A filha de Zeus-sabe-de-quem adentra a arena.
Era dia. O sol brilhava, laranja, entre as nuvens. Parecia o maior enfeite de natal do mundo.

A arena é circular. Tem colunas gregas espalhadas por toda a sua extensão de 10 metros de raio. O chão é de areia, e uma leve neblina dá ao local um tom misterioso, e permite aos raios de sol serem vistos em pleno ar.

No centro da arena, entre quatro colunas, está uma figura indistinta aos olhos da semideusa. Mas, mesmos em vê-la direito, ela sabia que era seu inimigo.
Naquela manhã Catarina acordara arfando depois de ter um sonho estranho. Em seu sonho, um homem alto e forte, vestindo um terno de risca giz e uma gravata verde mar apareceu para ela enquanto ela caminhava, em sua ronda costumeira, pela praia próxima ao acampamento Júpiter. "Vá até a arena", dissera o homem. "E honre-me, derrubando o espírito da Guerra".

E ali estava a garota. Guiada por seus instintos, ela decidira ir até a arena. E algo lhe dizia que o sonho não se tratava de um simples sonho.

A garota saca sua espada e observa o vulto do inimigo. Ela não se aproxima, e tampouco ele o faz, mas ela consegue ver ele se mexendo em meio à neblina... 4 membros se agitavam de seu tronco, um deles parecendo ter o dobro do cumprimento normal.

Mas então uma luz se acende; Uma chama esverdeada, que parece dissipar a névoa com seu calor, revelando seu portador.

Spoiler:

A criatura, seja o que for, fita Catarina com seus olhos esmeralda. Catarina percebe que a névoa se desprendia dele, e que os adornos, bem como a arma da criatura, são de Ouro; Provavelmente Ouro Imperial. Ele está exatamente na mesma posição da imagem; Equilibrando-se na ponta de um pé.

Sascie minha vontade, fala a criatura. Sua boca nãos e moveu. O som apenas escapoliu dele e vibrou na névoa ao redor de Catarina. Era como o sibilar de uma cobra.

O ser encosta os dois pés no chão e dá um passo em direção à semideusa.

GOSTEI, GOSTEI!

A garota avança com a selvageria de cinquenta espartanos esfomeados e tenta uma rasteira no inimigo; Porém este salta com leveza, evitando a perna da garota, e tenta um golpe com sua espada de ouro. Esta, por sua vez, é aparada com facilidade pelo escudo da semideusa, que já esperava por este contra-ataque.
A expressão da criatura se mantém neutra, e ele dá um passo para trás, parecendo aguardar que a oponente se aprume novamente.

Catarina se levanta em tempo de ver o ...buda?... indo em sua direção, o braço que segurava a espada erguido.

A garota protege sua cabeça com o escudo; porém, sua estocada para cima foi em vão. O inimigo tentou atingi-la com a lâmina de ouro quando estavam próximos. Ele girou o corpo, trazendo consigo o braço da espada, porém teve sua lâmina desviada pelo escudo da garota. O movimento fora rápido demais para permitir que a menina lhe acertasse o braço com a ponta da espada.
No mesmo giro, o granado lá acerta marcela no abdômen com um chute. Não foi muito forte, e o dano foi absorvido pelo peitoral da garota, mas ela é forçada a recuar um metro para manter o equilíbrio.

Buda a observa, voltando a se equilibrar na ponta de um pé só. Ele fita a garota com seus olhos esmeralda.

Sascie minha sede, ele fala, erguendo o braço direito inferior, onde segurava aquela pequena pira. Ali, brilhava uma minúscula chama verde.

A guria faz seus movimentos. O buda observa e, quando a garota se posta de seu lado, ele salta com leveza para um lado. Durante o salto, ele descreve um arco com a espada na direção da garota, que rapidamente se abaixa e balança a própria espada.

Quando toca o solo o buda se equilibra em um pé só; Dessa vez, porém, não é apenas porque quer, mas sim porque precisa. De sua canela esquerda escorria seu sangue cor de rosa. O mesmo sangue que tingia a ponta da espada de Catarina que, satisfeita, sorri e ergue o corpo.
Os olhos do buda emitem uma luz verde selvagem, e ele flexiona sua perna, abaixando-se um pouco.