporada, passei algumas horas na Biblioteca Municipal aprendendo sobre a história local e outras coisas importantes disponíveis naquele acervo maravilhoso, vi os trabalhadores formais e informais correrem andarem em várias direções pelas avenidas movimentadas do centro e saboreei um delicioso milk-shake de frutas vermelhas sentado no banco de uma praça enquanto meu companheiro equino comia da grama e plantação de tomates próximas. O seu paladar diferenciado rendeu-me argumentações sem efeito e alguns papéis transformados em dólar para não chamarem o controle de animais. :fuckit:

Por volta das 17h o sol iniciava a rotina de descanso exibindo sua coloração rósea alaranjada no horizonte. O corcel seguia o caminho rodoviário em trote suave ao ouvirmos um grito feminino alguns metros não muito distantes. O animal relinchou em protesto à medida que nos aproximávamos, a brisa vespertina se tornava em vento e meu radar mágico indicava duas presenças místicas. Uma era possível identificar como uma dríade, porém a outra dava um nó na barriga, aquela sensação de algo não me caiu bem depois de uma comida saborosa. A aura da segunda criatura me dava náuseas e ânsia de vômito, como se algo o tivesse corrompido de dentro para fora. Desci do cavalo e desembainhei minha espada correndo cauteloso até o trecho que estariam a dríade e o outro ser descobrindo que um fauno atacava uma sequoia mais afastada.

– Hey! O que o fazes? – perguntei a quem deveria guardar e proteger a natureza e seus habitantes dando tempo para que a dríade pudesse se esconder na planta.

Quando ele se virou na minha direção senti a bile subir a garganta. Anteriormente, eu o vira de costas e não percebi o quão grave era sua situação, a pele tinha um tom amarelado e as veias inchadas emanavam um brilho arroxeado que instantes atrás pensei ser o reflexo do pôr-do-sol. Os olhos avermelhados e a boca em expressão de desgosto denunciavam que algo precisava ser feito ou ele destruiria a árvore.

O fauno veio de braços estendidos balançando em um das mãos um bastão de madeira ameaçador gritando coisas incompreensíveis pela espuma que escorria de sua boca. Quanto mais se aproximava mais intenso o sentimento de coisa ruim se evidenciava. Envenenamento mágico, talvez? Era o que eu desconfiava. Mas quem faria uma coisa dessas?

Na primeira investida dele saltei para a lateral esquerda fugindo do contato espinhoso de sua arma, tanto seu equilíbrio quanto o meu estavam comprometidos pela negatividade daquela substância estranha percorrendo seu corpo. Eu cambaleei alguns centímetros a tempo de notar pela visão periférica que o fauno tropeçou nos próprios pés e senti a ardência característica de um corte percorrer meu braço direito. Os espinhos atingiram minha pele deixando-a dormente e uns filetes de sangue escorriam do local. Ri internamente da irônica situação em ambos parecermos bêbados brincando de pega-pega sem ter um pingo de álcool no organismo, pelo menos de minha parte. Firmando os pés com respiração profunda busquei manter o equilíbrio frente ao meu oponente que também se levantara. Meu maior desafio era manter a sobriedade de meus sentidos que eram entorpecidos por aquele brilho arroxeado.

Ergui a mão direita com certa dificuldade na direção dele e me concentrei na palma de meu membro sentindo-o aquecer enquanto focalizava a energia de meu corpo num Disparo Mágico. O lampejo de luz azul voou como um raio a distância entre nós e atingiu em cheio contra o peito dele. Uma das veias no local rompeu-se juntamente com a pele fragilizada devido à pressão do golpe e excretou uma gosma roxa tipo a goma de mascar Babaloo. Ele gritou de dor e eu gostaria de poder curá-lo, mas não sabia como faria tal coisa. Juro que por um breve segundo vi lucidez no olhar da fera e escutei um sussurro pedindo ajuda debaixo de todo aquele caos. Minha mente e sentidos melhoraram proporcionalmente a quantidade expelida do organismo do fauno. O que quer fosse influenciava magos de um modo ruim quando injetado em criaturas mágicas. Imagina se corresse por minha corrente sanguínea!

Determinado a livrar a criatura de toda aquela situação amarga resolvi me aproximar para dar um fim naquilo e livrar seu espírito da sofreguidão causada pelo vírus em seu corpo. Ao invocar as Forças da natureza através de algemas de pedra brotando do solo aos seus pés poderia reduzir sua esfera de ação. Ele atirou o bastão em mim, mas desta vez tive uma melhor esquiva e uma boa distância.

– Sinto muito por isso. - disse ao me aproximar dele e atravessar a espada pelo seu corpo. Ele agarrou a manga de minha camisa quando girei o punho da lâmina afundada em seu peito. O vento soprou frio naquele momento.



