Não sabia quem era aquela guria na qual tinha acabado de esbarrar e nem porque estava na Arena, mas tudo indicava que não era um daqueles encontros programados pelos travessos filhos de Hermes. Sem saber do que estava acontecendo, meio angustiado, me refiro a menina:
- Talvez eu devesse pergunta-lhe seu nome ou me apresentar, mas acho que aqueles dois ali são mais importantes! - aponto para as duas criaturas presentes, além de nós, no local.

Uma das alternativas e a mais obvia era sair correndo. Infelizmente, seria fácil de mais. Com as portas fechadas, não teríamos outra escolha a não ser lutar. "L-U-T-A-R" uma palavra absurda quando se refere a um indefinido, desastroso e novato do acampamento. O pouco que sabia lutar foi assistindo as "lutinhas" dos desenhos da tv!

Logo identifico os dois Ciclopes vindo em nossa direção na Arena. Teríamos de reagir. Precisaríamos um do outro se pretendíamos sair vivos daquele lugar. Então, tento manter a calma e analisar os gigantes de 3 metros. Um vacilo e poderia virar patê. Caso os ciclopes (ou um deles) continuem avançando, vou recuando lentamente contornando a parede da Arena. Com isso, me arrisco a chamar a atenção de um dos ciclopes e fico na defensiva. Se ocorrer algum ataque estúpido tentarei me esquivar rolando pelas laterais. Esperava que o elmo e meu peitoral de couro me ajudasse.

Fiquei menos preocupado sabendo que a campista sabia lutar melhor que eu, então ainda com dor digo a ela:

- Nada mal em!

Após um desastre desses, tento-me por de pé novamente, pois a luta havia apenas começado! Percebo que em seu ataque, o gigante baseou-se no barulho realizado pelo contato do elmo com o chão da arena e mostrando certa fraqueza em sua visão.

Partindo para o contra-ataque, desembaio minha [Espada Curta] e seguro firmemente com a mão direita. Em seguida, atento aos movimentos do ciclope, retiro meu elmo com todo cuidado e arremesso a alguns metros de onde estava. Ao mesmo tempo, corro no sentido oposto na expectativa de que o barulho desvie a atenção do Ciclope. Em todo caso, tomo cuidado com minha cabeça que estava totalmente desprotegida.
Procurando pegá-lo desprevenido, me aproximo rapidamente para tentar golpeá-lo com minha espada. Tentaria um corte na base de sua coluna caso consiga alcançar suas costas para danificar seus movimentos e me afasto para evitar algum tipo de ataque.

Se não houver jeito de chegar a suas costas, salto para perto do ciclope e flexiono os joelhos (fico agachado) para cravar minha espada em seu estômago. Se der certo, saio às pressas de perto dele.

Se, por algum acaso ele utilizar sua clava para me acertar novamente ou as tentativas falharem, faço de tudo para tentar desviar de seus golpes. Outro golpe daqueles, estaria fora de combate.

Dessa vez consegui dar um golpe certeiro no Ciclope! Agora as coisas não iriam ficar nada bem para ele! Com suas articulações danificadas e o corte profundo em suas costas, a vantagem vai para mim. Mas, nunca me esqueço: “Não há um vencedor até que a batalhe termine”.

Então, armo minha espada novamente. Dessa vez, seguro ela na mão esquerda.  Correndo rente ao estômago do Ciclope, procuro “fingir” um ataque direto, mas, no momento em que ele reagir, desvio girando o corpo para a lateral (sem cair) e troco minha espada de mão. Agora com ela na direita, tento parar de rodar nas costas do ciclope. Mas ao invés de atacá-lo, sigo sua sombra para evitar que ele perceba que esteja atrás dele e calculo o local aproximado da perfuração anterior.  Confiando na mentalidade dele, espero dar certo.

Então, no momento mais oportuno, surpreendo o Ciclope pela lateral e tento cravar minha espada no seu abdômen rente ao local perfurado de suas costas. Caso consiga realizar essa proeza, corro dali o mais de pressa possível. Evitar golpes ou ataques de clavas é essencial!