Uma lágrima de sangue roxo escorreu por sua face e a boca já não mais espumava, o olhar de loucura fora substituído por uma sobriedade serena. Eu realmente gostaria de saber como poderia tê-lo ajudado sem que sua vida fosse ceifada da existência. Como se lesse meus pensamentos o fauno abriu a boca e proferiu suas últimas palavras naquele final de tarde quando o céu sem nuvens transpunha-se do laranja para o azul-marinho. O sol lançava seus últimos raios de luz no horizonte distante representando a fragilidade da voz.



– Obrigado.



A palavra cheia de sentimento ecoou em mim sua profunda gratidão por aliviar seja lá o que tivessem posto nele. Quem fizera isso era um mistério, mas ainda poderia perguntar ao espírito da natureza que havia sido atacado. Deitei o corpo dele virando seu rosto para o pôr-do-sol sendo substituído pela lua minguante 🌒 acompanhada das damas prateadas. Ao longe uma coruja piou solitária. O corpo do fauno se dissolvia em névoa dourada e uma flor de girassol cresceu em seu túmulo acompanhada de um tubinho de ensaio cheio daquela gosma roxa ao lado (que peguei e pus no bolso para uma análise posterior. Acreditava que mesmo em seus momentos de morte ele escolheu ver e seguir o brilho da vida.



Encaminhei-me até a árvore que era morada da dríade e tentei convencê-la que o perigo já havia passado. Qualquer informação que ela pudesse relatar seria importante para descobrir quem ou o quê tinha feito aquilo com o fauno. Aquela atrocidade anti natural não parecia ser fruto de algum feitiço ou conjuração, estava mais para ciência alquímica ou algo parecido - talvez poção. Depois de longos 15 minutos ela - que se chamava Auriæle - resolveu compartilhar o que tinha visto antes de se encontrar com o falecido Tom. Eles costumavam se encontrar todo final de mês e ele nunca fora desrespeitoso ou agressivo com ela, pelo contrário, era um dos mais atenciosos. Eu suspeitava que eles tinham algum tipo de romance, sei lá, mas ela negou veementemente ainda que suas bochechas estivessem mais vermelhas que uma maçã madura .



Pouco antes dele surtar ela viu uma mancha avermelhada em seu braço do tamanho da metade de um caroço de abacate. Ela perguntou a Tom o que causara aquilo e se ofereceu para chamar uma das amigas que lidavam com curas herbáceas a mais tempo, mas ele disse que foi apenas um cara de capuz roxo e tatuagem de ampulheta no pescoço que esbarrou nele e sentiu uma ardência; convenceu ela que não era nada de mais e continuaram a conversar até que fosse tarde demais. Auriæle descreveu alguns sintomas como rouquidão, olhos amarelados e tremedeira que ocorreram em tempo espaçado e duração curta. Ao que parecia ele tinha sido envenenado com aquela substância desconhecida através de um inoculador (possivelmente uma seringa descartável) e permaneceu latente durante algum tempo. Perguntei se ela ficaria bem e mais uma vez expressei minhas condolências pelo amigo dela; a dríade disse que ficaria bem e agradeceu apesar do efeito colateral e pediu que algum dia voltasse para visitar. Nos despedimos e eu voltei para onde o corcel estava.



Aquilo tudo era muito estranho e sem sentido para mim. E qual a chance de ser logo comigo entre tanto semideuses a descobrir algo do tipo? Subi no cavalo e durante todo o caminho de volta na noite estrelada pensava a respeito de quem poderia ser a pessoa de capuz roxo e tatuagem de ampulheta no pescoço. Seria parte de alguma organização secreta para atacar os semideuses? Eu esperava que não fosse, entretanto, cria ser apenas o começo de algum plano nefasto que em breve gostaria de não conhecer. Precisava contar aos meus superiores o que havia descoberto, talvez enviassem a divisão Corvus para buscar informações onde fosse necessário.



Habilidades Passivas Usadas:

Habilidades Ativas Usadas:

#1

Héstia

Héstia
Deus Menor
Deus Menor
Chorei lendo, muito lindo, venha para o lado fofo da força! Parabéns.


Exp: 500
Dracmas: 250

Obs: Atualizar pós narração.

#2

Plutão

Plutão
Deus Olimpiano
Deus Olimpiano
Héstia escreveu:Chorei lendo, muito lindo, venha para o lado fofo da força! Parabéns.


Exp: 500
Dracmas: 250

Obs: Atualizar pós narração.

ATT por sumiço da escoltada.



#3

Conteúdo patrocinado


#4

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